domingo, 1 de julho de 2012

Onda de violência

São Paulo vive uma onda de violência. Nada que se compare aos ataques que apavoraram a capital em 2006, mas a coisa está feia. Aumenta o número de arrastões, policiais são assassinados, bandidos mandam fechar o comércio na periferia e ateiam fogo em ônibus. O que está acontecendo? Autoridades do Estado têm dado declarações que confirmam o agravamento do conflito entre as forças da lei e do crime. "Os criminosos serão presos. E, se enfrentarem a polícia, vão levar a pior. Essa é a ordem", esbravejou o governador Geraldo Alckmin. Antes, o deputado estadual Olímpio Gomes (PDT-SP), que fez carreira na PM, discursou na Assembleia Legislativa para seus ex-colegas de farda: "Redobrem a munição. Mas, se tiver que ficar viúva, que fique a mulher do bandido". Em outras palavras: o bicho está pegando. Mas, infelizmente, ninguém ouviu nos últimos dias a voz do secretário da Segurança. É que ele se encontrava, na companhia de seu filho, em viagem particular ao exterior (segundo a Secretaria da Segurança, perto do Brasil). Estava de folga. Não se sabe se todas as ocorrências das últimas semanas estavam ligadas. Mas é certo que existe uma escalada de agressões envolvendo a Polícia Militar e a facção criminosa PCC. A origem do confronto teria sido a morte de membros do grupo por policiais da Rota, no dia 28 de maio. Desde então, a violência e a sensação de insegurança só aumentaram. O PCC já não é mais o mesmo, mas continua causando estragos. Cabe ao governo aparelhar melhor a polícia para acabar de vez com essa organização de facínoras.

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