segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Os empresários
Quem são da onde vieram, vive do que da exploração e a sorte de alguém, quem são esses empresários, são agiotas
Eles começaram de forma tímida intermediando as negociações entre clubes e orientando os jogadores sobre a melhor oportunidade lá pelos anos 80. Hoje já não é possível comprar, vender ou emprestar jogador de futebol sem a participação dos empresários. Ou melhor, já não se consegue encontrar um jogador de futebol que não tenha empresário e olha que eles estão quase que buscando os garotos no berço. A grande promessa do Santos, Jean Chera, um menino de 15 anos exigiu para fazer o primeiro contrato profissional de 3 anos com o clube uma média de R$ 100 mil por mês, além de uma série de benefícios como luvas de R$ 1 milhão. Hoje existem centenas de empresários espalhados pelo mundo do futebol. Alguns são verdadeiros tubarões da bola. O começo foi com o empresário Léo Rabelo, hoje com 73 anos e ainda na ativa. Ele ainda administra a carreira de pelo menos 30 jogadores. Os mais badalados, no entanto, são: Wagner Ribeiro com mais de 200 atletas, Eduardo Uran, 130, Fabiano Farah, Juan Figer e por ai vai. Tem também os fundos de investimentos e as empresas criadas para trabalhar no ramo que sempre se mostrou um dos mais promissores e de dinheiro fácil do mundo. Empresário de jogador de futebol virou profissão, mas como em tudo na vida, quem chegou na frente bebeu água limpa.
É preciso tomar muito cuidado porque o próximo passo dos empresários é tentar assumir o comando dos clubes tradicionais do futebol brasileiro. Eles já estão fundando os próprios times pelo interior do país, tem times fictícios e quando colocaremr a mão em algum grande será o fim do futebol tal como conhecemos.
Já está em vigor nova legislação esportiva. Os administradores de entidades desportivas passam a responder, solidária e ilimitadamente, pelos atos ilícitos praticados, de gestão temerária ou contrária ao previsto no contrato social ou estatuto. Portanto, a responsabilidade dos dirigentes, que já era objeto de discussão em alguns processos, ficou claramente regulamentada em lei. Quem será o primeiro a pagar?
Tem gente na alta esfera administrativa que não pode nem ouvir falar de Copa do Mundo. Os problemas estão pipocando por todo país. Já pensam em diminuir o número de sedes de 12 para 10. Organizações sociais se articulam para combater os impactos sociais, culturais , econômicos e ambientais que as obras da copa vem provocando. O Ministério Público Federal já analisa várias denúncias.
Guimarães Rosa já dizia: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Coragem para mudar, coragem para fazer diferente, coragem para dizer a verdade. É uma pena que no futebol existem muitas verdades. Quando a transparência der sentido à vida, seremos mais felizes.
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