terça-feira, 29 de maio de 2012
A greve que parou São Paulo
A greve dos funcionários do Metrô e de parte da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) paralisou São Paulo.
O trânsito na cidade foi o maior da história para o período da manhã. Registraram-se nada menos que 249 km de congestionamento. O recorde anterior, de 2004, tinha sido 191 km de lentidão.
Praticamente todo mundo foi prejudicado: os cerca de 4 milhões de usuários do Metrô, os 850 mil de duas linhas da CPTM e o restante da população, que ficou mofando no trânsito.
Tudo por causa de disputas salariais: os metroviários queriam aumento de 20% (um exagero), e os dirigentes do Metrô topavam dar 5,71%.
E nem dá para dizer que os funcionários do Metrô ganham mal. Na média, o salário da categoria fica em R$ 4.060 por mês. Em São Paulo, a remuneração média é bem menor: R$ 1.850.
É claro que todo mundo pode negociar melhores condições de vida e trabalho. O problema é que, quando se trata de um serviço público essencial, o maior prejudicado é a população, que não tem nada a ver com a história.
Para evitar isso, a Justiça do Trabalho proibiu a paralisação total dos serviços. Mas não teve jeito. Os grevistas estavam mesmo a fim de parar a cidade.
Felizmente, no fim da tarde a greve acabou. Os metroviários aceitaram um reajuste de 6,17% e conseguiram que outros pedidos seus fossem atendidos.
Pode até ser que os funcionários do Metrô comemorem o resultado da negociação e cantem vitória. Mas a população só tem a lamentar.
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