sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Veja qual a camisa mais cara e rentável do futebol

O professor-doutor da FGV foi no âmago da questão! Acabou o romantismo, e neste momento mais do que nunca o futebol é negócio em todos os seus sentidos e em todos os seus segmentos correlatos. Agora o futebol no todo é emoção, paixão, negócio, lazer e…entretenimento! Basta ver o que significa a letra “E” na poderosa marca mundial esportiva “ESPN”. Nas Copas, então, o futebol influi na economia a até na política “deste país”, lulamente falando. Mas vamos ao ranking de valor de mercado das camisas sagradas de nossos times de futebol, baseado também no poder de exposição espontânea de mídia do clube. No estudo, que o DATANEVES “contratou” junto aos 20 maiores e mais renomados grupos econômicos e pós-graduados do mundo, chegamos aos percentuais abaixo. Neles, são contemplados quantidade de torcedores, poder aquisitivo deles, região social e econômica do torcedor-consumidor, tradição, paixão e o estado líder da maior concentração dos aficionados deste ou daquele time. Tudo isso além do poder de cada um na venda de camisas em lojas ou web. O líder, o Corinthians, dono hoje da maior torcida do Brasil, consome tanto e vende tudo o que se relaciona com o clube, que extrapolou seus limites de influência de time de futebol. Hoje, somados todos os seus pontos positivos, a camisa do Corinthians virou um veículo, um poderoso veículo de comunicação publicitária. Neste momento no Brasil a camisa do bicampeão mundial é uma rede de TV, um grande Portal como o UOL, uma grande rede nacional de rádio ou um grande jornal como Folha, Estado ou O Globo. Anunciar neles é retorno garantido. Como é também na “TV Corinthians”, no “Jornal Corinthians”, na “Rádio Corinthians”, no “Portal Corinthians” ou no grande “Outdoor Nacional Corinthians”, que são a camisa corintiana. Mas, enfim, qual o ranking das camisas de maior resposta comercial para seus patrocinadores? E repito: a tabela contempla também o poder aquisitivo regional das torcidas.

O Corinthians vai sobrar

Sou corintiano, mas não posso negar que esteja feliz com a conquista do mundial. Sempre insisto na falta de organização do futebol brasileiro e o Corinthians vai na contramão disso tudo. Depois da saída do ditador Alberto Dualib o time mudou de patamar. Veio da Segunda Divisão acumulando aprendizado. Trocou o vestiário de lata por um moderno CT. Valorizou a marca aumentando, substancialmente, as cotas de televisão, dele e dos outros, por tabela. Conseguiu um estádio, sonho antigo, e, talvez o grande golpe de mestre, preservou um trabalho positivo, mesmo com um momentâneo vexame naquela eliminação contra o Tolima. Profissionalismo, esse foi o ponto fundamental. Tite sentiu respaldo, administrando algumas crises, como aquela do Chicão e o mico Adriano. Traçou um projeto, acreditou nele, os jogadores vieram juntos e agora conquistaram o título mundial. O jogo foi igual. O que, por si só, já é uma exceção. Se Cássio ganhou a bola de ouro, merecidamente, não vimos um Corinthians só acuado e lutando por uma bola de contra ataque. Até jogou assim no primeiro tempo. Porém, criou boas chances, preocupou o adversário, que foi sempre encarado de frente e terminou premiado com a vitória. O Corinthians não retrata o nosso futebol. O Brasil continua esculhambado no esporte. Nossos clubes são atrasados taticamente, e até o próprio técnico Tite, campeão mundial, admite que segue a cartilha do portugues José Mourinho. Os clubes mal administrados e os campeonatos organizados com precariedade, mantendo-se ainda os ridículos regionais. A exceção venceu. Que não se imagine que o nosso futebol tenha mudado de nível. O Corinthians vai sobrar neste lado do mundo. No nosso país, então, não terá para ninguém. Ou se segue esse bom exemplo ou o Brasil será o lugar de um time só.

Fifa põe título mundial do Corinthians entre momentos marcantes do ano

Em clima de retrospectiva, a Fifa listou em seu site '12 momentos que marcaram 2012'. A entidade ignorou a tragédia que matou mais de 70 pessoas no Egito em fevereiro e lembrou o rebaixamento do escocês Rangers por problemas financeiros como único fato negativo, preferindo apontar gols e títulos importantes. Não há um ranking na apresentação, feita em ordem cronológica. A conquista do Mundial de Clubes pelo Timão fecha a lista em 16 de dezembro, com a vitória por 1 x 0 sobre o Chelsea no Estádio Internacional de Yokohama, chamada de 'alegria japonesa do Corinthians'. "O gigante paulista Corinthians tinha vencido a primeira edição do Mundial de Clubes da Fifa em 2000, mas a história recente do torneio vinha sendo de domínio europeu. Isso tornou as coisas para os brasileiros quando, empurrados por mais de 20 mil de torcedores em viagem a Yokohama, eles merecidamente derrubaram o Chelsea graças ao cabeceio decisivo de Paolo Guerrero no segundo tempo", diz o site da entidade. Entre os momentos marcantes do ano, a Fifa lista também a conquista da Copa das Nações Africanas pela Zâmbia, a sobrevivência do congolês Muamba a um ataque cardíaco em campo, o gol nos acréscimos de Agüero que deu o título inglês ao Manchester City e a despedida de Drogba do Chelsea com troféu da Liga dos Campeões.

sábado, 15 de dezembro de 2012

VIDA LOUCA

A vida do Sandro começou preta já no nascimento. Preta e branca, para ser mais justo. E para ser mais preciso, alvinegra. Sandro nasceu torcedor, sem saber. No quarto da mãe, que descansava de uma cesariana tão inútil quanto precipitada. O médico obstetra tinha reservado uma pousada no litoral para o fim de semana e não podia arriscar a demora de um parto normal. Um funcionário da empresa do marido, Edson, já deixara um presente de bem-vindas ao menino: o uniforme completo do time de predileção do pai. Alvinegro. Um conjunto camisa, calção e meia para quatro anos; detalhe insignificante aos olhos do zeloso funcionário, tanto é verdade que a função dos presentes para recém-nascidos é de agradar os pais antes de apresentar qualquer utilidade para os nenéns. O colaborador acertara em cheio. O Sandro não tinha como opinar, a jovem mãe não ousava, o pai exultou; de felicidade, com lágrimas nos olhos e o coração na boca, babando de orgulho de ver a nação alvinegra fortalecida do seu mais novo cidadão, Alessandro Ronaldo Torres de Almeida, seu filho! O fato de o uniforme ter sido deixado pelo Edson horas antes do nascimento só podia ser um presságio. Sandro seria um novo Pelé? Aos quatro anos, a coisa começou a estremecer entre pai e mãe. Ela não gostou quando, sem consultá-la, ele matriculou o menino na mais reputada escolinha de futebol da cidade. Desdenhando a reclamação materna. “Quem apita é juiz!” disse sem pestanejar o marido, alviroxo de raiva para a ocasião. “Aqui nessa casa você não apita nada, entendido?” A mãe entendera. Domingo era dia de agonia materna. Fizesse sol fizesse vento, o pai levava o garoto ao estádio. Até que ele ficava bonitinho, carinha de anjo, uniformizado, listrado, tímido. Mas cercado por uma fauna amedrontadora, cambada de machos desmiolados, em habitat de alambrados de ferro e aço, fanáticos, em transe, uivando, pulando, xingando as mães dos outros. Uma torcida. A mãe do Sandro torcia, de medo, para que nada de ruim acontecesse. Até que um domingo de inverno, o mundo desabou em cima do Pacaembu, na hora do jogo. Trombas d’água nas arquibancadas, arquibanhadas, temperatura polar, para coroar chuva de granizo. Foi a gota d’água. O moleque voltara ensopado, com pneumonia. A mãe pediu divórcio. Erro funesto. Haviam casado sob o regime de separação de bens. A mãe era do bem, mas não possuía. Ele era dono do patrimônio e o provedor dos recursos. Pagou um advogado dos bons. Apenas saído do leito conjugal, o ex-marido deitou e rolou em cima de sua ex-mulher. Obteve do juiz a guarda do Sandro. A coitada não teve opção a não ser se exilar na periferia, longe do filho, contando o dinheiro do aluguel, da condução, da feira de domingo, contando os dias até poder abraçar o menino, uma vez a cada quinze dias. Aproveitando os domingos, quando o time do pai jogava fora da capital. Sandro amava sua mãe e idolatrava o pai. Escrevia poemas para ela e se esforçava ao máximo na escolinha de futebol. Morria de medo de desapontar o pai. Levava jeito para a poesia, nenhum para o futebol. Mas era esperto. Percebera que era melhor ser goleiro do que jogador de campo. É que não há vergonha reserva de goleiro ficar no banco o tempo todo. Quando chamado, tem até direito a simpatia de todos e, se as circunstâncias do jogo forem favoráveis, a momentos fugazes de glória. Ao contrário, ai do reserva de jogador de campo que não entra nunca, ou só entra nos acréscimos! Pura vergonha. Sandro tinha pé torto, optou por jogar futebol com as mãos e virou goleiro. No banco de reserva. Além de esperto, era estudioso. Sabia tudo da história do futebol, de suas regras, dos craques do passado, dos times das séries A e B do brasileirão. O pai só vivia de alvinegro. Sandro vivia de misturar poesia com a peculiar linguística colorida dos clubes de futebol do mundo inteiro: auriverde, alviverde, rubro-negro, canarinho, celeste, reds, bleus, além do sagrado alvinegro do pai, é claro (ou não tão claro?). Aos olhos e ouvidos do adolescente, não eram palavras; eram a expressão da fusão lírica de fonemas e cores, e a lenda dos times por trás de tudo. Em tom de brincadeira, Alessandro Ronaldo repetia que ele era Ronaldo, o fonema. Sandro nascera torcedor, sem saber, de um time só; a conjunção da puberdade e da poesia o libertou do monopólio alvi-paterno-negro: desabrochara sentindo-se torcedor de todos os times! Ou melhor, de nenhum. De todo modo, uma coisa impensável, que o pai idolatrado embora menos que antes não podia saber. O garoto carregava o segredo, cada vez mais pesado. Sandro amava a sua mãe, e sofria por ela. Silenciosamente. Não podia sequer falar o nome dela na casa do pai. Poupava metade de sua mesada para levá-la almoçar em alguma cantina italiana uma vez ao mês, ou no cinema, ou para comprar flores, ou para… O jovem havia notado o desaparecimento do “e” na vida da mãe, aos poucos reduzida à ditadura do “ou”; não podia ir ao cinema “e” almoçar em restaurante; comprar um vestido novo “e” dar presente de aniversário ao filho. Podia fazer isso “ou” aquilo, só. Por força das circunstâncias, a mãe do Sandro levava uma vida alternativa, ritmada com “ou”s deprimentes. O filho só não sabia a extensão da vertente alternativa do cotidiano materno. Acabou descobrindo, por acaso. Indo de surpresa visitá-la numa noite de sábado, aproveitando o fato de o pai ter viajado ao exterior em convenção da empresa. Ela não estava em casa. O porteiro do prédio, meio constrangido meio sacana, entregou a mãe. Indicou um bar movimentado da avenida. Lá estava ela, calça ajustada, decote estudado, sutilmente maquiada. Esperando por clientes. Quando entrou no bar, Sandro avistou sua mãe e entendeu na hora. Um tsunami de emoções irrompeu na cabeça do jovem: ódio do pai, vergonha do pai, compaixão para com a mãe e, sim, orgulho dela. Encostada na parede da quase miséria pelo ex-marido, ela usara do recurso último para não entregar os pontos. Fazia ponto. Ela agora estava ocupada, conversando com um possível freguês, e não vira seu filho entrar. Sandro saiu discretamente e voltou para casa, ela nunca saberia que ele a tinha flagrado. No caminho de volta, tomou a decisão mais importante de sua vida. Assumiria na íntegra sua condição, como profissão. Na segunda-feira seguinte se matriculou para o curso de habilitação e começou a estudar imediatamente. Em segredo do pai. Dia quinze de janeiro, domingo de sol e o Pacaembu lotado. A primeira rodada do Paulistão. Começa com um clássico: alvinegro contra alviverde. Tensão no gramado, carnaval nas arquibancadas. Aos sete minutos do primeiro tempo, um atacante alviverde desaba na área alvinegra. O juiz aponta o círculo branco e solitário no meio da área: pênalti! Nem hesitou não era de hesitar. O braço direito estendido com vigor para o ponto de castigo. Não recua sob a onda de jogadores alvinegros revoltados, os encara com firmeza, encena dar cartão amarelo a quem insistir, acalma a todos, monitora a cobrança. Um terço do estádio canta, o resto, o imenso resto, berra, trepida, xinga: “Filho da p…! Filho da p…! Filho da p…!”. Mais de trinta mil bocas soltando sua fúria. “Filho da p…! Filho da p…! Filho da p…!”. A ofensa desliza, brisa leve, até o coração do juiz, agradecido. Um sorriso no canto dos lábios, o jovem juiz Alessandro Ronaldo Torres de Almeida, mais tarde conhecido como Ronaldo, o fonema, volta para o círculo central, carregando a bola, feliz. “Filho da p…! Filho da p…! Filho da p…!”, canta a multidão. “Com muito orgulho!”, responde por dentro o Sandro. “Com muito orgulho!” *Jean-Michel Lartigue é autor do livro de contos “EQUÍVOCO”, pela edições ardotempo. O conto acima é um dos 39 de seu livro, lançado há pouco. Veja aqui. Compartilhe: Links Patrocinados Suor nas Axilas? Proteja suas Axilas do Suor com Proteja suas Axilas do Suor com Rexona.com.br/Suor Anuncie aqui

