Futebol gaúcho não tem vaga para técnicos forasteiros
Treinadores nascidos no Rio Grande do Sul ocupam 100% das vagas nos clubes do Estado que disputam as Séries A, C e D do Campeonato Brasileiro
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O futebol gaúcho vive um momento raro. Pela primeira vez neste século, todos os clubes do Rio Grande do Sul que disputam as várias divisões do Campeonato Brasileiro estão sob o comando de treinadores nascidos no Estado. O bloco se fechou com a recente contratação pelo Grêmio de Renato Portaluppi, nascido em Guaporé (RS). Anteriormente, o Internacional havia trocado o uruguaio Jorge Fossati por Celso Roth, nascido em Caxias do Sul (RS).
Das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, só a B não tem um clube gaúcho na disputa. Na Série D estão Pelotas e São José, também conhecido como Zequinha. O Pelotas agora está sob comando de Crio Quadros, nascido em Porto Alegre. Antes, até 17 de agosto, era treinado por Beto Almeida, também da capital gaúcha e que em 1997 salvou o Grêmio do rebaixamento à Série B do Brasileiro.
Por conta deste feito, Beto Almeida esteve na lista de cotados para treinar o Grêmio após a queda de Silas. “Tenho uma ligação forte com os gremistas e fiquei alegre pelo nome ser lembrado nas enquetes, mas minha missão agora é outra”, diz o treinador, que foi contratado pelo Juventude, clube que já treinou em 1982 e 2007.
Outro técnico gaúcho em atividade no Rio Grande do Sul é Julinho Camargo, que nasceu em Porto Alegre (RS) e atualmente treina o Caxias na Série C. Entre 2005 e 2009, ele comandou os juniores gremistas. No ano passado, saiu para ser auxiliar técnico de Paulo César Carpegiani no Vitória (BA). Após sair do clube baiano, alçou voo solo na carreira e assumiu o Caxias. Na Série C, a equipe é a segunda colocada no grupo D.
O treinador do São José, por sua vez, tem vínculos com o Internacional. Trata-se do ex-lateral-direito Luiz Carlos Winck, nascido em Portão (RS) e que foi revelado no Beira-Rio em 1981. Na Série D, seu clube decide domingo que vem uma vaga na próxima fase da competição. Em segundo lugar no grupo 9, com 7 pontos, o time vai precisar vencer o Operário-PR.
Técnico desde 2007, Winck pela primeira vez dirige um clube gaúcho. No São José, ele pretende desenvolver um trabalho de médio prazo para colher frutos no Campeonato Gaúcho 2011. O treinador não esconde que seu sonho é chegar ao topo do futebol do Rio Grande do Sul: dirigir Internacional ou Grêmio. “Chegar a treinar um grande clube é a meta de todo técnico. E Inter e Grêmio estão entre eles”, afirma.
Winck forma com Beto Almeida e Julinho Camargo a nova geração de treinadores gaúchos. Por ano, o Sindicato dos Treinadores Profissionais do Rio Grande do Sul credencia cerca de 80 técnicos. Destes, garante Valmir Salaberry, presidente do sindicato, pelo menos um torna-se “treinador de ponta”. “Por aqui já passaram Luiz Felipe Scolari, Celso Roth, Tite e Mano Menezes. Esses nomes confirmam que nossa escola é a melhor do país. Agora, a campanha do Internacional na Libertadores com certeza vai estimular a formação de novo treinadores bons”, vangloria-se Salaberry.
Uma das apostas da nova safra gaúcha é Gilmar Iser, nascido em Vera Cruz (RS) e que desde o início de agosto treina o Brasil de Pelotas. O clube disputa a Série C e está numa posição intermediária entre o Caxias, que está com a classificação bem encaminhada, e o Juventude, que luta para não ser eliminado na primeira fase.
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