segunda-feira, 2 de maio de 2011

Preferência para o pedestre

Ninguém precisa visitar o Reino Unido para descobrir que o brasileiro pode ser mais educado. O povo britânico é civilizado porque até os motoristas de táxi e ônibus respeitam o próximo. Se eles conseguem, por que nós não?

Lá, ninguém pensa em avançar sobre a faixa de pedestres quando alguém está atravessando a rua. O que talvez nem todo mundo saiba é que no Brasil também há cidades em que predomina a obediência a essa regra básica de educação no trânsito. Até São Paulo já se prepara para seguir o exemplo.

Brasília é uma dessas cidades. Quem já dirigiu na capital federal sabe que está fixado o hábito de diminuir a velocidade e parar quando há pedestres na faixa.

O paulistano nem precisa ir tão longe para encontrar outro bom exemplo. Basta dar uma esticada até Campos de Jordão para verificar que o pedestre, ali, não hesita em atravessar a rua na faixa, porque a maioria dos carros dá a vez para ele passar.

Não é só uma questão de civilidade, mas de cumprir a lei. O Código Brasileiro de Trânsito é claro: onde houver faixa, o pedestre tem prioridade. A regra só não vale onde existir um semáforo. Aí é o transeunte que tem de mostrar educação e aguardar a luz verde.

É bom se acostumar com a ideia. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) anuncia que vai multar quem desobedecer a norma. Avançar sobre a faixa com pedestre na área é infração gravíssima, sujeita a multa de R$ 191,54.

Já não era sem tempo. Muita gente morre atropelada em São Paulo com essa guerra insensata entre motoristas e pedestres: 630 vidas perdidas só em 2010. A carnificina precisa acabar.

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