terça-feira, 29 de maio de 2012
As vítimas são as crianças
Para variar, estão em pé de guerra o governo federal do PT, partido do pré-candidato a prefeito de São Paulo Fernando Haddad, e a prefeitura de Gilberto Kassab (PSD), aliado de José Serra (PSDB), maior rival de Haddad.
A briga ficou tão feia que os adversários não têm vergonha nem de pôr as crianças na linha de tiro.
Brasília não mandou para cá nem um tostão dos R$ 240 milhões que o Ministério da Educação (MEC) separou para gastar até 2014 na construção de creches em Sampa.
Essa grana toda daria para erguer 172 creches. Com a construção dessas unidades, 41 mil vagas seriam abertas na cidade, graças à verba federal que não veio.
E olhe que São Paulo precisa das creches, e muito. Existem hoje 205 mil vagas para receber as crianças de mães que trabalham, mas é pouco. Há outras 124 mil na fila de espera.
Sem as creches, as portas do mercado de trabalho se fecham para muitas mulheres. Ou então é a criançada que fica na mão, mesmo sem ter nada a ver com a disputa entre PT e PSD/ PSDB.
O MEC, que foi dirigido até o ano passado por Fernando Haddad, põe a culpa na prefeitura. Diz que ela não apresentou projetos na época certa, entre outubro de 2011 e janeiro de 2012.
A prefeitura admite que não apresentou os projetos nessas datas. Mas retruca dizendo que em junho do ano passado já tinha enviado ao MEC outro pedido, para construir 120 unidades.
Kassab abriu muitas vagas em creche, mas a procura aumentou bem mais rápido, daí a fila enorme.
É claro que o assunto das creches vai vir com tudo na campanha da eleição para prefeito de outubro. Mas é revoltante que os meninos paguem o pato por essa disputa política.
Carros melhores e mais baratos
O governo reduziu de novo o IPI dos carros. Com isso, os preços de alguns modelos 1.0 caíram até 10%.
O consumidor fica contente, porque os veículos ainda são muito caros no Brasil. Está um pouco mais fácil comprar o zero-quilômetro.
Diminuir o imposto também é bom para a economia do país.
As montadoras empregam muita gente e também usam a produção de outras fábricas, que sustentam mais postos de trabalho.
Vendendo e produzindo mais, as montadoras põem mais dinheiro no bolso de mais trabalhadores. A grana circula pela sociedade, e o comércio festeja.
A indústria automobilística é enorme e importante, mas não é a única do país.
Como desta vez as medidas do governo se concentraram nela, muita gente acha que foi favor demais para as fábricas multinacionais.
Uma maneira inteligente de compensar isso é fazer algumas exigências para as montadoras. Por exemplo, aumentar a qualidade dos carros que produzem.
Essas mesmas fábricas, no exterior, produzem veículos muito mais equipados e seguros.
Veja a questão dos airbags e freios ABS (que não travam as rodas). Em alguns países eles são obrigatórios há muitos anos, mas por aqui ficou para 2014.
Já existe no Brasil um programa para melhorar os motores, para que consumam menos combustível. É o Proconve.
Bebendo menos gasolina ou álcool, eles também poluem menos o ar. Mas ainda dá para avançar muito nessa direção.
O governo deu uma boa ajuda para quem fabrica automóveis. Precisa também melhorar a vida de quem paga caro para ter um deles.
Batalha contra camelôs
A Justiça tomou uma decisão que traz algum bom senso para a disputa entre camelôs e a prefeitura.
No calçadão de São Miguel Paulista (zona leste), 200 ambulantes poderão continuar trabalhando.
Por enquanto, a sentença judicial protege esses camelôs contra o 'rapa'. Suas mercadorias só poderão ser apreendidas se forem ilegais.
É melhor assim. A guerra da prefeitura contra esses comerciantes vinha sendo um pouco radical.
Na última ação, 470 ambulantes perderam suas licenças para trabalhar nas ruas da cidade. Entre eles, 250 eram deficientes.
O grande problema é que os camelôs acabam ficando sem alternativa e começam a trabalhar ilegalmente.
O resultado muita gente conhece: confronto entre ambulantes e policiais. Ninguém quer isso.
Tudo seria mais fácil se já estivessem prontos os três shoppings populares que a prefeitura pretende construir até o fim de 2013.
Em 2009, 4.600 pessoas tinham permissão para esse trabalho nas ruas da cidade.
Agora, sobraram só 558. Se depender da prefeitura, os camelôs estarão extintos dentro de 30 dias.
O prefeito Gilberto Kassab parece tentar repetir os efeitos da Lei Cidade Limpa: sua popularidade subiu, e a paisagem urbana melhorou bastante.
Mas isso não é fácil de conseguir sempre. Nesse caso específico, uma ação desastrada pode provocar pancadaria, o que certamente não ajuda a deixar a cidade mais civilizada.
Antes de tirar os camelôs das ruas, é melhor ter um lugar para onde eles possam ir.
Pedala, Sampa
É uma boa notícia a inauguração das primeiras seis estações do Bike Sampa, um sistema de empréstimo de bicicletas que só cobra pagamento do ciclista depois de meia hora de uso.
A iniciativa é da Secretaria Municipal dos Transportes em parceria com empresas do setor privado.
O usuário pode pegar o veículo num ponto e devolver em outro. O sistema já funciona com sucesso no Rio e é inspirado em programas adotados em várias cidades do mundo, como Paris.
A pessoa precisa se cadastrar, fornecer um número de cartão de crédito e obter um passe. Na internet, a página é www.bikesampa.com.br.
O Bike Sampa começa na Vila Mariana e depois deverá seguir para os Jardins. Até o final do ano, a meta é criar cem estações. E, até o final de 2013, um total de 300.
Tomara que o projeto não fique apenas nas áreas mais ricas da cidade. A bicicleta tem um papel a cumprir no sistema de transporte paulistano, embora o relevo da cidade e o trânsito enlouquecido crie algumas dificuldades, sobretudo para a segurança dos próprios ciclistas.
Ela é útil não apenas para resolver problemas dentro do bairro. Serve também para que o trabalhador vá de sua casa aos terminais e estações de trem, metrô ou ônibus.
Esse tipo de uso pode e deve ser ampliado.
Para isso é preciso construir mais estacionamentos para as magrelas e criar rotas sinalizadas e seguras para os ciclistas.
A melhor opção é separá-los dos veículos motorizados, em ciclovias protegidas.
O Bike Sampa é uma boa ideia. Seria ótimo se atraísse mais patrocinadores e atingisse os bairros mais afastados do centro da cidade.
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Em defesa das florestas
As matas brasileiras agradecem. Após quatro anos de confusão, o país está mais perto de uma lei moderna e eficiente para evitar o desmatamento.
No último dia do prazo, a presidente Dilma Rousseff anunciou vários vetos (cortes) na lei que tinha sido aprovada na Câmara dos Deputados, contra a sua vontade. Quem defende o ambiente também não gostava da legislação, acusada de ser favorável demais aos donos de fazendas.
Na realidade, o Código Florestal que valia até agora estava mesmo precisando de uma reformulada. Muito agricultor que desmatou terrenos de boa-fé, para ganhar a vida com o suor do próprio rosto, estava ameaçado de receber multas e até de sofrer processos.
A complicação é que também existe muito fazendeiro que derrubou matas nas beiras de rios quando isso já era ilegal. Pelo Código Florestal de hoje, eles teriam de replantar tudo.
O novo Código aprovado pelos deputados dava muita colher de chá para eles. Só teriam de replantar um pedaço da área desmatada. E, mesmo que não cumprissem a obrigação legal, continuariam recebendo empréstimos dos bancos do governo.
A presidente acabou com essa espécie de perdão aos desmatadores. Fez uma cirurgia no texto da Câmara para retirar os maiores problemas. As alterações menores ela vai fazer por meio de medida provisória.
Isso quer dizer que a guerra ainda não terminou. As medidas provisórias são um tipo de lei que, como o nome sugere, só se tornam definitivas depois que o Congresso vota o que a Presidência da República escreveu.
O Brasil ainda não tem o Código Florestal de que precisa, mas vai chegar lá.
A greve que parou São Paulo
A greve dos funcionários do Metrô e de parte da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) paralisou São Paulo.
O trânsito na cidade foi o maior da história para o período da manhã. Registraram-se nada menos que 249 km de congestionamento. O recorde anterior, de 2004, tinha sido 191 km de lentidão.
Praticamente todo mundo foi prejudicado: os cerca de 4 milhões de usuários do Metrô, os 850 mil de duas linhas da CPTM e o restante da população, que ficou mofando no trânsito.
Tudo por causa de disputas salariais: os metroviários queriam aumento de 20% (um exagero), e os dirigentes do Metrô topavam dar 5,71%.
E nem dá para dizer que os funcionários do Metrô ganham mal. Na média, o salário da categoria fica em R$ 4.060 por mês. Em São Paulo, a remuneração média é bem menor: R$ 1.850.
É claro que todo mundo pode negociar melhores condições de vida e trabalho. O problema é que, quando se trata de um serviço público essencial, o maior prejudicado é a população, que não tem nada a ver com a história.
Para evitar isso, a Justiça do Trabalho proibiu a paralisação total dos serviços. Mas não teve jeito. Os grevistas estavam mesmo a fim de parar a cidade.
Felizmente, no fim da tarde a greve acabou. Os metroviários aceitaram um reajuste de 6,17% e conseguiram que outros pedidos seus fossem atendidos.
Pode até ser que os funcionários do Metrô comemorem o resultado da negociação e cantem vitória. Mas a população só tem a lamentar.
Vacina para quem precisa
O humor dos brasileiros é criativo. Para fazer piada com a aversão das pessoas a picadas de agulha e, ao mesmo tempo, com sua estima por tudo que é grátis, ficou famosa a expressão "de graça, até injeção na testa".
Em São Paulo, porém, uma injeção gratuita não está fazendo tanto sucesso quanto deveria. É que termina depois de amanhã a campanha de vacinação contra a gripe.
Mesmo sendo de graça, muita gente ainda não apareceu no posto de saúde.
A campanha é voltada para velhinhos, mulheres grávidas e crianças com idade entre seis meses e dois anos.
Segundo a Secretaria da Saúde, até a sexta-feira passada menos da metade dessas pessoas tinha sido vacinada. É muito pouco, para duas semanas de campanha.
O balanço mostrou que faltava vacinar nada menos que 2,8 milhões de idosos, 471 mil crianças e 284 mil gestantes.
Pode ser que alguns tenham medo da vacina. Algumas grávidas, por exemplo, acham que há risco para a saúde do bebê.
Isso não é verdade. Não há risco para a pessoa nem para o bebê.
A vacina funciona como um ensaio contra a doença. Ela treina o sistema de defesa do corpo com a ajuda de pedacinhos do vírus que causa gripe, como se fosse uma foto da cara do bandido. Assim, quando topar com o vírus de verdade, o corpo poderá reconhecê-lo para se defender.
Com isso, quem se vacinar não correrá quase nenhum risco de pegar uma gripe durante o ano inteiro. Isso é uma ótima notícia.
Então, não tem desculpa: basta ir a um posto de saúde hoje, amanhã ou na sexta-feira, quando acaba a campanha.
Eles ficam abertos das 8h às 17h. Quem tiver dúvidas pode ligar para o 0800-555466. É de graça.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Vai Corinthians.....
Tudo parecia seguir o roteiro de sempre. Nervossismo, desespero e fantasmas passando pelo Pacaembu. Nem lembrava a equipe bem assentada taticamente, maior virtude do time de Tite, tal o nível de estresse que se sentia no ar. Mas trabalho e treinamento constantes ficam registrados em algum ponto da memória e quando tudo parece perdido aparece, como numa passe de mágica, o reflexo do que se condicionou. O Corinthians esteve longe de jogar uma grande partida contra o Vasco. Porém, repetiu três vezes aquela jogada do cabeceio de Paulinho. Na primeira, bola na trave. Na segunda, bela defesa de Fernando Prass. Até que veio o gol. Escanteio bem cobrado e, quase no reflexo, gol de Paulinho. Mérito da insistência, da força de vontade, da gana de Tite. Nas últimas partidas, em especial da Libertadores, não vemos o Corinthians com o pragmatismo tático de outros momentos. Porém, o que se treinou intensamente, ficou, como material precioso, para uso na hora de uma necessidade. E assim foi. Em outras Libertadores, já vimos o Corinthians jogando mais e com mais talentos. Esse, porém, tem conseguido algo mais. Chegou numa semifinal, coisa que não ocorria há muito tempo. Quem sabe, não chegou a hora?
terça-feira, 22 de maio de 2012
Corintianos fazem pacto, unem organizadas e copiam canto típico dos 'hermanos'
As torcidas organizadas do Corinthians realizaram um pacto para o jogo desta quarta-feira contra o Vasco, às 21h50, no Pacaembu, pelas quartas de final da Copa Libertadores. Nas redes sociais circula um panfleto com a programação das músicas que serão cantadas durante a partida, sem diferenciação de uma organizada para a outra, como é rotineiro.
Um canto tipicamente ‘hermano’, tradicional não apenas na Argentina, mas também no Chile, México, Colômbia, Equador etc, é o novo hit entre os corintianos. No jogo de ida pelas quartas de final, o 0 a 0 em São Januário, os torcedores já cantaram "Vamos, vamos Corinthians, nesta noite teremos de ganhar".
O grito é frequente entre os fãs do River Plate, por exemplo, na versão “vamos, vamos Millonario, nessa noche tenemos de ganar”. Outros clubes fazem o mesmo, casos do América (MEX), Emelec (EQU), Atlético Nacional (COL), Unión Española (CHI), entre outros.
“Comunicamos nós das torcidas organizadas Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e Fiel Macabra, (sic) acertamos que para este jogo seremos uma única voz”, informa o comunicado.
Na programação, consta que até os 10 minutos de jogo será entoada a “música nova Vamos, vamos Corinthians e este jogo teremos que ganhar.”
Além do grito que os times brasileiros ouvem quando atuam fora de casa pela Libertadores, os corintianos fazem campanha no Facebook por uma chuva de papel picado no estádio municipal. O cenário também é comum nos países vizinhos ao Brasil.
Falta de veículos faz CET desrespeitar lei de trânsito
Responsável por fiscalizar as normas de trânsito na capital, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) está cometendo infração ao transportar agentes de trânsito na caçamba de suas picapes durante a implantação de faixas reversíveis.
Levar passageiro em compartimento de carga é infração gravíssima, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, com multa de R$ 191,54 e sete pontos na carteira.
O trabalho de colocar cones para a implantação dessas faixas costuma ser feito com vans.
O número de veículos desse tipo existentes na companhia já é insuficiente, segundo funcionários.
Para piorar, parte deles está parada na oficina da CET, esperando manutenção.
Com isso, picapes têm de ser usadas por agentes de trânsito para a colocação dos cones.
Resposta
A CET não comentou a infração cometida na montagem das faixas reversíveis. Informou apenas que, em 2007, adquiriu três furgões para essa operação, mas não disse por que usa picapes para o serviço.
Sobre os veículos parados na oficina, a companhia informou que são 112 carros em manutenção, além dos veículos reserva.
Segundo a CET, isso significa que 92% da frota de 1.084 veículos está disponível para uso. A frota de 880 carros obtida pela reportagem refere-se aos carros usados em operações --não incluem veículos usados pela diretoria, por exemplo. A CET não informou esse número.
A CET afirmou ainda que mantém 120 funcionários na área de manutenção e reparo --apesar de o site da prefeitura informar que são 52 os agentes de manutenção.
A companhia disse ainda que recebeu 1.026 novos veículos entre 2005 e 2012 e que reduziu o tempo de remoção de carros nas vias de 10,6 minutos, em 2010, para 9,3 minutos, em 2011, em média.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
“Cavaleiro Fiel” do Corinthians divide a opinião de evangélicos
Mesmo tendo todas as características da imagem de São Jorge, padroeiro do time Corinthians, a estátua do Cavaleiro Fiel, obra do artista Gilmar Pinna, não está enfrentando a rejeição dos evangélicos da região. O jornal Gazeta Esportiva esteve conversando com alguns líderes religiosos do bairro de Itaquera, na zona Leste da capital paulista, para saber o que eles acharam do monumento que será posto em frente ao estádio e não houve desaprovações. “A Igreja é uma instituição de Cristo com a finalidade de anunciar a todas as pessoas indistintamente a mensagem do evangelho, incluindo tudo aquilo que agrada e desagrada a Deus. Contudo, entendemos que as associações, clubes, instituições e tantas outras entidades não-governamentais e governamentais são responsáveis por suas escolhas”, disse o presbítero Sulivan da Silva, responsável pelo departamento de marketing da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico. O pastor Marcelo Rodrigues Oliveira, da Igreja Batista Central de Itaquera, também não se mostrou contrário ao monumento e como corintiano lembrou que no Parque São Jorge também há uma imagem do santo católico. “No Parque São Jorge, já existe uma estátua de São Jorge. Mas é pequena, diferentemente desta. Às vezes, não fazem isso como culto, mas como um aspecto cultural. Por ser Parque São Jorge e coisa e tal…”, disse ele que admitiu que vai estranhar olhar para a enorme imagem todos os dias. Marcelo é tão corintiano que faz questão de pegar uma versão da Bíblia King James para mostrar ao repórter da Gazeta Esportiva que o Corinthians é bíblico. “Corinthians aparece no livro de Corinto, no qual Paulo fala exatamente sobre isso [adoração de ídolos]. Fica meio contraditório, não? É uma orientação de um livro da Bíblia, de nome Corinthians… Tanto é que na King James, a tradução bíblica inglesa, o livro é grafado como Corinthians, e não como Coríntios”, explicou o religioso. “Quando falo para os membros na nossa igreja que o Corinthians está na Bíblia, tenho que provar. Corinthians vem da cidade de Corinto, na Grécia, para onde o apóstolo Paulo endereçou duas cartas à igreja local. Os habitantes de lá se chamavam coríntios. Por isso, existiu aquele time inglês [Corinthian], que veio excursionar no Brasil em 1910 e inspirou a criação do nosso Corinthians. Era como se fosse o Barcelona da época”, complementou o pastor que mesmo sendo um fiel torcedor, condena a adoração à imagem e esculturas.
The Walking Dead
ASSISTIR The Walking Dead (Dublado e Legendado)
The Walking Dead é centrada em Rick Grimes, um oficial de polícia da pequena cidade de Cynthiana, no estado do Kentucky, sua família e uma série de outros sobreviventes que se uniram para manterem-se vivos depois que o mundo foi infestado por zumbis. Com o progresso da série, as personagens tornam-se mais desenvolvidas e suas personalidades são demonstradas sob a tensão de um apocalipse zumbi, especialmente a de Rick.
No início da série, Rick e seu parceiro Shane participam de um tiroteio e Rick é baleado, entrando em coma. Ao acordar em um hospital, ele descobre que os mortos-vivos estão no edifício e na cidade. Rick retorna para casa e vê que sua família não está lá, ao vagar pela rua encontra Morgan e Duane Jones, que lhe explicam tudo o que está acontecendo a volta de Rick. Então logo Rick decide ir para Atlanta, onde o governo orientou as pessoas a se dirigirem enquanto resolvia o problema, para encontrar sua esposa Lori e seu filho Carl. Ele então descobre que Atlanta está repleta de zumbis e esbarra em Glenn, um entregador de pizzas que faz parte de um bando de sobreviventes.
Seguindo Glenn, Rick descobre que Lori e Carl estão bem juntamente com Shane, que fica cada vez menos feliz com o retorno do seu parceiro. Ele também conhece novos sobreviventes. O grupo procura por um lugar para chamar de lar, estabelecendo-se em vários acampamentos temporários, incluindo uma prisão, que chama a atenção de um homem louco que se autodenomina o Governador. O Governador administra a sua pequena comunidade de sobreviventes chamada Woodbury como um ditador e tortura Rick e outros membros de seu grupo, culminando em um grande ataque contra a prisão. Vários dos principais personagens morrem na batalha, incluindo o próprio Governador. Após a prisão deixar de ser um lugar seguro devido ao ataque, Rick e os membros sobreviventes seguem para Washington em uma tentativa de achar a cura para a infecção, acabam encontrando canibais no caminho e uma cidadezinha fechada e segura, mas que esconde um segredo!
Elenco: Rick Grimes (Andrew Lincoln), Chandler Riggs (Carl), Steven Yeun (Glenn), Sarah Wayne Callies (Lori Grimes), Jeffrey DeMunn (Dale), Jon Bernthal (Shane), Laurie Holden (Andrea), Michael Rooker (Merle), Linds Edwards (Leon Basset) e Jim Coleman (Lambert “Lam” Kendel).
“The Walking Dead” a série de televisão da AMC The Walking Dead, que adapta a HQ Os Mortos-Vivos.
EU RECOMENDO A TODOS..............
MARCÃO
domingo, 20 de maio de 2012
Choque no metrô
Nunca havia acontecido uma colisão de trens no metrô. Aconteceu agora. Será que foi um fato isolado?
Não é o que parece. Basta dizer que até abril aconteceram pelo menos 30 panes em linhas do Metrô e da CPTM.
Causa ainda mais preocupação o novo e grave acidente ocorrido na linha 3-vermelha, que provocou pânico e deixou dezenas de feridos.
Já está ficando cansativo o governo do Estado dizer que a culpa é do aumento do número de passageiros.
É verdade que houve um tsunami de novos usuários. Só no ano passado foram mais 1,2 milhão de passageiros transportados pelos trens da CPTM e do Metrô.
Mas é estranho que o governo tenha se surpreendido, a ponto de deixar que esse situação atrapalhe o funcionamento dos trens e ponha em risco a segurança das pessoas.
Parece claro que há problemas de operação. Não se sabe ainda ao certo, mas é possível que a batida na linha 3-vermelha, há muito sobrecarregada, tenha sido causada por falha de manutenção de equipamentos.
É natural que a oposição ataque o governo do Estado, como fez o candidato petista à prefeitura, Fernando Haddad. Para ele, estaria acontecendo um apagão nos transportes de São Paulo.
É um pouco exagerado. Mas que tem problema, tem. Sem dúvida é preciso investir para ampliar a rede.
Só que é preciso também ter um órgão que se encarregue de administrar os transportes da Grande São Paulo.
Uma região metropolitana tão grande quanto a nossa exige integração maior entre ônibus, trens e metrô.
Internet rápida é muito lenta
O uso da internet rápida tem crescido no Brasil. O problema é que banda larga oferecida aqui não é tão rápida assim. E ainda tem muita gente sem condições de pagar pelo serviço.
Mesmo para quem pode pagar, os pacotes são caros. Por duas razões: os impostos são altos e há poucas operadoras concorrendo.
Uma pesquisa feita por uma empresa americana revelou que a internet brasileira está em 40º lugar, em termos de rapidez, entre 50 países. Muito ruim.
A velocidade média da melhor banda larga do mundo, a da Coreia do Sul, é dez vezes maior do que a nossa. Ou seja, temos uma conexão cara, lenta e com alcance limitado. Muita gente ainda fica longe desse serviço.
Para melhorar, é preciso aumentar a competição e investir mais no setor.
O governo afirma que vai ampliar a rede de fibra ótica do país. É uma boa notícia. A fibra ótica é uma espécie de cabo que comporta mais dados e permite que se trafegue com mais velocidade na rede de computadores.
Além disso, as autoridades prometem que em dois anos a internet rápida chegará a 40 milhões de domicílios, cerca de 60% do total. Hoje só 18,3 milhões de casas têm o serviço.
O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado em 2010, também prevê acordos com as operadoras para reduzir custos.
Resta saber se esses planos vão mesmo sair do papel algum dia.
A internet não é só entretenimento. No mundo atual, é indispensável para o trabalho e os estudos.
Não dá para o Brasil, em pleno século 21, ficar marcando passo num assunto tão importante.
Direito à informação
Com a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, os brasileiros ganharam o direito de conhecer tudo que está nos bancos de dados sob a guarda dos órgãos públicos.
Qualquer um pode solicitar informações. Mesmo nos casos em que os governantes julguem importante manter dados em segredo, foi fixado um tempo para isso.
Uma informação só pode permanecer secreta por um período máximo de 50 anos.
É um avanço. O país pode agora conhe- cer com mais profundidade sua própria história e controlar melhor a atuação do governo.
Outra consequência positiva da nova lei é que facilita a divulgação de quanto ganham os servidores públicos. A presidente Dilma Rousseff já assinou decreto determinando que os órgãos federais divulguem na rede de computadores suas folhas de pagamento, com os nomes dos funcionários.
Embora a lei não obrigue a tomar essa iniciativa, a presidente deu um exemplo. É de esperar que ele seja seguido por todos: Justiça, Congresso, Estados e municípios.
Tem gente, no entanto, que não está gostando. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, filiada à CUT, que diz representar 850 mil servidores, quer manter os vencimentos em segredo.
Considera que a decisão da presidente quebra o sigilo do servidor. É uma interpretação equivocada. O poder público é mantido com os impostos pagos pela sociedade, que é, na verdade, o verdadeiro "patrão" dos políticos e autoridades.
Natural, portanto, que os cidadãos possam saber como seu dinheiro está sendo empregado. Ou mal empregado, em tantos casos.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Justiça e dupla porta de hospitais
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter a proibição, ainda provisória, de que os hospitais públicos paulistas reservem 25% de seus leitos para atender só pacientes de convênios particulares.
A discussão ficou conhecida como a polêmica da dupla porta. Ou seja, haveria uma fila para os pacientes do SUS e outra, menor, para quem paga plano de saúde.
À primeira vista, é uma injustiça. Mas o governo do Estado, que defende a separação das vagas, diz que é o único jeito de cobrar o atendimento hoje dado de graça aos pacientes dos planos.
Ninguém duvida de que falta dinheiro nos hospitais públicos. Basta ver os ambulatórios apinhados de gente e o tempo que demora para uma pessoa necessitada marcar exames e cirurgias.
Por outro lado, também é evidente que os planos de saúde têm todo o interesse em despachar alguns de seus clientes para os hospitais gratuitos. Principalmente se o tratamento de que o paciente precisa for muito caro, como no caso de transplantes e de câncer.
É uma maneira de se livrar de uma despesa pesada. Como nada neste mundo é de graça, quem paga a conta somos todos nós, os contribuintes, que sustentamos o sistema público de saúde com impostos.
Faz sentido, portanto, cobrar dos planos o atendimento dado a seus clientes nos hospitais estaduais. Com mais dinheiro, o serviço pode melhorar para todos. Mas o paciente particular não vai querer enfrentar filas maiores do que encontra nos privados.
Não é uma escolha fácil de fazer, longe disso, entre a dupla porta e o esquema normal. Mas a Justiça precisa decidir logo, porque a saúde tem urgência.
exemplo de Carolina Dieckmann
O
As fotos de Carolina Dieckmann são o assunto mais comentado dos últimos dias. A essa altura do campeonato, quase todos já sabem que imagens da atriz nua vazaram na internet.
Muita gente viu as fotos, que foram divulgadas sem autorização de estrela. Só entre o dia 4 (quando os arquivos aparecerem na rede de computadores) e o dia 8, as fotos foram acessadas mais de 8 milhões de vezes, afirma uma organização que monitora o tráfego na rede mundial de computadores.
Quem não viu as fotos de Carolina deve ter ouvido falar sobre elas. O programa "Fantástico" de domingo comentou o assunto. Anteontem, a atriz, que trabalha para a Rede Globo, deu entrevista no "Jornal Nacional".
"Enquanto não aparecesse a pessoa, ou pessoas, não ficaria tranquila", declarou.
Carolina falava sobre os bandidos da informática ('hackers') que invadiram seu computador para surrupiar as fotos e fizeram chantagem, ameaçando divulgá-las na internet. A polícia diz que já identificou quatro suspeitos.
Infelizmente, esse tipo de crime é cada vez mais comum, com o aumento do uso da internet no Brasil. Não só fotos, mas também dados bancários podem ser furtados pelos hackers.
Para se proteger, é bom ter um programa antivírus no computador e usar senhas complicadas (nem pensar em usar a data do aniversário ou o número de telefone).
Também vale a pena ser cauteloso em conexões sem fio ('wi-fi'), principalmente em locais públicos. E, se for consertar um computador com informações valiosas, precisa ser um técnico de confiança.
Todo cuidado é pouco na internet, a nova fronteira do crime.
Multiplicação de imóveis
É no mínimo estranho o enriquecimento de Hussain Aref Saab. Em sete anos, o cidadão comprou 106 imóveis que, somados, valem pelo menos R$ 50 milhões.
Ainda não se sabe como Aref conseguiu tantas propriedades. Mas não deve ter sido só com o salário da prefeitura. Sua renda mensal declarada é de R$ 20 mil. Não daria para tudo isso.
Até um mês atrás, Aref era o diretor responsável por aprovar empreendimentos imobiliários em São Paulo. O órgão que ele comandava se chama Aprov.
Aref foi nomeado para esse cargo em 2005 por José Serra, que era o prefeito. Consta que Serra atendeu a um pedido de Gilberto Kassab, que era seu vice e hoje é o prefeito de São Paulo.
A função de Aref era liberar a construção de qualquer prédio de médio ou grande porte na cidade. Ele fez isso durante quase todo o mandato de Kassab.
Foi nesse período que sua fortuna se multiplicou. Antes de chefiar o Aprov, ele tinha 12 propriedades, avaliadas em R$ 1,5 milhão.
Ao deixar o cargo, sete anos depois, chegou a 118 imóveis, entre apartamentos, casas, terrenos e vagas de garagem.
Isso não é normal. Tanto que a Corregedoria Geral do Município e o Ministério Público estão investigando Aref por suspeita de corrupção.
O advogado de Aref diz que ele comprou os imóveis com o dinheiro de um estacionamento da família. Fala também em herança.
As declarações do advogado não são nada convincentes. A corregedoria e o Ministério Público precisam ir a fundo para explicar direitinho essa história.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Deslumbrados por dinheiro da Globo, clubes brasileiros contraem dívida recorde em 2011
O Campeonato Brasileiro de 2012, que começa no próximo sábado, promete ser o mais rico da história. Graças ao novo contrato de transmissão com a TV Globo, assinado em 2011, o futebol verde-amarelo apresentou um crescimento de 27% das receitas no ano passado. O problema é que as dívidas subiram ainda mais.
Em estudo divulgado pela empresa de consultoria BDO, os clubes geraram R$ 457 milhões extra de receitas em 2011 em relação a 2010. No mesmo período, o endividamento ficou R$ 628,4 milhões maior. “Esse nível de endividamento assusta. Você vê que os clubes estão fazendo mais dinheiro e acha que as finanças estão ficando equilibradas. Mas quando olha para os valores de endividamento, não é isso que está acontecendo”, analisa Amir Somoggi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO.
A análise foi feita com base no balanço de 20 times do Brasil: Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Grêmio Barueri, Internacional, Palmeiras, Ponte Preta, Portuguesa, Santos, São Caetano, São Paulo, Vasco da Gama e Vitória.
Juntos, esses clubes geraram receita total de R$ 2,14 bilhões, contra R$ 1,68 bilhões de 2010. O crescimento foi de 27%, gerando R$ 457 milhões em dinheiro novo para o futebol. Os números do endividamento são ainda maiores: o total de dívidas ficou em R$ 3,86 bilhões em 2011, frente os R$ 3,23 bilhão de 2010. A evolução foi de 19%, representando um aumento no endividamento de R$ 628,4 milhões.
TV mantém Corinthians como o mais rico
No ano passado, os clubes brasileiros modificaram a forma de negociação dos direitos de transmissão de TV. Antes, o Clube dos 13 era o responsável pelo acordo. Desde o ano passado, a negociação se tornou individual. Isso fez com que a TV ganhasse ainda mais importância na saúde financeira do futebol nacional. Segundo o estudo, é a principal fonte de renda dos clubes, responsável por 36% das receitas. Em 2007, essa participação era de apenas 22%.
Nesse cenário, o clube mais rico do país continua sendo o Corinthians, que assinou o contrato mais lucrativo. O time recebeu R$ 112,5 milhões das cotas de TV em 2011. Somados às receitas com patrocínio, venda de atletas, bilheteria, clube social e outras fontes, corintianos ganharam R$ 290,5 milhões. O segundo na lista é o São Paulo, com R$ 226,1 milhões, que tem como destaque os ganhos com o Morumbi, que, mesmo sem receber jogos de rivais é o responsável por 18% dos ganhos tricolores.
O Internacional aparece em terceiro lugar, apesar de receber apenas a sétima maior verba de TV. Os gaúchos, porém, compensam a diferença com a renda proveniente dos sócios, que representam 21% de suas receitas. O Santos é o quarto da lista, graças aos ganhos com bilheteria (em que é o mais rentável do país) e patrocínio (ancorado pelo fenômeno Neymar). O Flamengo, que recebeu a segunda maior cota de TV (R$ 94,4 milhões), aparece em quinto lugar na lista.
Custo Futebol diminui em 2011
Um dos índices criados pela consultoria para analisar a saúde financeira dos clubes é o Índice Futebol. Ele mede quanto os clubes gastam com o futebol em relação à receita geral. “É uma forma de analisar quanto cada clube utilizou de sua receita no ano para a manutenção do departamento de futebol. Com isso, você pode ver se o clube está respeitando seus limites de gastos”, explica Somoggi.
Em 2011, o Custo Futebol dos 20 clubes ficou em 72,4%, com gastos de R$ 1,55 bilhão em 2011 contra receitas de R$ 2,14 bilhões. Em 2010, o índice estava em 78,3% (gastos de R$ 1,31 bi contra receitas de R$ 1,68 bi). “Apesar dos custos com o departamento de futebol terem aumentado, o Custo Futebol diminui já que o aumento das receitas foi maior do que o aumento dos gastos com o futebol”, completa.
Endividamento cresce 89% em cinco anos
Apesar dos bons indicativos apresentados pela análise, existem problemas para os clubes. E as dívidas são as grandes vilãs. Nos últimos cinco anos, os 20 clubes analisados passaram de um endividamento total de R$ 2,04 bilhões em 2007 para R$ 3,86 bilhões em 2011, uma evolução de 89% (R$ 1,8 bilhão).
A maior parte desse aumento, porém, não vem dos problemas dos times com o Governo Federal. Graças à Timemania, encargos fiscais com o Governo Federal (FGTS, INSS e Receita) estão controlados, diminuindo sua participação no volume total de endividamento dos clubes. Outras dívidas, no entanto, aumentaram. “Outras dívidas, que podem ser empréstimos bancários ou adiantamento das cotas futuras de TV, por exemplo, são o grande problema dos clubes hoje. Nos últimos três anos, 82% do crescimento do endividamento dos clubes não foi proveniente de passivos fiscais a serem parcelados pela Timemania”, analisa Somoggi.
Com isso, todos os 20 clubes apresentaram déficits do exercício em 2011 de R$ 366,1 milhões. Em 2010, esse déficit foi de R$ 333,7 milhões. Nesse quesito, o time com os maiores prolemas é o Botafogo, que apresentou balanço de R$ 166,6 milhões negativos em 2011, com a entrada de uma série de dívidas provindas do parcelamento da Timemania. Excluídos os valores do Botafogo, os clubes brasileiros continuam deficitários (gastam mais do que ganham), mas a melhora nos déficits foi de 34%.
Com isso, a conclusão da análise da BDO é simples: aproveitando o momento de crescimento das receitas, o foco da gestão dos clubes para 2012 deveria ser “um controle mais efetivo dos custos com futebol e redução do endividamento, que gera pesadas despesas financeiras”.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Vamos invadir São Januário no Rio....
Organizadas do Timão se antecipam, viajam ao Rio e se encontram com PM
Responsável pela segurança nos estádios cariocas garante que jogadores e torcida corintiana serão bem recebidos
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São Januário será palco de Vasco x Corinthians nesta quarta-feira
A preocupação de treinadores, diretores e jogadores de Vasco e Corinthians com o comportamento das equipes durante os 90 minutos de jogo é a mesma de torcedores e policiais cariocas em relação ao que acontecerá antes e depois da partida de amanhã à noite, pelas oitavas da Libertadores.
Tanto que, em atitude rara, líderes de duas torcidas organizadas do Timão se anteciparam, viajaram até o Rio de Janeiro e conversaram com os responsáveis pela segurança. Na última sexta-feira, representantes da Gaviões e da Estopim se encontraram com a PM carioca.
Definições de locais estratégicos no itinerário da viagem, estimativa de torcedores em direção à Cidade Maravilhosa e meta dos horários a serem cumpridos foram alguns dos temas do encontro.
Do lado dos torcedores, a promessa que tudo que foi combinado será executado. Do lado dos policiais, a promessa de que não haverá qualquer tipo de obstáculo a mais para atrapalhar os paulistas que, nos últimos jogos, só puderam entrar em São Januário no intervalo.
– Fomos lá porque temos a intenção de assistir os 90 minutos de jogos. Eles nos atenderam muito bem, agora basta a gente cumprir o que foi combinado – afirmou Rogério Maldonado, o Bambu, presidente da Estopim da Fiel, que foi acompanhado por membros da Gaviões.
– Se tudo foi cumprido por eles, acredito que às 17h30 já terão muitos torcedores do Corinthians sentados nas arquibancadas. Os portões do estádio abrirão às 19h, mas queremos colocá-los bem antes, para que possam ver o time entrar em campo – garantiu o Major Maycon Macedo,
Os corintianos deixarão a capital paulista na madrugada de quarta-feira. O objetivo é estar na Serra das Araras, em Piraí, já próximo do Rio de Janeiro às 14h, para que todos os ônibus saiam em comboio.
Episódios recentes causam preocupação
Junho de 2009
Corinthians e Vasco se enfrentariam pela semifinal da Copa do Brasil no Pacaembu. Antes do jogo, uma briga generalizada entre torcedores dos dois clubes, com pedras, rojões, barras de ferro e de madeira na Marginal Tietê resulta na morte do corintiano Clayton Ferreira de Souza, de 27 anos – golpeado na cabeça e no rosto. Cariocas falaram em emboscada, paulistas em erro da PM na escolta do comboio que vinha do Rio. Após o jogo, em retaliação, um dos ônibus vascaínos foi incendiado nos arredores do estádio (foto acima). Houve prisões, dos dois lados, mas todos foram liberados na sequência.
Março de 2012
Antes do dérbi Corinthians x Palmeiras, pelo Paulistão, cerca de 500 torcedores dos dois clubes se encontram na Inajar de Souza, avenida da Freguesia do Ó, zona norte da capital paulista. Na briga generalizada, dois palmeirenses que pertenciam à facção Mancha Alviverde foram mortos: Guilherme Jovanelli, de 19 anos, e André Alves Lezo, de 21 anos. Um episódio lamentável que não teria influência no jogo de amanhã se não fosse a união entre a facção alviverde e as principais torcidas uniformizadas do Vasco. Possível vingança, apoiada nessa relação de amizade, não é descartada pela polícia militar dos dois estados.
BATE-BOLA
segunda-feira, 14 de maio de 2012
De bicicleta, agentes da CET fiscalizam respeito a ciclistas
Os motoristas que desrespeitam os ciclistas nas ruas de São Paulo serão fiscalizados de bicicleta pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Para isso, os agentes passam por treinamento que, na semana passada, contou com a participação de André Pasqualini, consultor de mobilidade que pedala há 18 anos na capital paulista. Ele afirma ser preciso introduzir a cultura da bike também no governo.
"A ideia é criar um treinamento específico para os agentes andarem na rua. Atualmente eles já fazem fiscalização de bicicleta em locais fechados, como parques. Foi criado um protótipo de treinamento para expandir essa prática para o resto da cidade", diz ele. "A CET é uma empresa impregnada da cultura do carro. Nós estamos introduzindo a cultura da bicicleta. É uma forma de fazê-los ver o trânsito com outros olhos."
Primeiro, os agentes têm um treinamento teórico, em que conhecem a legislação específica concernente aos ciclistas. Em seguida, vão aprender a identificar o nível de experiência dos ciclistas e orientá-los. "A grande maioria dos ciclistas comete infrações por medo ou por desconhecimento de regra. Então se ele anda na contramão ou na calçada é porque acha que não é seguro", diz Pasqualini. "Com o agente ali perto, ele vai saber que tem segurança. E, se continuar fazendo a infração, será orientado."
A fiscalização em duas rodas vai começar, segundo o consultor, com as áreas de estacionamento onde há Zona Azul. "Com o mesmo gasto calórico, o ciclista cobre uma distância cinco vezes maior", garante. A ideia é expandir essa modalidade para outras funções.
Para evitar ser autuado por desrespeito aos ciclistas, vale seguir as dicas de Pasqualini. "Ao ultrapassar o ciclista, procure mudar de faixa. Tem de manter o espaço virtual de uma bicicleta em relação ao ciclista. Se for fazer uma conversão, deixe o ciclista ir na frente. Não coloque a vida do ciclista em risco", afirma ele. "A bicicleta não é solução para o congestionamento de São Paulo, isso não é simples. Mas ela traz a humanização do trânsito."
A fiscalização
A CET começou na manhã desta segunda-feira a aplicar multas aos motoristas flagrados desrespeitando ciclistas nas ruas de São Paulo. O atual Código de Trânsito Brasileiro (CTB) já possui artigos que tratam do tema, mas, segundo a empresa, nem todos eram aplicados. Os agentes circulam em 128 pontos onde mais houve acidentes entre 2009 e 2011, como os cruzamentos das avenidas Sapopemba, Brigadeiro Luís Antônio, Marechal Tito e do Estado. "Não temos interesse em um número alto de autuações. Temos interesse em que o motorista enxergue o ciclista, que saiba que não está sozinho na rua", afirma Dulce Lutfalla, assessora de fiscalização da CET.
Nisso fazem coro a ela os próprios ciclistas, como João Lacerda, integrante da Associação Transporte Ativo, que incentiva o uso de meios alternativos de locomoção. "A gente já sabia dessas regras, mas os motoristas não", diz ele. "Acho que a medida mais importante é dar legitimidade àquele motorista que já cumpre a legislação, dar segurança de que ele está fazendo o correto." Além disso, diz o ativista, a cidade precisa ser mais voltada ao ciclista. "Nosso código de trânsito é organizado para dar fluidez ao trânsito, não para proteger o mais fraco", afirma ele. "A gente precisa valorizar quem já usa a bicicleta."
As multas poderão variar de R$ 53,20, como prevê o artigo 169 do CTB ("dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança"), até R$ 574,62, caso do artigo 193, que proíbe o trânsito de veículos sobre ciclofaixas e ciclovias.
domingo, 13 de maio de 2012
Duas pontes
Todo mundo sabe o que faz uma ponte: liga dois pontos separados por um rio ou um desnível no terreno.
Para os políticos, parece ter outra serventia: uma obra que pode ser usada para fazer propaganda eleitoral.
Isso explicaria por que algumas pontes recebem mais atenção dos governantes do que outras.
Exemplo de obra bem cuidada é a mais nova ligação entre a avenida do Estado e a marginal Tietê, em São Paulo. Com 660 metros de comprimento e 55 m de altura, a ponte estaiada Orestes Quércia custou R$ 85 milhões.
Quem já passou por ali sabe que é difícil não enxergar a estrutura, bonita e enorme.
Só que tem um problema. Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", a ponte está meio às moscas. Em pleno final de tarde de segunda-feira, chegou a ficar 43 segundos sem um único carro.
É verdade que falta terminar uma alça para poder dizer que todo o acesso à ponte está liberado. Ainda assim, parece desperdício.
Enquanto isso, moradores do Jardim Vila Carrão (zona leste) esperam há um ano que a ponte sobre um pequeno córrego seja reconstruída. A estrutura caiu com as chuvas de 2011.
Quando estava de pé, era usada por pais e alunos de duas escolas, onde estudam cerca de 2.200 crianças. Agora, elas precisam fazer um caminho bem mais longo.
Uma ponte barata, mas discreta, é deixada de lado por meses. Outra, caríssima, mas muito vistosa, está de pé, ainda que não sirva para muita coisa.
Parecem realidades separadas, mas as duas pontes fazem parte do mesmo mundo: aquele em que os políticos olham primeiro para os seus interesses, e só depois, se der, para os da população.
Rapa geral
Calçadas estreitas, muita gente circulando, carros para todos os lados. Até por causa do aquecimento da economia, o movimento em certas vias comerciais se tornou mais intenso nos últimos tempos, e disciplinar o comércio de ambulantes é uma necessidade.
A prefeitura abriu, mais uma vez, sua guerra contra os camelôs. "A tendência", diz o secretário da Segurança Urbana Edsom Ortega, "é tirar todo o comércio das ruas." "Rua é para pedestre, essa é a diretriz", completa.
Neste ano, já foram canceladas 700 autorizações para o comércio de ambulantes. Só na Lapa, 56 camelôs perderam a licença nesta semana. E a maioria deles só ficou sabendo da regra na terça-feira passada.
Sem ter alternativa, provavelmente vão fazer como tantos outros em São Paulo: continuar exercendo sua atividade, só que de modo ilegal, fugindo do "rapa".
É preciso manter o equilíbrio nessa questão, sob pena de surgir o pior cenário para a "segurança urbana". A saber, conflito e pancadaria entre ambulantes e policiais.
Em ruas estreitas e movimentadas, a presença de bancas de camelôs deve ser proibida. Há lugares, entretanto, com boa circulação de pedestres e espaço suficiente para que esse tipo de comércio seja permitido.
Bancas padronizadas, em local adequado, podem ser um conforto para o consumidor e até mesmo um sinal de vitalidade urbana.
O "rapa geral" proposto pela prefeitura peca pelo radicalismo. E, como acontece
A imagem do país do futebol
Quando o Brasil foi escolhido para organizar a Copa do Mundo de 2014, muita gente dizia que o evento não teria nenhuma participação do governo.
A Fifa (Federação Internacional de Futebol) e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), afinal, são entidades privadas. Em teoria, elas não têm nada a ver com governos. Um dos principais defensores dessa ideia era o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira.
À primeira vista, até fazia sentido. O governo não pode ficar se intrometendo em eventos promovidos por empresas. E, claro, não deveria bancar os custos de empreendimentos que devem dar lucro.
Só que, na prática, a coisa não era bem assim. No fim das contas, boa parte dos bilhões de reais para preparar a Copa vão sair dos cofres públicos. E, como se sabe, muitas obras de estádios estão atrasadas.
Assim, com dinheiro público envolvido e com os atrasos, faz algum sentido o governo federal acompanhar mais de perto a organização da Copa.
Foi o que aconteceu na terça-feira. Decidiu-se que o Comitê Organizador Local (COL) terá a presença de um membro do Ministério do Esporte e de um representante da Fifa.
O COL era a instância esportiva não governamental que coordenava os preparativos do evento. Agora tem governo no meio.
Melhor assim. O Mundial não é uma festa qualquer. Durante a Copa, o mundo inteiro estará de olhos virados para o Brasil.
Está em jogo não só o nosso futebol, mas a imagem do país como um todo.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
QUE VENHA O VASCU
CORINTHIANS 3X0 EMELEC 09/05/2012
CORINTHIANS VENCE JOGO DE VOLTA CONTRA EMELEC E AVANÇA NA LIBERTADORES
Motivados pelo anti jogo e perseguição de arbitragem no jogo de ida contra o Emelec no Equador, Timão vence por 3X0 e prossegue na guerra libertadores.
Para quem não está acostumado com o modo que se joga na libertadores pode achar que ganhar por 3X0 é sinal de confiança e favoritismo. Mas esta vitória de ontem já podemos deixar para trás. Estamos comemorando o alivio de ter ultrapassado mais uma fase. Temos que estar ciente que a cada passo fica mais difícil, obvio. E para seguir ainda mais adiante só "jogar" futebol não basta. Libertadores vai alem deste requisito para ser vencida. Entrar em campo com equilíbrio emocional, poderíamos achar que deixa a equipe mais próxima da transposição da batalha do mata-mata, mas não é o estado mais adequado para lutar na partida. O ideal é estar motivado, não para algo, mas sim "contra algo". Muito parecido com a motivação de conflito, como se estivesse lutando para manter-se vivo numa guerra. Muitas vezes o premio não motiva os jogares como estar revertendo humilhação recebida ou mesmo injustiça. Neste foco vingativo, destruidor que a guerra proporciona na estrutura emocional do ser humano que faz com que tenhamos energia para vencer qualquer equipe que queira só jogar futebol. E a Fiel tem participação decisiva nesta guerra.
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Essa frase que circulou a semana inteira nas redes sociais resume como foi Corinthians x Emelec.
O time equatoriano que chegou a deixar a fiel com frio na barriga no primeiro jogo, entendeu que a nossa diferença é o grupo, é a união. E no Pacaembu a Fiel deixa isso bem claro.
Começamos o jogo pressionando e buscando o primeiro gol que não demorou para sair. Foi de Fábio Santos, do jeito que dava, saiu desviando de quem aparecia para impedir o chute e no meio da confusão mandou para o gol.
Não dá pra falar que o Corinthians se acomodou depois do primeiro gol, mas ficou claro que diminuiu o ritmo, se postou mais no campo de defesa e foi dando campo para o Emelec. Ali era um risco, já que um gol do time azul poderia nos tirar a classificação.
Ainda na primeira etapa tivemos chances de ampliar o placar e ficar mais tranquilo, mas a bola não entrava.
Na volta do vestiário deu pra perceber que o Tite não queria um placar que oferecesse risco, mas mesmo assim, o primeiro lance de perigo foi dos equatorianos em uma falta onde o Cássio foi buscar a bola em uma boa defesa. A partir daí o Corinthians cresceu no jogo e conseguiu o marcar o segundo, Paulinho desviou de cabeça para o gol.
O Corinthians jogava com tranquilidade, sem lembrar que eram oitavas de finais de Libertadores, e assim conseguiu chegar ao terceiro gol e passar com facilidade para a próxima fase.
A imprensa mimimi falava que era tabu, que não avançávamos de fase a não sei quantos anos, mas esqueceram que Aqui é Corinthians, a gente não tem um grande craque, nós não temos um pop star, temos um grupo que se sobressaem em meio a 35 milhões pelo bom futebol. O Corinthians não trata mais libertadores com esse medo, parece que o grupo conseguiu entender que o Corinthians é muito maior que qualquer campeonato, e dessa forma parece que ta chegando a nossa vez de levantarmos essa taça.
O nosso adversário será o Vaxcú, o eterno vice, lembrem-se a Final do Mundial, a Invasão de 2000. Tem que saber jogar contra time brasileiro sem perder a cabeça. E sinto muito, meus amigos vascainos, mas ano passado já previa isso, Timão em Primeiro e Vasco na sua posição.
Contra Tudo e Contra Todos, VAI CORINTHIANS!!
@lucasgustavo10
terça-feira, 8 de maio de 2012
Ronaldo e a Arena Brahma
O Corinthians conta com a ajuda de Ronaldo, que foi garoto-propaganda da Ambev, para tentar fechar a venda dos “naming rights” de seu estádio para a companhia de bebidas.
Desde que encerrou a carreira de jogador, ele tem auxiliado em algumas negociações da empresa que fará uma série de campanhas com vistas à Copa de 2014 e aos Jogos de 2016.
A ideia do Corinthians é dar à Brahma o direito de explorar o nome de seu novo estádio, em Itaquera, durante 25 anos. Em troca, receberia 400 milhões de reais, valor do empréstimo contraído junto ao BNDES.
A empresa, porém, teria oferecido pouco mais da metade do pedido corintiano, o que estaria dificultando as negociações iniciadas no final do ano passado. Um dos argumentos seria o de que o apelido “Itaquerão”, que estaria se popularizando devido à demora para o Corinthians vender os direitos de nomear o estádio, poderia atrapalhar o batismo da arena.
Além de ajudar seu ex-clube a negociar com a Ambev, Ronaldo, por meio de sua agência de marketing esportivo, deve iniciar campanhas da empresa voltadas a produtos ligados ao futebol.
Vale lembrar que o ex-atacante é um dos integrantes do Comitê Organizador Local da Copa de 2014, nomeado por Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e do próprio COL, e é considerado o principal representante da entidade ao lado de Marco Polo Del Nero, eminência parda do comitê e mentor de José Maria Marin. E o estádio do Corinthians irá abrigar nada mais nada menos do que o jogo de abertura do Mundial. Com o Brasil em campo.
