Voltando ao passado e nos permitindo relembrar a história mitológica grega, Aquiles ficou famoso como o melhor e mais belo guerreiro da Guerra de Tróia. Seu ponto fraco era seu calcanhar, que originou a expressão conhecida por todos “calcanhar de Aquiles”.
Antes de sermos o que somos na vida (jogador, jornalista, médico, advogado, operario, dentista e corintiano) acima de tudo, somos seres humanos. Cada um com sua história, cada um com seu tipo de dificuldade.
Adriano chegou ao Corinthians taxado de marginal. Dado com problema certo. “Vai beber!” “Vai faltar nos treinos!” “Vai destuir o grupo!” entre outras coisas foram faladas. Poucos bancaram e disseram “Vai arrebentar!”.
Antes do jogador Adriano existe o ser humano. Um menino pobre, que cresceu na favela, que não teve o preparo psicológico adequado.
No Flamengo, quando surgiu, chegou até a Seleção pelas mãos de Leão. Depois foi para a Itália e após alguns empréstimos explodiu na Internazionale onde ganhou o status de IMPERADOR. Foi importantíssimo tanto pra Inter quanto pra Seleção Brasileira em muitos momentos. E é bom que se diga, mesmo no Flamengo em sua segunda passagem, com todos os poréns e asteriscos foi um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Brasileiro.
Ele tem dinheiro? Tem e muito. Tem que ser profissional? Óbvio. Mas agora é hora de abraçar o cara.
Chegou no Corinthians em uma apresentação até certo ponto discreta. Ok! A derrota no clássico e outros fatores podem ter interferido na forma de inserir Adriano no contexto Corinthians-Fiel. Foi bombardeado de perguntas sobre sua vida pessoal na coletiva. E prometeu treinar.
E treinou. Seguiu a risca a programação passada pela fisioterapia e preparação física do clube. Não era notícia. As câmeras filmavam e clicavam um atleta esforçado. Em busca de sua volta por cima.
E Adriano mais uma vez caiu. Agora por pura fatalidade.
O rompimento do tendão de Aquiles foi uma ducha de água congelada no cara, na diretoria, na torcida, em todos. Já operado, o Imperador deve passar os próximos 5 meses em recuperação. A preocupação, creio eu, não está só na parte física mas principalmente na parte emocional. É preciso cuidar do nosso futuro camisa 10.
Que o Corinthians vai apoiar não há dúvidas. É preciso e imprescindível que Adriano tenha sua família e um apoio psicológico forte ao lado. Campanhas via twitter são muito legais, muito bonitinhas, mas o que vale mesmo é trabalhar a cabeça dele. É fazer com que ele entenda que de fato é um jogador diferenciado. E que com muita calma e paciência vai voltar e arrebentar.
Nesta “guerra” no melhor sentido da palavra que é o mundo do futebol. Cheia de batalhas. De vitórias e de derrotas.
E que Adriano seja nosso Aquiles.
VAAAAAAAAAAAAAAAI, CORINTHIANS!
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