A morte de Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, num estacionamento da USP chocou alunos, professores, funcionários e a população. A principal universidade pública do país não oferece segurança a quem busca aperfeiçoar seus conhecimentos ali, para ajudar o país e progredir na vida.
De nada adiantou Felipe ter comprado um carro blindado. Os bandidos, depois de circular pelo prédio da Faculdade de Economia e Administração, onde ele estudava, seguiram-no até o estacionamento.
Aparentemente, os assaltantes sabiam que o estudante tinha sacado dinheiro de um caixa eletrônico. Felipe levou um tiro na cabeça e morreu ao lado do veículo, por volta das 21h30.
Havia câmeras de vigilância ao lado do estacionamento, mas novas e ainda fora de funcionamento. A área é escura à noite. Só as câmeras de dentro do prédio registraram imagens dos prováveis assassinos.
Diz o velho ditado que, depois de arrombada a porta, põe-se a tranca. O Conselho Gestor da USP agora quer mais policiais militares protegendo a comunidade. Na noite do crime, havia 12 PMs em ronda pela Cidade Universitária, com quatro carros e duas motos. Os mais próximos estavam a 4,5 km do local onde Felipe foi morto.
O preconceito de alguns estudantes, professores e funcionários contra a polícia tem razões históricas. No tempo da ditadura militar, PM no campus era sinal de repressão política, de ameaça à liberdade das pessoas.
Esse tempo passou, em boa hora. Agora a USP precisa dos policiais para que eles façam seu trabalho verdadeiro, que é proteger as pessoas da violência.
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