domingo, 11 de dezembro de 2011

A batalha do crack

Estava mesmo na hora de o governo federal lançar um plano para valer de combate ao crack no Brasil.

A estimativa é que 800 mil brasileiros sejam viciados na droga. Se nada for feito, o número tende a aumentar.

O maior exemplo disso talvez seja a cracolândia, que existe no centro de São Paulo há quase duas décadas e não para de aumentar. O problema se espalhou pelo país.

É bom lembrar que Dilma Rousseff havia prometido na campanha um plano contra o crack. Agora, lançou esse pacote, que prevê gastos de R$ 4 bilhões até 2014.

Um dos aspectos positivos do plano é não tratar o crack apenas como problema de polícia. Valoriza também a prevenção e o tratamento clínico dos dependentes.

Os consultórios de rua, que abordam os viciados nos locais de consumo, devem aumentar de 92 para 400 em todo o país. Assim, fica mais fácil que os médicos avaliem o estado dos drogados e tentem convencê-los a tratar o vício.

Também devem ser criadas enfermarias especializadas no SUS e 2.500 novos leitos para usuários de drogas. Os centros de tratamento, que fecham às 18h, passarão a funcionar 24 horas.

É ótimo tratar os doentes, mas isso não basta. Por isso, é boa a ideia de colocar câmeras e fazer mais policiamento nos locais conhecidos de consumo da droga, as cracolândias.

O mais importante, talvez, seja evitar que mais pessoas tombem nesse terrível vício. Por isso, o projeto de treinar 210 mil educadores para atuar na prevenção merece elogio.

O desafio do crack é enorme, e o plano não é garantia de solução. Mas ao menos o problema começa a ser enfrentado para valer.

Nenhum comentário: