terça-feira, 8 de maio de 2012

Motos e mortes

O número de motoqueiros mortos nas ruas e avenidas de São Paulo não para de crescer. A imagem continua valendo: acontece um verdadeiro massacre no trânsito da maior cidade do país. Em 2011, 512 pessoas perderam suas vidas em acidentes com motos. Um ano antes, tinham sido 478. Em 2009, 428. É demais. Não dá para entender como o poder público consegue ficar de braços cruzados diante dessa carnificina. Ainda mais quando as estatísticas mostram claramente que os acidentes com motos estão indo na direção contrária da tendência geral. O número de pedestres mortos em 2011 diminuiu em relação a 2010. Isso também aconteceu com motoristas e passageiros de carros. Já as mortes de ciclistas ficaram na mesma. Ou seja, só aumentaram as mortes de motoqueiros. É óbvio que alguma coisa está errada. Seria bem-vinda, por exemplo, uma campanha ampla e mais enérgica, como a que se fez para proteção dos pedestres. Quem anda de carro precisa parar de ameaçar quem está na moto, a parte mais frágil. Esse é um primeiro passo. Mas é claro que não é só esse o problema. Há cada vez mais motos nas ruas, mas quase nenhum radar tem tecnologia para flagrar suas infrações de trânsito. "Invisíveis" para multas, motoqueiros abusam da velocidade e furam o semáforo. A prefeitura precisa tomar providências para impedir essas barbaridades. Se as multas e a campanha não funcionarem, é o caso de rediscutir a lei para proibir que motos trafeguem em alta velocidade no corredor entre os carros.

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