domingo, 27 de abril de 2014

De Cláudio a Garrincha: o Pacaembu e seus 422 artilheiros corintianos

Antes de despedida, confira a lista completa de quem marcou pelo Timão no estádio. No atual time, Danilo e Romarinho são os goleadores – e já estão com saudades Desde Cláudio Christovam Pinho, o maior de todos, a Romerito e outros ilustres desconhecidos que tiveram a oportunidade de comemorar apenas um gol - incluindo aí o grande Mané Garrincha, que teve passagem meteórica pelo Corinthians -, o Pacaembu sediou o brilho de centenas de jogadores do Timão ao longo de 74 anos de história. Às vésperas da despedida do clube, neste domingo, contra o Flamengo, o estádio registra exatos 422 jogadores que marcaram com a camisa alvinegra. Cláudio é o líder disparado, com 186 gols. Dificilmente o ídolo dos anos 50 seria alcançado nas próximas décadas. No atual time, treinado por Mano Menezes, os dois líderes da lista são Danilo e Romarinho, ambos com 15 gols. Histórias bem menores do que a de Cláudio, mas não menos marcantes. O meia foi decisivo em um dos jogos mais difíceis da conquista da Libertadores de 2012, num empate com 1 a 1 com o Santos. O atacante se notabilizou por fazer a festa em cima do rival Palmeiras, e já sente saudades do clima nas arquibancadas. – Não sabia que eu era um dos artilheiros do time atual, mas fico muito feliz. Vou sentir muita falta da energia boa, dos jogos da Libertadores, tudo isso ficará na memória para sempre – disse Romarinho. O outro goleador atual, Danilo, espera que a Arena Corinthians seja uma casa tão cheia de conquistas quanto o Pacaembu. – Temos uma história muito bonita no Pacaembu, que é nossa casa, é onde todo mundo gosta de jogar. Conquistamos títulos inéditos lá, o torcedor apoia, é mesmo a nossa casa. Vamos embora, mas o Pacaembu está na história do Corinthians. A Arena tem de fazer o mesmo papel – disse o meia. Entre Danilos, Romarinhos, Cláudios e Romeritos, a lista apresenta nomes históricos, ídolos recentes, jogadores esquecidos e até “cabeças de bagre” que nunca tiveram aprovação da torcida corintiana. Hoje, o maior artilheiro vivo é Marcelinho Carioca, com 66 gols – quinto colocado geral, atrás de Cláudio, Baltazar, Servílio e Luizinho. A lista levantada pelo jornalista e pesquisador Celso Unzelte é vasta. Contabiliza todos os gols corintianos desde 28 de abril de 1940, numa vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG, que marcou a estreia do estádio municipal. Curiosidades aparecem ao longo da relação. Amigos e quase irmãos na época da “Democracia Corinthiana”, Sócrates e Casagrande estão empatados na artilharia do Pacaembu: 39 gols, mesmo número de outro ídolo, Neto. Grandes nomes recentes do ataque estão próximos na tabela: Carlitos Tevez, herói do título brasileiro de 2005, tem 27 gols. Liedson, decisivo em 2011, tem 32. E Ronaldo Fenômeno, também marcante, comemorou 23 gols no Pacaembu com a camisa do Corinthians. Há espaço até para a frustrante passagem de Adriano Imperador: apenas dois golzinhos. Da geração campeã mundial de clubes em 2012, os destaques são Paulinho (25), Chicão (21) e Jorge Henrique (20). Herói da conquista da Taça Libertadores e negociado recentemente com o Botafogo, Emerson Sheik balançou as redes 13 vezes no estádio. Duas delas, contra o Boca Juniors, renderam um dos títulos mais esperados da centenária história alvinegra. Neste domingo, Romarinho leva vantagem sobre Danilo na tentativa de terminar o ciclo no Pacaembu como artilheiro. Ele será titular contra o Flamengo, e o companheiro ficará no banco de reservas. Nas arquibancadas, eles terão um último empurrão para o Corinthians conseguir ampliar sua marca goleadora no estádio e assegurar uma despedida com vitória, gols e a emoção que pode resumir 74 anos de história. Confira a relação de todos os jogadores do Timão que fizeram gol no Pacaembu Cláudio: 186 gols Baltazar: 161 gols Servílio I: 100 gols Luizinho: 86 gols Marcelinho: 66 gols Paulo III e Carbone: 65 gols Viola II: 50 gols Flavio II e Rafael II: 43 gols Rivelino e Teleco: 41 gols Neto, Casagrande e Sócrates: 39 gols Milani: 38 gols Vaguinho e Geraldão: 36 gols Zague: 34 gols Ruy e Hércules: 33 gols Liedson: 32 gols Edmar e Tevez: 27 gols Luizão: 26 gols Paulinho III: 25 gols Dentinho e Palhinha: 24 gols Ronaldo Fenômeno: 23 gols Biro-Biro: 22 gols Chicão e Silva I: 21 gols Jorge Henrique: 20 gols João Paulo II e Mirandinha I: 19 gols Tupãzinho e Zezé I: 18 gols Basílio III, Paulo Borges, Nelsinho I e Fernando Baiano: 17 gols Wílson Mano, Gil III, Ney, Noronha e Edilson: 16 gols Danilo, Romarinho, Roger II e Carlinhos II: 15 gols Elias III, Ricardinho III, Dinei e Joaquinzinho: 14 gols Emerson Sheik, Marques, Zenon, Marcos Roberto, Eduardinho, Jerônimo, Nenê I, Lima III, Jackson e Nilmar: 13 gols Guerrero e Éverton: 12 gols Goiano, Romeu II, Rosinei, Jô, Joane e Rivaldo: 11 gols Douglas, Rogério III, Marcelo Mattos, Lance, Simão I, Válter I, Zé Roberto II, Manoelzinho, Herrera e Válber: 10 gols Fabinho II, Paulo Sérgio III, Willian II, Dicão, Souzinha, Tales, André Santos II, Bruno César, Jansen, Alexandre Pato, Deivid, Miranda I, Gatão, Rui Rei e Jesus: 9 gols Vampeta, Bataglia, Colombo II, Benê, Dino Sani, Nonô, Roberto Miranda, Rafael Moura, Edmundo II e Guilherme: 8 gols Roberto, Henrique II, Adãozinho, Dino, Fábio Santos, Renato III, Marcos II, Souza II, Lima II, Coelho, Aladim, Rincón, Nardo, Fábio Luciano, Suingue, Nair, Píter, Arturzinho II e Finazzi: 7 Wladimir, Marcelinho Paulista, Fabinho III, Ruço, Édson Cegonha, Wílson IV, Mirandinha III, Wilsinho, Índio I, Souza III, Iarley, Jorginho I, Lanzoninho, Boquita, Severo I e Agostinho II: 6 Zé Maria, Tião II, Anderson, Paulo André, Giba, Marco Antônio I, Carlos Alberto, Cláudio Mineiro, Célio Silva, Davi, Ewerthon, Adilson II, Magrão, Serginho, Toninho II, Mário VI, Ricardo II, Leonardo, Nilson, Serginho II, Neca, Arturzinho I: 5 gols Olavo, Ralf, Eduardo IV, Brandão, Mauro IV, Roberto Carlos, Alex III, Jairo II, Tite II, Nélson Lopes, Cristian, Cacau, Cristóvão, Jatobá, Luciano II, Ivair, Pipi, Maracaí, César II, Leto, Higino, Bobô I, Silvio, Claudio Adão, César I, Chrstian e Manja: 4 gols Idário, Alessandro II, Marcelo I, Hélio, Ezequiel, Edson I, Jacenir, Ditão, Edenilson, Jucilei, Edson IV, Gilson Porto, Paulo César I, Mário V, Cris, Leandro, Bernardo, Marquinhos II, Bobô II, Luis Ramirez, Ferreirinha, Neves, Adil, Edélcio, Arce, Didi II, Eduardo III, Lopes I, Nenê IV Nenê IV, Gélson, Otacílio Neto, Vermelho, Cássio II, Nelsinho II, Arquimedes e Zezinho I: 3 Julião, Betão, Aleixo, Adriano Imperador, William II, Touguinha, Leandro Castán, Morais, Wendel, André Santos, Paulinho II, Amaro, Guilherme II, Bazani II, Gamarra, Gustavo Nery, Pita, Boquita II, Luís Fernando, Elivélton, Scheidt, Vitor, Moacir II, Paulinho Carioca, Gallo I, Nino, Dinelson, Elton, Gilberto Costa, Givanildo, Bode, Elton II, Jorginho II, Eduardo VI, Hugo III, Lindóia, Sergio Gil, Arlindo IV, Branco, Daércio, Ramón II, Tite I, César Prates, Jamelli, Jorge Wágner, Valmir, Geraldo José, Jean III, Zé Carlos II, Donizete, Sicupira, Zezinho II, Adílson I, Índio II, João Paulo III, Joãozinho III, Paulo Nunes, Adílson III, Müller, Samarone, Abuda, Lucas I, Luciano VI, Aírton e Guerra: 2 gols Palmer, Mauro III, Silvinho, Kléber, Baldochi, Ademir II, Pedrinho II, Dida I, Fabrício, Guinei, Pellicciari I, Newton, Gil IV, Batata, Luís Cláudio I, Dama, Dirceu Alves, Benedito II, Índio III, Wallace, Eduardo Ratinho, Paulo IV, Galhardo, Gilmar II, Gomes, Egídio, João Carlos III, Márcio Costa, Marcus Vinicius, Moradei, Vinicius “Fininho”, César IV, Daniel III, Ivan II, Joãozinho V, Defederico, Peri, Pinga, Romeu III, Cláudio Marques, Renato Augusto, Carlinhos IV, Felício, Andrezinho, Carlão, Edno, Paulo Roberto, Renato IV, Augusto II, Diogo III, Edu I, Júlio César II, Marco Antônio Boiadeiro, Edmundo I, Espanhol, Fábio Baiano, Felipe II, Taborda, Alfredo Ramos, Amoroso, Édson II, Fumagalli, Luís Mário, Magu, Nobre, Ribamar, Wescley, Ari Bazão, Baianinho II, Da Silva, Daniel González, Galli, Giovanni, Marcinho, Róbson, Alessandro, Almir, Ataliba, Beirute, Caio, Garrincha, Washington I, Alberto III, Bebeto IV, Beni, Bill, Gustavo, Marcelo II, Marcinho II, Nandinho, Nílton II, Washington II, Zé Carlos, Antônio Carlos II, Clóvis III, Daniel Grando, Liquinho, Mazinho Loyola, Mical, William Morais, Agnaldo III, Cléber, Eli, Joãozinho IV, Mirandinha II, Nadson, Paulo II, Rodrigues III, Simão II, Thiago Heleno, Arílson, Cláudio III, Leandro Amaral, Lopes II, Moreno II, Neto II, Nílson Borges, Ronny, Adrianinho, Akai, Denis, Édson Di, Leonel, Ronaldo II, Ronaldo Marques, Fernandes, Ferreti, Jombrega, Lécio, Romerito: com 1 gol

sexta-feira, 25 de abril de 2014

No adeus, Timão deixa Pacaembu com oito títulos e quase 1.000 vitórias

Clube se despede do estádio municipal contra o Flamengo, neste domingo, mas ainda pode retornar. Prioridade, no entanto, passa a ser Arena Corinthians São Paulo Entre 27 de abril de 1940 e 27 de abril de 2014, o palco aberto pela Prefeitura de São Paulo para a realização de grandes eventos na capital paulista teve tons mais alvinegros do que quaisquer outras cores. Entre grandes vitórias, algumas decepções e oito títulos mais importantes, o Corinthians se despede do Pacaembu neste domingo, em duelo contra o Flamengo, válido pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Justamente no aniversário de 74 anos do histórico palco. Torcida Corinthians contra o Grêmio (Foto: Marcos Ribolli) Torcida do Corinthians fez do Pacaembu a sua casa nos últimos 74 anos (Foto: Marcos Ribolli) O clube trata o adeus como oficial, mas ainda pode realizar partidas lá ao longo da temporada. Tudo depende do andamento das obras na Arena Corinthians e das exigências da Fifa. Um possível jogo de volta contra o Nacional-AM, pela Copa do Brasil, ainda poderia ser no Pacaembu. Mas a prioridade, a partir do próximo fim de semana, será a nova casa, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, onde se concentra a maioria dos corintianos da capital paulista. O primeiro jogo deve ser contra o Figueirense, dia 17 ou 18 de maio (a depender de confirmação da CBF). Em diferentes momentos de sua vida, o Pacaembu foi casa de São Paulo, Santos e, hoje, também abriga o Palmeiras, que finaliza seu novo estádio onde antes ficava o antigo Palestra Itália. Mas foi o Corinthians quem mais jogou, e é o Corinthians quem mais conhece os atalhos do estádio municipal. Desde o primeiro triunfo, um emocionante 4 a 2 sobre o Atlético-MG, no dia da inauguração, o clube colecionou mais alegrias do que tristezas. Corinthians no Pacaembu: 1.686 jogos 965 vitórias 395 empates 326 derrotas 3.305 gols marcados 1.922 gols sofridos No total, são 1.686 jogos: começando com essa vitória sobre o Galo, terminando com outra vitória, sobre o Atlético Sorocaba, dia 23 de março passado. São 3.305 gols marcados, 1.922 sofridos. A maioria é de vitórias: 965, contra 395 empates e 326 derrotas. A média anual é de 13 triunfos em casa – número baixo porque o clube passou décadas mandando jogos também no Morumbi. Se a média recente fosse mantida, o Timão chegaria à milésima vitória em menos de três anos. Todos os dados sobre o estádio foram reunidos pelo jornalista e pesquisador Celso Unzelte, autor do Almanaque do Timão. – Os jogos não têm diferenciação entre mandante e visitante. O Corinthians mandou jogos no Morumbi por muito tempo, mas no Pacaembu os números são bem mais expressivos – explicou o historiador. Como quase todas as decisões nas décadas de 70 a 2000 foram jogadas no estádio do São Paulo, o Corinthians tem “apenas” oito grandes títulos no Pacaembu. O último foi em 2013, a Recopa Sul-Americana diante do rival São Paulo. Antes, o Timão ainda levantou as taças da Taça Libertadores de 2012, Brasileiro de 2011, Paulistas de 1951, 54 e 2009, além dos Torneios Rio São-Paulo de 1950 e 54. Se contadas pequenas taças e Torneios Início do Campeonato Paulista, o Timão tem 24 títulos no local, dois a menos que o Palmeiras, maior rival. Com tantas boas lembranças, o Corinthians vai até entregar uma placa de agradecimento à administração do Pacaembu. É uma das ações a serem realizadas pelo clube neste domingo. Também está prevista a participação de torcedores em um vídeo especial divulgado no telão do estádio, homenagens nas camisas dos jogadores e a participação de ídolos que fizeram história no clube. E no sistema de som, o clássico samba de Adoniran Barbosa: "Saudosa maloca".

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Aos 99, "louco" mais antigo lembra 1º Corinthians x Chelsea

Antônio Risaliti exibe o passaporte número 1 do Corinthians Foto: André Regi Esmeriz / André Regi Esmeriz - Especial para o Terra Fundado no dia 1º de setembro de 1910, o Corinthians viveu, ao longo de seus quase 104 anos, momentos de alegria - campeão do Mundial de Clubes da Fifa, da Copa Libertadores, do Campeonato Brasileiro, entre outros - e também de tristeza - rebaixamento para a Série B em 2007. E o clube passou por tudo isso tendo sempre ao lado sua fiel torcida. Poucos, porém, viveram tão intensamente essa história como Antônio Risaliti, que esteve presente, inclusive, no primeiro duelo contra o Chelsea, em 1929. Os poucos cabelos brancos e as várias rugas espalhadas pelo corpo refletem tudo o que ele viveu durante seus 99 anos - completados na quarta-feira da semana passada. Natural do bairro Bom Retiro, Risaliti virou sócio no dia 2 de abril de 1929 e desde então tem o Corinthians como a sua grande paixão. E não é para menos. São 85 anos destinados ao clube alvinegro. "Foi um presente de aniversário do meu tio (Colombo Burgione), que havia acabado de chegar da Itália. Ele chegou com os documentos do título e me entregou, dizendo: 'agora você é um corintiano de verdade'", contou Risaliti em entrevista ao Terra. Se engana, porém, quem acha que a ajuda de Risaliti ao Corinthians ficou destinado apenas às arquibancadas, junto com o "bando de loucos". Não é a toa que ganhou o título de Sócio Benfeitor Remido - algo oferecido apenas para pessoas que notoriamente possuem serviços prestados ao clube. Em 1943, ele defendeu as cores alvinegras como jogador de bola ao cesto (hoje chamado de basquete). Sócio mais antigo do Corinthians, Antônio Risaliti foi convidado, em 2011, pelo então presidente Andrés Sanchez, para um almoço na sede do clube. Na companhia de seus netos, todos eles corintianos, recebeu das mãos do ex-mandatário alvinegro o passaporte número 1 da República Popular do Corinthians, certidão de nascimento e carteira de identidade. Essa foi uma ação desenvolvida pelo departamento de marketing do clube, que também presenteou outros torcedores de destaque, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. publicidade "Recebi uma carta do Andrés Sanchez me convidando para um almoço e dizendo que eu receberia algo do Corinthians. Fui com os meus netos, e chegando lá ele me deu o passaporte e outros documentos", lembrou Risaliti. Quantas lembranças Jornal de 1929 depois do jogo entre Corinthians e Chelsea Foto: André Regi Esmeriz / André Regi Esmeriz - Especial para o Terra Diferente do que muitos imaginam, a vitória sobre o Chelsea, por 1 a 0, na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, não foi a primeira partida realizada entre os dois clubes ao longo da história. No dia 5 de julho de 1929, o Corinthians recebeu os ingleses na capital e, em uma partida muito equilibrada, ficou no empate por 4 a 4. "Aquele time formado por Tuffy, Grané, Debbio, Nerino, Guimarães, Leone, Apparicio, Perez, Gambinha, Rato e De Maria também foi tricampeão paulista (28,29 e 30). Mas ninguém sabia que o Corinthians já havia jogado contra o Chelsea. Isso aconteceu e eu estava lá (estádio)", afirmou Risaliti, mostrando uma cópia do jornal do dia seguinte, com o relato da partida. Com algumas limitações devido à idade, Risaliti não frequenta um estádio desde 1999 e vem acompanhando as partidas apenas pela televisão. Mesmo diante de tantas dificuldades, procura sempre ficar próximo ao clube, tanto que ele, sempre na companhia de seus netos, passou sete dias em alto mar no Cruzeiro do Corinthians em 2011. Risa, como é chamado pelos amigos, deixou São Paulo com destino a Campinas em 1960 para tomar conta de algumas fábricas da família, mas nem por isso se esqueceu do Corinthians, mesmo tendo virado sócio e conselheiro da Ponte Preta. Camisas, flâmulas, canecas, fotos, certificados, documentos e muito mais estão espalhados por toda sua residência - mostrando que, apesar da distância, o amor pelo clube do Parque São Jorge continua o mesmo de 85 anos atrás.