O governo de São Paulo decidiu mexer na carga horária das matérias na rede estadual no ensino médio.
Vai acabar com as aulas de reforço para o vestibular e sacrificar algumas disciplinas fundamentais --como história e geografia, no período diurno, e português e matemática, no noturno.
O objetivo é aumentar as aulas de arte, filosofia e sociologia. São, sem dúvida, áreas importantes do conhecimento. Mas a prioridade do ensino médio deve ser outra.
Os resultados da rede pública ainda são sofríveis e as mudanças devem aumentar ainda mais o fosso em relação às particulares.
Dados do Ideb, de 2009, mostram que a média das escolas públicas do ensino médio no Estado de São Paulo é de apenas 3,6, contra 5,3 das particulares.
A melhor escola pública da capital, excluídas as técnicas, fica na 210ª posição, entre cerca de 900 instituições.
Como o governo quer que estudantes que têm conhecimentos rudimentares de português e matemática compreendam adequadamente noções de filosofia e sociologia?
Mais parece que essas aulas vão servir para professores repassarem aos estudantes as suas opiniões ideológicas.
O governo de São Paulo não se cansa de dizer que a educação é sua prioridade.
Pois então deveria concentrar esforços no que realmente importa, como português e matemática, e deixar de lado experimentos que colocam em risco o futuro dos nossos jovens.
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