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Chegada da tecnologia 4G vai deixar 30 mil sem TV paga

Cerca de 30 mil assinantes de TV paga na Grande São Paulo perderão o sinal de seu serviço em 2013 e ainda não sabem disso. Parte da frequência na região utilizada pelo serviço de MMDS (que transmite o sinal da TV paga em uma faixa de micro-ondas) será utilizada pela nova tecnologia de celulares que chegará em 2013, a rede 4G, por determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com isso, assinantes da TVA (Vivo TV), detentora do serviço de MMDS na Grande São Paulo, simplesmente perderão a sua TV paga nos primeiros meses do ano. O espectro do MMDS é o mesmo da rede 4G. Alguns assinantes procuraram a coluna dizendo que o sinal da Vivo TV nas regiões de Osasco e Alphaville já está falhando com frequência, mas que a operadora nada explica sobre o assunto. Foi que se apurou que essas falhas têm ligação com testes da tecnologia 4G, que já vêm sendo realizados na região. Procurada, a Vivo informa que seguirá as determinações do edital de 4G no que se refere à liberação do espectro nas cidades onde dispõe dessas frequências para a prestação do serviço de TV por assinatura. Também afirmou que os seus clientes serão avisados com a devida antecedência sobre qualquer alte

domingo, 2 de dezembro de 2012

Corinthians deixa má imagem antes do Mundial do Japão

Os titulares do Corinthians jogaram como se não se conhecessem ou não estivessem entrosados. Os reservas do São Paulo jogaram tão bem ou melhor do que o time titular. A cena foi esta no Pacaembu, no encerramento do Brasileirão 2012. O Corinthians fechou o campeonato com a sexta melhor campanha. O Timão tirou o pé da disputa logo depois da conquista da Libertadores. Mesmo assim ficou atrás apenas de quatro equipes que encontrará no principal torneio de clubes da América do Sul, no ano que vem, e também do Náutico, quinto colocado. O Timão estave desligado em campo. Desconectado, diria. Longe das boas atuações nesta reta final do torneio nacional. A defesa desatenta, meio-campo sem criatividade e o setor de ataque sem poder de fogo explicam a queda corinthiana. É óbvio que a equipe de Tite se comportará de outra maneira em Toyota e Yokohama. Se repetir a má atuação deste domingo, na derrota por 3 x 1 para o São Paulo, o título mundial de clubes não será trazido ao Brasil. “Vou lamber a ferida”, disse Tite após o duelo. “O Corinthians ganhou a semifinal do Mundial hoje. Eu estou garantindo pra vocês. Ficou o aprendizado com esta derrota”, concluiu.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Flores do Oriente a historia não se apaga

Japão contra China: o massacre de Nanquim Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, ciclicamente os chineses manifestam nas ruas o seu profundo descontentamento com o Japão. Reclamam, no geral, que os japoneses até hoje não manifestaram a eles as devidas desculpas pela invasão de 1937, ocorrida durante a IIª Guerra Sino-japonesa (1937-1945). Queixam-se ainda de que o governo nipônico, ao editar os manuais escolares para os seus estudantes, procura esconder ou minimizar a responsabilidade do exército do Sol Nascente nas inúmeras atrocidades cometidas contra a população civil naquela ocasião. Particularmente omitindo-se sobre o Massacre de Nanquim, ocorrido na ex-capital da China Nacionalista entre de dezembro de 1937 e fevereiro de 1938. Antecedentes do massacre de Nanquim Execução de um prisioneiro chinês Um conflito entre soldados japoneses e chineses, ocorrido na cidade de Tsientsin, no verão de 1937, exatamente num local denominado de Ponte de Marco Polo, serviu como pretexto para que o Império do Sol Nascente desencadeasse uma guerra de agressão à República da China, na época sob a ditadura do marechal Chiang Kai-shek, líder do Kuomintang (Partido Nacionalista). Fazia tempo que os nipônicos se esparramavam para as proximidades da China central. Desde 1885, quando dividiram com Pequim o controle sobre a península coreana, eles não paravam de arrancar pedaços do antigo Império do Centro, então em contínua decadência. No final da Primeira Guerra Sino-japonesa, o Japão vitorioso, pelo Tratado de Shimonosequi, de 1894, além de forçar uma vultuosa indenização (200 milhões de taels), obrigou o imperador chinês a entregar-lhe o controle das ilhas de Taiwan (Formosa), dos Pescadores e a região de Liaodong na Manchúria. Em maio de 1905 foi a vez do Império Russo, derrotado na batalha naval de Tsushima pelo almirante Togo, ter que ceder Port Arthur (situado numa baia chinesa) aos japoneses. Quer dizer, bem antes do ataque de 1937, o Império do Sol Nascente já exercia sua soberania sobre extensas áreas do sudeste e do nordeste da China. Um tanto antes, em julho de 1931, a pretexto de um conflito ferroviário – o Incidente de Mukden - os nipônicos transformaram toda a Manchúria num estado títere: o Manchuquo (colocando no poder como seu governante-fantoche o ex-imperador chinês Pu Yi, antes destronado pelo movimento republicano de 1911, e que aceitou o título de “executivo-chefe”). Assim, pode-se dizer que a invasão de 1937, iniciada em 7 de julho, foi o resultado lógico de uma política crescentemente expansionista que mobilizava o governo de Tóquio desde os finais do século 19. Todavia, para os estrategistas do estado-maior nipônico, a guerra contra a China tinha que ser rápida. As enormes extensões do país (9.583 mil km²) e sua imensa população só poderiam ser submetidas por meio de uma manobra relâmpago que sufocasse instantaneamente qualquer possível resistência. Para tanto, para submeter de vez os chineses e fazer o regime do general nacionalista Chiang Kai-shek capitular, era preciso executar uma demonstração exemplar da determinação dos invasores: uma operação de choque e pavor que fizesse a China inteira tremer diante da bandeira guerreira do Sol Nascente e dos seus soldados-samurais. De Xangai a Nanquim Para encurtar a guerra, os estrategistas de Tóquio executaram um plano de desembarque, vindo do mar da China, que tinha como meta um ataque direto ao coração da nação: a região que abarca a importantíssima Xangai, situada na beira do mar, até a cidade-capital de Nanquim localizada mais adentro, na margem direita do rio Yangtse. Dominando o eixo Xangai-Nanquim, numa só grande operação militar, o Japão submeteria o principal porto da China como também sua sede política. Controlando a embocadura do Yangtse (5.525 km de extensão), toda a economia do interior da China capitularia frente aos invasores. Com a posse do coração (Nanquim) supunham que a cabeça (Pequim) e os pés da China (Cantão) seriam reduzidos à inércia. Ainda assim, iniciada em novembro de 1937, não foi fácil a ocupação de Xangai. A previsão inicial de que os chineses não resistiriam mais do que três meses não se confirmou. Apesar de inferiores em equipamento e treinamento, os defensores ofereceram uma inesperada barreira à força expedicionária japonesa, lutando de casa em casa na grande cidade portuária. Tomado o porto naquele mesmo mês de 1937, os nipônicos destacaram então três grandes colunas militares para avançarem para o interior para irem submeter Nanquim. Pelo norte, marchando pelas margens do rio Yangtse, partiu a 16ª divisão comandada pelo tenente-general Nagajima Kesago. Pelo centro, seguindo na direção da estrada de ferro Xangai-Suzhow-Zangzhou-Tanyang-Nanquim, partiram as divisões 9ª, 10ª e 13ª, lideradas pelo general Matsui Iwane, e, por último, seguindo mais ao sul, apressavam-se as divisões 6ª, 18ª e 114ª, obedientes ao general Yanagawa Heisuke, cuja função era ocupar a estação ferroviária de Wuhu, bloqueando assim qualquer possibilidade da capital receber algum reforço vindo do sul. Não demorou para o tridente nipônico formado pelos generais Nakajima-Matsui-Yanagawa cercasse os muros da velha cidade que fora outrora uma das sagradas capitais imperais do Reino Celestial. No comando geral da conquista de Nanquim, o imperador Hirohito nomeou no dia 7 de dezembro de 1937 um tio seu, o principe Asaka Yasuhiko (que havia se atritado com a casa real num incidente grave de insubordinação militar ocorrido em Tóquio , em 1936). Este, desejoso de mostra fidelidade, quis deixar sua marca de samurai implacável na luta contra os inimigos de Hirohito. Entrementes, o enorme exército chinês, calculado em 300 mil homens muito mal comandados, que tinha a função de proteger a capital, pareceu ter perdido o espírito de combate que um pouco antes alguns regimentos haviam demonstrado na defesa de Xangai. Negociações tiveram inicio entre os emissários japoneses e os comandantes chineses que optaram pela capitulação. Mal sabiam eles que estava assinado a sentença de morte que logo seria executada sobre a massa dos pobres soldados capturados. Os militares nipônicos, educados na cultura do bushidô, a ética do guerreiro que os obrigava a lutar até a morte, desprezaram o inimigo que entregou-se a eles sem maiores esforços. Porque, indagaram eles, os recrutas chineses não sangravam até o fim, porque decidiram render-se às levas sem esboçar qualquer reação mais séria? Milhares de chineses, cada um deles tendo um trapo branco a mão, acorriam às linhas dos inimigos para prostrarem-se frente aos pelotões japoneses. Meia dúzia deles controlava centenas e centenas de rendidos. Repugnou aos vencedores “estarem lutando contra aqueles escravos ignorantes”, identificados apenas pela sua covardia coletiva. A decisão sobre o que fazer deles, reduzidos então a uma manada passiva que perdera totalmente a capacidade de reagir, não tardou: os prisioneiros chineses deviam ser mortos. Todos eles! A ordem que partiu do quartel-general do principe Asaka, no dia 13 de dezembro de 1937, determinou ao comando do 66º batalhão: “Todos os prisioneiros de guerra devem sem executados pelo seguinte método: dividam os prisioneiros em grupos de dúzias e fuzilem-nos separadamente...as execuções devem começar às 5h e devem ser encerradas às 7h30m” (Iris Chang “The rape of Nanking, pag. 41). Duas razões os levaram aquela terrível decisão: não serem detidos na ofensiva por aquela multidão sem fim de gente a quem teriam que vigiar e alimentar e não permitir que eles, em caso de desmobilização, se transformassem em guerrilheiros acossando a retaguarda japonesa em movimento. Teriam também entrado em ação, - como elemento psicológico que contribuiu para a fúria homicida que se seguiu - ódios mais profundos, de antigas desavenças e rancores culturais que opunham por séculos os dois grandes povos asiáticos. Fator este que colaborou para que os generais invasores planejassem uma humilhação completa, arrasadora do que restara da fibra chinesa, tendo como alvo da demonstração a população da histórica Nanquim. Seja lá o que for, o alto-comando japonês chefiado então pelo principe Asaka foi o responsável único pelo massacre que se seguiu.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os empresários

Quem são da onde vieram, vive do que da exploração e a sorte de alguém, quem são esses empresários, são agiotas Eles começaram de forma tímida intermediando as negociações entre clubes e orientando os jogadores sobre a melhor oportunidade lá pelos anos 80. Hoje já não é possível comprar, vender ou emprestar jogador de futebol sem a participação dos empresários. Ou melhor, já não se consegue encontrar um jogador de futebol que não tenha empresário e olha que eles estão quase que buscando os garotos no berço. A grande promessa do Santos, Jean Chera, um menino de 15 anos exigiu para fazer o primeiro contrato profissional de 3 anos com o clube uma média de R$ 100 mil por mês, além de uma série de benefícios como luvas de R$ 1 milhão. Hoje existem centenas de empresários espalhados pelo mundo do futebol. Alguns são verdadeiros tubarões da bola. O começo foi com o empresário Léo Rabelo, hoje com 73 anos e ainda na ativa. Ele ainda administra a carreira de pelo menos 30 jogadores. Os mais badalados, no entanto, são: Wagner Ribeiro com mais de 200 atletas, Eduardo Uran, 130, Fabiano Farah, Juan Figer e por ai vai. Tem também os fundos de investimentos e as empresas criadas para trabalhar no ramo que sempre se mostrou um dos mais promissores e de dinheiro fácil do mundo. Empresário de jogador de futebol virou profissão, mas como em tudo na vida, quem chegou na frente bebeu água limpa. É preciso tomar muito cuidado porque o próximo passo dos empresários é tentar assumir o comando dos clubes tradicionais do futebol brasileiro. Eles já estão fundando os próprios times pelo interior do país, tem times fictícios e quando colocaremr a mão em algum grande será o fim do futebol tal como conhecemos. Já está em vigor nova legislação esportiva. Os administradores de entidades desportivas passam a responder, solidária e ilimitadamente, pelos atos ilícitos praticados, de gestão temerária ou contrária ao previsto no contrato social ou estatuto. Portanto, a responsabilidade dos dirigentes, que já era objeto de discussão em alguns processos, ficou claramente regulamentada em lei. Quem será o primeiro a pagar? Tem gente na alta esfera administrativa que não pode nem ouvir falar de Copa do Mundo. Os problemas estão pipocando por todo país. Já pensam em diminuir o número de sedes de 12 para 10. Organizações sociais se articulam para combater os impactos sociais, culturais , econômicos e ambientais que as obras da copa vem provocando. O Ministério Público Federal já analisa várias denúncias. Guimarães Rosa já dizia: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Coragem para mudar, coragem para fazer diferente, coragem para dizer a verdade. É uma pena que no futebol existem muitas verdades. Quando a transparência der sentido à vida, seremos mais felizes.

domingo, 5 de agosto de 2012

Governo na contramão

Ninguém gosta de levar multa no trânsito. Mesmo quando é merecida, a reação é sempre a mesma: no fundo, o governo só está multando porque quer aumentar a arrecadação. Um relatório do Tribunal de Contas estadual vem confirmar que essa impressão está, no geral, correta. Pela lei, o dinheiro das multas deveria ser todo aplicado em iniciativas de prevenção a acidentes e de educação no trânsito. O governo do Estado fez diferente: só 0,05% do que foi arrecadado teve essa destinação. O restante serviu para coisas como reformas no prédio do Detran e gastos administrativos. Ou seja, o dinheiro das multas, que deveria servir para ajudar a diminuir as infrações do trânsito, funcionou apenas para alimentar a máquina responsável pela própria arrecadação. Não é pouco dinheiro. Entre 2008 e 2011, o governo estadual abocanhou mais de R$ 600 milhões. Só R$ 318 mil serviram para os fins previstos no Código de Trânsito Brasileiro: sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Resumindo: por mais que muitos motoristas precisem mesmo de punição, está faltando inventarem uma multa para o grande infrator desse sistema, que é o próprio governo estadual. Ele está, há vários anos, dirigindo o trânsito de São Paulo na contramão da lei. Com isso, o Palácio dos Bandeirantes desmoraliza ainda mais a fiscalização do trânsito. Permitir que se confunda rigor contra os infratores com a simples ganância do governo contra o cidadão é uma falta grave. Não admira que os marronzinhos tenham fama tão problemática em São Paulo.

Há 50 anos morria Marilyn Monroe, ícone eterno da sensualidade

A estrela Marilyn Monroe morreu em 1962 Mesmo 50 anos após sua morte, Marilyn Monroe continua como um ícone da moda Ela era a imagem da loira fatal e, 50 anos após sua morte repentina, o debate sobre a revolução sexual de Marilyn Monroe ainda sobrevive. Monroe não foi a primeira 'pin-up' de Hollywood ou mesmo uma loira natural. Contudo, entre o famoso suéter vermelho apertado, as fotos da Playboy e o episódio do vestido esvoaçante sobre a ventilação do metrô de Nova York, a jovem, antes conhecida como Norma Jeane Baker, transtornou os Estados Unidos e o mundo. Seus casamentos com celebridades e a fama, que ia muito além de sua modesta lista de participações no cinema, ajudaram a criar um símbolo sexual reverenciado por cantoras pop, atrizes e fashionistas até hoje. "Marilyn Monroe alcançou uma aura", disse Goetz Grossmann, produtora-executiva de um novo filme sobre a atriz chamado "Blonde" à AFP. "Você não pode fugir de Marilyn Monroe. Ela atingiu um status icônico". Muito além de biografias, como a recente "Sete Dias com Marilyn", Hollywood e a indústria da música e da moda continuam intoxicadas pela bela, encontrada morta aos 36 anos pelo uso abusivo de remédios. A diretora criativa Joe Zee escreveu no website Elle.com que "a bombshell original" ainda é uma inspiração nas passarelas. Celebridades como Taylor Swift e Scarlett Johansson são conhecidas por explorar os cachos loiros e vestidos brancos que ajudaram a fazer de Monroe um 'sex symbol'. A atriz Megan Fox fez uma tatuagem --mais tarde removida-- do rosto de Marilyn em seu antebraço. Lindsay Lohan tem uma obsessão pela musa, notada mais uma vez em seu ensaio na Playboy, em que reproduz o nu de Monroe em 1953 na primeira edição da revista de Hugh Hefner. "Eu me identifico", disse a conturbada atriz no ano passado.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Tratamento para a cracolândia

A ação dos governantes na região conhecida como cracolândia, no centro de São Paulo, tem sido um fracasso. Basta caminhar por ali, de dia ou de noite, para ver que não diminuiu muito o número de usuários de crack. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo confirmou essa impressão. Segundo os entrevistados, comprar e usar a droga na região é tão fácil hoje em dia quanto era no começo do ano. Ou seja, a ação da polícia na cracolândia, que começou seis meses atrás, não deu em muita coisa. Esse resultado era previsível. Uma situação tão complicada não poderia ser resolvida só com policiais tocando os "noias" de lá para cá. A "procissão do crack" não é uma solução. Para tentar impedir os exageros da PM, um juiz decidiu que os policiais não podem expulsar as pessoas da cracolândia, a não ser que sejam flagradas com crack. No fundo, a decisão apenas diz que a polícia deve seguir a lei. Tão óbvio que o juiz nem precisaria ter escrito isso. Mas, nas ruas, as coisas nem sempre são tão fáceis quanto nos livros. É claro que os direitos dos "noias" precisam ser respeitados. Só que isso não significa permitir que eles bloqueiem as ruas ou incomodem outras pessoas. E, acima de tudo, a cracolândia não pode ser território livre para uso e venda de drogas. O tráfico precisa ser combatido. Por isso, simplesmente criticar a polícia também não ajuda em nada. A PM, sem violência desnecessária, tem um papel a cumprir. Mas ela deve ser ajudada por agentes de saúde e assistência social. A solução só virá quando o maior número de viciados receber tratamento.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Melhor Iluminação do mundo vai ser do Estádio do Timão

Corinthians idealiza Itaquerão com iluminação acima do padrão Fifa: 'será a melhor do mundo'35 Clube acredita que iluminação será superior ao exigido pela Fifa O Corinthians divulgou nesta quarta-feira que o seu futuro estádio em Itaquera terá a melhor iluminação do mundo. Em nota oficial, o clube informou que o nível de iluminação será 50% maior do que o solicitado pela Fifa. "Os estádios da Copa do Mundo de 2014 serão diferentes de todos já construídos para tais eventos por conta dos altos padrões definidos nos novos requerimentos da FIFA. A iluminação OSRAM com produtos Siteco atingirá padrões ainda mais altos que esses critérios estabelecidos", afirma Sergio Costa, responsável pela área de Projetos e Soluções da Osram. O clube paulista divulga que a parte externa da fachada contará com o maior painel de LED já aplicado em estádios. A empresa contratada para executar o serviço de iluminação do estádio corintiano foi a responsável pelo projeto de iluminação do estádio alemão Allianz Arena e do da cidade de Durban, na África do Sul. Osram participou também dos projetos dos estádios das cidades de Varsóvia e Gdansk, na Polônia, e Kiev e Lviv, na Ucrânia, sedes da Eurocopa. No Brasil, a empresa também foi responsável pela nova iluminação do Cristo Redentor, em março de 2011. A diretoria do Corinthians estuda realizar amistoso em setembro de 2013 para celebrar os 103 anos de fundação do clube, mesmo que a arena não esteja 100% completa. O contrato firmado entre o Corinthians e a empreiteira Odebrecht para a construção da arena que será utilizada na abertura da Copa do Mundo de 2014, na zona leste de São Paulo, estabelece um preço fixo para a obra de R$ 820 milhões, mas deixa fora deste montante uma série de equipamentos e obrigações que irão elevar o custo da empreitada a cerca de R$ 1 bilhão.

Transparência que não pega

Todo mundo sabe que o Brasil é famoso, entre outras coisas, por ter leis que não "pegam". São aquelas regras aprovadas pelos políticos que, na prática, não são cumpridas pela população. O mais novo exemplo é a Lei de Acesso à Informação. Já faz mais de dois meses que essa legislação está valendo, mas, até agora, tem muita gente fingindo que não viu. Triste, nesse caso, é ver que a lei está sendo descumprida pelos políticos e, em alguns casos, até pelos próprios tribunais. É que a regra manda todo órgão público divulgar os salários de seus funcionários, sem exceção. Esse mecanismo é ótimo para o país. Permite, por exemplo, que a população fique sabendo quando um servidor tem remuneração exagerada, muito além do que deveria ganhar. Além disso, uma lei como essa ajuda a colocar os governantes na linha, pois as pessoas podem saber melhor para onde vai o dinheiro dos impostos. Esse é um dos jeitos mais eficientes de combater a corrupção. Como seria de esperar, muitos funcionários públicos e políticos não gostam dessa ideia. Por essa razão, na maior parte dos Estados, os deputados ainda estão agindo como se a lei não existisse. Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", nenhuma Assembleia Legislativa cumpre a lei. Um absurdo. A situação se repete em boa parte dos governos estaduais e até mesmo em alguns tribunais (mas, justiça seja feita, dessa vez os juízes estão dando os melhores exemplos de transparência). Ou seja, em vez de a lei ser a regra, ela é a exceção. Só no Brasil.

