É um clássico direito do cidadão não produzir provas que possam incriminá-lo.
Com base nesse princípio, muita gente tem se recusado a passar pelo teste do bafômetro.
E o número está aumentando. Até o dia 18 de outubro deste ano, 702 pessoas, na cidade de São Paulo, não quiseram se submeter à medição.
A estatística já superou a do ano passado, quando 593 motoristas se negaram a assoprar o aparelho.
É óbvio que quem não teme, assopra. E quem foge sabe que bebeu além da conta.
É possível que tenha crescido o número dos que guiam depois de beber.
Mas o mais provável é que venha aumentando a quantidade de cidadãos conscientes do direito de recusar o bafômetro.
É verdade que faltam educação e transporte público eficiente. Mas é óbvio que isso não justifica guiar embriagado.
Verdadeiras tragédias causadas por bêbados ao volante têm chocado a população de São Paulo e de outras cidades brasileiras.
Em geral, quando alguém rejeita o bafômetro, é levado a uma delegacia e submetido à "avaliação visual" de um legista do IML.
O problema é que a Justiça não reconhece esse laudo como prova.
É preciso, portanto, encontrar uma alternativa para testar a embriaguez e punir os irresponsáveis que colocam em risco a vida alheia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário