sábado, 28 de maio de 2011

Ministro do Esporte dá bronca em São Paulo sobre Copa: 'tem que acordar'

Ministro do Esporte dá bronca em São Paulo sobre Copa: 'tem que acordar'

São Paulo não será sede da Copa das Confederações, segue sem estádio para a Copa do Mundo e perdeu a disputa do Centro de Imprensa para o Rio de Janeiro. A morosidade do estado para o Mundial de 2014 foi repreendida pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, que alertou as autoridades a apressarem os trabalhos visando a participação da capital paulista no torneio.

TEIXEIRA PEDE 'SERIEDADE' PARA SP

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, minimizou a pressão sobre a sede de São Paulo para a Copa de 2014 e mostrou confiança sobre as obras do estádio e da infraestrutura, mesmo depois que a Fifa excluiu oficialmente a cidade da Copa das Confederações. O chefe do comitê organizador pediu 'seriedade' neste momento.

O ministro participou neste sábado do Fórum Nacional do Esporte, em São Paulo, onde pediu para o estado “acordar”.

“A ausência de São Paulo na Copa das Confederações é um anúncio grave. É um sinal de que a cidade está aquém da demanda da Fifa. É lamentável. São Paulo tem que acordar e preparar um estádio”, declarou Orlando Silva Júnior.

"O limite para São Paulo mostrar o que pretende em 2014 será julho, quando as autoridades da Fifa estarão por aqui. Até lá, a cidade precisa demonstrar que tem interesse em participar da Copa do Mundo", completou.

O estádio que o Corinthians erguerá não ficará pronto para 2013. O clube informou em nota oficial que a obra no estádio começará na segunda-feira.

Apesar do atraso na arena em Itaquera, Orlando Silva eximiu o Corinthians de responsabilidade. O ritmo lento não é culpa apenas do clube paulista, frisou o ministro.

“A responsabilidade é das autoridades. É um erro achar que o Corinthians deve assumir essa responsabilidade”, disse.

O governador Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab eram aguardados para o evento, mas não compareceram.

A retirada de São Paulo dos planos para a Copa das Confederações foi reprovada por Geraldo Alckmin.

De acordo com O Estado de S. Paulo, o governador acionou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para pedir esclarecimentos, pois teria tido a informação que o estado receberia a Copa das Confederações mesmo sem poder utilizar a arena em Itaquera.

Todos contra o timão, todos contra o Corinthians

Qual é o preço do Itaquerão?

Quanto custa construir um estádio para o jogo de abertura da Copa do Mundo, em 2014? Ninguém sabe, nem o principal candidato a receber a partida em sua arena, o Corinthians.

Depois que o Morumbi foi descartado como primeira opção para sediar os jogos em São Paulo, os organizadores jogaram todas as fichas na construção do novo estádio corintiano, em Itaquera. Mas ninguém consegue chegar a um acordo sobre o preço da construção.

A Odebrecht, construtora responsável pela obra, já fez orçamento de até R$ 1,5 bilhão pelo serviço. Hoje, o valor ficaria em pouco mais de R$ 1 bilhão. Agora o Corinthians anuncia que uma outra empresa pode apresentar um projeto de "apenas" R$ 600 milhões.

À primeira vista, é uma ótima notícia para o contribuinte. Embora se trate de um negócio entre empresas privadas (o Corinthians e a empreiteira que o time contratar), até a grama do Parque São Jorge sabe que nada vai sair do papel se não entrar dinheiro do governo na jogada.

Só que a enorme variação da conta indica que não há transparência nesse negócio. Não dá para saber se essa nova empreiteira conseguiria mesmo entregar o Itaquerão por esse preço, ou se novos "ajustes" viriam depois.

Se o dinheiro do contribuinte vai ser usado para ajudar a erguer o novo estádio, é preciso que a gente saiba pelo que está pagando, e se o valor é justo.

Para piorar, o tempo fica cada vez mais curto. Faltam apenas três anos para a bola rolar. Enquanto cartolas, políticos e empreiteiros não chegam a um acordo, São Paulo corre o risco de não ver a obra pronta e de perder o direito de organizar a partida de abertura da Copa.
Em cada grão de areia ser colocado na mistura com cimento para o concreto vai virar ouro, cada marretada vai virar prata porque são todos contra nós, todos contra o CORINTHIANS e a zona leste....

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A histórica – e bela – ligação entre Corinthians e Torino



Neste domingo, na partida contra o Coritiba, o Corinthians estreia o terceiro uniforme da temporada 2011, na cor grená. Homenagem ao time do Torino de 1949. Uma deferência feita pelo clube paulista à equipe italiana também há 62 anos. Em 8 de maio de 49, o Corinthians deixou o preto e branco de lado e enfrentou a Portuguesa, pelo Campeonato Paulista, com um uniforme grená, com o scudetto no peito.

Quatro dias antes, o avião que levava a delegação de um dos clubes mais poderosos da Europa (foto abaixo) se chocou com a Basílica de Superga, perto do Turim. Todo o elenco do então tetracampeão da Itália e líder folgado do torneio de 48/49 morreu no acidente.

A relação do Corinthians com o Torino começou em 1914. O clube italiano foi o primeiro rival estrangeiro que o Alvinegro enfrentou. Naquele ano, os visitantes venceram dois amistosos (3 a 0 e 2 a 1). O segundo jogo foi apitado por Charles Miller, introdutor do futebol no Brasil. E que teve a atuação como árbitro contestada pelos corintianos.

A relação entre os dois clubes se estreitou um ano do fatídico acidente que marcou a história do futebol. Em 48, o clube que formava a base da seleção italiana fez um excursão ao Brasil. E encarou no Pacaembu o Corinthians. Que deu uma mostra de força, ao bater o tetracampeão da Itália por 2 a 1. Gols de Baltazar e Colombo. Gabetto marcou para os visitantes.

Naquele 21 de julho de 48, o Pacaembu ficou lotado. Além dos brasileiros interessados no duelo internacional, muitos imigrantes italianos e descendentes que viviam em São Paulo não perderam a oportunidade de ver de perto o melhor clube do país natal.

Um dos espectadores era Pierluigi Giuseppe Parodi, então com 15 anos. Nascido na Itália, mas morador do Brasil desde os 3 anos de idade, ele guardou na memória as imagens da partida. E também lembranças palpáveis do duelo. Como dois postais do time do Corinthians, comprados há 63 anos nos arredores do maior estádio brasileiro da época.

Um dos postais mostra a foto do Timão que enfrentou o Torino, inclusive com o placar e data da partida (primeira foto).

No ano seguinte, com a camisa grená em 49 (imagem ao lado), o Corinthians bateu a Portuguesa por 2 a 0. E a renda da partida foi destinada aos parentes da vítimas do acidente de Superga.

Será que a versão 2011 do uniforme também vai trazer sorte? Respostas a partir de domingo.

VAI CORINTHIANS

terça-feira, 24 de maio de 2011

Já que vazou a cor da nova camisa do Timão, vamos falar sobre o assunto!

De fato, o marketing decidiu aposentar, de uma vez por todas, a polêmica cor roxa do terceiro uniforme corinthiano. Para substituí-lo, optou por usar a cor GRENÁ, em referência a um trágico episódio ocorrido no final da década de 40.

Essa cor de nome estranho é aquela utilizada pelo Juventus, pelo Fluminense, pela Ferroviária e pelo Barcelona. Não é vermelho, não é roxo, não é vinho. É GRENÁ.

E aí vocês se perguntam: WHAT THE HELL?!?! Mais uma cor nada a ver???

Na verdade, é uma homenagem ao clube Torino, da Itália. Bem, homenagem ao time Corinthiano que homenageou o Torino, da Itália, em 1949. E, para quem não sabia da existencia desta história, preste atenção…

O Torino era um clube que tinha uma ligação muito forte com o nosso alvinegro, e contra o qual já havíamos jogado amistosos, sendo o primeiro deles em 1914, quando a equipe italiana veio passear aqui no Brasil.

Em 1948, a equipe visitou nosso país novamente, derrotando todos os clubes contra os quais jogou, exceto o Coringão, que venceu os italianos por dois a um.

No ano seguinte, mais precisamente na data de 4 de maio, o avião que levava a delegação da equipe italiana de volta pra casa, após um amistoso disputado contra o Benfica, em Portugal, chocou-se com a basílica Superga, em Turin, em uma tragédia que chocou o mundo todo.

http://www.dailymotion.com/video/x14hj6_la-tragedia-di-superga-4-maggio-194_people#from=embed&start=6

O infeliz acontecimento foi alvo de muitas homenagens.

O Coringão, então, decidiu colaborar e mostrar seu respeito e compaixão com o sentimento daqueles que haviam sofrido tamanha perda. No dia 8 de maio de 1949, diante de um pacaembu lotado, o Sport Club Corinthians Paulista entrou em campo vestindo as cores da equipe italiana.

Era um confronto com a Portuguesa, cuja renda de Cr$ 178. 067,00 foi destinada às famílias dos jogadores e vítimas do acidente. A quem interessar, vencemos o jogo por 2 a 0, com gols de Noronha e Colombo.

Dizem por aí, que a nossa nova terceira camisa vai homenagear esta bela ação do Corinthians de 49. Mas, obviamente, será mais moderna e, até onde eu sei, contará com uma imagem de São Jorge estilizada.

Quem viu, aprovou.

Terceira camisa corintiana enfrenta rejeição de evangélicos




A nova terceira camisa do Corinthians já nasceu envolvida em polêmicas. Uma delas é a rejeição por parte de torcedores evangélicos. O motivo é a estampa de São Jorge.

As igrejas evangélicas são contrárias a adoração de imagens de santos. Já ouvi relatos de torcedores que não irão comprar o modelo por causa da religião. Estou curioso para saber como atletas evangélicos irão reagir quando tiverem que vestir o uniforme.

A outra polêmica foi provocada pelo vazamento antes do lançamento oficial programado por Nike e Corinthians. Ambos prepararam uma grande campanha de marketing. Ontem, porém, antes do lançamento, mostrou o uniforme divulgado por um site de compras, que em seguida retirou a imagem do ar.

Os responsáveis pelas lojas Poderoso Timão receberam em seguida um comunicado reforçando que a venda e a divulgação estão proibidas até segunda ordem. A nota também lamentava o vazamento da imagem.

A assessoria de imprensa da Nike informou que a imagem revelada não era da versão final da camisa, Seria apenas uma ilustração. Porém, o blog recebeu de um colaborador a foto do modelo que será vendido aos torcedores. É exatamente igual ao mostrado ontem. Confira.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aposentados do futuro

Quando o assunto é reforma da Previdência, já se sabe: muita polêmica, muito protesto, para resultar em quase nada. O problema é de difícil solução.

A população brasileira está envelhecendo. Por volta de 1950, a média dos recém-nascidos tinha a expectativa de viver pouco mais de 50 anos de idade.

Quem nasce hoje pode contar, pela média, com mais de 70 anos pela frente. Isso significa que o número dos aposentados vai ser maior no futuro, e vai faltar recurso para a Previdência.

O ministro da área, Garibaldi Alves, lançou para discussão algumas propostas de reforma. Uma ideia seria impor uma idade mínima para a aposentadoria, de 63 anos para as mulheres e de 65 anos para os homens. Isso, só para quem estiver entrando no mercado de trabalho quando a lei for aprovada.

Para os que já trabalham, a idade mínima não seria tão alta. O direito à aposentadoria integral estaria garantido quando a soma da idade com o tempo de contribuição for de 85 anos (para as mulheres) e de 95 anos (para os homens).

No Brasil, ainda é grande o número das pessoas que começaram a trabalhar muito cedo, em serviços desgastantes no campo e na cidade. Por isso mesmo é complicado alterar as regras de quem já está se preparando para a aposentadoria.

Para as novas gerações, contudo, a realidade é outra. Passou o tempo em que, com 60 anos, uma pessoa era considerada velha.

Mudou, além disso, a situação da mulher. Em vários países não há mais diferença entre mulheres e homens nas regras para aposentadoria. Também no Brasil a realidade aponta nessa direção.

A mudança pode não ser para já. Mas o debate precisa começar.

Novo terceiro uniforme do Timão é grená


Terceiro uniforme do Corinthians é grená e homenageia o Torino
Loja virtual antecipa o clube e divulga imagens da nova camisa na internet. Estreia será no duelo contra o Coritiba, domingo, em Araraquara


Acabou o mistério! A nova terceira camisa do Corinthians é uma homenagem ao italiano Torino. O clube ainda não confirma oficialmente, mas o novo modelo já está circulando na internet e sendo comercializado pela Times Mania, por R$ 189,90. O novo uniforme é grená e tem um São Jorge, padroeiro do clube, estampado na frente.
O planejamento da diretoria de marketing do Timão é estrear a camisa em homenagem ao clube italiano no próximo domingo, contra o Coritiba, no estádio Fonte Luminosa, em Araraquara, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Na semana passada, o marketing corintiano colocou uma caixa cinza bem grande dentro da sala da imprensa do CT Joaquim Grava, no Parque Ecológico do Tietê. Tudo para aumentar o mistério em relação ao modelo da camisa número 3. O lançamento oficial deve ser ainda esta semana.
A homenagem ao Torino, por sua vez, tem a ver com o ano de 1949. À época, o Corinthians usou uniforme grená em um jogo contra a Portuguesa porque a delegação do time italiano havia morrido em um acidente aéreo. É o que informa o comunicado enviado pela loja Times Mania.

domingo, 22 de maio de 2011

Mais polícia na USP

A morte de Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, num estacionamento da USP chocou alunos, professores, funcionários e a população. A principal universidade pública do país não oferece segurança a quem busca aperfeiçoar seus conhecimentos ali, para ajudar o país e progredir na vida.

De nada adiantou Felipe ter comprado um carro blindado. Os bandidos, depois de circular pelo prédio da Faculdade de Economia e Administração, onde ele estudava, seguiram-no até o estacionamento.

Aparentemente, os assaltantes sabiam que o estudante tinha sacado dinheiro de um caixa eletrônico. Felipe levou um tiro na cabeça e morreu ao lado do veículo, por volta das 21h30.

Havia câmeras de vigilância ao lado do estacionamento, mas novas e ainda fora de funcionamento. A área é escura à noite. Só as câmeras de dentro do prédio registraram imagens dos prováveis assassinos.

Diz o velho ditado que, depois de arrombada a porta, põe-se a tranca. O Conselho Gestor da USP agora quer mais policiais militares protegendo a comunidade. Na noite do crime, havia 12 PMs em ronda pela Cidade Universitária, com quatro carros e duas motos. Os mais próximos estavam a 4,5 km do local onde Felipe foi morto.

O preconceito de alguns estudantes, professores e funcionários contra a polícia tem razões históricas. No tempo da ditadura militar, PM no campus era sinal de repressão política, de ameaça à liberdade das pessoas.

Esse tempo passou, em boa hora. Agora a USP precisa dos policiais para que eles façam seu trabalho verdadeiro, que é proteger as pessoas da violência.

sábado, 21 de maio de 2011

Criado por Lula e Andrés, Itaquerão fugiu do controle

Tudo começou quando Andrés Sanchez pediu ao então presidente da República que ajudasse o time de ambos a ter um estádio. Lula não viu mal nenhum. Convenceu até Juvenal Juvêncio de que meteria a colher só para que o Corinthians tivesse sua casa própria. Nada a ver com Copa.

A sugestão do presidente comoveu a Odebrecht. No Conselho Deliberativo corintiano, o projeto foi vendido como uma casa humilde.

Com Andrés e Ricardo Teixeira desfilando de novos melhores amigos de infância, ficou fácil prever que o Morumbi teria problemas para ser o palco da abertura do Mundial. A brincadeira de casinha virou coisa de gente grande quando finalmente o estádio do São Paulo saiu do mapa da Copa.

A arena basiquinha virou um projeto suntuoso para abrigar a abertura. Empresários amigos de Ricardo Teixeira e cartolas corintianos antes afirmavam ser fácil arrumar investidores e patrocinadores. Mas não apareceram com uma proposta concreta.

Odebrecht e Corinthians passaram a se estapear por causa do tamanho da conta. Lula, um dos pais da criança, foi chamado para tentar forçar o início das obras. Outra interferência que exige antiácido para ser digerida. Ao menos para quem examina o caso sem paixão clubística.

Depois do novo empurrão do ex-presidente, a largada foi marcada para a próxima terça, mas deve ser a adiada para o final do mês ou para o início de junho.

Claro. Apesar da intervenção de Lula ninguém quer pagar a conta. Enquanto isso, o jogo fica cada vez mais pesado. O ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, pressiona o Governo do Estado a ajudar financeiramente.

Curiosamente, uma ala da diretoria corintiana acusa o ministro de querer ver o governo do PSDB perder a abertura da Copa. Estranho. Poucas horas depois de pressionar numa reunião o governador Geraldo Alckmin para botar a mão no bolso, Orlando e Andrés participaram juntos de uma roda de samba. Prova de sintonia.

Nesse cenário, o monstro criado pelo presidente corintiano e por Lula segue descontrolado. Enquanto isso, gente graúda esfrega as mãos esperando a partida inaugural do Mundial acontecer em seu quintal.

Brasília foi pintada pelo Comitê Organizador como favorita. Mas Aécio Neves, futuro candidato a presidência e amigo do peito de Teixeira, quer o jogo em Belo Horizonte. Talvez, a pane paulistana e a briga entre BH e Brasília façam com que a fita da Copa seja cortada no Rio.

Não seria desagradável para o presidente da CBF e do comitê. Ele já defendeu publicamente que a cidade concentre eventos importantes do Mundial. Sem falar que o Maracanã, público e aparentemente sem um teto para gastos, já estará adequado para abertura. Ela será feita nos mesmos moldes da final, que é do Rio e ninguém tasca.

Tags: Corinthians, estádio, Lula, GANSO, SEEDORF, MARCINHO e outros promessas que nunca vão se realizar, no Corinthians tudo e festa imaginaria até a Zona Leste toda esta sendo enganada....

VAI CORINTHIANS

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Banheiro de rodoviária

A empresa responsável pelos três terminais rodoviários paulistanos, Socicam, não tem pena dos velhinhos. É verdade que não cobra deles o R$ 1,50 de praxe para usar o banheiro nas estações, mas em compensação exige que preencham e assinem um formulário.

Coitado do idoso que estiver muito apertado. Corre o risco de passar vergonha enquanto cumpre a burocracia sanitária. As crianças, que também não pagam, pelo menos escapam de preencher a ficha.

A própria cobrança no uso do sanitário pelo restante das pessoas, aliás, já é para lá de questionável. Segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), alguns juízes já proibiram a exigência de pagamento.

Afinal, quem compra uma passagem de ônibus rodoviário já desembolsa uma taxa de embarque embutida no preço. Ou seja, todos pagam pelo uso do terminal. E alguém pode imaginar uma rodoviária sem banheiros para uso do público?

Não que os sanitários sejam bons, ou limpos --longe disso. A própria expressão "banheiro de rodoviária" já diz tudo: virou sinônimo de mau cheiro e de falta de asseio, em geral.

Parte do público não colabora com a limpeza, é verdade. Ainda há homens ruins de mira, que nem se preocupam em levantar a tampa do vaso. Até mulheres conseguem errar o alvo.

É uma questão de respeito pelo próximo, ou, como se dizia antigamente, de urbanidade. Mas a Socicam deveria dar o exemplo e, além de garantir que haja banheiros limpos e sem filas para todos, parar de exigir dos mais velhos essa formalidade malvada.

Cães da PM que morreram em serviço são cremados com honras



Esta foi a primeira vez que a PM de Minas realizou uma cremação de cães.
Polícia quer criar uma galeria de heróis.

Dois cães policiais, que morreram durante uma operação policial em Ribeirão das Neves, na Grande BH, foram cremados na manhã desta sexta-feira (20). A cerimônia contou com a presença de dezenas de militares da 1ª Companhia de Missões Especiais, de Contagem. Os cachorros, da raça pastor alemão, Lyon e Dox receberam honras militares por morrer em serviço. Eles foram baleados por criminosos durante uma fuga.

Os cães Lyon e Dox foram cremados com honras militares em Minas. (Foto: Heloísa Mendonça/G1)
Segundo a polícia, os cães são treinados desde filhotes para o cargo e são considerados oficiais da PM. Cada animal possui um condutor, um militar que se torna o companheiro do cachorro.
Um dos oficiais mais comovidos na cerimônia era o condutor do cachorro Lyon, há três anos, sargento Wellys Lucindo. Ele não conseguiu conter as lágrimas na hora da despedida. "É a mesma coisa que perder um familiar. Sabemos que eles são treinados para isso, que são como kamikazes, mas não estamos preparados para perdê-los". Durante a cerimônia, Wellys relembrou com os companheiros o ótimo desempenho do cão em várias operações.

Militares da 1ª Companhia de Missões Especiais, de Contagem, fizeram uma homenagem aos cães.
(Foto: Heloísa Mendonça/G1 MG)
O subtenente Edmar Geraldo dos Santos explicou que eles precisam ser homenageados já que morreram no lugar dos policiais. "Todo o treinamento do cão é para preservar a vida do policial e do bandido. Os animais são treinados para atingir pontos não vitais. Eles apenas imobilizam um suspeito até que um policial possa efetuar a prisão", disse.
Está foi a primeira vez que a PM de Minas realizou uma cremação de cachorros. Segundo a polícia, antes, os animais eram enterrados em um cemitério. De acordo com o subtenente Edmar, a idéia agora é criar uma galeria de heróis. "Todo cão que morrer no embate será cremado e as cinzas serão guardadas em um mesmo local", afirmou.
O veterinário Fernando Pinto Pinheiro, que cuidava dos animais, disse que Dox já estava se preparando para a "aposentadoria". "Os cães têm um período de oito anos de serviço policial, mas como o Dox estava com um problema articular, com uma displasia femoral, mesmo sem completar todo o serviço, ele seria retirado da atividade. Independentemente do que ele produz de benefício, o que importa é a saúde", disse.
As cinzas dos cachorros foram levadas para o canil onde eles moravam. Depois da cerimônia, os policias seguiram para a Companhia de Missões Especiais para uma solenidade em homenagem aos cães.
Caso
Os dois animais foram mortos nesta terça-feira (17) durante uma perseguição a quatro homens suspeitos de manter uma família refém em Sete Lagoas. Os criminosos fugiram e dois deles se esconderam em um lago em Ribeirão das Neves. Um dos suspeitos foi descoberto pelos cachorros. Logo em seguida, outro criminoso baleou os animais. Dois homens foram presos na operação policial, e outros dois continuam foragidos. De acordo com a PM, as investigações estão em curso.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

São Paulo fora da Copa

Parece incrível, mas a maior cidade do país corre o risco de ficar fora da Copa, ou pelo menos sem o jogo de abertura. É o que dá juntar a bagunça do futebol, dominado pelos cartolas, com os negócios esquisitos que as empreiteiras costumam fazer com os governos.

A coisa anda feia no país todo, mas a situação em São Paulo é das mais confusas. Primeiro, era o Morumbi que ia ser reformado, por um preço que começou em R$ 250 milhões e depois subiu para R$ 630 milhões. Aí Fifa e CBF criaram um monte de problemas, e o maior estádio da cidade foi posto para escanteio.

Entrou em campo, então, Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente da República na época, Lula forçou a bola para os lados de Itaquera, onde se planejava construir a arena do seu Corinthians. A construtora Odebrecht gostou do jogo e apresentou a conta: R$ 650 milhões.

A maior parte do financiamento (R$ 400 milhões), para variar, viria de um banco público, o BNDES (federal). Só que a Odebrecht, antes mesmo de a bola rolar no canteiro de construção, subiu o preço para mais de R$ 1 bilhão.

Ninguém sabe ainda de onde vão sair os outros 300 e tantos milhões, mas a vítima preferida para pagar a conta é, como sempre, o governo. Qualquer governo: federal, estadual ou municipal. Numa palavra, você, o contribuinte. Todos nós.

Não tem cabimento São Paulo ficar sem a Copa, ou só com partidas secundárias. Mas também é um absurdo pôr mais dinheiro público na competição, que deveria dar lucro e não prejuízo à população.

De um modo ou de outro, vamos pagar caro por deixar uma coisa tão importante na mão dos cartolas e dos políticos.

No Corinthians tudo e ilusório, promessas não compridas, além de enganar toda torcida Corintiana e a zona leste inteira, estádio esta virando piada o faz me rir esta de volta prometem jogadores como Seedorf do Milan, Ganso do Santos, Marcinho ex Flamengo, André ex- Santos e muitos outros mais .......

Corinthians recusa ajuda de parceira do Palmeiras

A diretoria do Corinthians não vai aceitar a oferta de ajuda da WTorre para tocar as obras do estádio de Itaquera. Pelo contrário, a decisão de Walter Torre de procurar Andrés Sanchez para se colocar à disposição foi alvo de ironia no alvinegro.

Gente da diretoria afirma que o clube não vai conversar com a parceira do Palmeiras porque não quer destruir o Parque São Jorge e sim construir um novo estádio. Uma alfinetada por causa dos problemas envolvendo a arena Palestra Itália, após a demolição parcial do estádio antigo.

Apesar da recusa, a situação da futura casa corintiana não é confortável. Isso mesmo depois da reunião entre Andrés, o ex-presidente Lula e Marcelo Odebrecht, durante o encontro de milionários da América Latina, em Comandatuba, na Bahia.

O clube não aceita o estouro de R$ 300 milhões no orçamento da obra, que chegou a R$ 1 bilhão. Se o preço não for substancialmente reduzido, a diretoria ameaça procurar outra construtora, desde que não seja a WTorre.

Enquanto isso, a oposição corintiana, não faz barulho, mas vê com preocupação o fato de nem os R$ 700 milhões do orçamento anterior terem chegado. A diretoria conta com R$ 400 milhões que virão do BNDES e mais R$ 300 milhões em bônus dados pela prefeitura a quem investir na região. Calcula que com esse valor dá pra fazer o estádio da abertura.

Mas os opositores argumentam que, como nem o empréstimo junto ao BNDES foi pedido, hoje o clube não tem verba para fazer nem a arena para 40 mil pessoas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saúde em estado crítico

O sistema de saúde pública em São Paulo dá mostras diariamente de que seu estado é terminal.

No Hospital do Servidor Público Municipal, uma enfermeira chegou ao ponto de ir a uma delegacia e fazer boletim de ocorrência para registrar que faltavam profissionais. Era uma forma de se proteger, afinal, havia apenas ela e uma auxiliar para o pronto-socorro infantil. A possibilidade de alguma coisa ruim acontecer, infelizmente, era bem real.

No Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, o drama era outro. Havia uma fila única para emergências e para pacientes que precisavam de outros serviços.

Assim, quem necessitava ser atendido sem demora, com algum problema mais sério, era obrigado a esperar por até três horas.

As outras pessoas, que queriam apenas autorizações para tratamentos, também sofriam. Poderiam ter atendimento mais ágil se funcionasse melhor a triagem, que separa os tipos de paciente.

O governo, seja federal, estadual ou municipal, sempre tem uma resposta pronta. A situação é culpa de um problema localizado, dizem. Ou a coisa não é bem essa, argumentam as autoridades.

A verdade é que quem precisa recorrer ao sistema público de saúde sofre duas vezes. Uma com a enfermidade, outra para conseguir tratamento.

As principais preocupações de qualquer família são saúde e educação. Com essas duas em ordem, o resto se arranja. A prioridade do governo para essas áreas não pode ficar só na conversa, tem de se traduzir em melhorias concretas à população. Do jeito que está, não há remédio.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A diretoria aposta em Adenor

Brasileirão de 2011, Pré Libertadores 2011 e agora o Paulista.

E pelo visto, Tite comandará o Corinthians na 4ª competição, o Brasileirão 2011, que começará já no próximo domingo, em Porto Alegre, contra o também derrotado recentemente, Grêmio.

Bancar o treinador pode ser encarado de 2 formas: a diretoria entende que não existe um super-técnico à disposição no mercado ou então, que o treinador não é culpado pelos 3 fracassos consecutivos.

Tite recebeu um elenco em 2010 com totais condições de ser campeão, apesar da infeliz e trágica passagem de Adilson Batista pelo clube.

Mesmo assim, não conquistamos o Brasileiro.

Cabeça erguida, “matamos as pedras no peito” – nova frase de efeito do nosso filósofo – e fomos disputar a tal Pré Libertadores contra o poderoso Tolima. Sufoco lá e aqui, o resto da história todos já sabem.

Veio o Paulistão, novo fracasso.

Justiça seja feita, Tite recebeu vários jogadores sem condições técnicas e competitivas. Um amontoado de jogadores entre eles Danilo, Moradei, Moacir (que o treinador pediu pra ser mantido), Fábio Santos, Morais (que ele tanto deu chances em detrimento a Bruno Cesar) entre outros.

Porém, mesmo com o material que tinha em mão, daria pra fazer mais. Até que fez, chegando à final do Paulistão.

O comportamento tático (???) do time nas finais foi reflexo do time na Era Tite: perdido e desorganizado.

Apenas para citar dois exemplos, Jorge Henrique deve estar até agora tentando fazer o “1-2″ com o “pivô” Liedson e Paulinho, até agora deve estar procurando a porta da saída do vestiário da Vila Belmiro, de tão perdido que estava.

E isso, até quem é leigo e palpiteiro observou. Menos o nosso treinador.

Que será mantido, pelo visto.

Os reforços, grande parte vindos do exterior, só poderão entrar em campo em agosto. Até lá, muitas partidas já terão sido disputadas, muitos pontos já terão sido ganhos – ou perdidos.

Para o próximo domingo, o time vai remendado a campo. No gol, um abalado Julio Cesar. No ataque, provavelmente ainda insistindo com Dentinho, aquele que não sabe se vai ou fica. No meio, Morais ao lado do decadente Jorge Henrique. E na lateral, Fábio Santos.

O jogo é contra o Grêmio. Se perdermos, o discurso já está pronto.

Como os discursos estão sempre prontos quando perdemos jogos e campeonatos.

Isso quando camisas não estão prontas, com frases de efeito do tipo, “Não vivemos de títulos, vivemos de Corinthians”.

É pouco, muito,mas muito pouco para um clube da nossa grandeza.

Precisamos pensar grande, tomar decisões rápidas, não aceitar tão passivamente as derrotas.

A diretoria precisa tomar consciência disso.


VAI CORINTHIANS

domingo, 15 de maio de 2011

Droga de várias cores invade cracolândia

Enquanto a polícia faz apreensões cada vez maiores de óxi, na cracolândia --reduto de usuários de drogas no centro de São Paulo-- não há distinção entre o crack e o seu genérico, anunciado como mais potente e mais barato.

Em alta na área está o "hulk": uma pedra de crack verde, que teria pureza maior e efeito mais duradouro. O nome se refere ao herói dos quadrinhos que ganha superpoderes ao virar um gigante verde, o Incrível Hulk.

Faz sucesso também a pedra vermelha, a "Capitão América". Para a polícia, o crack colorido é uma forma de o traficante enganar os usuários e aumentar o preço.

Apesar da propaganda, a pedra tem preço tabelado, não importa a mistura: R$ 10. Nêga, apelido da mulata de corpo musculoso, puxa papo: "Esse óxi não tá com nada. Bom mesmo é o 'hulk'".

"Esse é bagulho bom", confirma Cabral, chamado de Velho, sobre a pedra verde.

No mês passado, foram apreendidos 50 kg de crack rosa na Baixada Santista. "O traficante precisa encontrar um diferencial. Mudando a cor da pedra, ele convence o usuário de que seu produto é mais puro ou mais forte do que o do concorrente", afirma o delegado Reinaldo Correa, do Denarc (departamento de narcóticos).

Já o óxi é da mesma cor da pedra tradicional, entre o marrom e o amarelado. Feito da pasta base de cocaína acrescida de solventes como querosene e gasolina, o "bagulho novo" só é diferenciado por entendidos.

É o caso de Jennifer, travesti de 24 anos, oito deles entre idas e vindas na cracolândia. "Tive o privilégio de usar o óxi, porque os irmãos [traficantes] abriram para mim", relata. "Bate uma adrenalina mais forte, mas o efeito vai embora rápido."

O direito de mamar

A reação demorou um pouco, mas veio forte. Com tantas campanhas a favor do aleitamento materno, é um verdadeiro absurdo o que aconteceu no Itaú Cultural, em março passado.

Um segurança impediu a antropóloga Marina Barão, que visitava uma exposição ali, de dar de mamar ao seu filho. O bebê ficou chorando durante uns dez minutos, até providenciarem a chave da sala dos bombeiros, considerado o único lugar adequado para a "realização do ato". Como se fosse coisa vergonhosa ou obscena.

Teriam de proibir então, para começo de conversa, todos os quadros em que aparece a Virgem Maria dando de mamar ao Menino Jesus. Seria uma questão de coerência.

A direção do Itaú Cultural admite o erro e informa que seus funcionários já estão esclarecidos quanto ao fato de que, no Brasil, não é proibido mamar.

A ignorância, entretanto, continua dando provas de robustez e saúde invejável por aqui. A jornalista Kalu Brum, que apoia o aleitamento em público, diz que sua foto dando de mamar ao filho foi retirada da página de relacionamentos Facebook, na internet. Justificativa apresentada pelos censores: conteúdo impróprio.

O resultado de tanto preconceito acabou sendo positivo: organizou-se um movimento pelo aleitamento em locais públicos, com direito a um "mamaço" na avenida Paulista.

O leite materno faz bem para o bebê, tanto é que os pediatras o recomendam exclusivamente até os seis meses de idade. A mãe que amamenta não tem por que se esconder quando faz isso. É básico.

Prêmio para a boa saúde

A ANS (Agência Nacional de Saúde) discute a possibilidade de que planos médicos particulares passem a dar incentivos a clientes que se comprometam a manter uma vida saudável.

O assunto foi posto em consulta pública, uma discussão em que todos os interessados, incluindo os consumidores, podem opinar.

Uma das ideias em estudo é dar desconto nas mensalidades aos usuários que não bebam, não fumem, façam exercícios regulares e consultem sempre seus médicos para prevenir doenças. Outra é oferecer prêmios a essas pessoas, como tratamentos odontológicos gratuitos.

É interessante e até justa a proposta de recompensar quem procura se manter em forma. Afinal, a pessoa que não adoece acaba dando menos despesas aos convênios que vendem a cobertura de serviços médicos.

A proposta também pode servir de estímulo para que os clientes procurem fazer tratamentos preventivos. E não só procurar os médicos na hora da emergência, como é tão comum.

Segundo a proposta da ANS, caberia às próprias empresas oferecer serviços para os interessados. Coisas como grupos de ginástica e de orientação alimentar, ou acompanhamento para quem quiser parar de fumar.

Para não ser deturpado, no entanto, o projeto precisa ser cercado de cuidados.

Um deles é evitar que pessoas que já têm doenças crônicas sejam discriminadas pelos planos, que poderiam passar a dar preferência apenas aos clientes mais saudáveis.

O outro é deixar bem claro que as companhias de seguro de saúde não poderão impor metas de saúde

O problema do lixo

Cada paulista gerou, no ano passado, 1,4 quilo de lixo por dia. Isso quer dizer que o Estado de São Paulo produziu 55 mil toneladas, diariamente, em 2010. É uma montanha de sujeira.

A verdade é que todo o mundo joga lixo fora, mas depois ninguém faz a menor ideia de onde ele vai parar. A explosão de um aterro em Itaquaquecetuba (Grande SP), no mês passado, serviu para lembrar como esse é um problema complexo.