Motos e mortes
O número de motoqueiros mortos nas ruas e avenidas de São Paulo não para de crescer.
A imagem continua valendo: acontece um verdadeiro massacre no trânsito da maior cidade do país.
Em 2011, 512 pessoas perderam suas vidas em acidentes com motos. Um ano antes, tinham sido 478. Em 2009, 428. É demais.
Não dá para entender como o poder público consegue ficar de braços cruzados diante dessa carnificina.
Ainda mais quando as estatísticas mostram claramente que os acidentes com motos estão indo na direção contrária da tendência geral.
O número de pedestres mortos em 2011 diminuiu em relação a 2010. Isso também aconteceu com motoristas e passageiros de carros.
Já as mortes de ciclistas ficaram na mesma.
Ou seja, só aumentaram as mortes de motoqueiros. É óbvio que alguma coisa está errada.
Seria bem-vinda, por exemplo, uma campanha ampla e mais enérgica, como a que se fez para proteção dos pedestres.
Quem anda de carro precisa parar de ameaçar quem está na moto, a parte mais frágil. Esse é um primeiro passo. Mas é claro que não é só esse o problema.
Há cada vez mais motos nas ruas, mas quase nenhum radar tem tecnologia para flagrar suas infrações de trânsito.
"Invisíveis" para multas, motoqueiros abusam da velocidade e furam o semáforo.
A prefeitura precisa tomar providências para impedir essas barbaridades.
Se as multas e a campanha não funcionarem, é o caso de rediscutir a lei para proibir que motos trafeguem em alta velocidade no corredor entre os carros.
A conta da aposentadoria
Os deputados federais estão se preparando para votar uma nova regra para calcular a aposentadoria do trabalhador brasileiro.
O assunto é para lá de polêmico. Mas a verdade é que não dá mesmo para continuar do jeito que está.
O principal motivo para isso é o envelhecimento da população. Quem nasce hoje vai viver em torno de 70 anos, em média.
Isso significa que o número de aposentados vai ser maior no futuro e que eles vão receber a aposentadoria por mais tempo. Ou seja, faltarão mais recursos para a Previdência.
A mudança que os deputados querem aprovar inclui uma alternativa ao detestado fator previdenciário, hoje aplicado para calcular o benefício de quem se aposenta mais cedo.
O fator previdenciário é mesmo complicado. Ainda por cima, muda a cada ano. Ninguém consegue planejar o futuro desse jeito.
Com a regra em discussão, a aposentadoria integral estaria garantida quando a soma da idade com o tempo de contribuição for de 85 anos (para as mulheres) e de 95 anos (para os homens). Por exemplo, 60 anos de idade mais 35 anos de contribuição.
Quem se aposentar antes perde um pouco: para cada ano que faltar na soma, são 2% a menos no benefício.
A ideia é boa. O trabalhador vai saber quanto vai ganhar ao se aposentar, já que a conta é mais simples. Além disso, não prejudica quem começa a trabalhar muito jovem e estimula as pessoas a se aposentarem mais velhas.
Mas a nova regra não pode aumentar muito o gasto do governo. A fórmula tem que ser boa para o trabalhador, sem deixar a conta da Previdência ainda mais no vermelho do que já está.
Membros da Gaviões em fuga
Com prisão de líderes da Gaviões, polícia espera localizar dois suspeitos de matar palmeirense
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A polícia tem dois suspeitos de terem participado do assassinato de pelo menos um torcedor da Mancha Alviverde na briga antes do último clássico entre Corinthians e Palmeiras. Suas prisões já foram decretadas, mas eles não foram localizados. Enquanto isso, prisões de líderes da Gaviões da Fiel seguem sendo pedidas.
Oito mandados foram expedidos e três cumpridos. Por meio da prisão dos chefes, os policiais acreditam que podem chegar aos principais suspeitos. Dois palmeirenses morreram.
Os nomes dos procurados não foram revelados. Segundo membros da uniformizada, a polícia está decretando a prisão dos líderes das subsedes, já que trabalha com a informação de que todos os bairros enviaram torcedores para briga. Assim, os “chefes regionais” sabiam do confronto e nada fizeram para evitá-lo. Por conta dessa estratégia, Gaviões e seus advogados esperam que mais prisões sejam decretadas até o final da semana.
Os torcedores sustentam que a maioria dos procurados pela polícia nem estava no local da briga. Seria o caso de Douglas Deúngaro, ex-presidente da organizada e que está preso. Afirmam que ele foi detido porque teria recebido telefonema de um dos procurados uma hora depois do conflito, prova de que teria ajudado a organizar a batalha. Metaleiro nega envolvimento. E a polícia diz ter um depoimento de um torcedor que confirma que ele sabia sobre o confronto.
Segundo os corintianos, outro torcedor que foi preso porque encontraram barras de ferro em sua casa, também não estava na confusão. Teria emprestado sua perua para dois colegas, sem saber que eles participariam da briga. Ambos teriam devolvido o veículo com as armas. Por essa versão, ele tirou as barras para poder trabalhar com o veículo. Um depoimento dado aos policiais indicava a casa dele como o locam em que o armamento estava escondido.
domingo, 6 de maio de 2012
Vivendo e aprendendo
Consumir, mas com cautela
Na hora de comprar, parece fácil. O carro zero, a geladeira, a cozinha nova e o computador ganham sempre uma imagem tentadora nos anúncios, e as prestações parecem tão fáceis de pagar.
Quando vê, o consumidor já se endividou mais do que poderia. Ainda mais porque, como todos sabem, o gasto no cartão de crédito nunca dói na hora.
Está certo que o governo federal está fazendo os juros baixarem, e as mudanças na caderneta de poupança podem ajudar nesse objetivo.
Só que, mesmo com uma diminuição nas taxas oficiais, o brasileiro continua pagando muito pelas dívidas que faz nas lojas.
Tem crescido, nos últimos meses, o número das pessoas que já não conseguem cumprir com suas obrigações financeiras.
Na corrida para não ficar com o nome sujo, há quem entre (para nunca mais sair) na armadilha do "crédito na hora" e da agiotagem.
É preciso ter muito cuidado com esse tipo de coisa.
De um lado, a economia só funciona se houver consumidores para novos produtos.
Os juros mais baixos, ao facilitar as compras, ajudam a manter as fábricas em marcha acelerada.
Por outro lado, isso leva ao endividamento das pessoas. Se elas não conseguirem pagar, vira um dominó, que vai derrubando lojas, fábricas e os próprios bancos.
Para compensar os calotes, eles acabam aumentando os juros.
Na economia, não existe mágica nem ilusão. O sistema só funciona quando cada pessoa mantém a cabeça fria, sem se entusiasmar com facilidades enganosas.
Consumir, claro, é muito bom. Mas sempre com cautela.
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Virada da paz
Criada em 2005, a Virada Cultural transformou-se nos últimos anos num megaevento da cidade. Atrai paulistanos e também turistas de vários pontos do país.
Com público estimado em 4 milhões de pessoas e cerca de mil atrações espalhadas por 114 locais, o evento deste ano, que começa hoje, promete.
Será o primeiro, aliás, a ocupar a área da cracolândia. DJs vão animar a festa nas ruas que antes ficavam quase sempre bloqueadas por traficantes e viciados.
O grande barato dessa fantástica maratona de música, teatro, arte e dança é que em geral ela transcorre em paz, sem acidentes ou tumulto de maior gravidade.
É uma façanha, quando se pensa na quantidade de gente que circula para lá e para cá pelas ruas do centro.
O clima pacífico, no entanto, vem sendo ameaçado por gente que não se segura e ultrapassa os limites. Álcool e drogas são os fatores que mais contribuem para que isso aconteça.
Nas últimas edições da Virada chamou a atenção a venda, a rodo, do tal de "vinho químico".
É uma mistura de álcool comum com corante e groselha. Um veneno. O teor da bebida é de 96%. Para se ter uma ideia, a gradação do vinho normal é de 13%.
Na Virada do ano passado, 23 locais que vendiam o vinho químico foram fechados pela polícia.
Na festa que começa hoje, policiais militares e guardas-civis à paisana vão se infiltrar na multidão para impedir a comercialização de drogas e do vinho químico, que é ilegal.
É o tipo de cuidado que a prefeitura precisa ter para que a Virada continue a ser uma diversão saudável para todos.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
SE CORRER O BICHO PEGA
Por que a poupança vai mudar
O governo federal está decidido a baixar os juros, o que é bom para todo mundo. Para continuar baixando, no entanto, esbarrou no problema da poupança.
A caderneta é a aplicação preferida do brasileiro porque é simples e garantida. O cidadão põe seu dinheiro ali e conta que todo mês vai render 0,5% mais a TR (uma taxa calculada pelo governo). Dá um pouco mais de 6% no ano.
O problema é que o governo trabalha com uma outra taxa de juros, a tal de Selic, para corrigir o valor que toma emprestado dos bancos.
Ela é importante também para controlar a inflação: sempre que os preços sobem demais, o governo aumenta a Selic para "esfriar" a economia, como se diz.
Quanto mais alta essa taxa básica de juros, mais difícil fica comprar por crediário, por exemplo. Os empresários também encontram mais dificuldades para financiar máquinas e aumentar a produção.
O problema agora é que esses juros caíram para 9% ao ano e chegaram perto demais do rendimento da poupança. Os grandes investidores poderiam desistir de emprestar ao governo para deixar a grana na poupança.
O resultado é que a presidente Dilma Rousseff e o Banco Central não poderiam continuar cortando os juros.
A saída foi reduzir um pouco o rendimento da caderneta. Mas atenção: só das contas e depósitos novos. Para o dinheiro que já está lá, vale a correção antiga.
A regra nova é meio complicada, mas se for o preço a pagar para que os juros caiam, é melhor assim.
Cabe agora ao governo explicar muito bem a mudança, para ninguém ficar com a pulga atrás da orelha.
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Vai de ônibus ou de trem?
Nos últimos cinco anos o uso de metrô e trens metropolitanos aumentou muito mais em São Paulo do que o de ônibus.
Essa mudança pode ser explicada principalmente pelo fato de o transporte sobre trilho ser mais eficiente e previsível.
Quando se pega trem ou metrô é possível, se tudo correr bem, ter uma previsão do tempo de viagem. Em geral, menor do que o que se gasta num ônibus. Ou muito menor, se for dia de chuva e engarrafamento.
São Paulo tornou-se nas últimas décadas um péssimo exemplo. Deu força para o automóvel e deixou de lado o transporte coletivo.
É uma fórmula infernal, que deu em trânsito engarrafado e falta de opções.
Nos últimos anos, porém, novas linhas de metrô foram inauguradas, os trens da CPTM (apesar das constantes falhas) deram uma melhorada e foi criado o Bilhete Único.
O resultado é que desde 2006 o número anual de passageiros transportados subiu 63% na CPTM, 44% no metrô e só 13,3% nos ônibus.
O fato é que as pessoas só vão de ônibusse não der pra pegar trem ou metrô. Quan-do dá pra trocar, todo mundo desce na pri-meira estação.
Para que o ônibus possa cumprir seu papel e reconquistar a preferência do paulistano, é preciso construir corredores com plataformas maiores, para facilitar o embarque dos passageiros.
Faltam também locais de ultrapassagem, que permitam desenvolver mais velocidade, pois um coletivo não precisaria mais esperar que termine o embarque no que vai na frente dele.
O prefeito Gilberto Kassab bem que prome-teu fazer 66 km de corredores na atual gestã
quinta-feira, 3 de maio de 2012
As maiores receitas do Brasil em 2011
qui, 03/05/12
Atlético-GO, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Náutico, Palmeiras, Ponte Preta, Portuguesa, Santos, São Paulo, Vasco
Terminou o prazo para que os clubes brasileiros apresentem seus balanços e demonstrativos financeiros – ainda que alguns não o tenham publicado. De todo modo, foram delineados os contornos para o ranking de maiores receitas entre os atuais integrantes da Série A:
1) Corinthians – R$ 290 milhões
2) São Paulo – R$ 224 milhões
3) Santos – R$ 189 milhões
4) Internacional – R$ 188 milhões
5) Flamengo – R$ 184 milhões
6) Palmeiras – R$ 146 milhões
7) Grêmio – R$ 142 milhões
8 ) Vasco – R$ 136 milhões
9) Cruzeiro – R$ 128 milhões
10) Fluminense – R$ 80 milhões
11) Coritiba – R$ 66 milhões
12) Botafogo – R$ 58 milhões
13) Figueirense – R$ 40 milhões
14) Portuguesa – R$ 21 milhões
15) Ponte Preta – R$ 16 milhões
16) Atlético-GO – R$ 15 milhões
Atlético-MG, Bahia, Sport e Náutico não apresentaram seus balanços – nem responderam aos contatos – podendo ser incluídos na lista posteriormente.
Logo de cara, percebe-se que poucas vezes o futebol paulista fez valer seu poderio econômico como no ano que passou. As três primeiras posições pertencem a clubes do estado – quatro entre os seis maiores. Evidentemente, o destaque vai para o Corinthians, que arrecadou apenas R$ 10 milhões a menos que a CBF. O repasse de direitos federativos e os novos valores da TV tiveram papel primordial no incremento corintiano.
O São Paulo, segundo colocado, também se fez beneficiar pelo apetite das transmissões televisivas. Seus R$ 224 milhões ainda se deram por conta do aumento nas cotas de patrocínio e aluguéis do Morumbi. Em seguida o Santos (R$ 189 milhões) foi catapultado pela vitoriosa geração que inflou praticamente todas as contas do clube.
Colados ao Peixe vem Internacional (R$ 188 milhões) – tradicional frequentador da parte de cima do ranking, e Flamengo (R$ 184 milhões). Enquanto o Colorado arrecadou mais com patrocínio e licenciamento, o clube de maior torcida do país basicamente cresceu em razão do televisionamento. – processo verificado por quase todos. Ainda na Gávea, houve crescimento na venda de jogadores, mas em patamar tão inexpressivo que não condiz com um clube de sua grandeza.
Mais adiante surgem Palmeiras (R$ 146 milhões), Grêmio (R$ 142 milhões) e Vasco (R$ 136 mi). O bom ano cruzmaltino fez com que ele apresentasse uma das maiores altas, ao lado do Santos. Cruzeiro (R$ 128 milhões) e Fluminense (R$ 80 milhões) fecham as dez primeiras colocações. Neste último, a patrocinadora investe diretamente em contratação e salários por meio de uma empresa em separado (Unimed Participações), fazendo com que os recursos não passem pelo caixa do clube.
Em décimo-primeiro, um surpreendente Coritiba e seus R$ 66 milhões, à frente do Botafogo (R$ 58 milhões), que arrecadou cinco vezes menos que o Corinthians. Apenas o repasse de atletas verificou bom crescimento em General Severiano, enquanto o patrocínio parece ter sido superdimensionado perante a mídia. Ainda assim, o alvinegro é a exceção que confirma a regra no adiantamento de cotas televisivas.
Os R$ 40 milhões angariados em sua volta à elite fizeram do Figueirense o clube com maior salto em faturamento. Tendência que pode ser confirmada por Portuguesa (R$ 21 milhões) e Ponte Preta (16 milhões) ao longo de 2012. A propósito, o aumento no passivo levou o presidente da Macaca a proferir a seguinte pérola: “A dívida total da Ponte subiu de R$ 99,4 milhões para R$ 110,9 milhões. Felizmente, foi um dinheiro que trouxe resultado, já que subimos para a série A”. O Atlético-GO (R$ 15 milhões) encerra a lista.
Por fim: em taxas atuais, o faturamento do Corinthians equivaleria a 115 milhões de euros – suficiente para colocá-lo na 20ª posição entre os clubes mais ricos do planeta, segundo levantamento da Deloitte:
A DEFESA GARANTE......VAI CORINTHIANS
Competente trabalho defensivo do Corinthians garante empate contra o Emelec. Cássio foi aprovado no primeiro teste
Análise de jogos, Copa Libertadores
Emelec 0×0 Corinthians
O sistema defensivo corintiano jogou bem.
Não posso dizer o mesmo sobre o desempenho do time com a bola.
Falhou nos contragolpes, principal jogada contra o Emelec de postura bastante ofensiva.
Willian apareceu pouco.
Cássio mostrou segurança, firmeza, como exige o torcedor do Corinthians.
O teste não foi dos mais complicados contra o frágil ataque do Emelec, porém deixou boa impressão.
Jorge Henrique cometeu o pecado da ingenuidade na hora da expulsão.
O resultado foi justo e mantém o favoritismo corintiano para chegar às quartas-de-final da Libertadores.
Emelec: Dreer; Carlos Quiñonez; Achilier, José Quiñonez e Bagui; Valencia, Pedro Quiñonez, Gaibor (Mera) e Giménez (Mena); Mondaini (De Jesus) e Figueroa.
Técnico: Julio Marcelo Fleitas.
Corinthians: Cássio; Edenílson, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Jorge Henrique, Danilo (Alessandro) e Emerson Sheik (Elton); Willian (Alex).
Técnico: Tite.
Árbitro: José Buitrago (COL)
Assistentes: Abraham González (COL) e Wilson Berrío (COL)
Pressão quase inútil
O Emelec fez o que pôde para se impor. Marcou sob pressão cada lateral, zagueiro e volante corintiano na saída de bola.
O meio-campo e laterais dos equatorianos atuaram adiantados.
Os atacantes Mondaini e Figueroa, os dois são argentinos, iniciaram as tentativas de roubar a gorduchinha na frente.
“Los Electricos” impediram que o campeão brasileiro ficasse com a redonda.
O lateral Carlos Quiñónez e o meia Valencia, ambos na direita, e Óscar Bagui e Giménez, nas mesmas posições, mas do outro lado. participaram bastante tanto dos desarmes quanto da criação.
Apesar de ser taticamente bem preparado, corajoso e muito guerreiro, na prática os anfitriões não ameaçaram o goleiro Cássio.
O Mérito e o defeito do Corinthians
A boa marcação corintiana fez a diferença. Não deixou espaços no meio.
Os equatorianos, justamente por causa da boa disposição tática, estavam sempre próximos uns dos outros.
Isso facilitou as tentativas de tabelas para superarem o bloqueio da equipe de Parque São Jorge.
Foram todas em vão.
Nunca ultrapassaram a a linha formada por Edenilson, Chicão, Castán e Fabio Santos.
No 4-2-3-1 preparado por Tite, Jorge Henrique, na direita, e Emerson, na esquerda, atuaram na linha de três e acompanharam os avanços dos laterais adversários.
Danilo, centralizado, também voltou para ajudar Ralf e Paulinho.
Sem espaços, Emelec foi obrigado a a usar os lados e a apostar nos cruzamentos no intuito de balançar a rede.
Na jogada aérea, de novo o Alvinegro levou a melhor em todas.
Cassio, substituto de Julio Cesar, não foi testado no primeiro tempo.
Faltou o contragolpe
O Corinthians merece aplausos pelo trabalho defensivo na etapa inicial, e críticas por causa da inoperância ofensiva.
Não há nada anormal em deixar o rival com a bola e atuar recuado.
O problema corintiano foi não contragolpear.
Jogadores para isso, tinha.
Willian, que ganhou a posição de Liedson, Emerson e Jorge Henrique são velozes. Em especial o Sheik e o novo titular.
Os contra-ataques, gosto de lembrar, são úteis para gerar insegurança no adversário que joga bem adiantado, ajudam a cavar cartões, silenciar os torcedores e muitas vezes terminam em gols.
Jorge Henrique ajuda o Emelec
A segunda parte do confronto começou diferente da anterior.
Aos 4 minutos, o zagueiro Achiller ganhou uma bola por cima e obrigou Cassio a fazer a primeira defesa merecedora de destaque.
Logo em seguida, Emerson, no contragolpe, quase fez 1×0. Ficou sem ângulo e o goleiro Dreer defendeu.
Aos 7, Jorge Henrique levou o segundo amarelo porque parou o contragolpe do Emelec com falta.
Havia levado outro, antes do intervalo,por causa de uma discussão tola.
O bate-boca só interessava ao anfitrião. O atleta experiente precisava evitar a possibilidade de ser expulso.
No minuto seguinte, o treinador do Emelec tirou Fernando Gaibor, que discutira com Jorge Henrique e estava ‘amarelado’, e colocou Mera.
Queria evitar a tal ‘lei da compensação’, comum no futebol.
Corinthians irritado
Os jogadores corintianos ficaram irritados por causa da expulsão.
Danilo deu um carrinho na bola, o soprador marcou falta, e levou amarelo de maneira injusta.
Edenilson reclamou e também foi punido com o cartão.
Aos 13, Alex entrou na vaga de Willian. Tite alterou o time para reforçar a marcação no meio e ajudar na manutenção da gorduchinha.
Émerson ficou encarregado dos contragolpes
O Emelec cresceu com um jogador a mais
O Alvinegro continuou bem nos desarmes mesmo com 10 jogadores, porém sobrou um pouco mais de espaço no seu sistema defensivo.