O governo não tem multa

Não foram só as operadoras de celular que entraram na mira do governo. Além da Oi, da TIM e da Claro, os planos de saúde são recordistas nas reclamações dos consumidores. Além disso, ninguém se esqueceu do apagão nos aeroportos e dos problemas das companhias aéreas. Já foram muito piores no passado, mas nem por isso desapareceram do horizonte. Aos poucos, parece que o governo vai apertando o cerco da fiscalização. Por meio das agências reguladoras, novas normas e punições começam a ganhar terreno. Já não era sem tempo. Por descumprirem o prazo previsto para atendimento médico, mais de 200 planos de saúde tiveram suas vendas suspensas neste mês. É o que já se sabia: com um pouco mais de dinheiro no bolso, o cidadão procura se livrar das filas da rede pública, entrando para um convênio particular. As empresas vendem os planos, porque afinal estão aí para isso mesmo. Mas quem vende muito tem de investir também. Sem aumentar a capacidade de atendimento, seus serviços pioram. Como o problema é geral, nem sempre dá para o consumidor procurar outra empresa. Simplesmente mudar para o concorrente não resolve a questão. Aí é que o governo tem um papel a cumprir: proteger o cliente e garantir que sua reclamação não caia no vazio. Fiscalizar e multar é necessário. Mas não é apenas essa a função do governo. Na área de saúde, por exemplo, a deficiência dos serviços públicos é gigantesca. O governo pune os planos de saúde, certo, mas não há quem multe o governo pelas filas que ele próprio deixa na porta dos seus hospitais.

A escalada da violência

Agora até o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, já está falando que a capital vive uma escalada da violência. Não é para menos. Os números do crime fechados no mês de junho estão aí para quem quiser ver. O índice de homicídios no primeiro semestre superou em 22% o do mesmo período de 2011 na cidade. Outros crimes, como roubos e estupros, também subiram. Esse aumento da criminalidade fica ainda mais preocupante porque as coisas vinham melhorando, pelo menos nos últimos dez anos. Os homicídios tinham caído abaixo de dez por 100 mil habitantes, um índice considerado razoável na comparação com outros países e com a própria média brasileira, pelo menos o dobro disso. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem uma explicação na ponta da língua para essa piora recente. Diz que a polícia está apertando o cerco sobre os bandidos, e que eles estão reagindo e cometendo mais crimes. O fato é que as coisas pioraram de verdade depois que policiais militares mataram seis integrantes do PCC na zona leste, em maio. PMs começaram a ser atacados em horário de folga (oito morreram assim). Mas os confrontos diretos entre a PM e os membros da facção não explicam todos os assassinatos a mais que ocorreram. Algo mais está acontecendo, mas nem o governo nem a polícia parecem saber direito o quê. Atirar contra qualquer suspeito não vai resolver a situação, é óbvio, porque mais inocentes acabarão morrendo. Não tem saída: a criminalidade só vai voltar a baixar com treinamento e

O melhor filme de todas ......

"Um Corpo que Cai" desbanca "Cidadão Kane" em lista britânica de melhores filmes COMENTE Cena de "Um Corpo que Cai", de Alfred Hitchcock VOTE NO MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS O filme "Um Corpo que Cai", de Alfred Hitchcock, é eleito o melhor filme de todos os tempos, em pesquisa organizada pela revista do British Film Institute, a "Sight & Sound". Ele pegou o lugar que, até então, era ocupado, há 50 anos, por "Cidadão Kane", de Orson Welles. Para chegar ao resultado, a publicação entrevistou 846 críticos de cinema, acadêmicos, distribuidores, roteiristas e programadores de todo o mundo --número bem maior do que as 144 pessoas que escolhiam o melhor trabalho, há dez anos. "Um Corpo que Cai" (1958), entrou pela primeira vez na pesquisa em 1982 --dois anos depois da morte de seu diretor-- e ficou na sétima posição. Durante sua carreira, Hitchcock foi ignorado pela maioria dos críticos. Sua reputação, no entanto, foi crescendo ao longo do tempo. O longa de Hitchcock venceu "Cidadão Kane" com uma margem de 34 votos. Na história, James Stewart vive um detetive que investiga as estranhas atividades da mulher de seu amigo, interpretada por Kim Novak. "Kane" também ficou em segundo lugar em outra enquete da publicação, que fez a mesma pergunta a 358 diretores, tais como Martin Scorsese, Quentin Tarantino, Francis Ford Coppola, Woody Allen e Mike Leigh. Na seleção deles, o filme vencedor foi "Era Uma Vez em Tóquio", de Yasujiro Ozu. De acordo com os pesquisadores, o aumento no número de participantes "reflete o impacto da internet e a proliferação e aumento da influência dos comentaristas de filmes no novo meio". "O encouraçado Potemkin", de Sergei Eisenstein, que esteve na lista por 50 anos, saiu do ranking neste ano. Dos três filmes mudos que estão entre os dez melhores, "O Homem da Câmera", de Dziga Vertov, é novato; "Aurora", de F. W. Murnau, passou para o 5º lugar e "A Paixão de Joana d'Arc", de Carl Theodor Dreyer, volta à lista. De acordo com os organizadores, as mudanças na lista também podem ser explicadas pela facilidade em encontrar filmes antigos em DVD e pelo aumento de exibições de filmes com acompanhamentos musicais ao vivo. Confira os dez melhores filmes de todos os tempos eleitos por críticos em enquete da "Sight & Sound": "Um Corpo que Cai",(Hitchcock, 1958); "Cidadão Kane", (Welles, 1941); "Era Uma Vez em Tóquio", (Ozu, 1953); "A Regra do Jogo", (Renoir, 1939); "Aurora", (F. W. Murnau, 1927); "2001 - Uma Odisséia no Espaço", (Kubrick, 1968); "Rastros de Ódio", (Ford, 1956); "O Homem da Câmera", (Dziga Vertov, 1929); "A Paixão de Joana d'Arc", (Dreyer, 1927); "8 ½" (Fellini, 1963). Veja os dez melhores de todos os tempos eleitos por diretores de cinema: "Era Uma Vez em Tóquio", (Ozu, 1953); "2001 - Uma Odisséia no Espaço", (Kubrick, 1968), e "Cidadão Kane", (Welles, 1941); "8 ½" (Fellini, 1963); "Taxi Driver", (Scorsese, 1980); "Apocalypse Now", (Coppola, 1979); "O Poderoso Chefão", (Coppola, 1972) e "Um Corpo que Cai", (Hitchcock, 1958); "O Espelho", (Tarkovsky, 1974); "Ladrões de Bicicleta", (De Sica, 1948).

terça-feira, 24 de julho de 2012

Zebra na eleição em São Paulo?

O instituto Datafolha divulgou no sábado uma pesquisa sobre as intenções de voto para prefeito de São Paulo. O que mais chamou a atenção foi o crescimento do candidato Celso Russomanno (PRB). Com 26%, ele está praticamente empatado com José Serra (PSDB), que tem 30%. Os outros candidatos, como Fernando Haddad (PT) e Soninha Francine (PPS), não passam de 7%. O bom desempenho de Russomanno é surpreendente porque ele é candidato por um partido pequeno, bem menor que PT e PMDB, que estão atrás na disputa. Muita gente achava que Russomanno estava indo bem nas pesquisas porque aparecia muito na TV. Até o fim de junho, ele apresentava um quadro num programa da TV Record. A última pesquisa, porém, foi feita três semanas depois de ele sair da telinha. Como o candidato continua bem na fita, é preciso buscar outras explicações. Uma delas é a força da Igreja Universal, que é ligada ao partido de Russomanno. Outra é que o candidato do PT ainda é pouco conhecido. Só que os petistas sempre vão bem entre os eleitores da cidade. Muita gente que hoje diz votar em Russomanno pode mudar de ideia lá na frente, quando souber quem é Haddad. Mas, em geral, o que decide a eleição é o tamanho da propaganda eleitoral na TV. E, nesse aspecto, Russomanno está em quarto lugar, atrás de Serra, Haddad e Gabriel Chalita (PMDB). Se, depois do início da propaganda na TV, Russomanno continuar bem, ele poderá ser considerado um candidato forte. Por enquanto, é candidato a zebra.

Cuidado com o cartão

A economia brasileira passa por um momento difícil, mas cresceu nos últimos anos. A renda média do trabalhador subiu e muita gente conseguiu aumentar seu poder de compra. Um dos caminhos que facilitaram o crescimento do consumo foi a ampliação do crediário. Comprar em muitas vezes, pagando prestações que parecem caber no salário, é mesmo uma tentação. Mas é preciso tomar cuidado. Os juros cobrados nesses financiamentos podem ser muito altos. E, num momento de aperto, vão transformando a dívida em bola de neve. De todos os tipos de crédito à disposição das pessoas, o mais perigoso ainda é o do cartão de crédito. Uma pesquisa feita por uma associação de defesa do consumidor mostra que os juros cobrados por esses cartões no Brasil chegam a inacreditáveis 323% ao ano. São disparados os maiores da América Latina. É possível que sejam os maiores do mundo. Quem atrasa o pagamento da fatura ou liquida apenas a parcela mínima pode quebrar a cara. Uma das causas dessa situação é a falta de concorrência no setor. E onde não tem competição, vale a lei do mais forte. No caso, os bancos e as instituições financeiras que lucram com os cartões. Os bancos costumam dizer que as taxas são altas porque muita gente dá calote. Mas o bom-senso indica que é o contrário: muita gente dá calote porque as taxas são absurdas. O governo sabe dos abusos, mas não consegue resolver. Enquanto continuar essa situação, o melhor a fazer é manter distância de dívidas no cartão.

Violência injustificada Não há dúvida de que o empresário Ricardo Prudente de Aquino teria se precipitado e errado ao supostamente desrespeitar sinalização de bloqueio policial para que parasse seu automóvel, anteontem, no bairro de Alto de Pinheiros. A consequência dessa decisão, entretanto, não poderia ter sido seu assassinato por policiais militares. Os PMs dispararam dois tiros na têmpora de uma pessoa desarmada. Quatro cápsulas foram encontradas dentro do carro. É inaceitável o comandante-geral interino da PM declarar que ação foi correta e "não pode ser criticada", pois o empresário desobedeceu a uma ordem legal. Ora, não consta que a lei brasileira dê à polícia o direito de executar sumariamente pessoas simplesmente por desrespeitarem ordens legais. O que aconteceu anteontem com um empresário num bairro nobre não é novidade em áreas menos favorecidas da cidade. São inúmeros os casos, não apenas em São Paulo, de policiais que matam inocentes por preconceito ou simples despreparo. No clima de guerra que envolve hoje os embates entre policiais e membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), atirar antes e verificar depois parece uma atitude natural. Mas não é. A polícia é paga pela sociedade para promover a segurança, não o terror. Precisa ser treinada para desempenhar suas funções de maneira eficaz. Tem de respeitar a vida e as leis. É claro que a PM também precisa ser capaz de se impor em confrontos armados e situações de grave perigo. Só que não era esse o caso em Alto de Pinheiros.

