sexta-feira, 4 de maio de 2012
SE CORRER O BICHO PEGA
Por que a poupança vai mudar
O governo federal está decidido a baixar os juros, o que é bom para todo mundo. Para continuar baixando, no entanto, esbarrou no problema da poupança.
A caderneta é a aplicação preferida do brasileiro porque é simples e garantida. O cidadão põe seu dinheiro ali e conta que todo mês vai render 0,5% mais a TR (uma taxa calculada pelo governo). Dá um pouco mais de 6% no ano.
O problema é que o governo trabalha com uma outra taxa de juros, a tal de Selic, para corrigir o valor que toma emprestado dos bancos.
Ela é importante também para controlar a inflação: sempre que os preços sobem demais, o governo aumenta a Selic para "esfriar" a economia, como se diz.
Quanto mais alta essa taxa básica de juros, mais difícil fica comprar por crediário, por exemplo. Os empresários também encontram mais dificuldades para financiar máquinas e aumentar a produção.
O problema agora é que esses juros caíram para 9% ao ano e chegaram perto demais do rendimento da poupança. Os grandes investidores poderiam desistir de emprestar ao governo para deixar a grana na poupança.
O resultado é que a presidente Dilma Rousseff e o Banco Central não poderiam continuar cortando os juros.
A saída foi reduzir um pouco o rendimento da caderneta. Mas atenção: só das contas e depósitos novos. Para o dinheiro que já está lá, vale a correção antiga.
A regra nova é meio complicada, mas se for o preço a pagar para que os juros caiam, é melhor assim.
Cabe agora ao governo explicar muito bem a mudança, para ninguém ficar com a pulga atrás da orelha.
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Vai de ônibus ou de trem?
Nos últimos cinco anos o uso de metrô e trens metropolitanos aumentou muito mais em São Paulo do que o de ônibus.
Essa mudança pode ser explicada principalmente pelo fato de o transporte sobre trilho ser mais eficiente e previsível.
Quando se pega trem ou metrô é possível, se tudo correr bem, ter uma previsão do tempo de viagem. Em geral, menor do que o que se gasta num ônibus. Ou muito menor, se for dia de chuva e engarrafamento.
São Paulo tornou-se nas últimas décadas um péssimo exemplo. Deu força para o automóvel e deixou de lado o transporte coletivo.
É uma fórmula infernal, que deu em trânsito engarrafado e falta de opções.
Nos últimos anos, porém, novas linhas de metrô foram inauguradas, os trens da CPTM (apesar das constantes falhas) deram uma melhorada e foi criado o Bilhete Único.
O resultado é que desde 2006 o número anual de passageiros transportados subiu 63% na CPTM, 44% no metrô e só 13,3% nos ônibus.
O fato é que as pessoas só vão de ônibusse não der pra pegar trem ou metrô. Quan-do dá pra trocar, todo mundo desce na pri-meira estação.
Para que o ônibus possa cumprir seu papel e reconquistar a preferência do paulistano, é preciso construir corredores com plataformas maiores, para facilitar o embarque dos passageiros.
Faltam também locais de ultrapassagem, que permitam desenvolver mais velocidade, pois um coletivo não precisaria mais esperar que termine o embarque no que vai na frente dele.
O prefeito Gilberto Kassab bem que prome-teu fazer 66 km de corredores na atual gestã
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