terça-feira, 8 de maio de 2012

A conta da aposentadoria

Os deputados federais estão se preparando para votar uma nova regra para calcular a aposentadoria do trabalhador brasileiro. O assunto é para lá de polêmico. Mas a verdade é que não dá mesmo para continuar do jeito que está. O principal motivo para isso é o envelhecimento da população. Quem nasce hoje vai viver em torno de 70 anos, em média. Isso significa que o número de aposentados vai ser maior no futuro e que eles vão receber a aposentadoria por mais tempo. Ou seja, faltarão mais recursos para a Previdência. A mudança que os deputados querem aprovar inclui uma alternativa ao detestado fator previdenciário, hoje aplicado para calcular o benefício de quem se aposenta mais cedo. O fator previdenciário é mesmo complicado. Ainda por cima, muda a cada ano. Ninguém consegue planejar o futuro desse jeito. Com a regra em discussão, a aposentadoria integral estaria garantida quando a soma da idade com o tempo de contribuição for de 85 anos (para as mulheres) e de 95 anos (para os homens). Por exemplo, 60 anos de idade mais 35 anos de contribuição. Quem se aposentar antes perde um pouco: para cada ano que faltar na soma, são 2% a menos no benefício. A ideia é boa. O trabalhador vai saber quanto vai ganhar ao se aposentar, já que a conta é mais simples. Além disso, não prejudica quem começa a trabalhar muito jovem e estimula as pessoas a se aposentarem mais velhas. Mas a nova regra não pode aumentar muito o gasto do governo. A fórmula tem que ser boa para o trabalhador, sem deixar a conta da Previdência ainda mais no vermelho do que já está.

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