Cigarro e álcool, já se sabia: causam câncer. Mas o uso do celular também? É preciso calma com a notícia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu, por enquanto, o uso excessivo de celular numa longa lista de suspeitos. Café, verduras enlatadas e o trabalho em tinturarias que fazem lavagem a seco também não estão descartados. Tudo depende ainda de muita pesquisa para se confirmar.
Em geral se pensa que, no mundo científico, tudo é só certeza e conclusão definitiva. Ao contrário: cada nova teoria é testada muitas vezes. O conhecimento vai se constituindo aos poucos.
O que se sabe, até agora, é que pessoas com alguns tipos de câncer na cabeça contaram a pesquisadores que usam celular com uma frequência acima da média --mais de uma hora por dia.
Outros fatores, além do celular, podem ter contribuído para a doença. Com graus diferentes de certeza, 900 produtos e comportamentos suspeitos de causar câncer foram listados.
Seria difícil, na vida moderna, eliminar do cotidiano tudo o que foi apontado como "possivelmente cancerígeno". Seja como for, um pouco menos de celular não faria mal a ninguém.
Basta ver o número de carros desgovernados que andam pelas ruas de São Paulo. Bebedeira do motorista? Pode ser. Mas é também provável que o cidadão esteja falando no celular.
Protegido pelo insulfime, o cidadão discute com a mulher, programa a balada do fim de semana, combina o preço com um fornecedor ou simplesmente reclama da vida, enquanto guia por aí. O motociclista faz o mesmo, e o pedestre, também. É grande o risco de todos se encontrarem no cemitério, antes mesmo que a OMS chegue a uma recomendação definitiva sobre o celular.
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