domingo, 17 de outubro de 2010

Andrés fala com organizada até pelo rádio

Nunca a Gaviões da Fiel teve acesso tão fácil a um presidente corintiano como acontece com Andrés Sanchez. Alguns integrantes têm a facilidade de localizar o cartola pelo rádio. Pedem encontros com jogadores, demissão de treinador, afastamento de atletas…

O pedido de licença feito por Souza foi mais uma demonstração da intimidade da torcida com cartolas do clube. Na quinta-feira um conselheiro recebeu telefonema de um integrante da Gaviões com o recado: “Avise a diretoria que o Souza não veste mais a camisa do Corinthians”.

Na sexta, até um dos advogados corintianos recebeu ligação de um dos integrantes da torcida. Queria saber quanto o clube teria de pagar para rescindir o contrato de Souza.

Andrés sempre fez questão de fortalecer seus laços com as organizadas, como ao doar dinheiro do clube para seus desfiles de Carnaval.

E foi o Carnaval que começou a deixar o presidente do Corinthians vulnerável diante de parte da torcida. A ala da Gaviões da Fiel a favor de a torcida se concentrar só no futebol e deixar os defiles de lado, denominada Movimento Rua São Jorge, passou a condenar as doações de Andrés.

O grupo diz que essa prática inibe as cobranças da torcida ao dirigente. Isso explica o coro entoado por membros da Rua São Jorge no clube neste sábado: “Alô, Andrés. Fica ligado, o seu dinheiro só compra mercenário”.

A mesma ala fez questão de pagar na sexta-feira os ingressos que recebeu para o jogo com o Vasco, apesar de ter ouvido em São Januário, da própria Gaviões, que os bilhetes eram cortesia do Corinthians, devido ao momento crítico do time. O departamento de arrecadação do clube negou ao blog a doação de ingressos.

Assim, com esta divisão, Andrés perdeu a tranquilidade que tinha em relação à torcida, algo que Alberto Dualib nunca sentiu o gostinho. Aliados do cartola, porém, enxergam algo de positivo nos protestos. Um deles me disse que acha bom os jogadores levarem uma prensa da torcida. E que se for para barrar alguém no CT melhor que sejam os jornalistas.

por Perrone às 11:49

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