terça-feira, 24 de julho de 2012

Violência injustificada Não há dúvida de que o empresário Ricardo Prudente de Aquino teria se precipitado e errado ao supostamente desrespeitar sinalização de bloqueio policial para que parasse seu automóvel, anteontem, no bairro de Alto de Pinheiros. A consequência dessa decisão, entretanto, não poderia ter sido seu assassinato por policiais militares. Os PMs dispararam dois tiros na têmpora de uma pessoa desarmada. Quatro cápsulas foram encontradas dentro do carro. É inaceitável o comandante-geral interino da PM declarar que ação foi correta e "não pode ser criticada", pois o empresário desobedeceu a uma ordem legal. Ora, não consta que a lei brasileira dê à polícia o direito de executar sumariamente pessoas simplesmente por desrespeitarem ordens legais. O que aconteceu anteontem com um empresário num bairro nobre não é novidade em áreas menos favorecidas da cidade. São inúmeros os casos, não apenas em São Paulo, de policiais que matam inocentes por preconceito ou simples despreparo. No clima de guerra que envolve hoje os embates entre policiais e membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), atirar antes e verificar depois parece uma atitude natural. Mas não é. A polícia é paga pela sociedade para promover a segurança, não o terror. Precisa ser treinada para desempenhar suas funções de maneira eficaz. Tem de respeitar a vida e as leis. É claro que a PM também precisa ser capaz de se impor em confrontos armados e situações de grave perigo. Só que não era esse o caso em Alto de Pinheiros.

Não há dúvida de que o empresário Ricardo Prudente de Aquino teria se precipitado e errado ao supostamente desrespeitar sinalização de bloqueio policial para que parasse seu automóvel, anteontem, no bairro de Alto de Pinheiros. A consequência dessa decisão, entretanto, não poderia ter sido seu assassinato por policiais militares. Os PMs dispararam dois tiros na têmpora de uma pessoa desarmada. Quatro cápsulas foram encontradas dentro do carro. É inaceitável o comandante-geral interino da PM declarar que ação foi correta e "não pode ser criticada", pois o empresário desobedeceu a uma ordem legal. Ora, não consta que a lei brasileira dê à polícia o direito de executar sumariamente pessoas simplesmente por desrespeitarem ordens legais. O que aconteceu anteontem com um empresário num bairro nobre não é novidade em áreas menos favorecidas da cidade. São inúmeros os casos, não apenas em São Paulo, de policiais que matam inocentes por preconceito ou simples despreparo. No clima de guerra que envolve hoje os embates entre policiais e membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), atirar antes e verificar depois parece uma atitude natural. Mas não é. A polícia é paga pela sociedade para promover a segurança, não o terror. Precisa ser treinada para desempenhar suas funções de maneira eficaz. Tem de respeitar a vida e as leis. É claro que a PM também precisa ser capaz de se impor em confrontos armados e situações de grave perigo. Só que não era esse o caso em Alto de Pinheiros.

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