O Brasil está em sétimo lugar no Ranking da FIFA.
Guardiola, que dirige o Barcelona, o melhor time do mundo, disse à revista francesa So Foot que procurou vários treinadores para absorver ensinamentos e não citou nenhum brasileiro. Falou de Ricardo La Volpe, Menotti, Marcelo Bielsa e Angel Cappa - treinadores argentinos.
Mais uma vez, reafirmou a sua admiração por Cruyff. Sobre o Brasil, recentemente, ele afirmou que o seu pai dizia que no passado o Brasil “tinha um futebol lindo”.
As convocações da Seleção Brasileira - que antes eram verdadeiros eventos - hoje são momentos de frieza e decepção.
O presidente da CBF, dizem, vai deixar a presidência nas próximas horas e com o seu grau de “popularidade” perto do zero.
O vice José Maria Marin, que pode assumir - por ser o mais velho - recentemente foi o protagonista do episódio “medalha no bolso”.
Várias federações articulam para que Marin não seja o substituto de Ricardo Teixeira , temendo que o poder fique nas mãos de paulistas (Marin, Marco Polo Del Nero, Reinaldo Carneiro Bastos e Andrés Sanchez).
Vale lembrar que outros “candidatos” são os vices Weber Guimarães, deputado pelo Distrito Federal e ligado ao poderoso futebol de Brasília, e Zequinha Sarney, que está no seu 7* mandato como deputado federal pelo estado do Maranhão.
Não é fácil ser otimista. É ou não é?
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Arrastão nas barbas da PM
Desta vez a bandidagem superou todos os limites. Nem os vizinhos da sede de um batalhão da Polícia Militar escaparam do último arrastão noturno em um prédio paulistano (o quarto deste ano).
O assalto aconteceu no bairro grã-fino de Higienópolis. O 7º Batalhão da PM fica na avenida Angélica. A cem metros dali, na rua Sergipe, travessa da Angélica, está o condomínio invadido por dez criminosos.
Eles chegaram ao prédio por volta da meia-noite e só saíram sete horas depois. Armados com revólveres e até metralhadoras, aterrorizaram seis famílias transformadas em reféns.
A quadrilha amarrou os moradores dentro dos apartamentos. Levou dinheiro (reais e dólares), joias e aparelhos eletroeletrônicos.
Para carregar o produto do roubo e fugir, tomaram dois carros blindados da garagem. E escolheram bem: um BMW e um Land Rover. Os veículos foram encontrados pouco tempo depois no bairro da Bela Vista.
Não fica bem para a Polícia Militar um assalto desses acontecer assim tão perto de um batalhão. A sem-cerimônia dos ladrões sugere que perderam o respeito pela polícia.
Existe a suspeita de que se trate do mesmo bando que tomou um prédio no dia 7 de janeiro. Não muito longe dali, na rua General Jardim, bairro de Vila Buarque.
A PM distribuiu uma nota para explicar que "mantém policiamento na região diuturnamente". Quer dizer, o tempo todo.
Deve ser verdade. Mas também é verdade que ninguém espera ver um arrastão de sete horas debaixo das barbas de um batalhão inteiro de PMs.
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Os dois gumes da Justiça
O caso chocou o Brasil. Em outubro de 2008, Lindemberg Fernandes Alves manteve em cárcere privado sua namorada de 15 anos, Eloá Pimentel. O episódio de ciúme terminou em tragédia.
Eloá foi assassinada e sua amiga Nayara Rodrigues da Silva foi ferida gravemente.
Natural que o julgamento tenha atraído o máximo de atenção. Pelos motivos, pela idade da vítima, uma tragédia desse tipo seria acompanhada com interesse em qualquer país do mundo.
No Brasil, onde a impunidade dos grandes malfeitores é ainda o que mais se vê (em especial no mundo político), um julgamento desse tipo certamente encontra razões ainda mais fortes para atrair a atenção geral.
Nesse sentido, a instituição do tribunal do júri pode ser uma faca de dois gumes. Antes de mais nada, o julgamento permite que se faça uma distinção clara entre um procedimento civilizado, onde prevalecem argumentos e direitos, e o que é puro "justiçamento" selvagem, simples vingança.
Por outro lado, as emoções e a teatralidade presentes na corte podem trazer o risco de falhas graves de julgamento. Houve teatro à beça, com certeza, nos lances mais ousados da defesa de Lindemberg.
O caso, ainda mais com a confissão do réu, não dava margem a muitas dúvidas. O assassino foi condenado, como todos esperavam.
Mas o teatro e as emoções presentes nos crimes de grande impacto podem fazer do tribunal do júri um meio incerto, e imprevisível, de assegurar Justiça para todos. Coisa de que o Brasil, como se sabe, continua precisando com urgência.
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