Não existe quem não tenha passado alguma vez pela péssima experiência de respirar aquela fumaça preta que sai do cano de descarga de caminhões e ônibus velhos ou desregulados. Só de pensar dá vontade de fechar os olhos e tapar o nariz.
Por isso é muito bem-vindo o anúncio da Prefeitura Municipal de São Paulo de que só permitirá a circulação na cidade de caminhões e ônibus de outros municípios que tenham passado pela inspeção veicular, que verifica se estão ou não soltando poluentes demais.
A vistoria anual já é obrigatória para veículos com placa da capital. O problema é que a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente sobre a obrigatoriedade da inspeção, em 2009, deixou de fora as cidades com frota menor do que 3 milhões de veículos.
É o caso, claro, dos municípios do próprio Estado de São Paulo ou de outros Estados de onde chegam muitos caminhões e ônibus que circulam por aqui, transportando passageiros ou mercadorias.
Claro que, sozinha, a medida não vai resolver o problema. Ainda mais porque outras sugestões da prefeitura, como estimular mais gente a andar a pé ou de bicicleta, parecem de difícil aplicação. Mas não deixa de ser um passo na direção de um cidade mais limpa, desejo de todos.
Agora, é preciso cobrar a data em que a inspeção para caminhões e ônibus de fora vai começar e como será fiscalizada (duas coisas que não estão claras no plano). Se não sair do papel, os paulistanos continuarão correndo o risco cotidiano de ser presenteados, a qualquer momento, com horríveis baforadas de fumaça preta na cara.
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