Nenhuma mãe fica muito satisfeita quando o filho anuncia que vai comprar uma moto. Para variar, as mães estão com razão.
Esse meio de transporte tem suas vantagens --é mais barato, consome menos combustível e permite maior rapidez. Mas acaba causando preocupação porque, além de deixar o corpo mais exposto, muito motoqueiro se comporta como se as regras de trânsito fossem só para outros veículos.
Do outro lado, tem motorista de carro e de ônibus que ignora a presença das motos no trânsito. E todo o mundo sabe que os pilotos de duas rodas são a parte mais fraca nessa guerra.
Para piorar, uma pesquisa da Prefeitura Municipal de São Paulo vai deixar muitas mães de motoqueiros ainda mais apavoradas. Ela mostra que as mortes de motociclistas e pedestres atropelados por motos foram as únicas que cresceram em 2010.
Um em cada três mortos por acidentes desse tipo na cidade é motoqueiro. Há seis anos, essa proporção era de um para quatro. No total, foram 478 vítimas fatais dirigindo motos no ano passado.
O problema precisa ser combatido com campanhas educativas e uma fiscalização mais atenta.
Também seria bom que as autoridades avaliassem uma mudança no atual Código de Trânsito, para impedir que as motos circulem livremente entre as faixas dos veículos. Hoje isso é permitido sem nenhuma restrição, o que estimula o excesso de velocidade.
A questão fica mais urgente porque a quantidade de motocicletas no país dobrou nos últimos cinco anos. Elas foram de 7,4 milhões para 15,3 milhões --uma moto para cada 12 brasileiros.
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