segunda-feira, 30 de abril de 2012
Frangos x Frangos.....
Não gosto de fazer parte do time dos corneteiros. Acho que isso muitas vezes atrapalha, em qualquer setor de atividade. Falar mal constantemente de uma pessoa não é uma tarefa digna. Duvidar da capacidade de superação de outro, também.
Como diz o ditado: “Errar é humano”. Todos nós falhamos. O melhor dos seres humanos está muito distante de ser perfeito. Isso é evidente.
Que fique claro que não tenho nada contra Júlio César, Deola e Denis, os goleiros do Trio de Ferro.
Mas, em minha opinião, os três arqueiros estão hoje muito inseguros para as metas de grandes clubes.
Prefiro não julgar a capacidade técnica de cada um. Não sou goleiro. Nunca fui. Convocarei futuramente para isso um especialista. Em uma outra coluna.
Só que noto claramente a fragilidade psicológica do trio. E cada um tem seus motivos.
No Corinthians, Júlio César, nos momentos decisivos, costuma falhar. Isso é fato. Não é uma perseguição. Foi assim contra o Santos, na Vila Belmiro, na final do Campeonato Paulista de 2011, naquele gol de Neymar. Antes, Júlio já tinha falhado no gol em cobrança de falta marcado por Rogério Ceni, o 100º do ídolo são-paulino. No Brasileirão, o camisa 1 corintiano também deixou a desejar em outros momentos importantes, como nos gols também em bolas paradas do vascaíno Juninho Pernambucano e do volante Amaral, do América Mineiro.
No Palmeiras, Deola ficou com uma missão e tanta: substituir o insubstituível Marcos. Comparações são inevitáveis. Acho que Deola está em situação semelhante a de Rubinho Barrichello após a morte de Ayrton Senna. E, assim como o goleiro corintiano, Deola vive altos e baixos. Contra o Guarani, no Brinco, foi vilão do Verdão, também eliminado do Paulistão.
No São Paulo, Denis tenta mostrar que não sente o peso de substituir Rogério Ceni (que ainda não pendurou as luvas como Marcos). Rogério, ao meu ver, trata-se do maior nome da história do clube em todos os tempos. Não é fácil, Denis! Entendo. Ainda mais porque o técnico tricolor, Emerson Leão, também foi um excelente goleiro. A pressão é enorme. E Denis (assim como Júlio César e Deola) também falhou feio no último final de semana. A sorte dele que o São Paulo avançou. Mas como confiar plenamente nele? Denis faz grandes defesas, sem dúvida. Mas já falhou contra o Ituano e naquele gol de falta marcado pelo palmeirense Daniel Carvalho. Só alguns exemplos.
A verdade é que não tem sido doce esta transição de goleiros nas vidas dos três grandes da capital paulista. Os corintianos ainda sentem saudades de goleiros como Gylmar dos Santos Neves, Cabeção, Ado, Tobias, Leão, Carlos, Ronaldo e Dida. Os palmeirenses não se esquecem de Oberdan Cattani, Valdir Joaquim de Moraes, Leão, Velloso e, principalmente, Marcos. E os são-paulinos não veem a hora de Rogério Ceni se recuperar o mais rápido possível, mas também guardam em mente com carinho Poy, Sérgio Valentim, Waldir Peres, Gilmar Rinaldi, Zetti…
Tomara que Júlio César seja um dia como Gylmar dos Santos Neves ou Ronaldo. Que Deola se torne mesmo um novo Marcos ou Valdir Joaquim de Moraes. E que Denis, ex-Ponte Preta como Waldir Peres, faça uns 25% do que fez o próprio Waldir, Zetti ou Rogério Ceni no São Paulo. Para isso, os três atuais titulares do Trio de Ferro terão de evoluir muito. Muito mesmo! Em todos os aspectos.
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