A Fifa, entidade mais importante do futebol mundial, passa por um dos maiores escândalos de sua história de 107 anos.
A principal suspeita é que as Copas de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar, tenham sido "compradas" pelos países. De acordo com as acusações, foram pagas propinas milionárias aos responsáveis por votar na escolha das sedes.
Houve um dirigente que mostrou a foto de um envelope pardo com US$ 40 mil. Outro queria ser condecorado "cavaleiro" pela rainha da Inglaterra.
Isso só vem mostrar que o problema de cartolas corruptos não é apenas do Brasil, mas do mundo todo. Ao menos dois dirigentes já foram suspensos, e outros seis estão sob suspeita.
Um problema grave é que a cúpula do futebol mundial não acompanhou as mudanças por que passou o esporte nas últimas décadas.
Os jogadores se tornaram estrelas globais, com salários de milhões de dólares. Os patrocinadores gastam fortunas para ligar suas marcas a clubes ou seleções. Não é sem motivo. A final da última Copa, em 2010, foi vista por 800 milhões de pessoas na TV.
Enquanto isso, a estrutura de comando --na Fifa, na CBF, nos clubes brasileiros-- mudou quase nada. Os dirigentes são craques só na hora de defender seus interesses.
O escândalo na Fifa afeta o Brasil. Como é que a entidade, tropeçando nas próprias confusões, vai cobrar organização, prazos e honestidade na preparação para a Copa de 2014?
A elite do futebol dribla todos os escândalos com o maior talento. Tem controle total da partida, mesmo quando a bola murcha. E os apaixonados pelo esporte perdem de goleada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário