quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Após brinde, operários "rivais" falam em vender camisas do Corinthians
Após brinde, operários "rivais" falam em vender camisas do Corinthians
Operários ganharam camisa oficial do Corinthians e tiveram de posar com o brinde para
Os 850 funcionários efetivos que trabalham nas obras do estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, ganharam camisas oficiais do clube nesta quarta-feira, durante festa de confraternização de fim de ano realizada no local. Sem dúvida um bom presente de Natal aos fãs alvinegros, mas e para quem torce para outro time? Soluções como dar de presente ou vender foram as mais ouvidas.
"Vou dar para minha mulher, corintiana fanática", admitiu o carpinteiro Ciro Gomes, 24, que nasceu no Maranhão e é torcedor do Flamengo. "Vou dar para o meu irmão", completou o operário Flávio Luis, 32, santista.
"Vou dar para minha filha dar de presente para o pai dela no Natal", disse Taíse Nascimento, 25 anos, auxiliar administrativo. "O que tem mais é palmeirense e são-paulino, mas não tem nada demais. Aqui a gente veste a camisa (da equipe da obra)", completa ela, torcedora do Palmeiras. Nesta quarta os funcionários tiveram literalmente de vestir o uniforme corintiano para tirar uma foto ao lado do ex-presidente alvinegro, Andrés Sanchez. "Alguns não queriam usar a camisa. Fiquei tirando sarro", divertiu-se o armador Anderson Teixeira, 28 anos, corintiano.
Enquanto formavam fila para receber os brindes, alguns torcedores falavam em voz alta em vender a camisa. Esses, porém, recusavam-se a se identificar. Um são-paulino, por exemplo, até pediu o autógrafo de Andrés - a quem chamou de "humilde" por posar para fotos e assinar a camisa dos trabalhadores - e disse que isso "valorizaria" o preço da camisa na hora de negociá-la.
Mas a festa no canteiro de obras foi mesmo dos corintianos. Jorge Marques, 31 anos, ajudante de produção, levou até uma bandeira do time para provocar os rivais. "É penta!", comemorou, vestindo a camisa toda preta que recebeu - as opções eram modelos oficiais nas cores preta, branca e listrada de branco e bege, todos datando de 2010, ano do centenário do clube, e cedidas pelo Corinthians à construtora Odebrecht.
No início da distribuição, os operários puderam pedir a cor de sua preferência, mas para não se gastar muito tempo aos poucos a escolha foi sendo vetada.
Alguns operários reclamavam que havia apenas uniformes no tamanho G e GG, porém isso não incomodou o sinaleiro Robson Lourenço, 35 anos, que exibiu, orgulhoso, também uma outra camisa a qual já possuía. "Tem o autógrafo de todo mundo que passou por aqui: Ronaldo, Neto, Andrés, Rivellino, Pepe, Coutinho", contou o corintiano, para quem o presente recebido nesta quarta ficou nitidamente um ou dois tamanhos acima do seu.
VAI CORINTHIANS !!!
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