sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Veja qual a camisa mais cara e rentável do futebol
O professor-doutor da FGV foi no âmago da questão!
Acabou o romantismo, e neste momento mais do que nunca o futebol é negócio em todos os seus sentidos e em todos os seus segmentos correlatos.
Agora o futebol no todo é emoção, paixão, negócio, lazer e…entretenimento!
Basta ver o que significa a letra “E” na poderosa marca mundial esportiva “ESPN”.
Nas Copas, então, o futebol influi na economia a até na política “deste país”, lulamente falando.
Mas vamos ao ranking de valor de mercado das camisas sagradas de nossos times de futebol, baseado também no poder de exposição espontânea de mídia do clube.
No estudo, que o DATANEVES “contratou” junto aos 20 maiores e mais renomados grupos econômicos e pós-graduados do mundo, chegamos aos percentuais abaixo.
Neles, são contemplados quantidade de torcedores, poder aquisitivo deles, região social e econômica do torcedor-consumidor, tradição, paixão e o estado líder da maior concentração dos aficionados deste ou daquele time.
Tudo isso além do poder de cada um na venda de camisas em lojas ou web.
O líder, o Corinthians, dono hoje da maior torcida do Brasil, consome tanto e vende tudo o que se relaciona com o clube, que extrapolou seus limites de influência de time de futebol.
Hoje, somados todos os seus pontos positivos, a camisa do Corinthians virou um veículo, um poderoso veículo de comunicação publicitária.
Neste momento no Brasil a camisa do bicampeão mundial é uma rede de TV, um grande Portal como o UOL, uma grande rede nacional de rádio ou um grande jornal como Folha, Estado ou O Globo.
Anunciar neles é retorno garantido.
Como é também na “TV Corinthians”, no “Jornal Corinthians”, na “Rádio Corinthians”, no “Portal Corinthians” ou no grande “Outdoor Nacional Corinthians”, que são a camisa corintiana.
Mas, enfim, qual o ranking das camisas de maior resposta comercial para seus patrocinadores?
E repito: a tabela contempla também o poder aquisitivo regional das torcidas.
O Corinthians vai sobrar
Sou corintiano, mas não posso negar que esteja feliz com a conquista do mundial. Sempre insisto na falta de organização do futebol brasileiro e o Corinthians vai na contramão disso tudo. Depois da saída do ditador Alberto Dualib o time mudou de patamar. Veio da Segunda Divisão acumulando aprendizado. Trocou o vestiário de lata por um moderno CT. Valorizou a marca aumentando, substancialmente, as cotas de televisão, dele e dos outros, por tabela. Conseguiu um estádio, sonho antigo, e, talvez o grande golpe de mestre, preservou um trabalho positivo, mesmo com um momentâneo vexame naquela eliminação contra o Tolima.
Profissionalismo, esse foi o ponto fundamental. Tite sentiu respaldo, administrando algumas crises, como aquela do Chicão e o mico Adriano. Traçou um projeto, acreditou nele, os jogadores vieram juntos e agora conquistaram o título mundial.
O jogo foi igual. O que, por si só, já é uma exceção. Se Cássio ganhou a bola de ouro, merecidamente, não vimos um Corinthians só acuado e lutando por uma bola de contra ataque. Até jogou assim no primeiro tempo. Porém, criou boas chances, preocupou o adversário, que foi sempre encarado de frente e terminou premiado com a vitória.
O Corinthians não retrata o nosso futebol. O Brasil continua esculhambado no esporte. Nossos clubes são atrasados taticamente, e até o próprio técnico Tite, campeão mundial, admite que segue a cartilha do portugues José Mourinho. Os clubes mal administrados e os campeonatos organizados com precariedade, mantendo-se ainda os ridículos regionais.
A exceção venceu. Que não se imagine que o nosso futebol tenha mudado de nível. O Corinthians vai sobrar neste lado do mundo. No nosso país, então, não terá para ninguém. Ou se segue esse bom exemplo ou o Brasil será o lugar de um time só.
