A empresa responsável pelos três terminais rodoviários paulistanos, Socicam, não tem pena dos velhinhos. É verdade que não cobra deles o R$ 1,50 de praxe para usar o banheiro nas estações, mas em compensação exige que preencham e assinem um formulário.
Coitado do idoso que estiver muito apertado. Corre o risco de passar vergonha enquanto cumpre a burocracia sanitária. As crianças, que também não pagam, pelo menos escapam de preencher a ficha.
A própria cobrança no uso do sanitário pelo restante das pessoas, aliás, já é para lá de questionável. Segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), alguns juízes já proibiram a exigência de pagamento.
Afinal, quem compra uma passagem de ônibus rodoviário já desembolsa uma taxa de embarque embutida no preço. Ou seja, todos pagam pelo uso do terminal. E alguém pode imaginar uma rodoviária sem banheiros para uso do público?
Não que os sanitários sejam bons, ou limpos --longe disso. A própria expressão "banheiro de rodoviária" já diz tudo: virou sinônimo de mau cheiro e de falta de asseio, em geral.
Parte do público não colabora com a limpeza, é verdade. Ainda há homens ruins de mira, que nem se preocupam em levantar a tampa do vaso. Até mulheres conseguem errar o alvo.
É uma questão de respeito pelo próximo, ou, como se dizia antigamente, de urbanidade. Mas a Socicam deveria dar o exemplo e, além de garantir que haja banheiros limpos e sem filas para todos, parar de exigir dos mais velhos essa formalidade malvada.
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