Não há dúvida de que o empresário Ricardo Prudente de Aquino teria se precipitado e errado ao supostamente desrespeitar sinalização de bloqueio policial para que parasse seu automóvel, anteontem, no bairro de Alto de Pinheiros. A consequência dessa decisão, entretanto, não poderia ter sido seu assassinato por policiais militares. Os PMs dispararam dois tiros na têmpora de uma pessoa desarmada. Quatro cápsulas foram encontradas dentro do carro. É inaceitável o comandante-geral interino da PM declarar que ação foi correta e "não pode ser criticada", pois o empresário desobedeceu a uma ordem legal. Ora, não consta que a lei brasileira dê à polícia o direito de executar sumariamente pessoas simplesmente por desrespeitarem ordens legais. O que aconteceu anteontem com um empresário num bairro nobre não é novidade em áreas menos favorecidas da cidade. São inúmeros os casos, não apenas em São Paulo, de policiais que matam inocentes por preconceito ou simples despreparo. No clima de guerra que envolve hoje os embates entre policiais e membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), atirar antes e verificar depois parece uma atitude natural. Mas não é. A polícia é paga pela sociedade para promover a segurança, não o terror. Precisa ser treinada para desempenhar suas funções de maneira eficaz. Tem de respeitar a vida e as leis. É claro que a PM também precisa ser capaz de se impor em confrontos armados e situações de grave perigo. Só que não era esse o caso em Alto de Pinheiros.

Praia de paulista

Quem curte uma praia já deve ter lido o aviso: "água imprópria para banho". Esse alerta é comum nas cidades do litoral de todo o Brasil. Ele diz para o banhista que o mar está tão poluído que é melhor não mergulhar. A cidade de São Paulo, todo mundo sabe, não tem mar. É uma velha brincadeira dizer que os shoppings são as praias do paulistano. Pois a prefeitura descobriu agora que existem 28 praias, ou melhor, shoppings, impróprios na cidade. Os problemas são vários. Em alguns casos, faltam documentos. Em outros, existem menos vagas de estacionamento do que o exigido pela lei. E tem até casos de shoppings que fizeram construções sem autorização. A prefeitura diz que as irregularidades não colocam em risco os frequentadores. É provável que seja verdade, mas não é disso que se trata. O problema é que São Paulo continua a crescer de maneira desregrada, contra as normas oficiais e sem a necessária fiscalização. É um absurdo que esses empreendimentos tenham sido autorizados a funcionar sem que cumprissem as exigências. É um desrespeito à cidade e ao consumidor. A diminuição da quantidade de vagas de estacionamento, por exemplo, causa problemas para todos. As irregularidades, na verdade, só começaram a ser alvo de ações da prefeitura após denúncias do jornal "Folha de S.Paulo". Há indícios de que estabelecimentos pagaram propina para poder abrir as portas. A acusação, porém, ainda não foi comprovada. É preciso que a prefeitura passe logo a limpo essa história. Não dá para varrer a areia da praia para debaixo do tapete.

Sampa, capital da violência

Alegria de paulistano dura pouco, assim como a de seus vizinhos na Grande São Paulo. Depois de uma década vendo os índices de violência caírem, ela volta a assustar a cidade e sua periferia. Na madrugada de quarta para quinta, o bicho pegou em Osasco, município a oeste da capital. Aproveitando o barulho dos rojões pela vitória do Palmeiras, um grupo de extermínio matou a tiros oito homens entre 22 e 46 anos. O comboio da morte, que tinha um carro e uma motocicleta, agiu rápido. Em menos de três horas, da 1h27 às 4h20, passou atirando por sete locais de Osasco. Segundo a polícia, só um morto tinha ligação com o crime. O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, atribuiu a matança a uma guerra entre quadrilhas de traficantes. Outra linha de investigação, muito mais grave, parte da possibilidade de que os atiradores fossem policiais mandando recados a bandidos. É muito cedo para sair apontando culpados, claro. Mas o clima de violência não para de piorar. Na noite de quinta para sexta, outras oito pessoas morreram em tiroteios com a participação de policiais militares em mais seis lugares, desta vez em São Paulo e Itapevi. Não há indício nenhum de relação com as mortes de Osasco. Por outro lado, parece cada vez mais evidente que a PM também está mais disposta a atirar para matar. Principalmente depois da morte de bandidos do PCC pela Rota na zona leste e da série de assassinatos e atentados contra PMs. Enfrentar a bandidagem é papel da polícia, ninguém duvida. Mas também não tranquiliza ninguém ver Sampa transformada em uma praça de guerra.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Camisa de 1 bilhão

Camisa do Corinthians bate R$ 1 bilhão e alcança nível europeu!!! Isto não acontece porque a maioria de seus torcedores está no estado mais rico do país? Da inglória experiência pela Série B ao título invicto da Copa Libertadores. O Corinthians estava atolado na lama da derrota e norteado pelo noticiário policial. Agora, se delicia com o saboroso mel da vitória. Neste meio tempo, o Alvinegro aprendeu a se organizar. Andrés Sanchez, Ronaldo Fenômeno e seus pupilos, deram nova cara ao clube. E além de conquistas, a marca corintiana também se fortaleceu: segundo estudo da empresa BDO RCS, o valor ultrapassa a incrível marca de R$ 1 bilhão. Deixando para trás os empacados rivais paulistas, os adversários de Minas e do Sul e os quatro grandes do Rio de Janeiro. A quantia bilionária é dividida entre alguns fatores: 51% da torcida, 27% de receitas e 22% de mercado. Esta notícia engrossa outras publicações de nível mundial sobre a potência do clube do Parque São Jorge e seu “valor de mercado”. Entre as 17 marcas mais valiosas pesquisadas pelo estudo, o total estimado chega aos R$ 5, 380 bilhões. Assim, o Timão representa pouco menos de 20% desta soma. Será que a camisa do Corinthians vale tanto porque a maioria de seus torcedores está no estado mais rico do país? O poder econômico do Timão o tornará a principal força do futebol nacional no futuro próximo? OPINE!!!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pancadaria na Paulista

Não é difícil imaginar muitos motivos para o prefeito Gilberto Kassab (PSD) insistir na proibição da comemoração dos torcedores na avenida Paulista: barulho, sujeira, confusão, trânsito, vandalismo e desrespeito com moradores, que nada têm a ver com festa exagerada de alguns torcedores dispostos a manchar a conquista da Libertadores. Mas a Paulista é uma via que já acolhe manifestações de todos os tipos, de protestos e marchas aos shows do Ano Novo. Por que o título mais importante do Corinthians nos últimos anos, que deixou a cidade em cli- ma de Copa do Mundo, não poderia ter es- paço também? Não seria o caso, claro, de permitir uma festa que fechasse a avenida. O próprio clube já tinha preparado uma festa no Sambódromo, local bem mais apropriado. Mas achar que todo mundo iria até a zona norte para comemorar uma vitória que aconteceu a cerca de 4 km da avenida Paulista foi muita ingenuidade. Deu no que deu. A Polícia Militar chegou às 2h à Paulista para expulsar cerca de 400 torcedores. Houve confronto e aquele triste cenário de sempre: pedras, bombas, balas de borracha. Ninguém é obrigado a aturar vândalos. Por isso mesmo, em vez de fingir que nada vai acontecer na Paulista, a prefeitura poderia preparar melhor a avenida para esse tipo de comemoração. Por exemplo: providenciar banheiros químicos, encher a avenida de policiais, planejar desvios de trânsito e segurar a onda dos arruaceiros. Em vez de simplesmente distribuir cacetadas, seria melhor dar mais segurança tanto aos moradores quanto aos torcedores de bem que querem celebrar ali a bela vitória do seu time.

Futebol, grana e política

Não é só no Brasil que futebol, grana e política costumam andar juntos. Nem sempre em boa companhia. Por aqui, muito cartola já entrou para a política, tirando proveito da popularidade dos times que dirigiram. E muito político também já pegou carona no futebol. Como rola muito dinheiro nos contratos de venda de jogadores, de transmissão pela TV e de publicidade, muita gente enriqueceu. Dois cartolas brasileiros reinaram por décadas no futebol nacional e internacional. Um deles, João Havelange, foi presidente da Fifa de 1974 a 1998 e organizou seis Copas. Ricardo Teixeira, que foi genro de Havelange, comandou a CBF de 1989 até março deste ano. Não é de hoje que os dois têm fama de se dar bem com o futebol. Agora, no entanto, é oficial: a Justiça da Suíça, país onde fica a sede da Fifa, permitiu a divulgação de um processo em que a dupla aparece como beneficiada por propinas de mais de R$ 45 milhões. Esse monte de dinheiro foi desembolsado nos anos 1990 pela empresa ISL, antiga parceira da Fifa. Seria retribuição por contratos gordos de TV e publicidade. O processo judicial foi encerrado com um acordo, pelo qual os dois brasileiros devolveram R$ 10 milhões. Durante o governo Lula, Teixeira ganhou prestígio depois que a Copa de 2014 ficou com o Brasil. O caso suíço não chamou muito a atenção do governo naquela época. Era só alegria. Aí entrou a presidente Dilma Rousseff, que mandou Teixeira para o banco. Ele teve de se afastar da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014. Quem quiser achar Teixeira vai precisar procurar em Miami (EUA). No Brasil e na Suíça ele não tem aparecido.

Corintianos vão invadir o Japão

Agência oficial começa a vender pacotes para a Fiel 'invadir' o Japão Preços podem variar entre R$ 5 mil até R$ 16,3 mil (fora taxas de embarque e ingressos). Já foram feitos 600 pedidos de reserva 92 comentários A agência de viagens oficial do Corinthians já está vendendo pacotes para torcedores interessados em assistir ao Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. O nome do programa é sugestivo: Invasão Corintiana à Terra dos Samurais. São 19 tipos de roteiros. Desde os mais completos, com toda a parte aérea e terreste (com traslados, hotéis e assistência de guias). Até esta sexta-feira, a agência recebeu 600 pedidos de reservas. Os pacotes completos custam a partir de US$ 4.998,00 (R$ 9,5 mil) e incluem transporte aéreo, hospedagem, traslados, assistência em português e garantia na compra do ingresso oficial para as duas partidas, no dia 12 de dezembro, no Toyota Stadium, e no dia 16, no Yokohama. Os mais caros chegam a R$ 16 mil - os valores variam de acordo com a companhia aérea e a duração da viagem, entre 11 e 17 dias. O pagamento pode ser feito em até 10 vezes sem juros. A operadora também oferece a opção de o cliente adquirir apenas a parte terrestre, a partir de US$ 2.498,00 (R$ 5.095,00) com traslados e hospedagem, exceto passagens aéreas. Os pacotes exclusivos garantem lugares junto da torcida corintiana. Os ingressos para as partidas do Corinthians não estão incluídos no preço, pois a FIFA ainda não definiu os valores das entradas. Os valores serão disponibilizados diretamente no site da FIFA no início de setembro e os torcedores que adquirirem a viagem por meio da agência oficial terão exclusividade na compra do ingresso através das lojas da operadora CVC. É importante lembrar que o Japão exige visto de entrada dos brasileiros. Além disso, em alguns pacotes há escalas em países que também pedem autorização. Toda a documentação fica a cargo dos viajantes. O mundial será disputado entre os dias 6 e 16 de dezembro. O Timão estreia dia 12, na cidade de Toyota. O adversário ainda não está definido. A final será em Yokohama.

domingo, 8 de julho de 2012

O AMOR PELO CORINTHIANS

Em primeiro lugar a gratidão, o viver Corinthians e por Ele existir a conseqüência em "quem é": a felicidade, a persistência, a superação. A tradição e a sua conservação, recebida de seu pai e transferida a suas filhas. A formação da estrutura da personalidade influenciada pela socialização, onde o proceder anda em conjunto com o acolher, realmente a Gaviões da Fiel é uma família, e bem estruturada. Valorização da história e a quem constituiu e influenciou a todos com a devoção, empenho e foco ao coletivo, lembrando neste de Baltazar, Luisinho, Revelino, Flávio, Sócrates e a Nação que sofreu o reflexo da valorização do pensamento coletivo desde o inicio e foi reforçados por nossas referencias ao longo da trajetória formando cultura própria. Agradecimento ao palco onde manifesta nossas honrosas Camisas, o Pacaembu que tem e sempre terá o carinho e respeito do Corintiano. Mas nem tudo foi agradecimento, o repudio a violência e opressão. Vencemos a ditadura, mas não maldade que constitui a estrutura do ser humano, a auto afirmação por usar farda, armas e "estar garantindo a ordem". O sangue derramado desnecessariamente. Foi mais uma conquista importante para o Corinthians, que o firma seu lugar: acima de todos. E tive a oportunidade de estar presente no Pacaembu e comemorar os gols. Faço de suas palavras a proliferação do Corintianismo. Quero agradecer: Ao Corinthians por estar sempre presente na minha vida e me fazer tão feliz...não pelos títulos isso para nós é bom, mas é uma conseqüência...Aprendi amá-lo que agradeço imensamente, que ser Corintiano realmente é ir além...nasci e passei a minha adolescência sem saber o gostinho de um título, mas mesmo assim ia em todos os jogos, apoiar, gritar, incentivar e mesmo nas derrotas, piadas, gozações, chacotas que não ganhávamos eu amava meu Timão... Pai muito obrigado, sei que esta num lugar especial...por favor de um abraço no Doutor... Obrigado Gaviões da Fiel...nessa torcida aprendi desde adolescente, o que é respeitar as pessoas, nunca diferenciar ninguém, ser humilde e irmão de todos, lá aprendi muito...minha História de Vida, minha caminhada, meu proceder e humildade, até sem nenhum exagero, a formação do meu caráter em relação a conviver com as diferenças veio de lá... Corintianos genuínos...isso me enche de orgulho... Obrigado Flavio Lá Selva...por ter acreditado num Corinthians Grande e Justo e ter fundado esta maravilhosa torcida... Obrigado nação Corintiana...por ser tão bela, tão apaixonante, tão guerreiros e fieis... Obrigado Pacaembu, por ter sido palco de tantas emoções e que no dia 04/07/12 ter nos Libertado... Obrigado Doutor Sócrates...por sua passagem no Corinthians, e ter nos mostrado que caráter e amos ao time se tem sem nada lucrar com isso...você para mim é meu eterno ídolo... Nota zero e menos mil...a PM que tratou a todos nesse jogo como se fossemos animais feiosos, só quem estava lá sabe a crueldade, a covardia que a torcida foi tratada...acredito que um dia essa falta de amor e respeito ao ser humano acabe, não estarei mais aqui para ver eu sei, pois vejo isso a mais de 60 anos...mas um dia Deus irá mandar pessoas que tenha peito e coragem para acabar com isso... e finalmente: OBRIGADO CORINTHIANS...NOSSA HISTÓRIA...NOSSA VIDA...NOSSO AMOR...CORINTHIANS GRANDE VAI CORINTHIANS !!!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Todos em prol Corinthians.....

Encerrada a EuroCopa, e com ela as apostas que a cercaram, o interesse do público europeu se volta para a final da Libertadores. E a maior parte das casas de apostas aponta sensível favoritismo do Coritnhians contra o Boca, no jogo decisiva de 4.a feira. Assim a Betclic cota a vitória do Corinthians a 1,93 (você aposta 1 euro e recebe 1,93) enquanto a vitória do Boca é dada a 3,75, isto é quase o dobro. Coisa que dá uma clara idéia da dificuldade que um desfecho favoravel ao time argentino teria, no julgamento dos experts que fixam, após cuidadoso estudo, estas cotas. Um dos principais argumentos, se não o maior de todos, é dado pela sensação de solidez que o time do Corinthians tem demonstrado nesta Libertadores. E a partir do empate que o alvinegro arrancou na Bombonera, sua cotação subiu bastante, pelo que somente quem deseja arriscar muito em busca de um premio maior é que está apostando em vitória do Boca. ------------- Amanhã a essas horas o Mundo estará parando... ahuahauha - Será como Final de Copa do Mundo, taxistas, empresários, políticos, ricos, favelado, padres, evangélicos, pais de santo... tudo falando da Final, pessoas se encontrando nas ruas, marcando pra se verem a noite,,, Sejam corintianos ou não... Nunca se viu nada igual... Somente o Timão pra fazer isso acontecer- FÉ CORINTIANOS ---------- Dilma Rousseff, a pedido informal do ex-presidente, e torcedor fanático do clube, decretou ponto facultativo nesta quinta-feira (05) em razão da possível conquista do time do Corinthians, na Libertadores da América. A presidenta declarou se tratar de uma “comoção nacional que afetaria principalmente a capital de São Paulo”. Serviços considerados essenciais, como o funcionamento das unidades básicas de saúde e o PAM (Pronto Atendimento Médico), atendem normalmente... COOOORINTHIANS É CORINTHIANS NÉ! HAHAHAHAHAHA! ---------- Quarta feira vai ter festa, e o Brasil não será o mesmo na quinta feira .... Porque se o Corinthians ganhar, vou soltar 150 caixas de rojão de 24 tiros cada, aqui na minha casa, fora a queima de fogos que vai ter na praça da Vila das Merces, tudo em prol Corinthians vai ser uma loucura total, agora sim posso morrer feliz na sexta feira....e ser cremado com uma bandeira do timão....

LOJAS AUMENTAM ESTOQUE DE CAMISAS PREVENDO BOOM DE VENDAS

Outro setor que está lucrando com o Corinthians é o de venda de produtos. contatei várias lojas da rede Poderoso Timão, a loja oficial do clube, que confirmaram que o interesse por itens com o escudo corintiano aumentou. No site de busca de preços Buscapé, por exemplo, as buscas por camisas do time paulista cresceram 140%, após o primeiro jogo da final. No mês de junho, o aumento chegou a 72% em relação a maio. O fenômeno é tanto que a maioria das lojas esportivas aumentou o estoque de artigos corintianos. “A procura aumentou muito conforme o time foi avançando na competição. Tanto que o estoque da Centauro já está preparado para um eventual título do Corinthians”, afirma Rubens Tessitore, gerente de produtos do Grupo SBF, detentor da rede de lojas Centauro. Mas não são apenas os motoboys os afetados pela final. Entre os taxistas a movimentação especial também acontece. Entre corintianos e torcedores de outras equipes. “Eu sou palmeirense e estava pensando em trabalhar, mas alguns amigos convidaram e resolvi ir para o churrasco. Todo mundo deixou de ganhar dinheiro naquela noite. Eu tive até que levar carne, mas valeu a pena”, diz Daniel Marco Napolitano, que trabalha na zona central de São Paulo. A grande decisão, porém, será de muito trabalho. “Em dia de jogo, o movimento sempre é maior. Além disso, no segundo tempo eu já vou para a região do Pacaembu. São mais de 35 mil pessoas. Os taxis de lá não dão conta. A estratégia é chegar a dez minutos do fim do jogo, para pegar quem saiu um pouco antes do fim”, conta Daniel.

SETOR DE FOGOS DE ARTIFÍCIO LUCRA ATÉ 200% COM CORINTHIANS NA LIBERTADORES

Febre do Corinthians na final da Libertadores faz até anticorintianos lucrarem em São Paulo Bruno Doro Do UOL, em São Paulo Comentários 36 Vai pedir uma pizza na próxima quarta-feira? Uma coisa você pode apostar: as chances do entregador ser corintiano são baixas. Com o segundo jogo da final da Libertadores marcado para as 21h50, o pedido mais ouvido por gerentes de pizzarias pela cidade de São Paulo é o de folga na quarta-feira. Além de esperar um pouco mais pelas pizzas na quarta-feira, o paulistano tem outra certeza: o barulho de fogos de artifícios será ouvido por toda a cidade. “O Corinthians na final da Libertadores foi muito bom para o setor. Na minha loja, por exemplo, o aumento nas vendas foi de 200%”, conta Eduardo Yasuo Tsugiyama, presidente da Associação Brasileira de Pirotecnia e dono da Flames, loja na Avenida Atlântica. Segundo ele, a classificação corintiana salvou o período das Festas de São João. “O volume de vendas é comparável com o do Reveillon, que tradicionalmente é nossa época de maior lucro. E chegou em boa hora pois as festas juninas desse ano não foram muito boas em termos de venda”, completa Eduardo. O fenômeno dos entregadores de pizza é apenas um dos muitos exemplos de como a febre do Corinthians na Libertadores afeta o setor de serviços paulistano. Se São Paulo é a cidade que nunca para, ela tira uma folguinha em hora de jogo do Corinthians, ainda mais pela final de um campeonato que o time nunca ganhou. “Na semana passada eu já tinha acertado com um colega para trocar. Não tinha condição de passar a tensão da semana passada. Agora, quero mais é ficar quietinho no meu sofá, assistindo ao jogo na TV. E, se ganhar, acho que nem apareço na quinta-feira”, brinca Zenilton Santos Conceição, entregador de pizza da tradicional Speranza, no Bixiga. A pizzaria, aliás, montou um esquema especial para o jogo: “Temos 60% de corintianos na equipe. Não dava para dar folga para todos eles porque o movimento de entregas aumenta 20%, mas quem conseguiu trocar, não vem trabalhar”, conta o gerente Djinaldo dos Santos Nogueira, torcedor do rival São Paulo. Também no tradicional bairro do Bixiga, outras pizzarias apostam em entregadores anticorintianos para garantir que os clientes recebam seus pedidos quentinhos. “Nós não temos nenhum entregador corintiano, então não estamos com medo de alguém faltar”, conta Manoel de Oliveira, gerente da Silas Pizzaria. Já na Mano’s Pizza, do outro lado da Rua 13 de maio, um corintiano vai trabalhar, mas revela a estratégia para acompanhar o jogo. “Quando a gente entrega uma pizza, dá uma olhadinha para dentro e vê um pouquinho. Tem que ser assim, de orelhada”, diverte-se Ariosvaldo Silva Pontes. “Mas ele pode ficar tranquilo que vai dar Boca”, provoca o colega Jairo Claudinei da Silva

segunda-feira, 2 de julho de 2012

VAI CORINTHIANS !!!!!

Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar. Glorioso São Jorge, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja, São Jorge, rogai por Nós. Amém. -------------------------------------- O iraniano Kia Joorabchian almoçou neste domingo na churrascaria Barbacoa, em São Paulo, com o empresário Giuliano Bertolucci. Parceiros em negócios ambos são amigos de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e diretor de seleções da CBF. A simples presença de Kia no Brasil às vésperas de o Corinthians decidir a Libertadores gera polêmica no Parque São Jorge. Uma legião de conselheiros quer que o clube se afaste do ex-chefe da MSI. A parceria do alvinegro com a empresa levou o clube às páginas policiais e ainda é investigada. Kia por perto significa para os corintianos a possibilidade de novos negócios com ele. Principalmente a venda de titulares para o exterior, indesejada pelos torcedores. E se o Corinthians for campeão e o iraniano aparecer numa das celebrações, os bastidores do Parque São Jorge irão ferver. -------------------------- Assim como o Corinthians, a diretoria do Boca Juniors pena para evitar que seus sócios-torcedores atuem como cambistas na final da Libertadores. O time argentino avisa em seu site que tem como identificar o comprador de cada bilhete. Em caso de revenda, tomará as medidas cabíveis contra os infratores. Lá como cá a internet dá dor de cabeça. A direção do Boca pede para que os torcedores entrem em contato com o departamento jurídico do clube se tiverem conhecimento de anúncios na internet sobre revenda de tíquetes. Porém, ao contrário do Corinthians, que negociou bilhetes com uma agência de turismo, o Boca anuncia que nenhuma empresa está autorizada a oferecer ingressos como parte de pacotes turísticos. Site do Boca pede para torcedores denunciarem revenda Do lado alvinegro, após pedido do Ministério Público, o clube promete verificar o RG de seus sócio-torcedores para que no dia do jogo só os titulares do programa possam entrar no Pacaembu com seus cartões magnéticos. O objetivo é coibir a revenda dos bilhetes por parte dos associados. Mesmo assim, o site Ticketbis segue negociando entradas disponibilizadas por participantes do Fiel Torcedor, o programa de sócios do Corinthians. ------------------------

domingo, 1 de julho de 2012

Saúde mais cara

Os planos de saúde poderão ter reajuste de 7,93% neste ano. Uma paulada. A autorização foi dada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que cuida dos planos. O índice é maior do que a inflação, como já tinha acontecido com os aumentos de 2011 (7,69%) e 2010 (6,73%). O reajuste vai valer para planos individuais e familiares comprados a partir de 1999. Ou seja, vai encarecer a vida de uns 8 milhões de brasileiros. A inflação média acumulada foi de 4,99%, segundo o IPCA. O reajuste dos salários segue o caminho da inflação. Se os planos continuarem a subir acima desse índice, vai acabar ficando ainda mais difícil para as famílias arcar com esse custo, que já não é baixo. Fora isso, o serviço dos planos ainda precisa melhorar muito. Tem caso até de maternidade sem leito para receber partos de clientes de convênio. Para internação o problema também acontece. É duro de engolir. A ANS diz que o reajuste leva em conta não só a inflação, mas que também entram na conta novos tratamentos que os planos são obrigados a cobrir e novos aparelhos que eles têm de pagar. Pode até ser. Mas, se fosse para levar em consideração cada detalhe do atendimento, talvez fosse o caso de dar desconto para quem se depara com a precariedade do serviço. E isso não acontece. É preciso que a agência fique realmente de olho nos problemas dos planos. Ainda mais depois de defender o aumento acima da inflação. Falta cobrar mais respeito e melhor serviço dos planos.

Onda de violência

São Paulo vive uma onda de violência. Nada que se compare aos ataques que apavoraram a capital em 2006, mas a coisa está feia. Aumenta o número de arrastões, policiais são assassinados, bandidos mandam fechar o comércio na periferia e ateiam fogo em ônibus. O que está acontecendo? Autoridades do Estado têm dado declarações que confirmam o agravamento do conflito entre as forças da lei e do crime. "Os criminosos serão presos. E, se enfrentarem a polícia, vão levar a pior. Essa é a ordem", esbravejou o governador Geraldo Alckmin. Antes, o deputado estadual Olímpio Gomes (PDT-SP), que fez carreira na PM, discursou na Assembleia Legislativa para seus ex-colegas de farda: "Redobrem a munição. Mas, se tiver que ficar viúva, que fique a mulher do bandido". Em outras palavras: o bicho está pegando. Mas, infelizmente, ninguém ouviu nos últimos dias a voz do secretário da Segurança. É que ele se encontrava, na companhia de seu filho, em viagem particular ao exterior (segundo a Secretaria da Segurança, perto do Brasil). Estava de folga. Não se sabe se todas as ocorrências das últimas semanas estavam ligadas. Mas é certo que existe uma escalada de agressões envolvendo a Polícia Militar e a facção criminosa PCC. A origem do confronto teria sido a morte de membros do grupo por policiais da Rota, no dia 28 de maio. Desde então, a violência e a sensação de insegurança só aumentaram. O PCC já não é mais o mesmo, mas continua causando estragos. Cabe ao governo aparelhar melhor a polícia para acabar de vez com essa organização de facínoras.

Crime contra São Paulo

O número de assassinatos está em alta na cidade de São Paulo. Em maio deste ano, esses crimes aumentaram 21% em comparação com maio do ano passado, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Juntando os cinco primeiros meses de 2012, o aumento foi de 16% em relação aos mesmos meses de 2011. Também subiu o número de roubos de veículos, 28%. A secretaria diz que é uma variação natural dos números. Mas essa mudança para pior põe em questão uma grande conquista do Estado de São Paulo. Em 12 anos, o número de homicídios tinha caído muito, 72%. É preocupante que esses crimes voltem a crescer. Mas é pior ainda o governo do Estado, responsável pela segurança pública, dizer que não vê grande problema nisso. O aumento até é pequeno em relação à queda conseguida em todos esses anos. Mas também é um sinal de que a polícia não está mais dando conta de segurar a onda dos bandidos. O primeiro passo na direção correta é parar de fingir que o problema não é grave. Declarações como a do pessoal da Secretaria da Segurança Pública, dizendo que a alta é natural, mostram que há algo de errado. Nada disso é natural. Assim como não são naturais os arrastões em prédios, bares e restaurantes, os incêndios de ônibus desta semana e os assassinatos covardes de policiais militares nos horários de folga. Empurrar a batata quente para o cidadão comum não resolve. Já colocar mais polícia na rua e investigar melhor crimes e quadrilhas pode, sim, ajudar a resolver. Quem sofre a pior parte são as vítimas, claro. Mas a crescente sensação de insegurança é também um crime contra toda a cidade.

Camisa do Corinthians "encalha" em mercearia de Londres

Dono da mercearia Brazil Tropical, Sérgio não pretende vender a camisa do Corinthians Direto de Londres Em Elephant & Castle, no sudeste de Londres, um endereço chama a atenção de brasileiros - e até mesmo de estrangeiros - que passeiam pela cidade-sede dos Jogos Olímpicos 2012. Em uma esquina da Walworth Road, a mercearia Brazil Tropical recebe clientes com coxinhas, pães de queijo, picanha, latas de guaraná, novelas em português e torcida... pelo Corinthians. O proprietário tem uma camisa do clube exposta acima do caixa e volta e meia recebe consultas para vendê-la. Porém, os clientes desistem ao saber do preço estipulado, de 95 libras, o equivalente a aproximadamente R$ 325. "Se vender, vou ficar triste", comentou posteriormente, aliviado por ter mantido a peça no devido cabide. O dono da loja é o paulistano Sérgio Tricca, 40 anos, que vive há 15 na capital da Inglaterra. Ele explica a tática. "A gente joga o preço lá em cima que é justamente para não vender e ela continuar aí. Todo mundo sabe que custa bem mais barato no Brasil. E vamos combinar, ela enfeita a loja", disse. Além da mulher, Adriana, e de duas funcionárias, as paranaenses Daiana e Fernanda, Sérgio recebe clientes de diversas nacionalidades para oferecer produtos trazidos do Brasil, intermediados por um importador. "O que sai muito, por incrível que pareça, é polvilho doce e azedo para fazer pão de queijo", conta o comerciante, em meio ao movimento do dia. "Hoje veio uma australiana comprar pão de queijo congelado. Tem muito inglês casado com brasileiro - a cozinha é a arma", completou, de bom humor, junto ao balcão do estabelecimento que toca há três anos. A trajetória de Sérgio em Londres começou de forma inesperada, por conta de um tornozelo torcido jogando futebol - que o fez trocar São Paulo por Londres para buscar tratamento, "na esperança de voltar a jogar bola". Desde então, foi garçom de hotel, courier, trabalhou na lavanderia de uma sauna gay e no Aeroporto de Stansted. No hotel, conheceu a mulher Adriana, com quem está junto há 14 anos e com quem divide o comando da Brazil Tropical. No estabelecimento, Sérgio e Adriana vendem 15 salgados por dia de semana, atingindo a marca de 120 nos finais de semana. Com o movimento de brasileiros, acabou se transformando em uma referência para os compatriotas em Elephant & Castle. Logo na entrada, ao lado de uma das prateleiras, o proprietário tem um quadro com avisos em português, sobre quartos para alugar e outras vagas disponíveis para brasileiros ou mesmo portugueses e angolanos. "O pessoal vem perguntar de vez em quando. Ligam para perguntar sobre passagem aérea, por exemplo. É confiança que pega com a gente, né?", explicou Tricca, feliz com a evolução do relacionamento com os brasileiros. "Na verdade, melhorou quando abriu a mercearia. Vira um ponto de referência mesmo. Fiz muita festa aqui, pegava bandinha de pagode, organizava jogo na Copa do Mundo (2010). Nesse contato com o pessoal, peguei muito e-mail, muito telefone", complementou. No local, alguns itens despertam a atenção de quem chega, como uma cuia de chimarrão ao lado da televisão, um pôster do CarnaLondres (com apresentação dos baianos do Psirico) e, principalmente uma camisa do Corinthians, pendurada atrás do balcão. Atento aos resultados do time, Sérgio espera ansiosamente pela quarta-feira, quando o Corinthians enfrentará o Boca Juniors no Estádio do Pacaembu às 22h (horário de Brasília) pelo título da Copa Libertadores da América 2012. O jogo passará em Londres às 2h, mas o torcedor promete acompanhar com outros alvinegros, e até aposta em um palpite: vitória, por 3 a 1. "Vou ver em casa. Limpar o quintal e fazer um churrasco - carne é o que não falta. Vai ser 3 a 1, com gol contra, porque nem gol os caras (argentinos) têm capacidade de fazer", explicou, com planos de reunir mais brasileiros para assistir aos jogos do Campeonato Brasileiro. "Acho que vai mudar o horário. Vou colocar uma TV maior. Aí, o pessoal pode ficar aqui das 18h às 20h", diz, esperando o horário de verão do Brasil para diminuir a diferença de quatro horas do fuso horário. VAI CORINTHIANS !!!!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

SEM PATROCINIO.....