Fifa põe título mundial do Corinthians entre momentos marcantes do ano
Em clima de retrospectiva, a Fifa listou em seu site '12 momentos que marcaram 2012'. A entidade ignorou a tragédia que matou mais de 70 pessoas no Egito em fevereiro e lembrou o rebaixamento do escocês Rangers por problemas financeiros como único fato negativo, preferindo apontar gols e títulos importantes.
Não há um ranking na apresentação, feita em ordem cronológica. A conquista do Mundial de Clubes pelo Timão fecha a lista em 16 de dezembro, com a vitória por 1 x 0 sobre o Chelsea no Estádio Internacional de Yokohama, chamada de 'alegria japonesa do Corinthians'.
"O gigante paulista Corinthians tinha vencido a primeira edição do Mundial de Clubes da Fifa em 2000, mas a história recente do torneio vinha sendo de domínio europeu. Isso tornou as coisas para os brasileiros quando, empurrados por mais de 20 mil de torcedores em viagem a Yokohama, eles merecidamente derrubaram o Chelsea graças ao cabeceio decisivo de Paolo Guerrero no segundo tempo", diz o site da entidade.
Entre os momentos marcantes do ano, a Fifa lista também a conquista da Copa das Nações Africanas pela Zâmbia, a sobrevivência do congolês Muamba a um ataque cardíaco em campo, o gol nos acréscimos de Agüero que deu o título inglês ao Manchester City e a despedida de Drogba do Chelsea com troféu da Liga dos Campeões.
sábado, 15 de dezembro de 2012
VIDA LOUCA
A vida do Sandro começou preta já no nascimento.
Preta e branca, para ser mais justo. E para ser mais preciso, alvinegra. Sandro nasceu torcedor, sem saber.
No quarto da mãe, que descansava de uma cesariana tão inútil quanto precipitada.
O médico obstetra tinha reservado uma pousada no litoral para o fim de semana e não podia arriscar a demora de um parto normal.
Um funcionário da empresa do marido, Edson, já deixara um presente de bem-vindas ao menino: o uniforme completo do time de predileção do pai. Alvinegro.
Um conjunto camisa, calção e meia para quatro anos; detalhe insignificante aos olhos do zeloso funcionário, tanto é verdade que a função dos presentes para recém-nascidos é de agradar os pais antes de apresentar qualquer utilidade para os nenéns.
O colaborador acertara em cheio. O Sandro não tinha como opinar, a jovem mãe não ousava, o pai exultou; de felicidade, com lágrimas nos olhos e o coração na boca, babando de orgulho de ver a nação alvinegra fortalecida do seu mais novo cidadão, Alessandro Ronaldo Torres de Almeida, seu filho! O fato de o uniforme ter sido deixado pelo Edson horas antes do nascimento só podia ser um presságio.
Sandro seria um novo Pelé?
Aos quatro anos, a coisa começou a estremecer entre pai e mãe.
Ela não gostou quando, sem consultá-la, ele matriculou o menino na mais reputada escolinha de futebol da cidade. Desdenhando a reclamação materna. “Quem apita é juiz!” disse sem pestanejar o marido, alviroxo de raiva para a ocasião. “Aqui nessa casa você não apita nada, entendido?” A mãe entendera. Domingo era dia de agonia materna. Fizesse sol fizesse vento, o pai levava o garoto ao estádio. Até que ele ficava bonitinho, carinha de anjo, uniformizado, listrado, tímido. Mas cercado por uma fauna amedrontadora, cambada de machos desmiolados, em habitat de alambrados de ferro e aço, fanáticos, em transe, uivando, pulando, xingando as mães dos outros. Uma torcida.
A mãe do Sandro torcia, de medo, para que nada de ruim acontecesse. Até que um domingo de inverno, o mundo desabou em cima do Pacaembu, na hora do jogo. Trombas d’água nas arquibancadas, arquibanhadas, temperatura polar, para coroar chuva de granizo. Foi a gota d’água. O moleque voltara ensopado, com pneumonia. A mãe pediu divórcio.
Erro funesto. Haviam casado sob o regime de separação de bens. A mãe era do bem, mas não possuía. Ele era dono do patrimônio e o provedor dos recursos. Pagou um advogado dos bons. Apenas saído do leito conjugal, o ex-marido deitou e rolou em cima de sua ex-mulher. Obteve do juiz a guarda do Sandro. A coitada não teve opção a não ser se exilar na periferia, longe do filho, contando o dinheiro do aluguel, da condução, da feira de domingo, contando os dias até poder abraçar o menino, uma vez a cada quinze dias. Aproveitando os domingos, quando o time do pai jogava fora da capital.
Sandro amava sua mãe e idolatrava o pai. Escrevia poemas para ela e se esforçava ao máximo na escolinha de futebol. Morria de medo de desapontar o pai. Levava jeito para a poesia, nenhum para o futebol. Mas era esperto. Percebera que era melhor ser goleiro do que jogador de campo. É que não há vergonha reserva de goleiro ficar no banco o tempo todo. Quando chamado, tem até direito a simpatia de todos e, se as circunstâncias do jogo forem favoráveis, a momentos fugazes de glória. Ao contrário, ai do reserva de jogador de campo que não entra nunca, ou só entra nos acréscimos! Pura vergonha. Sandro tinha pé torto, optou por jogar futebol com as mãos e virou goleiro. No banco de reserva.
Além de esperto, era estudioso. Sabia tudo da história do futebol, de suas regras, dos craques do passado, dos times das séries A e B do brasileirão. O pai só vivia de alvinegro. Sandro vivia de misturar poesia com a peculiar linguística colorida dos clubes de futebol do mundo inteiro: auriverde, alviverde, rubro-negro, canarinho, celeste, reds, bleus, além do sagrado alvinegro do pai, é claro (ou não tão claro?). Aos olhos e ouvidos do adolescente, não eram palavras; eram a expressão da fusão lírica de fonemas e cores, e a lenda dos times por trás de tudo. Em tom de brincadeira, Alessandro Ronaldo repetia que ele era Ronaldo, o fonema.
Sandro nascera torcedor, sem saber, de um time só; a conjunção da puberdade e da poesia o libertou do monopólio alvi-paterno-negro: desabrochara sentindo-se torcedor de todos os times! Ou melhor, de nenhum. De todo modo, uma coisa impensável, que o pai idolatrado embora menos que antes não podia saber. O garoto carregava o segredo, cada vez mais pesado.
Sandro amava a sua mãe, e sofria por ela. Silenciosamente. Não podia sequer falar o nome dela na casa do pai. Poupava metade de sua mesada para levá-la almoçar em alguma cantina italiana uma vez ao mês, ou no cinema, ou para comprar flores, ou para… O jovem havia notado o desaparecimento do “e” na vida da mãe, aos poucos reduzida à ditadura do “ou”; não podia ir ao cinema “e” almoçar em restaurante; comprar um vestido novo “e” dar presente de aniversário ao filho. Podia fazer isso “ou” aquilo, só. Por força das circunstâncias, a mãe do Sandro levava uma vida alternativa, ritmada com “ou”s deprimentes. O filho só não sabia a extensão da vertente alternativa do cotidiano materno.
Acabou descobrindo, por acaso. Indo de surpresa visitá-la numa noite de sábado, aproveitando o fato de o pai ter viajado ao exterior em convenção da empresa. Ela não estava em casa. O porteiro do prédio, meio constrangido meio sacana, entregou a mãe. Indicou um bar movimentado da avenida. Lá estava ela, calça ajustada, decote estudado, sutilmente maquiada. Esperando por clientes. Quando entrou no bar, Sandro avistou sua mãe e entendeu na hora. Um tsunami de emoções irrompeu na cabeça do jovem: ódio do pai, vergonha do pai, compaixão para com a mãe e, sim, orgulho dela. Encostada na parede da quase miséria pelo ex-marido, ela usara do recurso último para não entregar os pontos. Fazia ponto. Ela agora estava ocupada, conversando com um possível freguês, e não vira seu filho entrar. Sandro saiu discretamente e voltou para casa, ela nunca saberia que ele a tinha flagrado.
No caminho de volta, tomou a decisão mais importante de sua vida. Assumiria na íntegra sua condição, como profissão. Na segunda-feira seguinte se matriculou para o curso de habilitação e começou a estudar imediatamente. Em segredo do pai.
