domingo, 6 de maio de 2012
Vivendo e aprendendo
Consumir, mas com cautela
Na hora de comprar, parece fácil. O carro zero, a geladeira, a cozinha nova e o computador ganham sempre uma imagem tentadora nos anúncios, e as prestações parecem tão fáceis de pagar.
Quando vê, o consumidor já se endividou mais do que poderia. Ainda mais porque, como todos sabem, o gasto no cartão de crédito nunca dói na hora.
Está certo que o governo federal está fazendo os juros baixarem, e as mudanças na caderneta de poupança podem ajudar nesse objetivo.
Só que, mesmo com uma diminuição nas taxas oficiais, o brasileiro continua pagando muito pelas dívidas que faz nas lojas.
Tem crescido, nos últimos meses, o número das pessoas que já não conseguem cumprir com suas obrigações financeiras.
Na corrida para não ficar com o nome sujo, há quem entre (para nunca mais sair) na armadilha do "crédito na hora" e da agiotagem.
É preciso ter muito cuidado com esse tipo de coisa.
De um lado, a economia só funciona se houver consumidores para novos produtos.
Os juros mais baixos, ao facilitar as compras, ajudam a manter as fábricas em marcha acelerada.
Por outro lado, isso leva ao endividamento das pessoas. Se elas não conseguirem pagar, vira um dominó, que vai derrubando lojas, fábricas e os próprios bancos.
Para compensar os calotes, eles acabam aumentando os juros.
Na economia, não existe mágica nem ilusão. O sistema só funciona quando cada pessoa mantém a cabeça fria, sem se entusiasmar com facilidades enganosas.
Consumir, claro, é muito bom. Mas sempre com cautela.
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Virada da paz
Criada em 2005, a Virada Cultural transformou-se nos últimos anos num megaevento da cidade. Atrai paulistanos e também turistas de vários pontos do país.
Com público estimado em 4 milhões de pessoas e cerca de mil atrações espalhadas por 114 locais, o evento deste ano, que começa hoje, promete.
Será o primeiro, aliás, a ocupar a área da cracolândia. DJs vão animar a festa nas ruas que antes ficavam quase sempre bloqueadas por traficantes e viciados.
O grande barato dessa fantástica maratona de música, teatro, arte e dança é que em geral ela transcorre em paz, sem acidentes ou tumulto de maior gravidade.
É uma façanha, quando se pensa na quantidade de gente que circula para lá e para cá pelas ruas do centro.
O clima pacífico, no entanto, vem sendo ameaçado por gente que não se segura e ultrapassa os limites. Álcool e drogas são os fatores que mais contribuem para que isso aconteça.
Nas últimas edições da Virada chamou a atenção a venda, a rodo, do tal de "vinho químico".
É uma mistura de álcool comum com corante e groselha. Um veneno. O teor da bebida é de 96%. Para se ter uma ideia, a gradação do vinho normal é de 13%.
Na Virada do ano passado, 23 locais que vendiam o vinho químico foram fechados pela polícia.
Na festa que começa hoje, policiais militares e guardas-civis à paisana vão se infiltrar na multidão para impedir a comercialização de drogas e do vinho químico, que é ilegal.
É o tipo de cuidado que a prefeitura precisa ter para que a Virada continue a ser uma diversão saudável para todos.
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