Cinco cidades da região leste da Grande São Paulo agora correm o risco de ficar sem ter onde depositar o seu lixo. E isso já a partir do mês que vem.

Depois da explosão, Biritiba Mirim, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis e Suzano passaram a usar um outro aterro, na cidade de Santa Isabel, também na Grande São Paulo. Mas a licença ambiental desse outro lixão acaba no final de maio;

O resultado é que o lixo produzido por essas cidades, e por outras que usavam esse aterro alternativo, vai ter de ser transportado para ainda mais longe. Isso fica cada vez mais caro para as prefeituras.

Uma hora não vai haver mais lugar para jogar tanto lixo. A solução do problema, em São Paulo como no resto do Brasil, passa por aumentar a coleta seletiva e a reciclagem.

Muitas cidades já têm programas desse tipo, só que eles ainda representam uma pequena parcela das toneladas e toneladas de lixo produzido. É hora de jogar fora as velhas ideias e reciclar nossa atitude em relação ao lixo.

sábado, 14 de maio de 2011

BILHÃO PARA TER UM ESTÁDIO VAI CORINTHINS

Obra do Itaquerão custa um bilhão e setenta milhões de reais. Faltam R$ 370 milhões. Orlando Silva pressiona o governador paulista
De primeira



Ministro dos Esportes quer a ajuda de Geraldo Alckimin

Orlando Silva, Gilberto Kassab, Geraldo Alckmin, Andrés Sanchez e Luciano Coutinho, presidente do BNDES, reuniram-se ontem à noite no Palácio dos Bandeirantes.

A Odebrecht havia informado o Corinthians poucas horas antes que o valor da obra do Itaquerão nos moldes exigidos pela Fifa para a Copa do Mundo custará a fortuna de R$1.070.000.ooo,00 (Um bilhão e setenta milhões de reais).

O encontro serviu para o presidente corintiano repassar a informação ao governador.

Durante a reunião, o ministro Orlando Silva tentou convencer Geraldo Alckmin a liberar os R$370 milhões que faltam para a construção do Itaquerão.

O ministro lembrou Geraldo Alckmin do impacto político negativo na carreira dele caso São Paulo não receba a abertura da Copa.

Entenda a conta

A Odebrecht vai pegar R$400 milhões emprestados no BNDES.


Outros R$300 milhões sairão do CID (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) e já foram confirmados pelo prefeito Gilberto Kassab.

Faltam os tais R$370 milhões que Orlando Silva cobrou do governo paulista.

Vale lembrar que Geraldo Alckmin sempre se posicionou contra a o uso de verba pública no estádio particular.

Aplaudo o governador pela postura e torço para que continue firme.


Opinião

Sempre defendi que a Copa do Mundo só poderia ser no Brasil se as obras, tirante as de infra-estrutura, fossem pagas pela iniciativa privada

Sou radicalmente contra o uso de verba pública em estádios de futebol, sejam públicos ou privados.

O país tem outras prioridades.

Se a lei permite o devaneio, os brasileiros que se incomodam com filas em hospitais, fome, frio e problemas na educação pública, além de tantos outros urgentes, sabem que sob o ponto de vista humano é uma vergonha torra dinheiro em estádios.

Não vejo problemas em pegar empréstino no BNDES caso o mesmo seja devidamente pago.

E discordo do uso do CID.

É verba pública sim, pois a administração municipal abre mão do dinheiro de impostos.

Outra coisa: a quantia parece muito elevada se observarmos a lei do CID para a zona leste.

Veja:

Os incentivos fiscais serão limitados a:

I – 20% (vinte por cento) do valor do investimento em aquisição de terrenos,
execução de obras, melhoramento
de instalações, e aquisição e instalação de equipamentos, e a 10% (dez por
cento) das despesas anuais de
salários e encargos trabalhistas, quando a beneficiária for microempresa ou
empresa de pequeno porte;
II – 10% (dez por cento) do valor do investimento em aquisição de terrenos,
execução de obras, melhoramento
de instalações, e aquisição e instalação de equipamentos, e a 5% (cinco por
cento) das despesas anuais de
salários e encargos trabalhistas, quando a beneficiária for empresa não
enquadrada no inciso I deste artigo.

OBS: a aprovação de comentários será normalizada neste domingo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Devagar com as multas

Ruas e avenidas não são pistas de corrida. A maior parte das pessoas sabe disso, ou deveria saber. Uma velocidade de 60 km/h, numa cidade como São Paulo, até que é razoável.

Esse é o limite imposto pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na maior parte da sequência de avenidas que compõem o corredor norte-sul, como a Washington Luís.

Ontem, os 60 km/h começaram a valer no último trecho dessa importante via. Na mesma parte sul do corredor, o limite já valia nas avenidas Interlagos e Senador Teotônio Vilela.

No setor norte também é essa a regra: não dá mais para andar a 70 km/h nas avenidas Luiz Dumont Villares, General Ataliba Leonel, General Pedro Leon Schneider, Santos Dumont, Tiradentes e Prestes Maia, além do túnel do Anhangabaú.

Ficam de fora só aquelas vias de trânsito rápido, como a 23 de Maio e a Rubem Berta, que não têm semáforos e cruzamentos. Nelas a velocidade máxima também foi reduzida, mas de 80 km/h para 70 km/h.

São Paulo está com carros demais. São 7 milhões de veículos entupindo as ruas. O trânsito anda tão ruim que ninguém consegue mais andar nem a 60 km/h. Não faz tanta diferença assim.

Só que o povo fica nervoso com a demora e os atrasos, aí resolve apelar. Na primeira chance, alguns motoristas apressadinhos saem correndo como loucos, pondo a vida dos outros --sobretudo os pedestres-- em risco. Não pode ser.

Não é justo, porém, mudar a regra e começar a multar no mesmo dia. A CET diz que providenciou 270 placas para alertar motoristas, mas as pessoas necessitam de tempo para se adaptar.

A CET precisa ir mais devagar com as multas.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pé atrás na Copa

Nem o som de mil vuvuzelas seria capaz de provocar dor de cabeça igual à que está sendo causada pelos atrasos nas obras para a Copa de 2014.

Atrasos geralmente resultam em obras mais caras e de pior qualidade. O medo é que aconteça com a Copa o mesmo que houve com o Pan-Americano de 2007, que terminou com um orçamento oito vezes maior.

Quando o Brasil foi escolhido para sede da competição de 2014, o país se comprometeu a melhorar aeroportos, transportes e estádios nas 12 cidades onde vão acontecer as partidas.

O custo total disso foi calculado em R$ 23 bilhões, mais do que o governo gastará neste ano com o Bolsa Família (R$ 16 bilhões).

Muitas dessas obras eram de fato necessárias, mesmo que não viesse a Copa. Mas há sinais de que o orçamento vai estourar. E tudo é pago pelos governos --quer dizer, por todos nós, que pagamos os impostos.

A reforma mal começou em três estádios --no Rio, em Belo Horizonte e em Brasília-- e os preços já estão mais altos do que o previsto. Só a do Maracanã pode chegar a R$ 1 bilhão, mas antes se falava em R$ 600 milhões.

A construção de novas linhas de metrô e de faixas exclusivas para ônibus nas 12 cidades não está em dia. O pior é a situação dos 13 aeroportos que têm de ser ampliados. Na maioria dos casos, as obras nem começaram.

Na última hora, o governo federal quer aprovar uma medida com regras especiais para contratar as empreiteiras dessas obras, sem o mesmo rigor da Lei de Licitações.

Quem já está escaldado com tantos casos de superfaturamento e corrupção em obras públicas tem toda razão de ficar com o pé atrás.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Homem vai encontrar sua amante virtual e descobre que ela era sua namorada real

Homem e coração (Reprodução/iStochPhoto)
Não sei definir ao certo se isso é coisa de cinema ou de novela, mas é, no mínimo, muito engraçado. Essa é a história de mais um homem que tentou ser o cara mais esperto da face da Terra e conseguiu acertar o raio duas vezes no mesmo lugar.
Um homem, que mantinha um perfil em um site de relacionamentos (algo muito comum na América do Norte), marcou um encontro com a sua amante virtual, para, enfim, conhecer a pessoa com quem passava horas conversando em frente ao computador.
Encontro marcado, tudo certo para o grande momento. Eis que este homem encontra na hora, data e local a própria namorada! Ele conseguiu se apaixonar duas vezes pela mesma mulher ou ela sabia exatamente como atraí-lo? Tirando essa única hipótese “bonitinha”, a mulher, de 49 anos de idade, jogou uma xícara de café no rosto de seu então namorado e em seguida o esbofeteou.
Nisso, um policial de folga que passava no local prendeu a mulher e pediu ajuda para que outros amigos policiais fossem ao local resolver a situação. Esse breve conto aconteceu de verdade na cidade de Barrie, em Ontario, no Canadá. A imprensa local informou que a mulher está à espera de uma audiência de fiança.
saiba mais
Sem namorada? Site Cloud Girlfriend cria uma virtual para você incluir no seu Facebook
Vingança de ex-namorada vai parar no Google
Monte sua namorada ideal com as maiores gatas do mundo
Ou seja, a vida é a verdadeira inspiração para todas aquelas coisas absurdas, loucas e praticamente impossíveis que você, assim como eu, também tem o costume de assistir. Não sei se fica o aviso para muitos ou apenas a piada para repassar, mas que a internet, ao mesmo tempo que ajuda, acaba com qualquer romance. Aqui no Brasil não temos esse hábito de sites para encontros, mas o Orkut está ai para provar quanto a web pode ser nociva aos relacion

Igualdade para os casais gays

Se dois homens ou duas mulheres se amam e decidem viver juntos, devem ter os mesmos direitos de casais formados por pessoas de sexo diferente?

O Supremo Tribunal Federal (STF), mais alto órgão da Justiça no país, respondeu que sim.

Os juízes justificaram a decisão com base em um dos objetivos fundamentais da Constituição brasileira de 1988, que é o seguinte: 'Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação'.

A decisão não prevê o casamento no papel dos homossexuais, mas diz que eles terão os mesmos direitos de todos os casais que vivem em união estável.

Com isso, gays e lésbicas poderão receber herança e pensão do parceiro, além de ser incluídos em planos de saúde e aposentadoria. Também ficará mais fácil adotar filhos, se quiserem.

Até agora, direitos desse tipo eram concedidos pela Justiça só caso a caso. Com a sentença do Supremo, é como se tivessem sido transformados em lei.

É uma pena que o Congresso não tenha feito legislação sobre isso antes, como aconteceu em países, como Espanha e Portugal, tão católicos quanto o Brasil. Os deputados e senadores são muito sensíveis à pressão de grupos religiosos que são contra o reconhecimento da união homossexual.

Por causa dessas críticas, é importante deixar claro que a decisão do Supremo não obriga ninguém a fazer nada em sua vida privada. Ela só reconhece algo que já existe e põe esses casais sob proteção da Constituição.

Foi um primeiro passo importante contra o preconceito. O próximo é dar um jeito de acabar com os casos de violência contra homossexuais que, infelizmente, ainda acontecem.

Corinthianismo a golpes de martelo

Não fosse o Corinthians ter concretizado o Corinthianismo em 1910, ter fundamentado uma Seleção Varzeana - Ó Várzea, berço do Futebol! - e ter partido com a cara e a coragem para a mais justa e ferrenha das Lutas pela igualdade, ter exercido seu papel histórico primordial na Revolução Corinthiana de março de 1913, enfim, não fosse o CORINTHIANS PAULISTA e sua Existência arrebatadora, o Futebol seguiria sendo o modorrento passatempo aristocrata.

Mas não estamos aqui discorrendo acerca do subproduto do ranço, que queria, quer e quererá a reação a essa Revolução permanente no Futebol. A anticorintiania doentia tem sua condição inválida, e parte da premissa capenga do "somos superiores" para tentar assim atingir o cerne e a Referência - o Corinthians de nós todos.
Desse "somos superiores" acabaram se divindo, num primeiro instante da década da Revolução, criando ranços de todas as cores do arco-íris. Depois, partiram para a tentativa de nos diminuir. Somos a ralé, segundo eles. Os discursos classistas começaram desde cedo, afinal o Corinthians levou os operários aos campos da patronagem. E no quadrilátero, os trabalhadores viram o quanto são mais fortes que seus gerentes, chefes, patrões, gente de uma aristocracia semi-escravocrata. Desse high society sobreveio o ranço, que se subdividiu. As múltiplas facetas da anticorintiania nos exemplificam cabalmente o que é a Referência.
É com a Referência que todos aspiram, um dia, rivalizar.

Esta Referência não se estabelece pelo "nível de superioridade" aristocrata e babaca.
Muito pelo contrário, ele é plena apenas porque se estabelece, tão profunda que a História se delimita a partir Dela.
O ranço porém está por aí, é observável e patina na esquizofrenia que a anticorintiania doentia causa. Por conta dela vemos tanto mimimi filodramatúrgico e dançante, a face tragicômica pastelônica da parte mais imunda da anticorintianada, que derrotamos no domingo glorioso que passou - LEIA O SAMURAI.
Mas esse pessoalzinho não leva a sério a si próprio, afinal o discursinho é de uma imensa contradição histórica, que permite àquele que surgiu corrompido se arrogar à uma superioridade falaciosa. Pobre anticorintianada perdida...

Mas o que é necessário notar, e que é a nossa real e necessária Luta, é que a diretoria mais uma vez majorou o preço do ingresso para a Final.
Claro, não fizeram isso nos atuais arremedos de Arquibancadas, muito menos no Tobogã, mas nas cadeiras.
O Futebol volta a ter seu público de alto poder aquisitivo, exatamente como na época da Revolução Corinthiana de março de 1913.
O problema, como muitos sabiam, mas só agora todos se atentam, é que é a diretoria do Corinthians quem está promovendo essa esbórnia. Sob o véu impoluto mas altamente nocivo que chamaram de "modernidade".
O Futebol é público, e tudo o que é público é também político.

Nós, Fiel Torcida, precisamos compreender nosso papel histórico que é próprio do Corinthianismo, e que ninguém mais tem a capacidade de exercer. Se nós não lutarmos, ninguém lutará. E o Corinthians é muito grande para ficarmos com essa palhaçada de elitização de nosso espaço que é sagrado.
Lembrem-se das bandeiras, do fato das cadeiras laranjas outrora serem apenas cimento, da Festa verdadeira e sem a qual não se pensava Futebol, há muito pouco tempo atrás.

Não é razoável, sequer tem espírito público, aquele que afirma que queria o estádio igual ao que se vê na Europa. São essas pessoas que fazem o Futebol ser menos brasileiro. E às vezes nem se dá conta disso. Há muito de veneno anticorintiano nessa assertiva, e mesmo o Corinthiano que diz uma baboseira dessa está corroído por uma anticorintiania aristocrata.
O Futebol menos popular, mais encaixotado pelo olho que tudo vê da vênus platinada - a emiçôra câncer - é um Futebol cada vez menos Corinthiano.
A ironia é essa; a diretoria atual promove a impopularidade e a aristocratização em nosso próprio cimento. Claro que a diretoria iria rebater com os argumentos do tipo "precisamos arrecadar". Esse argumento tem uma razoabilidade incontestável.
Mas o que é feito com o dinheiro arrecadado? Paga-se salário para encostados ou mesmo para cracas emprestadas a outros clubes - e são apenas exemplos, e não todos os gastos inúteis com o dinheiro que a Fiel gera. E este fato aniquila a razoabilidade do argumento.

Em breve a Arquibancada custará R$ 50. E só uns poucos gritaremos contra isso, pois a estrutura de apoio para que isso aconteça já está montada. A maioria achará que tem o maior cabimento uma estupidez dessa.
O subproduto do ranço dirá que a culpa foi do Corinthians, pois a essa gente restará sempre a Referência.
E o Povo estará exilado do Futebol, exatamente como há cem anos atrás.

Quando essa tragédia real estiver estabelecida, e a Resistência Corinthianista se limitar a alguns bravos Guerreiros, o Ciclo do Corinthianismo estará recomeçando, mas não haverá motivo para comemorar qualquer Glória. Este é um dos cernes da questão toda. O motivo mesmo é que o Povo terá permitido que aquilo que se fez razão de vida pudesse ter se esvaido.
Talvez quando o Povo recobrar a consciência, seja tarde. Mas o máximo que pode ter de acontecer é realizarmos novamente a Revolução Corinthiana Permanente de março de 1913.
Para isso, retornemos à nossa própria História, antes de qualquer coisa. Nunca é demais lembrar a História.

A segunda porta do HC

Se o leitor for usuário dos serviços do Hospital das Clínicas da USP (o famoso HC) e não tiver plano privado de saúde, que se prepare. Se vingar um plano da direção do hospital para melhorar suas contas, o atendimento dos pacientes do SUS pode piorar.

Hoje, 97 em cada grupo de cem pessoas atendidas no HC entram no hospital pela porta do SUS e nada pagam ao hospital. Apenas três são recebidos como pacientes particulares, com atendimento pago por seus convênios.

A ideia é multiplicar por quatro o número dos que entram por essa segunda porta. Ou seja, passar de 3% para 12% a parcela dos clientes pagantes, para aumentar a receita do hospital, um dos melhores do país.

Essa fatia de 3% de pacientes garante hoje ao HC uma receita de R$ 100 milhões por ano. Se o plano der certo, pode passar para R$ 400 milhões --um dinheiro extra muito bem-vindo para o hospital, que sobrevive com recursos totais de R$ 940 milhões anuais.

Parece muita grana, mas não é. Medicina com a qualidade da que é oferecida no HC envolve o trabalho de centenas de especialistas, equipamentos, remédios e materiais caríssimos.

Só com os baixos valores recebidos do SUS, mais o dinheiro que sai do governo estadual, o hospital tem dificuldades para se manter.

O resultado pode ser percebido por qualquer um que buscar o HC: longas filas de espera, macas no corredor, semanas ou meses para marcar consultas e exames.