Aos 17, Valencia, em cobrança de falta, acertou o travessão.
Aos 19, Marlon De Jesus, atacante, substituiu Mondaini.
Cássio, aprovado no primeiro teste
Aos 27, Figueroa recebeu bom lançamento e o goleiro foi preciso na saída do gol.
Aos 34, Tite trocou Emerson por Elton. Aumentou a capacidade do time na jogada aérea e perdeu de vez a chance de contra-atacar.
Deve ter se cansado de esperar o time contragolpear.
Aos 39, Angel de Mena, que entrou na vaga de Giménez, finalizou em boa condição para fazer 1×0 e Cássio, seguro, defendeu
Aos 40, Alessandro entrou na lateral-direita, Edenilson se posicionou como volante e Danilo saiu.
Fechado, o Corinthians novamente deixou apenas os lados para o Emelec atacar.
E Cássio, nos cruzamentos, mostrou a segurança que a grande parcela da nação corintiana cobrava de Julio Cesar.
Favorito
O resultado foi justo.
O Corinthians é o grande favorito no confronto para seguir na Libertadores
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Programa de Índio
Programa de Índio
Li que o Fernando Meirelles desistiu de filmar Grande Sertão: Veredas porque estava decepcionado com a bilheteria do filme Xingu, cuja produção assina. Pensei falar algo a respeito, mas antes quis ouvir o próprio Fernando, e o quê de fato ele tinha a dizer a respeito. Ele me escreveu a seguinte resposta:
“Xingu foi selecionado para o Festival de Berlim e teve ótimas críticas na imprensa internacional. Isso nos animou. Quando começaram a sair as críticas no Brasil o tom também era muito animador e nas “sessões teste” que fizemos o resultado foi o mesmo. Com isso começamos a acreditar que o filme poderia cruzar aquela famosa barreira do milhão de espectadores, que significa chegar à todas as classes. Foi bastante frustrante ver os resultados do filme depois do primeiro final de semana em cartaz e constatar que apesar das salas lotadas e aplausos no final das sessões, nos cinemas que costumam ter programação menos focada em blockbusters, nas salas mais populares, nas cidades do interior e especialmente no Rio Grande do Sul, o filme foi mal. Nossa avaliação é que o tema não interessou. Ironicamente há uma fala do Janio Quadros no filme que comenta isso. Ele diz para o Orlando Villas Boas: "Ninguém gosta de índio no Brasil, Orlando." O curioso é que no site do filme há dezenas de comentários de gente que diz ter ido praticamente forçada ao cinema e saído encantada.
Enfim, depois dessa surpresa e vendo a lista de filmes que fazem grande público no Brasil, fiquei extremamente desmotivado em embarcar no projeto que estava planejando para o ano que vem, uma adaptação de Grande Sertão: Veredas, do Guimarães Rosa. Seria muito esforço para no final fazer apenas 300 mil espectadores. Nesta semana resolvi tirar o time de campo.
Preciso ressaltar que acho extremamente positivo o fato de muitas comédias estarem fazendo um grande público no Brasil. Isso forma platéia para o nosso cinema, movimenta, banca e profissionaliza nossa industria. Diria até que estas comédias são a bóia-salva-vidas do nosso cinema, só não tenho interesse pessoal em fazer este tipo de filme.
Nos próximos meses vou me dedicar ao lançamento de 360 e a filmagem do próximo longa que começa em setembro na Inglaterra. Mais um filme internacional. Esta por enquanto tem me parecido uma opção mais segura, ou ao menos, menos dolorosa.”
Isso foi o que o Fernando Meirelles disse. Ele que desde que Cidade de Deus ganhou o mundo, fez longas fora, concorreu ao Oscar, entrou para o clube seleto dos que filmam o que quiserem, onde quiserem. Mesmo assim, manteve o prumo alinhado com o Brasil. Produziu filmes de outros diretores, alguns iniciantes, e produções de porte, como Xingu. Mas agora, cansou. Como é um sujeito elegante, ele diz que “as comédias são formadoras de público, etc, etc”.
Na verdade, digo eu então, trata-se de um público acomodado, viciado na rasa dramaturgia televisiva imiscuída há décadas no seu dia a dia. E o poder é de quem consome, se tem procura, tem oferta. E a oferta é abundante, por todos os lados há sempre alguém pronto para entregar o fast food cultural que público parece desejar. É fácil. Lucrativo. As crianças gostam. A família se alegra. Nem dá para sentir o gosto de veneno.
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
De noite, cadeia; de dia, leis
Muita gente gostaria de ver os políticos na prisão. Em Ponta Porã, município de Mato Grosso do Sul, o sonho virou realidade. Só que parece um pesadelo.
O vereador Joanir Subtil Viana, do PMDB, foi eleito em 2008, com 1.111 votos. No ano seguinte, a Polícia Federal descobriu nada menos que 93 kg de cocaína numa fazenda dele, lá na fronteira com o Paraguai.
O vereador terminou condenado a mais de 14 anos de prisão. Tratava-se, segundo o Ministério Público, de "grande articulador da aquisição e da venda de carregamento de cocaína".
Ele ficou um tempo preso, em regime fechado. Mas acabou recebendo o benefício do sistema semiaberto: permanece em liberdade durante o dia, mas tem de se recolher diariamente ao presídio, às 20h.
Até aí, tudo bem. É um benefício que a lei garante aos condenados. Acontece que, estando livre de dia, Joanir Subtil Viana voltou a exercer suas funções na Câmara Municipal.
Isso mesmo: ninguém se lembrou de cassar o mandato do homem quando ele foi condenado. Deram-lhe uma licença para "tratar de assuntos pessoais". Agora que os assuntos estão mais ou menos "tratados", ele dorme na prisão e, durante o dia, faz leis.
Acharam cocaína em suas propriedades. Cem quilos de uma droga como essa nada têm de sutil.
"Mas, pelo menos", o vereador-presidiário sul-mato-grossense poderia dizer, "não me pegaram enfiando dinheiro de propina no bolso".
Sempre dá para caprichar na sutileza um pouco mais.
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Violência em números
Alegria de paulista dura pouco. Quando a gente já começava a se animar com a queda nos números de violência, eles voltaram a subir.
Veja o caso dos assassinatos cometidos com a intenção de matar, os tais "homicídios dolosos". Nos primeiros três meses deste ano, tiveram aumento de 7,1% no Estado de São Paulo, em comparação com os assassinatos cometidos de janeiro a março do ano passado.
Algo parecido aconteceu com os roubos: foram 4,1% a mais. Só nos latrocínios (roubos seguidos de morte) houve diminuição, de 2,4%.
Apesar de pequenas, essas variações preocupam. É pouco ainda para concluir que a tendência de melhora acabou, mas todo mundo ficaria mais tranquilo se os números da violência continuassem caindo sem parar.
Era o que vinha acontecendo há vários anos. Entre 1999 e 2005, por exemplo, a queda foi bem rápida.
Passamos, no Estado, de uma taxa de 35,3 homicídios por grupo de 100 mil habitantes para a metade disso, 17,7 por 100 mil (os especialistas preferem apresentar os dados assim porque fica mais fácil de comparar um ano com o outro, mesmo quando a população aumenta).
No ano passado, então, a situação ficou ainda melhor. São Paulo registrou em 2011 a taxa bem razoável de 10 assassinatos por 100 mil.
Um excelente notícia, em especial quando se leva em conta que é menos da metade do índice nacional, 25 por 100 mil.
Mas nos Estados Unidos e no Reino Unido, dois países mais ricos e desenvolvidos, a taxa é muito menor: fica em torno de 5 por 100 mil.
Temos muito trabalho pela frente. Mas parece que a polícia paulista vai ter de fazer mais força para impedir os bandidos de aterrorizar a população.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Faz 18 anos e parece que foi ontem.
Todos temos em nossas retinas a imagem da Williams saindo reto e batendo na Tamburello, naquele funesto 1º de maio de 1994.
Ainda ressoa em nossos ouvidos aquele “Senna bateu forte!”, bradado por Galvão Bueno.
A imagem acima, que ilustra este texto, é uma aquarela do artista lituano Oleg Konin.
A imagem que gostaríamos de ter visto.
Reginaldo Leme escreveu uma crônica brilhante e obrigatória na mais recente edição da “Revista Alfa”, projetando a carreira de Ayrton Senna se ele tivesse saído do cockpit sem sequelas.
Com a propriedade de quem completa sua 40ª temporada cobrindo Fórmula 1, Reginaldo nos conduz com riqueza de detalhes em um texto sensível, imaginando um futuro ainda mais vitorioso para Ayrton, e tudo o que viria à reboque, incluindo os destinos de outros pilotos, como Schumacher e Barrichello.
Não vou dar detalhes do texto de Reginaldo, pois reitero a recomendação de sua leitura, apenas adianto uma análise que acho plenamente possível, quando ele menciona disputas entre Schumacher e Barrichello – não na Ferrari –, mas na McLaren.
E seriam disputas sem ingerências, pois a equipe sempre deu “carta branca” a seus pilotos, a exemplo do que fez com o próprio Senna quando este rivalizou com Prost. E também entre Alonso e Hamilton. E agora, com Hamilton e Button.
E Senna encerrando sua carreira na Ferrari, como era seu sonho pessoal.
Cada um de nós, gostando ou não de Fórmula 1, conhecendo mais ou menos do assunto, tem uma ou mais opiniões, na base do “se”.
Quantos títulos mais Ayrton Senna teria conquistado?
Quanto peso a menos Barrichello teria carregado nos ombros sem a pressão desmedida que teve de suportar a partir do instante em que Ayrton deu o último suspiro?
E Schumacher? Teria conquistado menos títulos?
Senna o teria vetado na Ferrari, se por lá chegasse antes do alemão?
E o automobilismo brasileiro? Teria tido mais apoio, formado mais pilotos e motivado mais patrocinadores para levar os garotos a correr na Europa?
Nossos autódromos estaríam em melhores condições? E as arquibancadas mais cheias?
E Bruno Senna? Chegaria antes à Fórmula 1 e por outra equipe, que não a incipiente Hispania?
Por amor, talvez, Ayrton aconselhasse o sobrinho a abrir mão do sobrenome, evitando um ônus desmedido, afinal as portas teríam sido abertas do mesmo jeito, sobretudo na McLaren e na Honda.
Será que o octógono do UFC teria conquistado tanto espaço na mídia brasileira se as pistas continuassem a nos dar títulos?
Você, certamente, tem algo a dizer, se Ayrton Senna tivesse espanado a poeira do macacão e saído incólume daquele carro.
E nos explicasse, de uma vez por todas, o que de fato o fez bater naquele muro.
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