sexta-feira, 8 de março de 2013

Julgamento de corintianos na Bolívia é adiado e eles seguirão presos

A Justiça da Bolívia adiou a audiência que iria julgar a apelação dos 12 corintianos presos na Bolívia após a morte do jovem Kevin Espanha. Prevista para esta sexta-feira, o julgamento foi cancelado, segunda embaixada do Brasil em La Paz, por conta do Dia Internacional da Mulher. “Ia acontecer às 15h (17h no horário de Brasília), mas foi adiado pela promotora. O governo boliviano resolveu que as mulheres do serviço público só deveriam trabalhar até às 12h30. A promotora, então, adiou o julgamento”, afirmou Kaiser Araújo, cônsul brasileiro em La Paz, na Bolívia. Novo julgamento foi marcado para a próxima terça-feira, às 15h, em Oruro. O 12 torcedores estão presos em Oruro desde o dia 20 de fevereiro. Eles foram detidos após um sinalizador que atingiu e matou Kevin ser disparado por um corintiano na partida entre o clube o San José, na Bolívia. Quatro dias após o caso, um menor de 17 anos confessou no Brasil ter sido o autor do disparo. Ele prestou depoimento na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos e foi liberado. A polícia da Bolívia, entretanto, afirmou que a confissão não muda a situação dos brasileiros detidos em Oruro. Corinthians estuda doar renda para família de Kevin O Corinthians tem a intenção de doar a renda da bilheteria de uma partida do clube para a família do boliviano Kevin Espada, 14 anos, morto por um sinalizador atirado por torcedores corintianos no jogo contra o San José. O clube discute internamente como entrará em contato com os familiares do jovem para viabilizar a doação. A ideia é que a renda seja de um jogo da Libertadores, já que agora o time poderá receber sua torcida no Pacaembu. O clube diz estar tomando todas as cautelas para que a família do rapaz não seja exposta. A possibilidade de eles virem ao Brasil receber a doação é descartada. Por isso, esperar o julgamento da Conmebol era crucial. VAI CORINTHIANS !!!!!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Tijuana joga Libertadores em meio à tensão da fronteira com os EUA

Corinthians visita time de cidade com marcas sangrentas em região fronteiriça, trânsito de imigrantes ilegais e presidente de clube controverso As cruzes que se multiplicam ao longo de quilômetros e mais quilômetros de uma barreira interminável denunciam a violência que um dia tomou conta de fronteira entre México e Estados Unidos – principalmente na região de Tijuana, onde o Corinthians enfrenta o time local nesta quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), pela Taça Libertadores. Hoje, porém, a equipe dos Xolos é uma das responsáveis por diminuir a tensão na região, normalmente agitada por causa de imigrantes ilegais que tentam cruzar para o lado americano e a forte presença do narcotráfico - inclusive a suspeita de ligação com o presidente de honra do clube. Tijuana fica localizada a 2.300 quilômetros da Cidade do México, ao norte, no estado da Baja California. Está colada na divisa com o estado americano quase homônimo, a California. Por isso, desperta o interesse de muitos estrangeiros sem visto dos Estados Unidos, que querem ingressar no país de forma ilegal. Nem todos conseguem, as cruzes provam isso. As mortes são por queimaduras da cerca eletrificada do lado americano, ou até mesmo pelo calor, que desidrata e castiga a região de deserto que divide os dois países. Cruzes se multiplicam e homenageiam os mortos na divisa com os EUA (Foto: Diego Ribeiro) Só na parte de Tijuana, a cerca tem pelo menos 200 quilômetros de extensão, com duas camadas - a mexicana, mais antiga e com homenagens aos mortos, e a americana, mais alta, eletrificada, e monitorada por câmeras. Para atravessar por vias legais, pode-se esperar até duas ou três horas em uma rodovia que liga México e Estados Unidos. O temor do narcotráfico faz os americanos endurecerem a fiscalização nessa região fronteiriça. Em Tijuana, até o presidente de honra dos Xolos é acusado de envolvimento com cartel local. Jorge Hank já foi prefeito da cidade e está envolvido em uma série de polêmicas. É dono de um casino, de uma casa de apostas e do clube - tudo “amarrado” pela marca Caliente. Hank foi preso em 2011 por porte ilegal de armas e munições. Pior: boa parte dessas armas teve ligação com assassinatos ocorridos no estado da Baja California. O presidente de fato dos Xolos é seu filho, Jorge Hank Inzunza. - Eles não falam com a imprensa, é muito difícil localizá-los. Jorge Hank é um homem muito poderoso, mas de grande controvérsia. Ele não é um tipo dos mais amigáveis - disse um jornalista local, que preferiu não se identificar. Cerca da fronteira entre o México e os Estados Unidos: tensão pura (Foto: Diego Ribeiro) Pela primeira vez, a cidade vai receber uma equipe brasileira na Taça Libertadores. É tudo inédito para um local que não estava acostumado a ver futebol em alto nível. O jogo contra o Corinthians é considerado pela diretoria o mais importante da história dos Xolos. Não só pela parte futebolística, mas pelo que representa na relação com San Diego. Hoje, com a baixa da economia americana, muitos mexicanos tiveram entrada permitida no país e vivem na região de San Diego – também possuem dupla nacionalidade. Quando há um jogo do Tijuana, a migração para o México é grande. A distância de cerca de 40 quilômetros entre as duas cidades já foi bem maior, pelo menos no aspecto social. Muitos nativos dos Estados Unidos adotaram o México como segunda casa e atravessam a fronteira para fazer compras, jantar em bons restaurantes e... ver um jogo dos Xolos. Dos mais de 20 mil sócios que adquiriram carnês para as partidas do Campeonato Mexicano, a diretoria calcula que pelo menos 500 sejam americanos. - Isso ajudou muito a diminuir os problemas da região. Muitas famílias assistem aos nossos jogos, inclusive americanas, e o clima é de pura confraternização. Você vai ver nossos torcedores pressionando o adversário, claro, mas jamais com violência - afirmou um funcionário da comunicação do clube. Até perder de vista: cerca tem pelo menos 200 quilômetros do lado de Tijuana (Foto: Diego Ribeiro) Nada disso, porém, apaga aquilo que as cruzes eternizaram na fronteira. E mesmo com a considerável diminuição das tentativas de imigração ilegal aos Estados Unidos, ainda há muitos problemas do tipo na região. – Há quem tente, sim. Muita gente ainda tenta atravessar, mas aos poucos o povo mexicano está se conscientizando de que isto não é necessário. Os Estados Unidos precisam mais de nós do que nós deles. Então, a tendência é que um dia essa barreira seja mera formalidade – disse o funcionário do Tijuana. VAI CORINTHIANS !!!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Saiba abrir escolinha de times como a Corinthians

Ter uma escolinha do Corinthians, ou de outros grandes times pode ser uma oportunidade para atrair alunos. Por meio de franquias, os clubes oferecem o uso de sua marca e o modelo de negócio por um custo de R$ 14 mil a R$ 40 mil. A infraestrutura exigida, no entanto, é grande, e o valor investido nela fica à parte da negociação com os times. Os campos para a prática do esporte podem ser de grama natural, grama sintética ou outro tipo, como areia ou quadra de futsal. O metro quadrado de grama sintética, a mais utilizada, custa entre R$ 70 e R$ 110. Assim, um campo society com 1.400 metros quadrados pode custar a partir de R$ 98 mil. Sem considerar o gasto com o imóvel, o investimento inicial (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro) para uma franquia da Estrelas do Futuro, escolinha de futebol do Botafogo, é de aproximadamente R$ 14 mil; da Meninos da Vila, do Santos, é de R$ 25 mil; da Guerreirinhos, do Fluminense, e da Chute Inicial, do Corinthians, é de R$ 30 mil; e da Escola de Futebol da Ponte Preta é de R$ 40 mil. investimento inicial de aproximadamente R$ 14 mil (taxa de franquia + kits de uniformes iniciais). Faturamento médio mensal, lucro médio mensal e prazo de retorno do investimento variam de acordo com a localização, número de alunos e de professores Divulgação Proximidade com o grande time é ferramenta de marketing Murilo Hasselman, responsável pela franquia Estrelas do Futuro, escola oficial de futebol do Botafogo, diz que, entre outras vantagens, o franqueado e seus alunos têm acesso aos treinos do time profissional, pode participar de torneios, amistosos e jogos-treinos com os times formados pelos juniores, fazer testes direto na base, entrar com o mascote nos jogos do Botafogo e fazer visitas aos estádios General Severiano e Engenhão. Para Marcos Nascimento, diretor da Cia de Franchising, consultoria especializada em formatação e expansão de franquias, benefícios como esses podem ser usados como ferramenta de marketing na atração de alunos, embora o empreendedor saiba que nem todos os alunos têm potencial para serem jogadores profissionais no futuro. Um cuidado importante, ele ressalta, é com a concorrência e o público-alvo, já que o curso de futebol é considerado um gasto supérfluo para as famílias e os estudantes podem facilmente substituir as aulas da escolinha pelo uso de quadras comunitárias e até pelas aulas de educação física da escola regular. "O candidato a franqueado deve avaliar a metodologia técnica e pedagógica, que são diferenciais na atração e retenção de alunos, além do conhecimento que lhe será transmitido pela franqueadora", afirma Nascimento. Time do coração nem sempre oferece o melhor negócio O especialista recomenda deixar a emoção de lado na hora de analisar as marcas e optar pela melhor oportunidade de negócio em vez de escolher o time do coração. "O empreendedor tem que deixar a emoção de lado. Todos os times têm tradição na formação de grandes talentos para o futebol, mas uma escola pode ter diferenciais em relação às outras", diz. Os times não restringem às franquias apenas ao Estado a que pertencem, assim, é possível abrir um franquia de um time carioca em São Paulo, por exemplo. Segundo Nascimento, isso não prejudica o marketing da franquia. "Se naquela localidade tiver público que queira aprender futebol, eles vão se matricular", afirma. Ampliar