Não é correto, porém, fazer o coitado que depende do SUS pagar o pato sozinho. Se tiver de esperar ainda mais tempo na fila, vendo o cliente do plano de saúde passar na frente, o povo vai chiar. E com razão.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pagar para ter identidade

A partir de julho, o documento de identidade usado pelos brasileiros há 30 anos, o RG, começará a ser substituído pelo RIC (Registro de Identidade Civil).

O galho é que os brasileiros terão que pagar pelo RIC --que, como o RG, será emitido pelos Estados.

O RIC é um cartão parecido com os dos bancos. Tem um chip eletrônico com os dados do portador (número de registro, digitais, nome e filiação, entre outros). A diferença é que também tem uma foto.

O governo argumenta que será mais difícil alguém fraudar o RIC para se fazer passar por outra pessoa. Outra vantagem é que o cartão poderá ser usado como uma espécie de assinatura digital --ao fechar uma compra ou um contrato pela internet, por exemplo, a pessoa usaria o cartão para provar que é ela, de fato.

A ideia inicial era que o novo cartão armazenasse os números de outros dois documentos: título de eleitor e CPF. Essa proposta, no entanto, acabou abandonada.

Para piorar, o preço do RIC será salgado: calcula-se que poderá custar até R$ 40. O valor talvez baixe para R$ 15, dependendo dos governos estaduais.

Hoje, 15 Estados já cobram pelo RG valores que vão de R$ 5 a R$ 28. Outros 11 fazem o documento de graça, incluindo São Paulo.

O governo diz que o cartão será cobrado porque custa R$ 20, contra R$ 0,01 (um centavo) do RG. Dois milhões de unidades serão distribuídas aos Estados, que, depois, terão de mandar fabricar os próprios cartões.

Chega a ser absurdo cobrar por um documento obrigatório. Sem ele, o cidadão vira um zé-ninguém. A cidadania plena não deveria custar nada às pessoas.

terça-feira, 3 de maio de 2011

E o título pode ser conquistado na Vila

Definidos os locais das partidas finais do Paulistão, sem novidades.

É cá e lá, a primeira no Pacaembu e a segunda, a derradeira, na Vila Belmiro.

Carga de ingressos a definir, o que também não nos reservará grandes novidades.

Clichê muito utilizado, uma final se decide em 180 minutos, mas é recomendável fazer um bom resultado na primeira partida.

A equipe santista vem embalada, bem treinada por Murici, que depois que chegou conseguiu fazer o time sair do marasmo e voltar a jogar bola, aproveitando bem melhor seus talentos.

E o Corinthians, aos trancos e barrancos, mal treinada por Tite, pode conquistar mais um campeonato na base da garra, da raça e da superação individual de cada atleta.

Coisa que não vimos no último jogo, salvo raríssimas exceções e justiça seja feita a Castan,que entre altos e baixos, jogou bem contra o time da Rua Turiassu, agora Estrada das Lágrimas.

E para vencermos este campeonato não existe fórmula mágica.

Marcação forte nos principais elementos santistas, todos sabidos e conhecidos e esperar que uma luz divina ilumine a cabeça do nosso treinador e que ele consiga arrumar uma maneira de encurtar a distância entre Liedson e Bruno Cesar, por exemplo. Um dia, quem sabe um dia, Tite saberá o que fazer com um meia armador.

A sorte está lançada, já curtirmos de montão a vitória contra o que sobrou do Palestra Itália e foco no jogo, foco na final, não vamos mais perder tempo tirando sarro de derrotados.

Vai Corinthians!

Aumento dos ingressos: Povão quem paga

Diretoria do Corinthians aumenta preço dos ingressos na decisão
Apenas os setores de arquibancada e tobogã, os mais populares do Pacaembu, permanecem sem qualquer alteração




A diretoria do Corinthians resolveu aumentar a arrecadação com bilheteria na decisão do Paulistão, que começa a ser disputada no próximo domingo, às 16h, no Pacaembu. Dos cinco principais setores do estádio, três tiveram majoração nos preços: Cadeira especial laranja (de R$ 70 para R$ 100), Numerada (de R$ 100 para R$ 150) e VIP (de R$ 180 para R$ 250).

Os setores mais populares (arquibancadas e tobogã) foram os únicos que não tiveram aumento, ao custo de 30 reais. Valor esse que também será cobrado aos santistas, que ocuparão cerca de dois mil lugares no setor visitante, localizado no portão 22.

Por enquanto, os bilhetes estão disponíveis apenas aos membros do Fiel Torcedor.. Até às 23h59 desta terça-feira, podem comprar os associados que adquiriram no mínimo 27 jogos desde o início do programa. A partir desse horário, a venda será liberada para todos os associados do Fiel Torcedor, sendo encerrada às 23h59 da quarta-feira, 04 de maio.

Na próxima quinta-feira, os ingressos que não forem comprados pelos sócios-torcedores serão vendidos nas bilheterias, que serão divulgadas nas próximas horas.

Em tempo: acordo entre os dois clube prevê divisão de 50% da renda dos dois jogos decisivos.


ARQUIBANCADA, TOBOGÃ E VISITANTE: R$ 30

CADEIRA ESPECIAL LARANJA: R$ 100

NUMERADA: R$ 150

VIP: R$ 250
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CORINTHIANS, SANTOS, INGRESSOS

VAI CORINTHIANS

‘Brasil sem Miséria’

Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em extrema pobreza, diz governo
Programa ‘Brasil sem Miséria’ vai atender, assim, 8,5% da população.
Dilma lançará programa ‘nas próximas semanas’, segundo ministra.
Nathalia Passarinho



A ministra de Desenvolvimento e Combate à Fome, Tereza Campello, anunciou nesta terça-feira (3) que o Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, o que representa 8,5% da população. A identificação de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza foi feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) a pedido do governo federal para orientar o programa “Brasil sem Miséria”, que será lançado, segundo Campello, nas próximas semanas pela presidente Dilma Rousseff.
O objetivo do programa será garantir transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva para resgatar brasileiros da miséria.
“Essa taxa [de 8,5% dos brasileiros em situação de miséria] indica que não estamos falando de uma taxa residual. A taxa de extrema pobreza atinge quase um brasileiro a cada dez”, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, que participou da entrevista coletiva ao lado do presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, e da ministra Tereza Campello.
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De acordo com o IBGE, do contingente de brasileiros que vivem em condições de extrema pobreza, 4,8 milhões tem renda nominal mensal domiciliar igual a zero, e 11,43 milhões tem renda de R$ 1 a R$ 70.
Ainda segundo o levantamento, a grande maioria dos brasileiros em situação de miséria é parda ou negra, tanto na área rural quanto na área urbana.
“Na área urbana, quanto maior é a renda da população maior é o contingente de população branca. Quanto menor a renda maior a população parda e negra. O mesmo acontece na área rural, quanto menor a faixa de renda, maior a proporção de cor negra ou parda”, disse o presidente do IBGE.
Segundo o IBGE, 46,7% das pessoas na linha de extrema pobreza residem em área rural, apesar de apenas 15,6% da população brasileira morar no campo. O restante das pessoas em condição de miséria, 53,3% mora em áreas urbanas, onde reside a maior parte da população - 84,4%.
A região Nordeste concentra a maior parte dos extremamente pobres - 9,61 milhões de pessoas ou 59,1%. Destes, a maior parte (56,4%) vive no campo, enquanto 43,6% estão em áreas urbanas. A região Sudeste tem 2,72 milhões de brasileiros em situação de miséria, seguido pelo Norte, com 2,65 milhões, pelo Sul (715,96 mil), e o Centro Oeste (557,44 mil).
A ministra Tereza Campello afirmou que a pesquisa do IBGE vai ajudar a direcionar as ações do “Brasil sem Miséria”. Segundo ela, o governo será capaz de erradicar quase que por completo a extrema pobreza em quatro anos.
“A ideia é de que estamos fazendo um esforço extraordinário do governo federal, dos governos estaduais e dos municípios para erradicar a extrema pobreza. Não estamos falando de um plano que continuará, mas de uma força tarefa [para erradicar a pobreza em quatro anos]. O plano acaba em quatro anos”, disse a ministra.
Ela explicou que os programas sociais que beneficiam famílias pobres mas com renda superior a R$ 70 continuarão, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
“Continuaremos com as ações de transferência de renda e ações de saúde e educação na faixa dos R$ 70 a R$ 140. Mas quando você vê o grau de fragilidade para os que vivem abaixo dessa faixa, justifica que a gente tenha um olhar especial”, disse, explicando a escolha de dedicar próximo programa do governo aos brasileiros que ganham menos de R$ 70.
Para demilitar os brasileiros que vivem em condição de extrema pobreza, o governo utilizou dados preliminares do Censo Demográfico de 2010. A linha de pobreza foi estabelecida em R$ 70 per capita considerando o rendimento nominal mensal domiciliar.
Desse modo, qualquer pessoa residente em domicílios com rendimento menor ou igual a esse valor é considerada extremamente pobre. Há, no entanto, integrantes de uma família que, apesar de não terem qualquer rendimento, não se encaixam na linha de extrema pobreza.
Para calcular as pessoas sem rendimento que, de fato, se incluem na linha de miséria, o IBGE realizou um recorte que considerou os seguintes critérios: residência sem banheiro ou com uso exclusivo; sem ligação de rede geral de esgoto ou pluvial e sem fossa séptica; em área urbana sem ligação à rede geral de distribuição de água; em área rural sem ligação à rede geral de distribuição de água e sem poço ou nascente na propriedade; sem energia elétrica; com pelo menos um morador de 15 anos ou mais de idade analfabeto; com pelo menos três moradores de até 14 anos de idade; com pelo menos um morador de 65 anos ou mais de idade.

