Parece que a lógica venceu, e São Paulo vai mesmo sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.
O principal aeroporto internacional fica aqui, na maior metrópole do país. São Paulo tem também a melhor estrutura para receber visitantes, com muitos hotéis e restaurantes.
Não fazia sentido São Paulo ficar fora da Copa, ainda mais que o Rio de Janeiro, bonito por natureza, vai ter a partida final.
A dúvida agora vai ser o preço a pagar por isso. O Morumbi, um estádio já pronto, mas que precisava de uma boa reforma, foi descartado de cara pela Fifa e pela CBF.
Ficou decidido então que o futuro estádio do Corinthians, a ser erguido em Itaquera, será usado para a Copa. Acontece que, como quase tudo no Brasil, vai entrar dinheiro público para garantir o sucesso privado.
O BNDES, um banco estatal, vai dar empréstimo de R$ 400 milhões, com juros baixos. A Prefeitura de São Paulo vai dar incentivos fiscais --ou seja, deixar de cobrar impostos-- sobre outros R$ 420 milhões que serão usados na obra.
Pode até ser, como diz o prefeito Gilberto Kassab, que os benefícios com a construção do estádio, como geração de empregos e compras feitas por turistas e torcedores, sejam compensadores. Por enquanto, não passa de palpite.
O preço da obra, a cargo da construtora Odebrecht, já variou bastante. Chegou a mais de R$ 1 bilhão. Agora, a empreiteira afirma que sai por pouco mais de R$ 800 milhões.
São Paulo merece ser a cidade de abertura da Copa. Mas é preciso ficar de olho bem aberto para que, na tentativa de marcar esse golaço, os paulistas não tomem um drible no campo da honestidade e deixem a defesa aberta diante do ataque da corrupção.
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