A reação demorou um pouco, mas veio forte. Com tantas campanhas a favor do aleitamento materno, é um verdadeiro absurdo o que aconteceu no Itaú Cultural, em março passado.
Um segurança impediu a antropóloga Marina Barão, que visitava uma exposição ali, de dar de mamar ao seu filho. O bebê ficou chorando durante uns dez minutos, até providenciarem a chave da sala dos bombeiros, considerado o único lugar adequado para a "realização do ato". Como se fosse coisa vergonhosa ou obscena.
Teriam de proibir então, para começo de conversa, todos os quadros em que aparece a Virgem Maria dando de mamar ao Menino Jesus. Seria uma questão de coerência.
A direção do Itaú Cultural admite o erro e informa que seus funcionários já estão esclarecidos quanto ao fato de que, no Brasil, não é proibido mamar.
A ignorância, entretanto, continua dando provas de robustez e saúde invejável por aqui. A jornalista Kalu Brum, que apoia o aleitamento em público, diz que sua foto dando de mamar ao filho foi retirada da página de relacionamentos Facebook, na internet. Justificativa apresentada pelos censores: conteúdo impróprio.
O resultado de tanto preconceito acabou sendo positivo: organizou-se um movimento pelo aleitamento em locais públicos, com direito a um "mamaço" na avenida Paulista.
O leite materno faz bem para o bebê, tanto é que os pediatras o recomendam exclusivamente até os seis meses de idade. A mãe que amamenta não tem por que se esconder quando faz isso. É básico.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário