Era difícil acreditar no que mostravam as fotos: três prédios haviam desabado no centro do Rio. Pelo menos 17 pessoas morreram.
A surpresa foi ainda maior por se tratar de uma área nobre da cidade, ao lado do Teatro Municipal.
Em lugar nenhum se espera que três prédios sumam de repente, como numa implosão. Muito menos ali.
Eram edifícios construídos 60 ou 70 anos atrás. Por que só caíram agora?
O caso lança um alerta para o problema cada vez maior nas cidades brasileiras: a incapacidade das autoridades para fiscalizar obras e garantir a segurança de edifícios.
Os técnicos ainda tentam descobrir o que aconteceu exatamente nos prédios desabados. Mas já se sabe que mais de uma obra grande, dessas que removem paredes, estavam sendo realizadas ali dentro. Nenhum órgão público tinha sido avisado sobre as modificações.
Essa é a regra na maior parte do país. O pessoal é muito irresponsável. Obras são realizadas sem nenhuma consulta a engenheiros.
O poder público também falha. Fiscaliza pouco e mal.
O pior é que, mesmo que todas as novas construções ou reformas fossem registradas, o perigo não deixaria de existir.
Para isso seria necessário realizar também verificações periódicas das condições de segurança de todos os prédios.
Isso não acontece em lugar nenhum do Brasil. Mas é rotina na Europa. Ainda temos muito que aprender.
Existem alguns projetos de lei para exigir que os condomínios contratem vistorias regulares da estrutura dos prédios. Estão dormindo lá nas gavetas do Congresso Nacional. Nunca foram votados.
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