Dia quinze de janeiro, domingo de sol e o Pacaembu lotado. A primeira rodada do Paulistão. Começa com um clássico: alvinegro contra alviverde.
Tensão no gramado, carnaval nas arquibancadas.
Aos sete minutos do primeiro tempo, um atacante alviverde desaba na área alvinegra.
O juiz aponta o círculo branco e solitário no meio da área: pênalti! Nem hesitou não era de hesitar.
O braço direito estendido com vigor para o ponto de castigo. Não recua sob a onda de jogadores alvinegros revoltados, os encara com firmeza, encena dar cartão amarelo a quem insistir, acalma a todos, monitora a cobrança.
Um terço do estádio canta, o resto, o imenso resto, berra, trepida, xinga:
“Filho da p…! Filho da p…! Filho da p…!”.
Mais de trinta mil bocas soltando sua fúria.
“Filho da p…! Filho da p…! Filho da p…!”.
A ofensa desliza, brisa leve, até o coração do juiz, agradecido.
Um sorriso no canto dos lábios, o jovem juiz Alessandro Ronaldo Torres de Almeida, mais tarde conhecido como Ronaldo, o fonema, volta para o círculo central, carregando a bola, feliz.
“Filho da p…! Filho da p…! Filho da p…!”, canta a multidão.
“Com muito orgulho!”, responde por dentro o Sandro.
“Com muito orgulho!”
*Jean-Michel Lartigue é autor do livro de contos “EQUÍVOCO”, pela edições ardotempo. O conto acima é um dos 39 de seu livro, lançado há pouco. Veja aqui.
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Chegada da tecnologia 4G vai deixar 30 mil sem TV paga
Cerca de 30 mil assinantes de TV paga na Grande São Paulo perderão o sinal de seu serviço em 2013 e ainda não sabem disso.
Parte da frequência na região utilizada pelo serviço de MMDS (que transmite o sinal da TV paga em uma faixa de micro-ondas) será utilizada pela nova tecnologia de celulares que chegará em 2013, a rede 4G, por determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Com isso, assinantes da TVA (Vivo TV), detentora do serviço de MMDS na Grande São Paulo, simplesmente perderão a sua TV paga nos primeiros meses do ano. O espectro do MMDS é o mesmo da rede 4G.
Alguns assinantes procuraram a coluna dizendo que o sinal da Vivo TV nas regiões de Osasco e Alphaville já está falhando com frequência, mas que a operadora nada explica sobre o assunto.
Foi que se apurou que essas falhas têm ligação com testes da tecnologia 4G, que já vêm sendo realizados na região.
Procurada, a Vivo informa que seguirá as determinações do edital de 4G no que se refere à liberação do espectro nas cidades onde dispõe dessas frequências para a prestação do serviço de TV por assinatura.
Também afirmou que os seus clientes serão avisados com a devida antecedência sobre qualquer alte
domingo, 2 de dezembro de 2012
Corinthians deixa má imagem antes do Mundial do Japão
Os titulares do Corinthians jogaram como se não se conhecessem ou não estivessem entrosados. Os reservas do São Paulo jogaram tão bem ou melhor do que o time titular.
A cena foi esta no Pacaembu, no encerramento do Brasileirão 2012.
O Corinthians fechou o campeonato com a sexta melhor campanha. O Timão tirou o pé da disputa logo depois da conquista da Libertadores. Mesmo assim ficou atrás apenas de quatro equipes que encontrará no principal torneio de clubes da América do Sul, no ano que vem, e também do Náutico, quinto colocado.
O Timão estave desligado em campo. Desconectado, diria. Longe das boas atuações nesta reta final do torneio nacional. A defesa desatenta, meio-campo sem criatividade e o setor de ataque sem poder de fogo explicam a queda corinthiana.
É óbvio que a equipe de Tite se comportará de outra maneira em Toyota e Yokohama. Se repetir a má atuação deste domingo, na derrota por 3 x 1 para o São Paulo, o título mundial de clubes não será trazido ao Brasil.
“Vou lamber a ferida”, disse Tite após o duelo. “O Corinthians ganhou a semifinal do Mundial hoje. Eu estou garantindo pra vocês. Ficou o aprendizado com esta derrota”, concluiu.
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