sexta-feira, 9 de março de 2012

Gasolina no fogo

A greve de caminhões que entregam gasolina em São Paulo perdeu alguma força ontem, mas o prejuízo continua hoje.

Mais postos de combustíveis podem ficar fechados por falta do produto, enquanto não se normaliza a distribuição.

O pretexto para tentar parar a maior cidade do país foi a proibição de caminhões em 25 vias de grande tráfego, com destaque para a marginal Tietê, das 5h às 9h e das 17h às 22h.

Motoristas de caminhões-tanque sob a liderança de um tal de Sindicam (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos de Bens) suspenderam a entrega de gasolina. Mesmo com a paralisação suspensa, vai precisar de alguns dias para reabastecer todos os postos.

A maldade com os paulistanos foi dupla. Para pressionar a prefeitura, os caminhoneiros escolheram a dedo algo para prejudicar os cidadãos.

"Estou fazendo uso da carga líquida porque ela mostra, com mais rapidez, a necessidade de alguém conversar", confessou Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam.

A agressão era ainda maior. Os caminhões que entregam combustíveis já estavam proibidos na marginal Tietê, e em horários parecidos com o das novas regras.

O trânsito de produtos perigosos naquela avenida foi suspenso em 2011 em certos períodos do dia.

A Justiça decidiu aplicar uma multa diária de R$ 1 milhão a sindicatos que lideram a greve abusada.

A Polícia Militar montou comboios para evitar depredação de veículos de motoristas que não aderiram ao protesto.

Gente sem consideração, que não hesita em prejudicar os outros para alcançar seus objetivos, só vai mesmo entender o que é errado na hora em que doer no bolso

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