De mutreta ninguém esquece
A nova geração de leitores pertence a uma faixa etária que não sentiu a revolta do torcedor brasileiro com o destino dado à Copa do Mundo de 1978.
Já na semifinal, a Argentina (que jogou depois do Brasil) entrou em campo sabendo que somente se classificaria para a decisão final contra a Holanda se vencesse na semifinal, no mínimo, por quatro a zero frente ao Peru, equipe que até então tinha tido um desempenho excelente naquela Copa. Entrou então em campo uma mutreta de alto coturno e o país andino acabou perdendo por 6 a 0, favorecendo os platinos que se tornaram campeões do mundo. O Brasil foi vice invicto e campeão moral.
Somente agora, trinta e quatro anos depois, apareceram os detalhes da vergonhosa transação, que não mereceu nenhuma atitude mais firme da FIFA, hoje tão intrometida.
O Judiciário argentino abriu, no ano passado, investigações contra o ex ditador peruano Francisco Morales Bermúdez e, na semana passada, pediu a sua prisão contra crimes de seqüestros e assassinatos. Depondo nesse processo, o ex-senador peruano Genaro Ledesma revelou dados inéditos sobre o certame de 1978. Disse ele que a “entrega” do jogo por goleada foi pactuada entre os dois ditadores que governavam os dois países na época: Bermúdez (Peru) e Jorge Videla (Argentina).
A moeda de troca foi a Argentina ficar temporariamente com exilados contrários ao governo peruano. Além disso, Bermúdez recebeu empréstimos e a doação de 14.000 toneladas de trigo.
Está claro que a Copa de 1978 foi decidida fora de campo.
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Novamente “pixados”
Continuamos na nossa campanha para a melhoria de imagem do nosso país no exterior nesta década dos mega eventos e, a cada dia, chegam notícias que nos afastam deste objetivo.
O “motim” da Polícia Militar da Bahia – força armada não pode fazer greve – já começou a dar sua contribuição para “pixar” o nosso país. O Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro emitiu uma nota de alerta e desaconselhamento de viagens de norte americanos à Bahia enquanto durar esta situação de falta de segurança. Isto inclui o Carnaval. Os pacotes turísticos para o período momístico estão sendo cancelados levando a um prejuízo econômico, a uma perda de receita que as autoridades tanto desejavam.
Um fato deste, como qualquer outro que seja desairoso ao Brasil, já ganhou uma cadeira cativa na imprensa do exterior, a começar pela inglesa, que tem uma bronca endêmica contra o nosso país. Fomos destaque negativo na BBC e em muitas agências noticiosas transmitindo informes pelos cinco continentes. O El Pais, espanhol, disse que em Salvador o crime ganhou as ruas. O El Clarin, da Argentina, também tirou sua casquinha, divulgando com destaque matéria venenosa.
Afinal, Salvador é uma das mais prestigiosas sedes da Copa do Mundo de 2014.
Se não quisermos aumentar o prejuízo é chegado o momento de o governo baiano agir com energia, esquecendo a doutrina populista do partido que governa tanto o Estado quanto a nação.
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