terça-feira, 3 de julho de 2012

SETOR DE FOGOS DE ARTIFÍCIO LUCRA ATÉ 200% COM CORINTHIANS NA LIBERTADORES

Febre do Corinthians na final da Libertadores faz até anticorintianos lucrarem em São Paulo Bruno Doro Do UOL, em São Paulo Comentários 36 Vai pedir uma pizza na próxima quarta-feira? Uma coisa você pode apostar: as chances do entregador ser corintiano são baixas. Com o segundo jogo da final da Libertadores marcado para as 21h50, o pedido mais ouvido por gerentes de pizzarias pela cidade de São Paulo é o de folga na quarta-feira. Além de esperar um pouco mais pelas pizzas na quarta-feira, o paulistano tem outra certeza: o barulho de fogos de artifícios será ouvido por toda a cidade. “O Corinthians na final da Libertadores foi muito bom para o setor. Na minha loja, por exemplo, o aumento nas vendas foi de 200%”, conta Eduardo Yasuo Tsugiyama, presidente da Associação Brasileira de Pirotecnia e dono da Flames, loja na Avenida Atlântica. Segundo ele, a classificação corintiana salvou o período das Festas de São João. “O volume de vendas é comparável com o do Reveillon, que tradicionalmente é nossa época de maior lucro. E chegou em boa hora pois as festas juninas desse ano não foram muito boas em termos de venda”, completa Eduardo. O fenômeno dos entregadores de pizza é apenas um dos muitos exemplos de como a febre do Corinthians na Libertadores afeta o setor de serviços paulistano. Se São Paulo é a cidade que nunca para, ela tira uma folguinha em hora de jogo do Corinthians, ainda mais pela final de um campeonato que o time nunca ganhou. “Na semana passada eu já tinha acertado com um colega para trocar. Não tinha condição de passar a tensão da semana passada. Agora, quero mais é ficar quietinho no meu sofá, assistindo ao jogo na TV. E, se ganhar, acho que nem apareço na quinta-feira”, brinca Zenilton Santos Conceição, entregador de pizza da tradicional Speranza, no Bixiga. A pizzaria, aliás, montou um esquema especial para o jogo: “Temos 60% de corintianos na equipe. Não dava para dar folga para todos eles porque o movimento de entregas aumenta 20%, mas quem conseguiu trocar, não vem trabalhar”, conta o gerente Djinaldo dos Santos Nogueira, torcedor do rival São Paulo. Também no tradicional bairro do Bixiga, outras pizzarias apostam em entregadores anticorintianos para garantir que os clientes recebam seus pedidos quentinhos. “Nós não temos nenhum entregador corintiano, então não estamos com medo de alguém faltar”, conta Manoel de Oliveira, gerente da Silas Pizzaria. Já na Mano’s Pizza, do outro lado da Rua 13 de maio, um corintiano vai trabalhar, mas revela a estratégia para acompanhar o jogo. “Quando a gente entrega uma pizza, dá uma olhadinha para dentro e vê um pouquinho. Tem que ser assim, de orelhada”, diverte-se Ariosvaldo Silva Pontes. “Mas ele pode ficar tranquilo que vai dar Boca”, provoca o colega Jairo Claudinei da Silva

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