domingo, 10 de abril de 2011

Sem reação diante de assaltos

Não se pode culpar ninguém por reagir a um assalto. O ladrão chega se achando poderoso, trabuco na mão, mandando e humilhando. O sangue de algumas pessoas ferve, e a vítima reage, tenta tirar a arma do bandido, corre atrás, grita. Dá até para entender.

Entender, porém, não é recomendar. Como verificou um levantamento do Agora, a reação aumenta muito o risco de ser baleado e morrer. De 97 roubos noticiados nos três primeiros meses do ano, em 23 deles o assaltado reagiu --e 17 acabaram mal, muito mal: 12 mortes, mais sete baleados que conseguiram sobreviver.

A culpa por essas mortes e ferimentos é do assaltante que apertou o gatilho, ninguém questiona. Mas também é verdade que, se tivessem conseguido manter a cabeça fria, talvez essas pessoas ainda estivessem vivas. E isso é o mais importante nessa história.

Por isso é fundamental se preparar para a eventualidade de um roubo a mão armada. Os casos estão diminuindo, é verdade, segundo a polícia. Quem vive em São Paulo, porém, pode um dia se ver na situação traumatizante de vítima de uma violência dessas.

Pensar antes em como se comportar pode ajudar a salvar a própria pele. Grana, relógio e celular podem ser obtidos de novo. A vida, sem chance.

Nessas horas, o melhor é não reagir. Se estiver no carro, não tente arrancar nem descer para sair correndo. Evite movimentos bruscos, pois o facínora pode concluir que você vai sacar uma arma. Tente manter a calma, fazer o que o ladrão manda e avisar antes quais movimentos vai realizar.

A vida é o bem mais precioso. Não vamos colaborar para que o bandido leve isso também de nós.

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