Clubes de maior torcida penam para obter patrocínio: entenda por quê Corinthians, Flamengo e São Paulo reúnem 76 milhões de torcedores, mas continuam em busca de parceiro principal para estampar marca na camisa 233 comentários Uma exposição de marca que atinge diretamente 39% da população brasileira está disponível no mercado. E ninguém quer. Nos últimos cinco meses, empresas vêm recusando propostas de patrocínio master para Corinthians, Flamengo e São Paulo, que juntos somam quase 76 milhões de torcedores no país, segundo pesquisa de 2010 do Ibope. Além do trio, somente o Náutico está na mesma situação entre os 20 participantes da Série A. No início, os altos valores pedidos travavam as negociações. Agora, com o primeiro semestre passado em branco, os clubes têm dificuldade para negociar com empresas, que já planejaram o orçamento para o resto do ano. O tempo passou. Copa do Brasil e estaduais também. E a camisa continua limpa, com exceção de patrocínios pontuais, de menor valor. - Houve uma valorização (do espaço nas camisas), que tende a permanecer até a Copa de 2014. É natural, mas não se pode pedir loucura - explicou o vice-presidente da BMG, Márcio Alaor, que tem no orçamento atual o patrocínio a 28 clubes (contra 39 de 2011), a um custo de cerca de R$ 40 milhões, uma queda de 43% em relação ao ano passado. Uma explicação complementar dada por executivos de empresas é a crise econômica mundial. Instituições com capital estrangeiro estão estrangulando seus orçamentos de marketing para controlar as perdas em vendas. Com isso, as grandes marcas estão esperando pelo próximo ano, véspera da Copa do Mundo, pelo menos, para voltar a investir no futebol brasileiro. Clubes enfrentam mercado em baixa O Corinthians não fala em números oficialmente. No entanto, o GLOBOESPORTE.COM apurou que a diretoria está pedindo R$ 30 milhões para estampar frente e verso da camisa. O objetivo maior seria um pacote incluindo ombros e a área próxima às axilas ao custo de R$ 52 milhões. É mais do que o dobro do que a Hypermarcas - patrocinador que detinha esses espaços até o fim do Paulistão (maio) - quer pagar para fazer outro contrato. A empresa, que antes dava R$ 38 milhões ao Timão, agora quer diminuir para R$ 25 milhões, influenciada pela saída da 9ine, agência de marketing esportivo que tem como sócio Ronaldo Fenômeno e era a ponte na negociação. - Não acho que os custos atuais sejam altos. O valor que se pagava antigamente pelas propriedades é que era muito baixo. Há um patamar mínimo que está sendo apresentado no mercado e que condiz com a nossa entrega. Estamos negociando - afirmou o diretor de marketing do Corinthians, Caio Campos. O Flamengo tenta não repetir a história da última temporada. Em 2011, foram sete meses com a camisa limpa até assinar com a Procter & Gamble por um período de cinco meses, por R$ 5,6 milhões. A parceria com a Traffic, que pagava parte do salário de Ronaldinho Gaúcho e exigia prioridade em negociações de patrocínio master, terminou em fevereiro e atrasou o cronograma também para 2012, segundo o diretor de marketing do Rubro-Negro, Marcus Duarte. Valores de patrocínios no eixo Rio-São Paulo Fluminense R$ 90 milhões/ano (Unimed)* Palmeiras R$ 75 milhões/três anos (Kia) Santos R$ 20 milhões/ano (BMG) Botafogo R$ 16 milhões/ano (Guaraviton) Vasco R$ 16 milhões/ano (Eletrobras) * é o valor (aproximado) destinado pelo orçamento da empresa para pagar direitos de imagem e aquisição de direitos de jogadores. O dinheiro não vai diretamente para os cofres do Fluminense. Por contrato, a Unimed deve gastar no mínimo R$ 15 milhões por ano - Agora estamos trabalhando com dois cenários em relação a patrocínios. Um deles é com uma empresa lá de fora, que seria um contrato mais longo, de um ano e meio, até o fim de 2013. O outro é com duas empresas nacionais, que assinariam até o fim do Brasileiro. Estamos trabalhando com agências e tentando vender para essas empresas agora em junho ou julho. As conversas estão evoluindo - garantiu o dirigente. Duarte confirmou que o clube quer R$ 20 milhões pelo patrocínio master, deixando abertura para propostas que chegarem perto deste número. A melhor até o momento foi de R$ 15 milhões - e recusada. A verba do novo patrocinador seria somada aos R$ 8 milhões do banco BMG (mangas), R$ 5 milhões da Cosan (barra traseira da camisa e parte traseira do calção), R$ 3 milhões da Triunfo Logística (ombros) e R$ 2 milhões da Tim (interior do número da camisa), já presentes no uniforme do Flamengo. O São Paulo também pede R$ 20 milhões, apesar de não confirmar oficialmente. A marca da BMG foi estampada até o fim do Brasileiro de 2011, mas a empresa alegou questões de reposicionamento e não renovou o contrato. Até o momento, a melhor proposta foi de R$ 12 milhões. - Temos sondagens de empresas que nos consultam, mas não houve um acordo que chegasse ao nível pedido. Temos um dilema atualmente. Se vendermos por um valor que entendemos que é menor do que vale, jogamos o preço lá para baixo. Para readquirir o patamar depois ficará muito difícil. Se não conseguirmos para este ano, temos um fôlego com a receita que gera o nosso estádio. Ela dá condição de negociarmos com um certo equilíbrio - lembrou Julio Casares, vice de marketing do São Paulo. 'Estamos indo ao mercado no tempo errado', diz diretor Embora os números das propostas assustem as empresas, os clubes acreditam que o maior empecilho para fechar patrocínios neste momento é o "timing" errado. Os executivos confirmam que o orçamento de 2012 já está comprometido. Com isso, os dirigentes precisam pensar mais para frente. - Estamos indo ao mercado no tempo errado. Era para ter aberto em julho ou agosto (de 2011), para ter uma decisão em novembro e apresentar a parceria em janeiro, no início do estadual. Devido à exclusividade que tínhamos com a Traffic, só conseguiremos fechar de forma rápida com uma empresa nacional se tivermos muita sorte. O ano já começou, os orçamentos estão definidos - afirmou Duarte. saiba mais Corinthians fecha mais dois patrocínios e define 'camisa da final' Endividados, clubes recorrem mais vezes a patrocínios pontuais Mesmo com problemas de "timing", o diretor do Flamengo apresenta números favoráveis a quem investe em patrocínio. Segundo Duarte, a Batavo teve em 2010 um retorno de visibilidade entre R$ 76 e 77 milhões, o que, de acordo com informações do dirigente, é 3,5 vezes maior do que o valor investido. Para ele, nem mesmo as notícias de imbróglios judiciais, principalmente após a saída de Ronaldinho Gaúcho, podem sujar a imagem do clube no mercado. - A força da marca não diminuiu. É como se o Flamengo fosse um planeta, e as estrelas ficassem passando na sua órbita. Não atingem. Claro que houve uma perda grande nos negócios com a saída do Ronaldo. Licenciamentos tiveram que parar porque ele não é mais nosso atleta, e houve uma queda na venda de camisas com todos os questionamentos e escândalos que foram para a rua. Mas o mercado já entende que o Flamengo não é apenas um atleta. Retorno do patrocinador do Tricolor chega a dez vezes Márcio Alaor, da BMG, concorda com a visão de Duarte e também cita números positivos da relação com o São Paulo. O contrato foi encerrado apenas porque a empresa mudou de estratégia. Com a meta de ser mais conhecida pelo público já alcançada, ela agora diminuiu o número de clubes patrocinados. - O retorno é espetacular. A cada R$ 1 que investi no São Paulo, tive um retorno de oito, dez vezes. Eu recomendo, sem dúvida. Saímos apenas por uma questão de reposicionamento - afirmou, acrescentando que uma pesquisa feita pela empresa Sport+Market mostrou que a empresa subiu mais de 100 posições e chegou ao top 3 no ranking de conhecimento de marcas ligadas ao futebol. O reconhecimento passa pela exposição na mídia. Até a última semana, o Corinthians teve 30 jogos transmitidos pela TV Globo. O Flamengo somou 14, e o São Paulo, nove. 'Tem que mostrar o cálculo no papel', diz diretor Fora do eixo Rio-São Paulo, a parceria do Banrisul com Grêmio e Internacional já dura 11 anos, tornando-se o segundo patrocínio mais longo, atrás apenas de Fluminense e Unimed (14 anos). São cerca de R$ 15 milhões anuais para cada clube. Para o diretor de marketing da empresa, Guilherme Cassel, independentemente de não ser o melhor momento para a negociação, os clubes precisam mostrar que valem quanto pedem. - Em uma mesa sempre é preciso adequar o pedido à necessidade do interlocutor. O clube pode até valer o que pedem, mas tem que mostrar o cálculo no papel. Hoje as empresas têm instrumentos, já sentam para negociar com consciência sobre a relação custo-benefício. Se a proposta não for assim, nem começam a negociar - afirmou. O resultado fantástico que tivemos com o patrocínio trouxe oportunidades. Hoje, temos um fundo de participação nos direitos de jogadores como Montillo (10%), Paulinho (20%) e Ralf (20%)" Márcio Alaor, vice-presidente da BMG O pensamento do Banrisul não é uma exceção no cenário brasileiro atual. Segundo Ivan Martinho, diretor comercial da empresa de marketing esportivo Traffic, houve uma mudança de perspectiva nas relações entre marcas e clubes com o avanço do uso de ferramentas de medição de retorno. - Antes a decisão era quase 90% emocional. O patrocinador tinha uma relação pessoal com o clube, era torcedor. À medida que os valores aumentaram muito nos últimos anos, os executivos precisavam de uma justificativa técnica para reportar o investimento aos acionistas, mais focada em aumento de vendas, relacionamento com os clientes, não apenas visibilidade. Houve uma conscientização maior - afirmou. As empresas também estão indo além do patrocínio, como é o caso da BMG. O vice-presidente da empresa conta que atualmente faz práticas mais ligadas ao relacionamento com o clube e também com o mercado. - O resultado fantástico que tivemos com o patrocínio trouxe oportunidades. Hoje, temos um fundo de participação nos direitos de jogadores como Montillo (10%), Paulinho (20%) e Ralf (20%). No ano passado, vendi nove atletas e tive um lucro de 72% sobre o valor investido. Além disso, melhoramos a relação com as diretorias ao possibilitar o adiantamento do pagamento de cotas da TV, quando necessário - lembrou Márcio Alaor. Links

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cartão de risco

O consumidor ainda precisa tomar cuidado com o cartão de crédito. Todo mundo quer ter essa facilidade, ficar livre de carregar dinheiro ou talão de cheque e ainda poder comprar hoje para pagar depois sem ter de abrir crediário. Mas é arriscado. Mesmo depois de várias quedas nos juros de outras linhas de crédito, o cartão não saiu do lugar. Seus juros, há mais de dois anos no mesmo nível, são quase idênticos ao que se cobrava no ano 2000. Os especialistas dizem que há pouca concorrência. As pessoas não têm muita opção, não podem mudar de cartão a toda hora e acabam gastando mesmo sabendo que estão pagando mais. É claro que o cartão apresenta vantagens. Para quem tem disciplina, é um jeito prático de concentrar o pagamento de várias compras numa só data. Para as lojas, é garantia de que o dinheiro vai chegar, o que nem sempre acontece com cheques. Mas a grande armadilha são mesmo os juros. Eles podem fazer uma dívida de R$ 1.000 chegar a R$ 3.382 em um ano. Pagar só o valor mínimo da fatura é uma roubada, verdadeira bola de neve. No crédito rotativo, o consumidor mal consegue cobrir os juros, e a dívida principal continua lá, crescendo. Como no caso de qualquer dívida, a solução para o cartão é só uma: quitar. Quem não consegue pagar a fatura cheia precisa se livrar dele. Pegar um empréstimo mais barato no banco para pagar o valor total é uma das soluções mais recomendadas. Mas, nesse caso, é preciso deixar o cartão na gaveta e não comprar mais nada por um tempo, para não começar tudo de novo.

Arrastão em dia de festa

Contra os casos recentes de arrastões a bares e restaurantes bacanas em São Paulo, o governo anunciou que vai aumentar o patrulhamento, mas só em dias festivos. Parece que o pessoal da polícia não levou em conta que muitos desses crimes são cometidos já perto do horário de fechamento, quando restam poucos clientes, e não em lugares lotados de casais esperando mesa para o Dia dos Namorados. Os bandidos não estão interessados em lugares cheios, onde teriam que controlar um número de pessoas muito maior que a gangue. O reforço só para datas especiais parece uma medida de emergência meio desesperada para mostrar serviço à opinião pública, preocupada com esses casos de roubo em áreas que concentram classes média e alta. É claro que existe um pouco de exagero em relação a esses crimes. Ouve-se falar tanto de arrastão a restaurante que as pessoas acabam sentindo mais medo disso do que de ser assaltado no carro. Só que ocorrem muito mais roubos a motoristas do que arrastões. Assaltos a padarias, farmácias e postos de gasolina também são muito mais comuns, mas mais espalhados pela cidade. Mostrar que tem crime em todo lugar, porém, não vai acalmar a população. Muito ao contrário. O que a polícia tem que fazer é usar inteligência. Descobrir quem são esses bandidos e como eles agem. Enquanto isso, é preciso patrulhar. Nas áreas da capital em que a polícia aparece a toda hora, como a Vila Madalena, a turma do arrastão deu um tempo. Mas, como qualquer um sabe, se o gato não descobrir onde os ratos se entocam, eles voltam rapidinho.