Quando o assunto é reforma da Previdência, já se sabe: muita polêmica, muito protesto, para resultar em quase nada. O problema é de difícil solução.
A população brasileira está envelhecendo. Por volta de 1950, a média dos recém-nascidos tinha a expectativa de viver pouco mais de 50 anos de idade.
Quem nasce hoje pode contar, pela média, com mais de 70 anos pela frente. Isso significa que o número dos aposentados vai ser maior no futuro, e vai faltar recurso para a Previdência.
O ministro da área, Garibaldi Alves, lançou para discussão algumas propostas de reforma. Uma ideia seria impor uma idade mínima para a aposentadoria, de 63 anos para as mulheres e de 65 anos para os homens. Isso, só para quem estiver entrando no mercado de trabalho quando a lei for aprovada.
Para os que já trabalham, a idade mínima não seria tão alta. O direito à aposentadoria integral estaria garantido quando a soma da idade com o tempo de contribuição for de 85 anos (para as mulheres) e de 95 anos (para os homens).
No Brasil, ainda é grande o número das pessoas que começaram a trabalhar muito cedo, em serviços desgastantes no campo e na cidade. Por isso mesmo é complicado alterar as regras de quem já está se preparando para a aposentadoria.
Para as novas gerações, contudo, a realidade é outra. Passou o tempo em que, com 60 anos, uma pessoa era considerada velha.
Mudou, além disso, a situação da mulher. Em vários países não há mais diferença entre mulheres e homens nas regras para aposentadoria. Também no Brasil a realidade aponta nessa direção.
A mudança pode não ser para já. Mas o debate precisa começar.
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