O sistema de saúde pública em São Paulo dá mostras diariamente de que seu estado é terminal.
No Hospital do Servidor Público Municipal, uma enfermeira chegou ao ponto de ir a uma delegacia e fazer boletim de ocorrência para registrar que faltavam profissionais. Era uma forma de se proteger, afinal, havia apenas ela e uma auxiliar para o pronto-socorro infantil. A possibilidade de alguma coisa ruim acontecer, infelizmente, era bem real.
No Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, o drama era outro. Havia uma fila única para emergências e para pacientes que precisavam de outros serviços.
Assim, quem necessitava ser atendido sem demora, com algum problema mais sério, era obrigado a esperar por até três horas.
As outras pessoas, que queriam apenas autorizações para tratamentos, também sofriam. Poderiam ter atendimento mais ágil se funcionasse melhor a triagem, que separa os tipos de paciente.
O governo, seja federal, estadual ou municipal, sempre tem uma resposta pronta. A situação é culpa de um problema localizado, dizem. Ou a coisa não é bem essa, argumentam as autoridades.
A verdade é que quem precisa recorrer ao sistema público de saúde sofre duas vezes. Uma com a enfermidade, outra para conseguir tratamento.
As principais preocupações de qualquer família são saúde e educação. Com essas duas em ordem, o resto se arranja. A prioridade do governo para essas áreas não pode ficar só na conversa, tem de se traduzir em melhorias concretas à população. Do jeito que está, não há remédio.
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