sexta-feira, 15 de junho de 2012
Cartão de risco
O consumidor ainda precisa tomar cuidado com o cartão de crédito. Todo mundo quer ter essa facilidade, ficar livre de carregar dinheiro ou talão de cheque e ainda poder comprar hoje para pagar depois sem ter de abrir crediário. Mas é arriscado.
Mesmo depois de várias quedas nos juros de outras linhas de crédito, o cartão não saiu do lugar. Seus juros, há mais de dois anos no mesmo nível, são quase idênticos ao que se cobrava no ano 2000.
Os especialistas dizem que há pouca concorrência. As pessoas não têm muita opção, não podem mudar de cartão a toda hora e acabam gastando mesmo sabendo que estão pagando mais.
É claro que o cartão apresenta vantagens. Para quem tem disciplina, é um jeito prático de concentrar o pagamento de várias compras numa só data. Para as lojas, é garantia de que o dinheiro vai chegar, o que nem sempre acontece com cheques.
Mas a grande armadilha são mesmo os juros. Eles podem fazer uma dívida de R$ 1.000 chegar a R$ 3.382 em um ano. Pagar só o valor mínimo da fatura é uma roubada, verdadeira bola de neve. No crédito rotativo, o consumidor mal consegue cobrir os juros, e a dívida principal continua lá, crescendo.
Como no caso de qualquer dívida, a solução para o cartão é só uma: quitar. Quem não consegue pagar a fatura cheia precisa se livrar dele.
Pegar um empréstimo mais barato no banco para pagar o valor total é uma das soluções mais recomendadas. Mas, nesse caso, é preciso deixar o cartão na gaveta e não comprar mais nada por um tempo, para não começar tudo de novo.
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