sexta-feira, 13 de julho de 2012
Pancadaria na Paulista
Não é difícil imaginar muitos motivos para o prefeito Gilberto Kassab (PSD) insistir na proibição da comemoração dos torcedores na avenida Paulista: barulho, sujeira, confusão, trânsito, vandalismo e desrespeito com moradores, que nada têm a ver com festa exagerada de alguns torcedores dispostos a manchar a conquista da Libertadores.
Mas a Paulista é uma via que já acolhe manifestações de todos os tipos, de protestos e marchas aos shows do Ano Novo. Por que o título mais importante do Corinthians nos últimos anos, que deixou a cidade em cli- ma de Copa do Mundo, não poderia ter es- paço também?
Não seria o caso, claro, de permitir uma festa que fechasse a avenida. O próprio clube já tinha preparado uma festa no Sambódromo, local bem mais apropriado. Mas achar que todo mundo iria até a zona norte para comemorar uma vitória que aconteceu a cerca de 4 km da avenida Paulista foi muita ingenuidade.
Deu no que deu. A Polícia Militar chegou às 2h à Paulista para expulsar cerca de 400 torcedores. Houve confronto e aquele triste cenário de sempre: pedras, bombas, balas de borracha.
Ninguém é obrigado a aturar vândalos. Por isso mesmo, em vez de fingir que nada vai acontecer na Paulista, a prefeitura poderia preparar melhor a avenida para esse tipo de comemoração.
Por exemplo: providenciar banheiros químicos, encher a avenida de policiais, planejar desvios de trânsito e segurar a onda dos arruaceiros.
Em vez de simplesmente distribuir cacetadas, seria melhor dar mais segurança tanto aos moradores quanto aos torcedores de bem que querem celebrar ali a bela vitória do seu time.
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