Por abertura, Prefeitura pode bancar ampliação provisória do Itaquerão

A Fifa já aprovou a ampliação provisória do futuro estádio do Corinthians visando a abertura da Copa de 2014. Falta definir quem pagará a conta. E a prefeitura de São Paulo estuda arcar com os gastos.

Na administração municipal, a operação é vista como um investimento para a cidade. E não como um aporte de verba num bem privado. Isso porque a abertura geraria mais receitas para São Paulo. Ao mesmo tempo, a arquibancada provisória seria retirada depois da Copa.

A prefeitura ainda não sabe quanto gastaria. Mas, se assumir a responsabilidade terá também que cuidar da estrutura na área provisória. Serão necessários banheiros e lanchonetes temporários. Estudos sobre as opções de arquibancadas disponíveis no mercado estão sendo feitos pela prefeitura.

Para atender à Fifa, a estrutura não pode ser tubular. Deve ser usado um modelo metálico. Outra exigência é que seja imperceptível a diferença entre a área temporária e a definitiva.

Uma estrutura provisória também foi sugerida pelo São Paulo para transformar o Morumbi em abertura da Copa. Ela levaria o anel intermediário do estádio até perto do gramado. A área inferior, repleta de camarotes, seria anulada durante a Copa.

Na ocasião, porém, a Fifa não aprovou a solução. Alegou que teve experiências negativas com esse tipo de estrutura. Mas na Cidade do Cabo, na Copa da África, uma arquibancada removível foi usada sem problemas. A federação elogiou a iniciativa corintiana. Disse ser melhor do que construir uma arena maior do que o necessário para atender à demanda da cidade.

A morte de Osama Bin Laden

O mundo foi surpreendido no domingo com a notícia bombástica: o terrorista mais procurado do mundo, Osama Bin Laden, foi morto por agentes dos Estados Unidos no Paquistão.

Bin Laden, líder do grupo Al Qaeda, foi quem encomendou o maior atentado já ocorrido em território norte-americano: o choque proposital de dois aviões contra o World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, na cidade de Nova York. Morreram quase 3.000 pessoas.

A morte de Bin Laden, exatamente no ano do décimo aniversário do 11 de Setembro, é uma grande notícia para o presidente dos EUA, Barack Obama.

Obama foi eleito pelo Partido Democrata, que tem fama de ser menos favorável à guerra do que o Partido Republicano do antecessor George W. Bush. O democrata vinha sendo acusado de não ser durão o bastante contra os terroristas. Agora, deu a volta por cima.

Isso deve ajudá-lo um bocado nas eleições presidenciais de 2012. Obama será candidato à reeleição. Sua popularidade deve subir.

Bin Laden já vai tarde. Sob seu comando, ou inspirados por ele, fanáticos mataram milhares de inocentes pelo mundo, e não só nos EUA. Espanha e Reino Unido sofreram atentados sangrentos em trens.

Nos últimos anos, com seu líder caçado por toda parte, a Al Qaeda estava perdendo força. Concentrava seus ataques covardes em países muçulmanos, contra o povo que dizia defender.

É difícil prever se o mundo ficará mais seguro sem Bin Laden. Os terroristas de seu grupo perderam o líder maior e podem tentar vingar-se.

Para nossa sorte, são cada vez mais impopulares no próprio mundo islâmico. Isso deve dificultar ainda mais as suas atividades sanguinárias.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Preferência para o pedestre

Ninguém precisa visitar o Reino Unido para descobrir que o brasileiro pode ser mais educado. O povo britânico é civilizado porque até os motoristas de táxi e ônibus respeitam o próximo. Se eles conseguem, por que nós não?

Lá, ninguém pensa em avançar sobre a faixa de pedestres quando alguém está atravessando a rua. O que talvez nem todo mundo saiba é que no Brasil também há cidades em que predomina a obediência a essa regra básica de educação no trânsito. Até São Paulo já se prepara para seguir o exemplo.

Brasília é uma dessas cidades. Quem já dirigiu na capital federal sabe que está fixado o hábito de diminuir a velocidade e parar quando há pedestres na faixa.

O paulistano nem precisa ir tão longe para encontrar outro bom exemplo. Basta dar uma esticada até Campos de Jordão para verificar que o pedestre, ali, não hesita em atravessar a rua na faixa, porque a maioria dos carros dá a vez para ele passar.

Não é só uma questão de civilidade, mas de cumprir a lei. O Código Brasileiro de Trânsito é claro: onde houver faixa, o pedestre tem prioridade. A regra só não vale onde existir um semáforo. Aí é o transeunte que tem de mostrar educação e aguardar a luz verde.

É bom se acostumar com a ideia. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) anuncia que vai multar quem desobedecer a norma. Avançar sobre a faixa com pedestre na área é infração gravíssima, sujeita a multa de R$ 191,54.

Já não era sem tempo. Muita gente morre atropelada em São Paulo com essa guerra insensata entre motoristas e pedestres: 630 vidas perdidas só em 2010. A carnificina precisa acabar.

domingo, 1 de maio de 2011

"Pacaembu é nosso"

Após vitória, corintianos exaltam torcida, que responde: "Pacaembu é nosso"

O barulho de pouco mais de 2 mil torcedores foi pouco ouvido durante o jogo, mas acabou reconhecido pelo time do Corinthians. Depois de bater o Palmeiras nos pênaltis e avançar à final do Campeonato Paulista, os jogadores alvinegros exaltaram a presença do público no Pacaembu, mesmo que diminuta.

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Palmeiras x Corinthians


Foto 15 de 34 - Dentinho lamenta chance perdida pelo Corinthians no clássico contra o Palmeiras Mais Júnior Lago/UOL
“Clássico é emoção. No Corinthians nada vem fácil. A torcida merece. Deram só 2 mil ingressos para a gente. Mas tem 40 milhões aí fora torcendo. Agora, que venha o Santos”, disse Jorge Henrique. “Foi bem com a cara do Corinthians”, resumiu Liedson.

A polêmica dos ingressos foi um dos atrativos para o clássico deste domingo. Por ter a melhor campanha, o Palmeiras foi o mandante do confronto. Os cartolas alviverdes optaram por jogar no Pacaembu e só cederam 5% dos ingressos para o público rival.

No fim do jogo, que teve mais de 35 mil espectadores, quando os palmeirenses já se retiravam do estádio, os corintianos puderam comemorar: “O Pacaembu é nosso”, gritaram os torcedores. A estatística dá razão aos fãs alvinegros.

O Corinthians não perde um clássico no Pacaembu há 15 jogos. Com o empate deste domingo, são 12 vitórias e três empates. Na final, o time pode até fazer os dois jogos contra o Santos no estádio.

O time da Vila Belmiro tem mandado alguns jogos na capital paulista, e terá a primazia da escolha do local da partida decisiva. Até agora, a diretoria do Santos não se pronunciou se receberá o Corinthians em Santos ou no Pacaembu.

Exagero nas contas de luz

A presidente Dilma Rousseff anuncia que um dos principais objetivos do seu governo é o controle da inflação. É bom, mesmo.

Todo mundo já percebeu no próprio bolso que os preços no comércio, nas contas e no supermercado têm aumentado bastante.

O problema é que, na prática, o próprio governo às vezes dá um empurrãozinho para a inflação. É o caso do reajuste da conta de luz que acaba de ser aprovado.

As empresas responsáveis pela distribuição de energia em muitos Estados pediram licença ao governo Dilma para aumentar a conta dos consumidores.

O órgão responsável por controlar esses pedidos não só autorizou o acréscimo na tarifa como ainda determinou, em vários casos, aumentos acima do que tinham pedido as próprias empresas de energia.

A partir do mês que vem, a conta de luz chegará mais salgada para cerca de 60 milhões de consumidores em todo o país.

Parece não fazer sentido. E não faz mesmo. As agências reguladoras têm como função principal defender os interesses do consumidor.

Só que parecem se preocupar mais com os problemas dos empresários do que com as dificuldades do cidadão comum.

As autoridades não deram explicações satisfatórias para o aumento. O que se sabe é que o próprio governo ajuda a tornar a tarifa de energia uma das mais altas do mundo ao cobrar um monte de impostos na conta de luz.

E, justamente por isso, vai acabar arrecadando um pouco mais de dinheiro com o aumento da conta. Ou seja, governo e empresas vão sair ganhando.

O consumidor, como sempre, vai ter de pagar a conta.