Vinte e dois mortos. Foi esse o saldo do verão em sete pontos da Grande São Paulo nos últimos dois anos. Mas os riscos de tragédia continuam a existir nessas regiões, como mostrou ontem a reportagem do Agora.
Em alguns pontos, só as famílias que tiveram as casas destruídas foram retiradas do local. Vizinhos, também em situação de perigo, continuam lá. Mesmo obras simples, como a contenção de um barranco, deixaram de ser feitas.
A chegada oficial do verão é na semana que vem, e algumas chuvas mais fortes já castigam São Paulo.
Não é difícil imaginar o que pode acontecer nessas áreas quando o aguaceiro começar para valer. Aí vai ser aquele jogo de empurra que já se conhece.
As famílias, com razão, vão acusar a prefeitura do município de não ter feito nada. O poder público vai dizer que alertou sobre os riscos, mas as pessoas não quiseram sair. Todos lamentaremos a perda inútil de vidas.
Não precisava ser assim. A prefeitura deveria ter sido mais eficaz na realização de obras preventivas. E poderia ter oferecido condições que convencessem os moradores a abandonar as regiões mais arriscadas.
Em algumas localidades, a administração municipal não fez nem proposta de pagar auxílio-aluguel.
Ainda há tempo, mesmo que pouco, para melhorar a situação. A triste alternativa, infelizmente, serão novos casos de desespero e morte em famílias com menos condições de se defender.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário