Se as eleições municipais fossem realizadas na época das chuvas é provável que São Paulo já estivesse mais bem equipada para combater os efeitos dos temporais.
Como o eleitor só vai às urnas em outubro, na temporada da seca, os alagamentos e transtornos já não estão na ordem do dia. Se não foram totalmente esquecidos, ficaram para trás.
Talvez essa seja uma das explicações para o descaso das autoridades quando acaba a estação chuvosa.
As promessas de novas obras e de ações preventivas vão sendo abandonadas até que as nuvens carregadas voltem a ameaçar a cidade.
É o que acontece nesse momento. Por isso, a reportagem do Agora foi conferir o estado dos piscinões. E o que encontrou preocupa.
Os reservatórios acumulam sujeira, entulho e mato. Em alguns deles há falhas no concreto e problemas de segurança. No Guaraú, na zona norte, o piscinão virou point de jovens que consomem drogas.
Segundo a prefeitura, os detritos são decorrência de chuvas recentes. Os piscinões seriam monitorados por câmeras e passariam regularmente por limpeza.
Pode ser, mas, dos 14 visitados pelo Agora, sete foram totalmente reprovados.
Nem todos os efeitos das chuvas podem ser controlados, mas a prefeitura precisa fazer o que está a seu alcance. E, pelo visto, continua devendo. A hora do teste não vai demorar a chegar. É esperar para ver.
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