Mais uma vitória brasileira. No mês passado, Júnior Cigano conquistou o título de peso-pesado no UFC, enchendo de pancada o valentão americano Caín Velasquez.
Para quem gosta de sangue e violência, esse tipo de competição --um vale-tudo que faz luta de boxe parecer uma coisa de mocinha-- é um prato cheio.
Só que as cenas são indigestas demais para serem transmitidas em qualquer horário.
O perigo é uma criança, pegando um telejornal qualquer durante o dia, topar com tanta brutalidade. Ainda mais quando o narrador do evento é do tipo do Galvão Bueno, vibrando emocionado com a sova do brasileiro em cima do rival.
Será que o Brasil, pátria do samba, do Carnaval e do futebol, vai virar a pátria do "Ultimate Fighting Championship"?
Querem programar para o ano que vem, no Morumbi, o maior acontecimento do gênero em toda a história mundial. Setenta mil pessoas verão o sangue correr, à moda dos combates da Roma Antiga.
O Brasil de Neymar e de Gisele Bündchen --para falar em duas celebridades internacionais bem mais simpáticas-- é também o Brasil de Júnior Cigano e Anderson Silva.
Bons esportistas.
Mas não seria errado torcer para que nossa cultura, e nosso jeito de viver a vida, tivesse cada vez menos espaço para a pancada e mais para o charme e para a ginga.
Área em que sempre fomos campeões, com muito orgul
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