sexta-feira, 2 de setembro de 2011
O celular e a saidinha
A tal "saidinha de banco" é um crime perigoso. O cidadão vai à agência, saca uma boa quantia de dinheiro e acaba surpreendido por bandidos ao sair.
Se reagir, arrisca ser morto. Na menos ruim das hipóteses, sai ileso, mas perde um alto valor, reunido com grande esforço.
Quase sempre o bandido lá fora é alertado por algum comparsa dentro do banco. O sujeito vê o incauto sacar o dinheiro e passa a valiosa informação para o colega de crime do lado de fora.
Assim, faz sentido a lei aprovada pela Câmara Municipal de SP que proíbe o uso de celulares dentro das agências bancárias. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) avalia agora se é o caso de sancioná-la. Se não ferir outra lei, deveria fazê-lo. A federação dos bancos apoia.
No começo, a medida deve causar controvérsia. Ficamos tão acostumados a falar no celular, o tempo todo, que alguns minutos sem o telefone já deixam a pessoa aflita, sentindo-se desconectada do mundo.
Mas, com um pouco de compreensão e bom-senso, não há razão para a nova lei não "pegar".
É mais lógico impedir que os criminosos passem informação lá de dentro do que colocar mais e mais policiais e seguranças dentro e fora dos bancos.
A medida deve ajudar a combater a "saidinha de banco", mas acabar com esse tipo de crime --aliás, com qualquer tipo de crime--, é quase impossível.
Por isso, é bom sempre ficar atento e evitar sacar grandes quantias em dinheiro. Muitas operações, hoje em dia, podem ser feitas pela internet.
Mesmo assim, a proibição do celular merece apoio. É melhor ficar sem telefone por alguns minutos do que perder muito dinheiro --ou até a vida-- em segundos.
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