Metrô para o aeroporto
Em São Paulo, a vida noturna é comparável à de Nova York. Os restaurantes estão no mesmo nível --alguns ainda mais caros-- que os de Paris. Mas quando o tema muda para viagens de avião... Dá até vergonha.
Um dos maiores exemplos da precariedade é a ligação com os aeroportos. No mundo mais desenvolvido, o passageiro sempre tem a opção de chegar e sair do aeroporto de metrô.
Aqui, o acesso a Congonhas ou a Guarulhos é um verdadeiro calvário. Depende, e muito, da sorte com o trânsito. Se a avenida 23 de Maio estiver parada, adeus voo em Congonhas. Se o avião sair de Cumbica, o passageiro tem de rezar para não alagar a marginal Tietê.
Isso acaba obrigando as pessoas a sair muito mais cedo de casa, seja para garantir aquela viagem, seja para receber parentes e amigos. Ninguém merece.
O projeto de ligação de Congonhas com o metrô, além de estar atrasado, fica num vaivém que não ajuda em nada. A previsão inicial era que o metrô chegasse ao aeroporto em 2013. Agora, apenas uma ligação por monotrilho com os trens da CPTM, e só em 2014, o que já é alguma coisa.
O prazo tardio não é o único problema. O projeto inicial previa duas ligações, uma para a estação São Judas e outra para o terminal Jabaquara. A primeira foi parar na gaveta. Na prática, quem quiser ir do aeroporto ao centro vai ter de dar uma boa volta.
A demora e o trajeto longo vão acabar desanimando muita gente. Mais desencorajador que isso só o trânsito parado, os pontos de ônibus lotados e a longa fila para conseguir um táxi.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário