terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Adriano completa dez meses de Corinthians debaixo de críticas e com 73 min jogados
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Adriano causou desconfiança quando chegou ao Corinthians pelo histórico de polêmicas, mas poucos imaginariam que daria tanto trabalho e frustração. Desde que foi apresentado no clube, há exatos dez meses, o atacante não tem motivos para comemorar. O período foi marcado por críticas - inclusive do presidente Andrés Sanchez, menos de um jogo completo e apenas um gol.
MOMENTOS DE ADRIANO NO CORINTHIANS
Adriano tem seu melhor momento no Timão com um gol importante para o título ante o Atlético-MG
Adriano chega à delegacia para acareação com mulher que foi baleada no carro do jogador
ADRIANO FICA FORA DO TREINO TÁTICO COM RESERVAS
SHEIK NEGA FALTA DE VONTADE E PROMETE EXTRAVASAR
O talento do atleta, considerado um dos melhores do mundo e apelidado de Imperador na Itália, passou despercebido. Seu único momento de glória foi o gol na vitória sobre o Atlético-MG, na reta final do Brasileirão, que muitos consideram o tento mais importante do pentacampeonato. Isso porque o time estava perdendo praticamente até o fim do jogo e estava bastante ameaçado pelo vice-líder Vasco.
Fora isso, pouco se viu. Foram apenas quatro jogos oficiais e nenhum como titular desde a sua estreia contra o Atlético-GO em 9 de outubro do ano passado. Adriano esteve em campo por apenas 73 minutos: Atlético-GO (11 minutos), Botafogo (27 minutos), Atlético-PR (12 minutos) e Atlético-MG (23 minutos). A única vez que atuou por 45 minutos foi no amistoso contra o Flamengo durante a pré-temporada de 2012.
Agora, ele é mais lembrado pela luta infindável contra a balança. Depois de se recuperar das lesões que o prejudicaram nos primeiros meses no clube, sofreu com o excesso de peso e nunca mais atingiu a forma física ideal. No ano passado, amargou a reserva e ficou fora de vários jogos para fazer um trabalho específico para melhorar seu condicionamento físico.
O ano mudou, e os problemas se repetiram. Mesmo com os elogios da preparação física de que havia engordado pouco após as férias, ainda está longe do exigido por Tite. Não foi sequer relacionado para as três partidas do Paulistão até agora e ficou fora até do treino tático com participação apenas dos reservas na manhã desta segunda-feira,
INÍCIO COM LESÕES E POLÊMICAS
O início de Adriano no Corinthians já não foi animador. O atacante chegou ao clube ainda em fase de recuperação de uma cirurgia no ombro direito, e a expectativa era que fizesse sua estreia no início do Brasileirão. Mas acabou sofrendo uma nova lesão grave no tendão calcâneo em um treino do mês de abril. Precisou ser operado e fez a torcida esperar.
Foi aí que as polêmicas começaram. Ele foi flagrado circulando por um shopping com uma espécie de bengala e calçando uma bota no pé imobilizado apenas uma semana após a cirurgia, sendo que a recomendação médica era que ficasse por duas semanas evitando ao máximo pisar com o pé esquerdo. Além disso, foi acusado de faltar às sessões de fisioterapia.
ADRIANO IGNORA ORDEM E PASSEIA COM PÉ OPERADO
ADRIANO É OPERADO NO TENDÃO DE AQUILES
Os problemas não param por aí. Até no Natal ganhou os holofotes ao parar nas páginas policiais por se envolver em confusão. Uma mulher que estava em seu carro sofreu um acidente e levou um tiro na mão. Adriano teve que se explicar à Polícia.
Se explicou também para a comissão técnica ao faltar a um treino alegando que havia viajado para o aniversário de sua mãe no Rio de Janeiro e não conseguiu voltar a tempo. Tite não perdoou. Excluiu o jogador do amistoso contra a Portuguesa, pediu mais comprometimento e não deu garantias de que ele fará parte da lista de convocados para a Libertadores.
O presidente Andrés Sanchez sabe a bomba que tem nas mãos e já dá sinais de arrependimento pela contratação, “Nego meteu menos o pau [do que quanto trouxe Ronaldo]. Mas hoje ele não tem mais jeito. Investi e deu errado”, disse, em entrevista à revista GQ.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Guerra das cervejas motiva oposição corintiana
Material de campanha de Paulo Garcia à presidência do Corinthians
A oposição corintiana usa a recente guerra das cervejas no Parque São Jorge para conquistar votos. Os associados se rebelaram contra a venda de uma única marca no clube, a Sol, da Femsa, com quem a diretoria firmou contrato. Os opositores abraçaram a causa e outras marcas acabaram sendo liberadas.
O grupo que apoia o candidato Paulo Garcia na eleição de fevereiro trata o episódio como um “case”. Argumenta com os sócios-eleitores que unidos venceram a situação para terem o direito de beber a cerveja que preferem. Sinal de que a mesma união pode derrotar o situacionista Mário Gobbi nas urnas.
A situação desdenha. Alega que se trata de uma nova tentativa da oposição surfar em ações da diretoria, como a construção do CT e as obras do estádio. Ignora a pressão oposicionista pela venda de outras cervejas no clube.
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"Arena do Corinthians ficará pronta antes, promete Andrés"
Na visita oficial do Ministro dos Esportes Aldo Rebelo ao estádio do Corinthians, em Itaquera, o presidente licenciado do clube, Andrés Sanchez prometeu “entregar” a obra antes da data prevista.
“Estou muito animado com o cronograma. A obra está sessenta dias adiantada. Já temos mais de 20% de conclusão”, vibra o dirigente em meio ao barulho de bate-estaca produzido no local.
A previsão inicial para a inauguração do novo estádio corinthiano é dezembro de 2013 mas a expectativa de momento é antecipar a “entrega” para meados do segundo semestre do ano citado.
Os operários da construtura Odebrecht trabalham em três turnos, 24 horas por dia, para agilizar o processo de construção.
Os custos avaliados em 820 milhões de reais devem ficar abaixo deste valor. “Este valor é o custo total mas creio que será menos. É a previsão mesmo com todos os incentivos”, prevê Andrés Sanchez.
O estádio do Corinthians será o palco da abertura da Copa de 2014, no dia 12 de junho, com a presença da anfitriã seleção brasileira de futebol.
A oposição do clube, neste período de eleições para a presidência, já contesta a construção da nova casa do Timão. Uma pena, pois a futura arena será o maior patrimônio imobiliário do Corinthians.
sábado, 28 de janeiro de 2012
Culpar as vítimas
Culpar as vítimas
Era só o que faltava: um diretor da CDHU (órgão estadual de habitação) disse que os culpados pelas falhas encontradas em casas populares construídas pelo governo paulista são os moradores.
"O pessoal veio da favela, não está acostumado a viver em casa", declarou Milton Vieira Leite. E acrescentou que o problema era de "falta de educação".
Reportagens do Agora e da "Folha de S.Paulo" mostraram que muitas casas entregues pela CDHU apresentam defeitos.
Em Franca, por exemplo, a reportagem constatou goteiras, rachaduras, vazamentos, pias soltas, bolor nas paredes e até falta de muros de arrimo. Na avaliação da sapateira Rosimary Cruz de Souza, fizeram casas de barro e nós estamos pagando.
Os problemas não são diferentes em Ribeirão Preto. Vinte das 23 casas da primeira etapa de um conjunto que está sendo erguido na cidade têm rachaduras e infiltrações. E em nenhuma delas as janelas fecham direito.
Será que isso é falta de educação dos moradores ou incompetência da CDHU?
Declarações como essas do funcionário só servem para reforçar as acusações da oposição de que o governo paulista anda de nariz empinado e não gosta de pobres e favelados.
Aliás, o despejo das famílias que viviam na gleba de Pinheirinho, em São José dos Campos, tem dado pano para manga nesse debate.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), percebendo a mancada, classificou a declaração do diretor da CDHU como errada e preconceituosa. Logo depois, a Secretaria de Estado da Habitação anunciou que o funcionário havia deixado o cargo.
Menos mal.
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Viver sem as sacolinhas
A confusão sobre as sacolas plásticas de supermercado pegou fogo. Muita gente está revoltada com a falta dos saquinhos, como se eles fossem um direito adquirido, fundamental. É um exagero.
Para começar, não há lei proibindo o uso das sacolinhas. O que existe é um acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e os governos do município e do Estado de São Paulo para substituir as descartáveis pelas recicláveis, que vão custar R$ 0,19 a unidade.
Apenas as grandes redes aderiram à campanha, mas elas atendem metade dos clientes de supermercados.
No restante do comércio, as sacolinhas continuam liberadas. E quem não quiser pagar pelos saquinhos biodegradáveis pode levar carrinhos, caixas e sacolas de casa para carregar as compras.
Não é fácil mudar de hábito, claro. Com um pouco de boa vontade, no entanto, dá para resolver.
É certo, por outro lado, que a iniciativa vai atrapalhar a vida da indústria dos saquinhos tradicionais.
A cada ano, ela vende quase 13 bilhões de sacolas pelo Brasil, 5,2 bilhões delas só no Estado de São Paulo. São 34 mil empregos diretos e indiretos, segundo o setor.
Em Jundiaí (58 km de SP) e Belo Horizonte (MG), contudo, os fabricantes abandonaram os saquinhos tradicionais pelos biodegradáveis.
O caminho é esse: reorientar a produção, e não ficar dando murro em ponta de faca.
As sacolas descartáveis demoram cem anos para se desfazer. Enquanto não desmancham, poluem os oceanos, rios e lagos.
E elas não foram feitas para pôr lixo na rua, como muitos se acostumaram a fazer. Para isso há sacos mais resistentes e adequados.
Era só o que faltava: um diretor da CDHU (órgão estadual de habitação) disse que os culpados pelas falhas encontradas em casas populares construídas pelo governo paulista são os moradores.
"O pessoal veio da favela, não está acostumado a viver em casa", declarou Milton Vieira Leite. E acrescentou que o problema era de "falta de educação".
Reportagens do Agora e da "Folha de S.Paulo" mostraram que muitas casas entregues pela CDHU apresentam defeitos.
Em Franca, por exemplo, a reportagem constatou goteiras, rachaduras, vazamentos, pias soltas, bolor nas paredes e até falta de muros de arrimo. Na avaliação da sapateira Rosimary Cruz de Souza, fizeram casas de barro e nós estamos pagando.
Os problemas não são diferentes em Ribeirão Preto. Vinte das 23 casas da primeira etapa de um conjunto que está sendo erguido na cidade têm rachaduras e infiltrações. E em nenhuma delas as janelas fecham direito.
Será que isso é falta de educação dos moradores ou incompetência da CDHU?
Declarações como essas do funcionário só servem para reforçar as acusações da oposição de que o governo paulista anda de nariz empinado e não gosta de pobres e favelados.
Aliás, o despejo das famílias que viviam na gleba de Pinheirinho, em São José dos Campos, tem dado pano para manga nesse debate.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), percebendo a mancada, classificou a declaração do diretor da CDHU como errada e preconceituosa. Logo depois, a Secretaria de Estado da Habitação anunciou que o funcionário havia deixado o cargo.
Menos mal.
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Viver sem as sacolinhas
A confusão sobre as sacolas plásticas de supermercado pegou fogo. Muita gente está revoltada com a falta dos saquinhos, como se eles fossem um direito adquirido, fundamental. É um exagero.
Para começar, não há lei proibindo o uso das sacolinhas. O que existe é um acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e os governos do município e do Estado de São Paulo para substituir as descartáveis pelas recicláveis, que vão custar R$ 0,19 a unidade.
Apenas as grandes redes aderiram à campanha, mas elas atendem metade dos clientes de supermercados.
No restante do comércio, as sacolinhas continuam liberadas. E quem não quiser pagar pelos saquinhos biodegradáveis pode levar carrinhos, caixas e sacolas de casa para carregar as compras.
Não é fácil mudar de hábito, claro. Com um pouco de boa vontade, no entanto, dá para resolver.
É certo, por outro lado, que a iniciativa vai atrapalhar a vida da indústria dos saquinhos tradicionais.
A cada ano, ela vende quase 13 bilhões de sacolas pelo Brasil, 5,2 bilhões delas só no Estado de São Paulo. São 34 mil empregos diretos e indiretos, segundo o setor.
Em Jundiaí (58 km de SP) e Belo Horizonte (MG), contudo, os fabricantes abandonaram os saquinhos tradicionais pelos biodegradáveis.
O caminho é esse: reorientar a produção, e não ficar dando murro em ponta de faca.
As sacolas descartáveis demoram cem anos para se desfazer. Enquanto não desmancham, poluem os oceanos, rios e lagos.
E elas não foram feitas para pôr lixo na rua, como muitos se acostumaram a fazer. Para isso há sacos mais resistentes e adequados.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Montadoras enviam ao exterior US$ 5,58 bi faturados no Brasil em 2011
Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, que reúne as montadoras com fábrica no Brasil e que geralmente são entendidas como "nacionais" -- entre elas, Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford: produção cresceu pouco, remessa para ajudar matrizes cresceu muito
A julgar pelos lucros que receberam, as matrizes de diversas montadoras de automóveis não tiveram do que reclamar de suas subsidiárias brasileiras em 2011. Os dados estão fresquinhos, foram divulgados pelo Banco Central na última terça-feira (24): a indústria automotiva no Brasil foi o setor que mais remeteu dinheiro ao exterior no ano passado, à frente até de bancos e empresas de telecomunicações, que ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Não se trata de números frívolos: foram os próprios fabricantes de veículos que registraram junto ao BC remessas de lucros e dividendos no total de US$ 5,58 bilhões, o maior valor de todos os tempos, equivalente a 19% de todas as operações desse tipo no ano no Brasil e 36% superior aos US$ 4,1 bilhões de 2010.
Não por acaso, as remessas recordistas de lucros e dividendos das montadoras instaladas no país aumentaram justamente no momento em que as matrizes mais sofrem nos mercados maduros de Europa e América do Norte, e por isso precisam sustentar seus resultados financeiros com o caixa das subsidiárias em países emergentes. O BC não publica a lista de empresas remetentes de dinheiro nem os valores individuais, muito menos as empresas informam qualquer dado sobre o tema, alegando que só divulgam balanços no exterior -- mas lá também não se encontram os lucros recebidos de cada subsidiária; e assim tudo fica por isso mesmo.
US$ 5,6 bilhões foi o valor total remetido às matrizes pelo setor automotivo em 2011, recorde histórico e maior montante em toda a economia do país
0,7% foi o crescimento da produção de veículos no Brasil em 2011 ante 2010; o total chegou a 3,4 milhões de unidades no ano
36% foi o crescimento dos valores remetidos ao exterior em 2011 ante 2010, apesar do pífio aumento na produção
US$ 1.647 foi o valor enviado ao exterior a cada veículo produzido aqui, independentemente de marca, preço local e destino (Brasil ou exportação)
Nada contra o lucro, tudo contra esconder esses números como se fosse coisa ilegal. Não é. Contudo, é no mínimo desconfortável, tendo em vista que as montadoras, em maior ou menor grau, estão alinhadas ao discurso da falta de competitividade brasileira, que torna difícil a vida por aqui, e que por isso precisaria ser compensada com generosos incentivos fiscais e financiamento público de investimentos. Os dividendos remetidos mostram que a vida no Brasil pode ser complicada, mas também pode ser altamente lucrativa.
CONCEITO ALOPRADO
É fato que existem problemas de competitividade. Por isso mesmo é surpreendente que, em ambiente tão adverso como pintam as montadoras, as remessas de lucros e dividendos tenham aumentado tanto.
Vale destacar que esses resultados foram conseguidos, em sua maioria, com a venda de carros que têm graus de sofisticação e conforto bastante inferiores em comparação com os modelos fabricados nos países de origem das empresas instaladas aqui, porque no Brasil o poder aquisitivo dos consumidores também é menor -- ainda que esteja em ascensão. Em tese, são produtos menos rentáveis, que -- para piorar -- no Brasil recebem uma das maiores cargas tributárias do mundo para competir com a margem de lucro.
Cabe ressaltar, também, que a produção das fábricas brasileiras de veículos avançou muito pouco em 2011, apenas 0,7% sobre 2010 -- ou seja, produziu-se quase o mesmo e, ainda assim, foi possível remeter muito mais lucro: US$ 1,5 bilhão a mais do que no exercício anterior.
Portanto, temos no Brasil um caso inusitado, digno de estudos acadêmicos ainda a serem feitos: fabricantes de veículos dizem enfrentar aqui custos altos de toda natureza, fazem produtos considerados de baixa rentabilidade, com alta incidência de impostos, a produção não avança -- e, ainda assim, remetem lucros bilionários às matrizes.
Além disso, ainda sobra algum para prometer investimentos combinados que já passam de US$ 26 bilhões nos próximos cinco anos, considerando somente os anúncios feitos até dezembro passado. Só lucros generosos -- e financiamentos públicos idem -- podem justificar a aplicação de tamanha fortuna para fazer no Brasil novos produtos e aumentar a capacidade de 18 fábricas de carros e nove de caminhões, além da construção de oito novas plantas de automóveis e seis de veículos comerciais pesados, elevando o número total de unidades de produção das atuais 24 para 38, com capacidade para fazer 6,5 milhões de unidades por ano a partir de 2015.
Por mais aloprado que o conceito pareça, é preciso reconhecer que "Custo Brasil" e "Lucro Brasil" são como irmãos siameses: andam grudados, um puxando o outro, mas sempre na mesma direção: para cima, no preço dos carros, relativamente altos em relação ao que oferecem.
BOM EXEMPLO
O Brasil tem, sim, problemas de competitividade a enfrentar, mas por certo o lucro não está entre eles. Portanto, não há nenhuma justificativa para aumentá-los por meio das medidas de incentivo ao setor automotivo nacional (ou seria transnacional?), que estão em gestação no governo e podem ser anunciadas em fevereiro.
Muito pelo contrário: assim como o país deveria reduzir impostos sobre veículos, as montadoras deveriam dar o bom exemplo de diminuir lucros e incluir mais qualidade tecnológica nos modelos produzidos aqui.
A julgar pelos lucros que receberam, as matrizes de diversas montadoras de automóveis não tiveram do que reclamar de suas subsidiárias brasileiras em 2011. Os dados estão fresquinhos, foram divulgados pelo Banco Central na última terça-feira (24): a indústria automotiva no Brasil foi o setor que mais remeteu dinheiro ao exterior no ano passado, à frente até de bancos e empresas de telecomunicações, que ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Não se trata de números frívolos: foram os próprios fabricantes de veículos que registraram junto ao BC remessas de lucros e dividendos no total de US$ 5,58 bilhões, o maior valor de todos os tempos, equivalente a 19% de todas as operações desse tipo no ano no Brasil e 36% superior aos US$ 4,1 bilhões de 2010.
Não por acaso, as remessas recordistas de lucros e dividendos das montadoras instaladas no país aumentaram justamente no momento em que as matrizes mais sofrem nos mercados maduros de Europa e América do Norte, e por isso precisam sustentar seus resultados financeiros com o caixa das subsidiárias em países emergentes. O BC não publica a lista de empresas remetentes de dinheiro nem os valores individuais, muito menos as empresas informam qualquer dado sobre o tema, alegando que só divulgam balanços no exterior -- mas lá também não se encontram os lucros recebidos de cada subsidiária; e assim tudo fica por isso mesmo.
US$ 5,6 bilhões foi o valor total remetido às matrizes pelo setor automotivo em 2011, recorde histórico e maior montante em toda a economia do país
0,7% foi o crescimento da produção de veículos no Brasil em 2011 ante 2010; o total chegou a 3,4 milhões de unidades no ano
36% foi o crescimento dos valores remetidos ao exterior em 2011 ante 2010, apesar do pífio aumento na produção
US$ 1.647 foi o valor enviado ao exterior a cada veículo produzido aqui, independentemente de marca, preço local e destino (Brasil ou exportação)
Nada contra o lucro, tudo contra esconder esses números como se fosse coisa ilegal. Não é. Contudo, é no mínimo desconfortável, tendo em vista que as montadoras, em maior ou menor grau, estão alinhadas ao discurso da falta de competitividade brasileira, que torna difícil a vida por aqui, e que por isso precisaria ser compensada com generosos incentivos fiscais e financiamento público de investimentos. Os dividendos remetidos mostram que a vida no Brasil pode ser complicada, mas também pode ser altamente lucrativa.
CONCEITO ALOPRADO
É fato que existem problemas de competitividade. Por isso mesmo é surpreendente que, em ambiente tão adverso como pintam as montadoras, as remessas de lucros e dividendos tenham aumentado tanto.
Vale destacar que esses resultados foram conseguidos, em sua maioria, com a venda de carros que têm graus de sofisticação e conforto bastante inferiores em comparação com os modelos fabricados nos países de origem das empresas instaladas aqui, porque no Brasil o poder aquisitivo dos consumidores também é menor -- ainda que esteja em ascensão. Em tese, são produtos menos rentáveis, que -- para piorar -- no Brasil recebem uma das maiores cargas tributárias do mundo para competir com a margem de lucro.
Cabe ressaltar, também, que a produção das fábricas brasileiras de veículos avançou muito pouco em 2011, apenas 0,7% sobre 2010 -- ou seja, produziu-se quase o mesmo e, ainda assim, foi possível remeter muito mais lucro: US$ 1,5 bilhão a mais do que no exercício anterior.
Portanto, temos no Brasil um caso inusitado, digno de estudos acadêmicos ainda a serem feitos: fabricantes de veículos dizem enfrentar aqui custos altos de toda natureza, fazem produtos considerados de baixa rentabilidade, com alta incidência de impostos, a produção não avança -- e, ainda assim, remetem lucros bilionários às matrizes.
Além disso, ainda sobra algum para prometer investimentos combinados que já passam de US$ 26 bilhões nos próximos cinco anos, considerando somente os anúncios feitos até dezembro passado. Só lucros generosos -- e financiamentos públicos idem -- podem justificar a aplicação de tamanha fortuna para fazer no Brasil novos produtos e aumentar a capacidade de 18 fábricas de carros e nove de caminhões, além da construção de oito novas plantas de automóveis e seis de veículos comerciais pesados, elevando o número total de unidades de produção das atuais 24 para 38, com capacidade para fazer 6,5 milhões de unidades por ano a partir de 2015.
Por mais aloprado que o conceito pareça, é preciso reconhecer que "Custo Brasil" e "Lucro Brasil" são como irmãos siameses: andam grudados, um puxando o outro, mas sempre na mesma direção: para cima, no preço dos carros, relativamente altos em relação ao que oferecem.
BOM EXEMPLO
O Brasil tem, sim, problemas de competitividade a enfrentar, mas por certo o lucro não está entre eles. Portanto, não há nenhuma justificativa para aumentá-los por meio das medidas de incentivo ao setor automotivo nacional (ou seria transnacional?), que estão em gestação no governo e podem ser anunciadas em fevereiro.
Muito pelo contrário: assim como o país deveria reduzir impostos sobre veículos, as montadoras deveriam dar o bom exemplo de diminuir lucros e incluir mais qualidade tecnológica nos modelos produzidos aqui.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Velho politico ladrão de medalhas ex Governador e torcedor dos bambis
A justificativa da Federação Paulista de Futebol para a medalha colocada no bolso pelo ex-governador paulista José Maria Marin não convenceu nem dirigentes dos clubes de São Paulo.
A entidade alegou que foi um presente para o vice da CBF, responsável por substituir Ricardo Teixeira em suas licenças. E afirmou que é normal presentear cartolas com medalhas ao final de competições.
Mas a cartolagem paulista nega essa prática. Só dirigentes do time campeão das competições promovidas pela FPF costumam ganhar medalhas. E de maneira oficial, com o prêmio sendo colocado no pescoço, como acontece com os jogadores. Quem já assistiu à festa de encerramento do Paulistão viu cartolas de clubes vencedores sendo homenageados assim.
Nada a ver com a cena protagonizada por Marin, que meteu uma medalha no bolso durante a premiação do Corinthians na Copa São Paulo. O blog enviou por e-mail perguntas ao presidente da federação, Marco Polo Del Nero, por meio de sua assessoria de imprensa, na tentativa de esclarecer o assunto. Mas as respostas foram nada esclarecedoras. Confira:
Pode listar nomes de dirigentes agraciados com medalhas do campeão em competições recentes da FPF, como o último Campeonato Paulista e a Copa São Paulo do ano passado?
Vários dirigentes já foram agraciados com medalhas de campeão.
Normalmente, nos eventos da Federação, dirigentes que recebem medalhas são os do time campeão e elas sempre são entregues oficialmente, sendo colocadas no pescoço do agraciado, como é feito com os jogadores. Por qual motivo foi diferente com José Maria Marin [que não é diretor do Corinthians e nem torce para o clube]?
Por nenhum motivo especial.
Na Copa São Paulo do ano passado, a delegação do Flamengo reclamou de falta de medalhas. Qual a explicação?
As medalhas faltantes foram enviadas a diretoria do Flamengo.
Tags: Federação Paulista, José Maria Marin
COMENTÁRIOS 4
Paléstora
O que político no Brasil sabe fazer?Ele so fez aquilo que ele é ensinado a fazer, e o que el faz ha tantos e tantos anos, para ele foi algo natural de seu cotidiano.
cade o remedio ?
esse dirigentinho sãopaulino levou esta medalha porque sabe que nunca vai ganhar uma de honra ao mérito por honestidade.
Chandon
Uma imagem vale mil palavras, mas filmar o vice da CBF, ex-governador de São Paulo roubando medalhinha de garoto do futebol ..... não tem preço! Parabens a Band por este furo!
A entidade alegou que foi um presente para o vice da CBF, responsável por substituir Ricardo Teixeira em suas licenças. E afirmou que é normal presentear cartolas com medalhas ao final de competições.
Mas a cartolagem paulista nega essa prática. Só dirigentes do time campeão das competições promovidas pela FPF costumam ganhar medalhas. E de maneira oficial, com o prêmio sendo colocado no pescoço, como acontece com os jogadores. Quem já assistiu à festa de encerramento do Paulistão viu cartolas de clubes vencedores sendo homenageados assim.
Nada a ver com a cena protagonizada por Marin, que meteu uma medalha no bolso durante a premiação do Corinthians na Copa São Paulo. O blog enviou por e-mail perguntas ao presidente da federação, Marco Polo Del Nero, por meio de sua assessoria de imprensa, na tentativa de esclarecer o assunto. Mas as respostas foram nada esclarecedoras. Confira:
Pode listar nomes de dirigentes agraciados com medalhas do campeão em competições recentes da FPF, como o último Campeonato Paulista e a Copa São Paulo do ano passado?
Vários dirigentes já foram agraciados com medalhas de campeão.
Normalmente, nos eventos da Federação, dirigentes que recebem medalhas são os do time campeão e elas sempre são entregues oficialmente, sendo colocadas no pescoço do agraciado, como é feito com os jogadores. Por qual motivo foi diferente com José Maria Marin [que não é diretor do Corinthians e nem torce para o clube]?
Por nenhum motivo especial.
Na Copa São Paulo do ano passado, a delegação do Flamengo reclamou de falta de medalhas. Qual a explicação?
As medalhas faltantes foram enviadas a diretoria do Flamengo.
Tags: Federação Paulista, José Maria Marin
COMENTÁRIOS 4
Paléstora
O que político no Brasil sabe fazer?Ele so fez aquilo que ele é ensinado a fazer, e o que el faz ha tantos e tantos anos, para ele foi algo natural de seu cotidiano.
cade o remedio ?
esse dirigentinho sãopaulino levou esta medalha porque sabe que nunca vai ganhar uma de honra ao mérito por honestidade.
Chandon
Uma imagem vale mil palavras, mas filmar o vice da CBF, ex-governador de São Paulo roubando medalhinha de garoto do futebol ..... não tem preço! Parabens a Band por este furo!
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
A verdade vem atona sobre Adriano
Andrés irrita conselheiros ao dizer para revista que mentiu ao Conselho sobre estádio; também disse que Adriano não tem mais jeito
A edição de janeiro da revista masculina GQ gerou revolta entre conselheiros do Corinthians. À publicação, Andrés Sanchez revelou uma mentira dita por ele ao Conselho Deliberativo para evitar que o órgão aprovasse o projeto de um estádio, antes da ideia do Itaquerão. Ele também admitiu jogar pôquer com jogadores e que Adriano não tem mais jeito.
“Um blefe meu foi quando teve um projeto de estádio e falei que não podia ser aquele porque existia um melhor. E não tinha nenhum outro, mas tive de convencer o Conselho a esperar. Esse foi o maior risco que corri. Ter um estádio na mão, não interessando se era caro ou barato e negá-lo”, declarou. Só depois veio o projeto do Itaquerão. A oposição já usa a declaração na batalha eleitoral.
O dirigente, campeão brasileiro, também alimentou o arsenal dos opositores ao dizer que “você pode roubar, fazer tudo errado, só cagada, mas, se for campeão vira herói.”
O presidente licenciado acabou dando razão a quem critica o cartola por contratar Adriano: “Nego meteu menos o pau [do que quanto trouxe Ronaldo]. Mas hoje ele não tem mais jeito. Investi e deu errado.”
Na entrevista, Andrés admitiu participar de noitadas de pôquer com jogadores. Curiosamente, no dia 31 de agosto do ano passado, ele assinou uma nota no site oficial do Corinthians afirmando que não tem o hábito de jogar pôquer. Rebatia um post deste blog que nem o citava como jogador.
“Mas essa história [pôquer na concentração] veio porque nós _ um grupo de jogadores, amigos e pessoas que não eram nem do Corinthians _ fazíamos uma reunião quinzenal na casa de um. A gente costuma pedir pizza e jogar pôquer a mil reais. Quem perdesse mais perdia mil reais”, disse ao negar o hábito dos corintianos de jogar cartas na concentração.
A edição de janeiro da revista masculina GQ gerou revolta entre conselheiros do Corinthians. À publicação, Andrés Sanchez revelou uma mentira dita por ele ao Conselho Deliberativo para evitar que o órgão aprovasse o projeto de um estádio, antes da ideia do Itaquerão. Ele também admitiu jogar pôquer com jogadores e que Adriano não tem mais jeito.
“Um blefe meu foi quando teve um projeto de estádio e falei que não podia ser aquele porque existia um melhor. E não tinha nenhum outro, mas tive de convencer o Conselho a esperar. Esse foi o maior risco que corri. Ter um estádio na mão, não interessando se era caro ou barato e negá-lo”, declarou. Só depois veio o projeto do Itaquerão. A oposição já usa a declaração na batalha eleitoral.
O dirigente, campeão brasileiro, também alimentou o arsenal dos opositores ao dizer que “você pode roubar, fazer tudo errado, só cagada, mas, se for campeão vira herói.”
O presidente licenciado acabou dando razão a quem critica o cartola por contratar Adriano: “Nego meteu menos o pau [do que quanto trouxe Ronaldo]. Mas hoje ele não tem mais jeito. Investi e deu errado.”
Na entrevista, Andrés admitiu participar de noitadas de pôquer com jogadores. Curiosamente, no dia 31 de agosto do ano passado, ele assinou uma nota no site oficial do Corinthians afirmando que não tem o hábito de jogar pôquer. Rebatia um post deste blog que nem o citava como jogador.
“Mas essa história [pôquer na concentração] veio porque nós _ um grupo de jogadores, amigos e pessoas que não eram nem do Corinthians _ fazíamos uma reunião quinzenal na casa de um. A gente costuma pedir pizza e jogar pôquer a mil reais. Quem perdesse mais perdia mil reais”, disse ao negar o hábito dos corintianos de jogar cartas na concentração.
Corinthians conquista Copa São Paulo pela oitava vez
Gols de Antônio Carlos no segundo tempo garantem mais um título para o Corinthians na Copinha
No aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo, a festa foi do Corinthians. Com uma virada heróica, os meninos comandados pelo técnico Narciso fizeram a alegria dos mais de 37 presentes ao estádio do Pacaembu. A vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, com dois gols do zagueiro Antônio Carlos, trouxe o oitavo título da Copinha para o Parque São Jorge, após uma campanha irretocável.
O jogo foi bastante equilibrado, tendo um primeiro tempo com a tentativa de domínio corintiano, mas com um Fluminense bastante perigoso em suas descidas ao ataque. Mas os gols não saíam. No início da segunda etapa, logo aos 3 minutos, a torcida corintiana tomou um susto: Michael abriu o placar para o clube do Rio, após falha da defesa paulista, que não cortou o cruzamento. 1 a 0.
A reação corintiana demorou mais de 15 minutos. Apenas aos 20 Antônio Carlos aproveitou a bola vinda do escanteio para empatar. Aos 43, em outro escanteio, novamente Antônio Carlos mandou para as redes e fez a alegria do treinador Narciso e da torcida.
A expectativa por um jogo movimentado ofensivamente foi correspondida nos primeiros minutos de bola rolando no Pacaembu. Pelo Fluminense o atacante Marcos Júnior levou perigo ao gol adversário em chute de dentro da área, mas Matheus Caldeira saiu bem e evitou a abertura do placar. Logo em seguida o Corinthians respondeu em boa jogada pela direita do lateral Cristiano, que bateu forte e obrigou Silézio a mandar a bola para a linha de fundo.
Enquanto o Corinthians tinha mais posse de bola, o Fluminense era mais efetivo e levava perigo com Marcos Júnior. O atacante cabeceou bem por cima do gol corintiano aos 21 minutos e, pouco depois, teve nova chance para marcar quando saiu cara a cara com o goleiro Matheus Caldeira, mas bateu para fora.
O Corinthians seguiu com dificuldades para penetrar na zaga do Fluminense, e só voltou a assustar o time adversário em jogada de Leonardo, que driblou dois marcadores pelo lado esquerdo da área e bateu perto da meta de Silézio. Nos minutos finais da primeira etapa os dois times caíram de rendimento e acabaram indo para os vestiários com o placar zerado.
Na volta para o segundo tempo o Fluminense conseguiu abrir o placar logo aos três minutos. Melhor jogador da equipe carioca na partida, Marcos Júnior fez boa jogada pela direita e cruzou para a pequena área. Tentando evitar o gol, Matheus Caldeira saiu mal e perdeu dividida com o atacante Michael, que só empurrou a bola para o fundo das redes.
Após quase ampliar o placar em cabeçada de Fabinho, o Fluminense recuou e deu espaço para o Corinthians pressionar. Mesmo assim, a equipe carioca seguiu tendo os contra-ataques à disposição e quase ampliou a vantagem após cruzamento de Marcos Júnio que Marquinhos tirou dos pés de Fernando.
Pouco depois o Corinthians balançou o Pacaembu com o gol de empate. Após cobrança de escanteio, o zagueiro e capitão Antônio Carlos subiu mais que a zaga do Fluminense e cabeceou firme para deixar tudo igual no marcador.
Quando parecia que o título seria decidido nos pênaltis, o Corinthians virou o placar com um gol muito parecido com o primeiro. Em cobrança de escanteio do lado oposto, Antônio Carlos subiu alto mais uma vez e cabeceou para o fundo do gol, se tornando o herói da oitava conquista da Copa São Paulo pelo Corinthians.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 x 1 FLUMINENSE
Local: Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), em São Paulo (SP)
Data: 25 de janeiro de 2012, quarta-feira
Horário: 10 horas (de Brasília)
Cartões amarelos: Anderson e Gomes (Corinthians); Willian, Silézio e Fabinho (Fluminense)
Gols:
CORINTHIANS: Antônio Carlos, aos 21 e aos 43 minutos do segundo tempo
FLUMINENSE: Michael, aos três minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Matheus Caldeira (Ravi); Cristiano (Leandro), Antônio Carlos, Marquinhos e Denner; Anderson, Gomes, Giovanni (Wesley) e Matheuzinho; Douglas e Leonardo
Técnico: Narciso
FLUMINENSE: Silézio; Fabinho, Wellington Carvalho, Léo Lelis e Ronan; Higor, Willian, Rafinha e Eduardo (Fernando); Michael (Igor Julião) e Marcos Júnio
Técnico: Marcelo Veiga
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Corinthians de Arena de São Paulo e clube pede o fim do "Itaquerão"
Fifa batiza estádio do Corinthians de Arena de São Paulo e clube pede o fim do "Itaquerão"
Enquanto o estádio do Corinthians não tem um nome oficial, já que o clube negocia com empresas a venda do ‘naming rights’, a Fifa batizou o local de “Arena de São Paulo”.
O diretor de marketing do clube alvinegro, Luis Paulo Rosenberg, afirmou que não há pressa para definir quem comprará o direito de nomear o estádio. O cartola pediu para que o termo Itaquerão não seja utilizado.
O estádio Itaquerão teve suas obras iniciadas nesta segunda-feira com os trabalhos de terraplanagem no terreno onde está programada a sede de São Paulo na Copa do Mundo de 2014 e que pertence ao Corinthians Gustavo Franceschini/UOL
“A cada semana que passa, aquilo ganha cara de estádio. Quero vender uma realidade e não um sonho. Contatos têm sido feitos e existe um apelo enorme. Vamos usar o naming rights para pagar o nosso financiamento, que tem três anos de carência”, informou Rosenberg.
O financiamento ao qual se referiu é o do BNDES, que ainda não foi assinado. Após isso acontecer, o Corinthians começa a pagar três anos depois, ou seja, a partir de 2015.
Ao ser questionado se o termo Itaquerão pode prejudicar a venda do naming rights, Rosenberg respondeu: “Não acho que atrapalha, acho que agride, demonstra desprezo, irrita, agrada outras torcidas. Tenho certeza que vamos prestigiar quem comprar essa propriedade.”
A Fifa lançou em seu site oficial, na semana passada, uma página com informações sobre as sedes do Mundial de 2014. Segundo a entidade, a “Arena de São Paulo” terá um investimento total previsto de R$ 820 milhões e capacidade para 65.807 espectadores, dos quais 20 mil temporários.
Remédios mais baratos
O governo federal vive baixando imposto de automóvel e geladeira para tentar aumentar as vendas. Agora decidiu ampliar a lista dos medicamentos que são beneficiados com corte de tributos. Boa notícia.
Cerca de 350 novos remédios ficarão livres da cobrança de PIS e Cofins. Isso pode baixar os preços em até 12%.
Os medicamentos selecionados são em geral de uso contínuo, para o tratamento de câncer, hipertensão, diabetes e osteoporose, além de antibióticos, antialérgicos, contraceptivos e redutores de colesterol, entre outros.
Não há dúvida que o desconto de 12% vai ajudar. Mas não basta.
Pessoas idosas, as que mais precisam se medicar, vivem um drama: em geral ganham menos do que ganhavam na juventude. E gastam mais com saúde.
É o plano que fica mais caro, e são os remédios que vão aumentando de quantidade, e encarecendo a vida.
O sistema de saúde pública procura ajudar, mas nem sempre consegue. Há remédios caríssimos, para doenças como hepatite C, por exemplo, que são até fornecidos de graça.
A iniciativa é elogiável, mas dependendo da cidade e da região, nem sempre tem o que o paciente precisa.
O que falta na saúde brasileira, antes de mais nada, é melhorar a administração. Usar melhor o que já se tem. Não desperdiçar, planejar bem a prevenção, contratar e distribuir a mão de obra de maneira inteligente.
É claro que mais recursos também são necessários, mas o país ainda é pobre, não há dinheiro para tudo que precisa. Nesse quadro, se a gestão for boa, já vai melhorar muito.
Cerca de 350 novos remédios ficarão livres da cobrança de PIS e Cofins. Isso pode baixar os preços em até 12%.
Os medicamentos selecionados são em geral de uso contínuo, para o tratamento de câncer, hipertensão, diabetes e osteoporose, além de antibióticos, antialérgicos, contraceptivos e redutores de colesterol, entre outros.
Não há dúvida que o desconto de 12% vai ajudar. Mas não basta.
Pessoas idosas, as que mais precisam se medicar, vivem um drama: em geral ganham menos do que ganhavam na juventude. E gastam mais com saúde.
É o plano que fica mais caro, e são os remédios que vão aumentando de quantidade, e encarecendo a vida.
O sistema de saúde pública procura ajudar, mas nem sempre consegue. Há remédios caríssimos, para doenças como hepatite C, por exemplo, que são até fornecidos de graça.
A iniciativa é elogiável, mas dependendo da cidade e da região, nem sempre tem o que o paciente precisa.
O que falta na saúde brasileira, antes de mais nada, é melhorar a administração. Usar melhor o que já se tem. Não desperdiçar, planejar bem a prevenção, contratar e distribuir a mão de obra de maneira inteligente.
É claro que mais recursos também são necessários, mas o país ainda é pobre, não há dinheiro para tudo que precisa. Nesse quadro, se a gestão for boa, já vai melhorar muito.
domingo, 22 de janeiro de 2012
A Justiça perde por esperar
A imagem da Justiça no Brasil vem melhorando, mas ainda tem muito chão pela frente. Uma das coisas que mais revolta as pessoas é a demora para julgar casos de assassinato.
Veja só o que aconteceu com a chacina da deputada alagoana Ceci Cunha e três familiares. O julgamento demorou 13 anos para acontecer, e só saiu quando o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) entrou na parada e brecou a sucessão de recursos que estavam adiando a realização do júri.
O ex-deputado Talvane Albuquerque Neto, suplente de Ceci Cunha acusado de mandar matá-la para ficar com seu mandato, foi condenado a 103 anos de prisão.
Os condenados como seus comparsas, juntos, pegaram outros 323 anos de cadeia.
Quem vê o tamanho das penas fica com a impressão de que se fez muita Justiça, ainda que tardia. Não é bem assim, infelizmente.
Pela lei brasileira, ninguém pode ficar preso por mais de 30 anos. Com bom comportamento, pode sair livre em 15 anos por ironia, quase o mesmo tempo que o julgamento demorou para acontecer. Isso se a defesa não conseguir anular a condenação, o que os advogados de Talvane Albuquerque já estão tentando.
É um direito dele, claro. O que não está direito são as muitas brechas deixadas pela lei para adiar julgamentos de crimes tão graves.
Todo mundo é inocente até ser julgado em definitivo, mas esse princípio importante não pode servir para manter assassinos anos e anos em liberdade.
Quando isso acontece, o que não é raro, as pessoas perdem um pouquinho mais da fé nos tribunais. Algumas até começam a desejar a morte de supostos bandidos sem julgamento, o oposto da própria ideia de Justiça.
Veja só o que aconteceu com a chacina da deputada alagoana Ceci Cunha e três familiares. O julgamento demorou 13 anos para acontecer, e só saiu quando o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) entrou na parada e brecou a sucessão de recursos que estavam adiando a realização do júri.
O ex-deputado Talvane Albuquerque Neto, suplente de Ceci Cunha acusado de mandar matá-la para ficar com seu mandato, foi condenado a 103 anos de prisão.
Os condenados como seus comparsas, juntos, pegaram outros 323 anos de cadeia.
Quem vê o tamanho das penas fica com a impressão de que se fez muita Justiça, ainda que tardia. Não é bem assim, infelizmente.
Pela lei brasileira, ninguém pode ficar preso por mais de 30 anos. Com bom comportamento, pode sair livre em 15 anos por ironia, quase o mesmo tempo que o julgamento demorou para acontecer. Isso se a defesa não conseguir anular a condenação, o que os advogados de Talvane Albuquerque já estão tentando.
É um direito dele, claro. O que não está direito são as muitas brechas deixadas pela lei para adiar julgamentos de crimes tão graves.
Todo mundo é inocente até ser julgado em definitivo, mas esse princípio importante não pode servir para manter assassinos anos e anos em liberdade.
Quando isso acontece, o que não é raro, as pessoas perdem um pouquinho mais da fé nos tribunais. Algumas até começam a desejar a morte de supostos bandidos sem julgamento, o oposto da própria ideia de Justiça.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Mente sem Limites- A Pílula da Inteligência
A busca de medicamentos capazes de expandir o limite intelectual do homem já está em fase de pesquisa e desenvolvimento. Essas drogas mostram alguns efeitos sobre o sono, a memória e o estado emocional dos participantes. Especialistas no mundo inteiro estão discutindo os limites dessas drogas e as repercussões biológicas e sociais decorrentes de suas outras possíveis indicações além das já conhecidas atualmente. Os principais candidatos , até o momento, são o metilfenidato( ritalina), a modafinila( stavigile) e o donepezil( Eranz).
O futuro já começou e muitas indústrias farmacêuticas estão investindo na pesquisa de outras classes medicamentosas com potencial de aprimoramento cognitivo. Ainda não se dispõem de dados suficientes para garantir a sua segurança e eficácia em usuários saudáveis, principalmente a longo prazo. Entre as novas classes estão: os Ativadores do receptor nicotínico de acetilcolina, que elevam os níveis do neurotransmissor acetilcolina nas conexões sinápticas pelo estímulo direto ou por agonismo substitutivo. A acetilcolina é o neurotransmissor envolvido na transmissão do impulsos nervosos musculares, na regulação do sistema nervoso autônomo parassimpático e , em nível cerebral, na memória.
O outro grupo são os das Ampaquinas, que atuam em receptores AMPA, que estimulam a transmissão elétrica do principal neurotransmissor excitatório cerebral, o glutamato, envolvido em consolidação de memórias de longa duração.
O outro grupo são dos Inibidores da fosfodiesterase(FDE), que permite a ativação prolongada de moléculas intracelulares, como a AMPC cíclico, um mediador de respostas moleculares, principalmente uma proteína chamada CREB, também importante na consolidação de memórias de longa duração.
O outro grupo são dos Anti-histamínicos, que bloqueiam um receptor da histamina( H3),responsável por o estado de vigília e atenção em nível cerebral.
A premissa do filme é de que um medicamento pudesse intensificar a utilização perfeita de todo o potencial cerebral . Já usamos 100% do nosso potencial cerebral, mas a eficiência do uso é que se tenciona aprimorar. Todas as áreas cerebrais são ativadas direta ou indiretamente em diferentes atividades neuronais ou funções. Mesmo através da análise por neuroimagem funcional, aquelas áreas que não se ativam diante de tarefas específicas , estão em estado de latência de captação, mas provalmente estão atuando em conjunto com os grandes agrupamentos neuronais( redes cognitivas) que disparam impulsos elétricos captáveis pelos aparelhos.
Usamos 100% do nosso potencial cerebral, tanto para tarefas simples como para tarefas complexas. O que muda são as vias preferenciais( redes neuronais), de acordo com a estrutura neuroanatômica e as vias sinápticas fortalecidas pelo uso.
Será que é possível ficar mais inteligente , ingerindo uma pílula?
No filme, as funções que se tornam bastante afiadas são as perceptivas. "E a percepção governa a inteligência e é o se atributo mais importante"( trecho extraído do livro As Duas Inteligências). Portanto, no filme, o protagonista fica muito inteligente, pois começa a perceber nuances e a realizar associações rápidas( cognições analógicas), o que permite ampliar tanto a utilização de mais grupos neuronais, como aumentar o potencial criativo, pela interação de uma diversidade de assuntos aparentemente não correlacionados. Então ele transita em diferentes áreas do conhecimento e aprende com muita rapidez. No filme, ele fica mais inteligente.
Na vida real, o uso de creatina, já demonstrou, numa pesquisa em 2006, aumentar a inteligência fluida em 40 % depois de 6 semanas de uso diário. Portanto, já temos aprimoradores cognitivos disponíveis no mercado, a baixo custo.
Os medicamentos possuem uma tradição de uso terapêutico, isto é, eram originalmente desenvolvidos para tratar, curar ou controlar doenças. Na atualidade a Medicina tenta evoluir um passo adiante, buscando desenvolver medicamentos que não somente devolvam o paciente ao seu estado basal( prémórbido), mas que o levem acima da sua linha de base biológica e social. Não basta corrigirmos o defeito, é preciso aprimorarmos as qualidades. Assim caminham áreas especializadas, como a cirurgia plástica estética e a psiquiatria e neurologia estéticas.
Seria ético aprimorar capacidades normais para extratos funcionais supranormais?
Seria moralmente aceitável?
Esses e outros questionamentos surgem em debates de diferentes correntes do conhecimento humano. Sabemos que a sociedade é farmacodependente em maior ou menor grau, pela sua orientação em busca de curas imediatas, soluções mágicas e resultados excelentes. Estudantes abusam de ritalina para realização de provas, mesmo sem acompanhamento médico ou doença que justifique o uso. Caminhoneiros usam os "rebites"( anfetamínicos) para ficarem acordados durante jornadas extenuantes de trabalho. Pessoas usam álcool "socialmente" para desinibição em festas e coqueteis. Não vamos nem entrar no tema outras drogas de abuso , que causam dependências, pela busca de efeitos psicotrópicos diversos. Então, numa sociedade que abusa de diferentes substâncias, lícitas e ilícitas, qual seria a restrição ao uso dos aprimoradores cognitivos? É uma questão em aberto ainda.
Um aspecto relevante para a liberação do uso de aprimoradores cognitivos é que eles podem ser inseguros a curto e longo prazo, algo que as pesquisas precisam levar em consideração, para preservar a saúde humana. Trata-se de aplicar um avanço artificial em redes neuronais naturais e produzir efeitos quimicamente mediados. Isso pode produzir efeitos colaterais indesejáveis e perigosos, além de risco a longo prazo. Uma coisa é precisar tomar medicamentos, como no caso dos diabéticos, dos hipertensos, dos esquizofrênicos, dos cardiopatas, dos depressivos crônicos, outra coisa distinta, é escolher tomar medicamentos sem haver necessidade primordial.
Haverá o desenvolvimento de dependência emocional e/ou física , pois a ação reforçadora do hábito e a recompensa ao alcançar desempenhos melhores se estabelecerá como um padrão inconsciente. Ninguém vai arriscar ir mal numa prova e ficar em condição de desigualdade em relação a outros estudantes que usam. Haverá o efeito "calmante" do uso, que aumenta a segurança de estar em plenas condições de performance, da mesma maneira que jovens usam o viagra para evitar "falhar" nas relações sexuais. Estabelecer-se-ia um padrão generalizado de uso, e assim estaríamos diante de uma epidemia de dependência de massa. Os laboratórios vislumbram isso? E ainda legalizado?
Hoje o café é a bebida mais consumida do mundo. E ele parece ter benefícios para a saúde. Quem não aprecia um cafezinho, mesmo não sendo funcionário público, depois do almoço, pelo prazer do relaxamento e excitação que causa. Nosso cérebro é evolutivamente aparelhado para tornar-se dependente. Temos um circuito do prazer em permanente estado de vigilância, em busca da próxima droga ou situação que cause PRAZER! E depois permanece ativo para evitar que esse prazer vá embora e no seu lugar se estabeleça a DOR. Isso é dependência.
O debate em torno de aprimoradores cognitivos se faz num momento histórico que se exigem velocidades altas na aprendizagem e aumento desenfreado da competitividade econômica, com a desumanização. Drogas que pudessem melhorar o desempenho de "robôs humanos", que dormiriam menos, aprenderiam mais, trabalhariam além de suas forças naturais, seria benfazejo para o capitalismo global. Mas seria bom para o homem individual? No filme, isso fica bem claro, justamente foi a área econômica a escolhida pelo protagonista para usufruir do seu brilhantismo artificial. Não foi nas artes, nos projetos sociais ou outros âmbitos mais esteticamente orientados.
Já prescrevemos muitos medicamentos veiculados como possíveis aprimoradores cognitivos. Entretanto, observamos que nenhum paciente ficou mais inteligente por isso. O que comprovamos, sim, é que portadores de Déficit de Atenção e Hiperatividade(TDAH), que estavam prejudicados no seu desempenho cognitivo( e portanto menos inteligentes) puderam recuperar o seu potencial cognitivo inato( isso não é o mesmo que dizer que ficaram mais inteligentes). A ritalina possui o potencial de corrigir, com excelentes resultados, o TDAH moderado à grave. Mas nos pacientes com TDAH leve ou ausente, a melhora se mostra discreta ou inexistente. Quanto ao modafinil, que atua em narcolepsia e sonolência diurna, observamos resultados muito discretos, sem relação com melhora cognitiva mensurável. O donepezil continua em uso clínico somente em pacientes com doença de Alzheimer e não o utilizamos com outro propósito até o momento. Os antidepressivos devolvem a funcionalidade neuroquímica aos portadores, melhorando os parâmetros cognitivos, incluindo o raciocínio e a memória. Isto é uma recuperação ao estado prévio, não um aprimoramento. Portanto, até o momento, não há evidências concretas , robustas e replicáveis de que esses medicamentos sejam aprimoradores cognitivos, mas somente medicamentos para transtornos mentais específicos.
E ASSIM VAMOS INDO....
A força do crack
Já se passaram 17 dias desde que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) lançaram a operação de limpeza da cracolândia.
Não se pode dizer que foi um sucesso, mas, ao contrário do que se previa, a ideia não é deixar as coisas voltarem a ser como eram.
Não dava para continuar aceitando que quadras inteiras da cidade mais rica do país prosseguissem como território livre para o consumo e o tráfico do crack. São Paulo merece mais que isso.
Avançar com motos e carros de polícia sobre os "noias", porém, não resolve o problema. Muito menos usar balas de borracha e bombas de efeito moral.
Lugar de traficante e ladrão é na cadeia, claro. Só a repressão policial, porém, não vai acabar com a aglomeração de farrapos humanos na região da rua Helvétia e da alameda Dino Bueno.
Dificultar a compra de pedras de crack por eles pode ajudar na hora de convencê-los a aceitar tratamento médico. Mas os governos do Estado e da cidade precisam estar preparados com vagas e pessoal para interná-los.
Não foi bem o que se viu nos primeiros dias. Com as críticas à violência policial, que só espalha o pessoal pelos bairros vizinhos, a coisa mudou de figura.
Agora o governo do Estado promete duplicar as vagas para tratamento. E anuncia que os trabalhos de assistência social, atendimento médico e repressão policial vão continuar por vários meses.
É o caminho certo. A cracolândia pode até acabar, mas os dependentes químicos sempre vão existir. Não é só em ano de eleição que os governantes estão obrigados a cuidar deles.
---------------------------------------------------------
Política do troca-troca
Às vezes fica muito difícil entender quem é quem na política brasileira. Quem é a favor disso, quem é a favor daquilo, quem é aliado de quem, quem é adversário de quem.
O prefeito Gilberto Kassab, por exemplo. Foi ligado ao Pitta, que por sua vez era filhote do Maluf. Depois se aliou ao José Serra, tucano. Mas agora resolveu mudar. Filiado ao DEM, criou um novo partido, o PSD.
É a favor de quê? Difícil saber. Segundo ele, a sigla não vai ser "nem de oposição nem de situação". Só faltou acrescentar: "Muito pelo contrário".
Combatido pelo PT, seria natural que o prefeito se aliasse com os tucanos. Mas ele conversou com Lula sobre a possibilidade de indicar um vice para o candidato petista, que deve ser o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
Se isso acontecer, o que os petistas que viviam malhando Kassab vão dizer? "Hã, mudamos de ideia, na verdade ele era um cara legal"...
Mas tem um porém: se o candidato do PSDB for o Serra, aí Kassab apoia o tucano, seu padrinho.
Só que Serra, pelo visto, está querendo mesmo é ser presidente. Como sempre. Está de olho numa nova disputa contra Dilma Rousseff nas eleições de 2014.
Sendo assim, Kassab fica no aguardo para saber se vai noivar com a oposição, com a situação ou com os dois. Porque no plano federal, é bom lembrar, ele já apoia a presidente Dilma.
É assim que funciona a política brasileira. Na base do interesse eleitoral. Inimigos de hoje podem ser vistos abraçados amanhã. Deu para entender?
Já se passaram 17 dias desde que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) lançaram a operação de limpeza da cracolândia.
Não se pode dizer que foi um sucesso, mas, ao contrário do que se previa, a ideia não é deixar as coisas voltarem a ser como eram.
Não dava para continuar aceitando que quadras inteiras da cidade mais rica do país prosseguissem como território livre para o consumo e o tráfico do crack. São Paulo merece mais que isso.
Avançar com motos e carros de polícia sobre os "noias", porém, não resolve o problema. Muito menos usar balas de borracha e bombas de efeito moral.
Lugar de traficante e ladrão é na cadeia, claro. Só a repressão policial, porém, não vai acabar com a aglomeração de farrapos humanos na região da rua Helvétia e da alameda Dino Bueno.
Dificultar a compra de pedras de crack por eles pode ajudar na hora de convencê-los a aceitar tratamento médico. Mas os governos do Estado e da cidade precisam estar preparados com vagas e pessoal para interná-los.
Não foi bem o que se viu nos primeiros dias. Com as críticas à violência policial, que só espalha o pessoal pelos bairros vizinhos, a coisa mudou de figura.
Agora o governo do Estado promete duplicar as vagas para tratamento. E anuncia que os trabalhos de assistência social, atendimento médico e repressão policial vão continuar por vários meses.
É o caminho certo. A cracolândia pode até acabar, mas os dependentes químicos sempre vão existir. Não é só em ano de eleição que os governantes estão obrigados a cuidar deles.
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Política do troca-troca
Às vezes fica muito difícil entender quem é quem na política brasileira. Quem é a favor disso, quem é a favor daquilo, quem é aliado de quem, quem é adversário de quem.
O prefeito Gilberto Kassab, por exemplo. Foi ligado ao Pitta, que por sua vez era filhote do Maluf. Depois se aliou ao José Serra, tucano. Mas agora resolveu mudar. Filiado ao DEM, criou um novo partido, o PSD.
É a favor de quê? Difícil saber. Segundo ele, a sigla não vai ser "nem de oposição nem de situação". Só faltou acrescentar: "Muito pelo contrário".
Combatido pelo PT, seria natural que o prefeito se aliasse com os tucanos. Mas ele conversou com Lula sobre a possibilidade de indicar um vice para o candidato petista, que deve ser o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
Se isso acontecer, o que os petistas que viviam malhando Kassab vão dizer? "Hã, mudamos de ideia, na verdade ele era um cara legal"...
Mas tem um porém: se o candidato do PSDB for o Serra, aí Kassab apoia o tucano, seu padrinho.
Só que Serra, pelo visto, está querendo mesmo é ser presidente. Como sempre. Está de olho numa nova disputa contra Dilma Rousseff nas eleições de 2014.
Sendo assim, Kassab fica no aguardo para saber se vai noivar com a oposição, com a situação ou com os dois. Porque no plano federal, é bom lembrar, ele já apoia a presidente Dilma.
É assim que funciona a política brasileira. Na base do interesse eleitoral. Inimigos de hoje podem ser vistos abraçados amanhã. Deu para entender?
Quem ganha jogo é a TORCIDA
Há 101 anos atrás, havia um Galo Brigador da Várzea nesta Paulicéia. Era um clubinho pobreta ali do Bom Retiro, que incomodava.
Não só pelo Futebol que jogava. Mas pela Torcida.
Naquela época o jogador era a própria Torcida. Quem jogava no CORINTHIANS precisava manter em dia a mensalidade. Quem jogava no CORINTHIANS participava da direção do Clube.
Aos poucos o Ideal foi se concretizando. Com isso o Clube se estruturou. Não foi à toa, nem por acaso, que a tal da classe média alta já fazia parte daquela Congregação Popular. A aristocracia já estava perdendo alguns dos "seus" para aquela maluquice, para aquele bando de loucos. O Ideal de emancipação, o anseio do ser humano desde que está na Terra, se fez latente.
Nesta noite de quinta feira, dia 8 de setembro de 2011, todas aquelas Bandeiras colocadas pela Estopim mostravam o que cada Corinthian@ quer em Campo de Bataglia.
"No Corinthians joga quem sabe jogar bola, E NÃO AFINA EM DIVIDIDAS".
Este foi o Mandamento de Raphael Perrone na Primeiríssima Peneira do Sport Club Corinthians Paulista.
E isto deve ter completado 101 anos no feriado da Independência do Brasil, pois não há documentação a respeito que nos possa categorizar; mas que foi entre 7 e 8/9/1910, não há dúvida. No dia 10, pela primeira vez, o Corinthians entrou em Campo de Battaglia...
A Torcida Fiel joga. Isso até esses vagabundos de hoje entendem. É coisa tão fundamental e arquetípica que não passa batido nem por quem desrespeita o Mandamento de Raphael Perrone.
E SÃO JORGE escreve certo por linhas tortas. Viramos o jogo em nossa casa, como se fosse no próprio Campo do Lenheiro. Jogando mal, apesar de toda a numerologia que a abutraiada possa querer criar. Contra arbitragem tendenciosa, que poupou o adversário meigo de cartões (e disso ninguém vai falar nada, não é?). Mas porque, como diz o DOUTOR SÓCRATES, "O time do CORINTHIANS não ganha jogo, quem ganha jogo é a TORCIDA".
E para me explicar, como se precisasse, devo dizer que esse bando de bunda mole, sob o comando de um cagalhão, não jogou nada; são as mesmas falhas de um time que só treina rachão (e vejam, as peneiras do CORINTHIANS há um século eram mais eficientes), o mesmo gol tomado todo jogo (coisa de quem não treina em cima de erro), a mesma tática praticamente nula aplicada em campo. Quem viu, viu.
O que impressiona, de fato, é o Espírito Corinthiano que se faz presente, sob a Benção de São Jorge.
Pois os gols de Liedson não só se vingaram de um mau-caráter, como nos deram uma vitória de virada, ALLA CORINTHIANS.
Só o CORINTHIANS pra fazer um time desse ganhar jogo.
Podem me chamar de corneteiro, por causa desse time que é "líder" e estou cá a criticar.
Podem me chamar do que for. Mas uma coisa não pode ser negada. Apenas a Sobrenatural Congregação Popular poderia fazer o que foi feito nesta noite de 8 de setembro de 2011 no Templo Sagrado do Pacaembu. Quem entender isso, entenderá também que o resto é chorumela.
Como, por exemplo, o que se escuta falar de vagabundo que talvez nem saiba a que veio. Tumulto? Tá receoso com tumulto, e veio pro CORINTHIANS?
Repetindo tudo o que esse blogue já disse anteriormente sobre este estado atual das coisas, foi um Jogo Épico, com as Bençãos de São Jorge.
Por causa Dele, que escreve sempre certo.
E nesse futebolzinho que se joga hoje em dia, em que vagabundo tenta fazer jus ao salário milionário que recebe, exatamente como há 101 anos atrás, QUANDO O CORINTHIANS É CORINTHIANS, ninguém segura.
E SÃO JORGE ajuda sempre que a Vontade transparece.
Daí que temos que começar a refletir direito sobre esse modorrento pontos corridos que "veio pra ficar". São 19 Finalíssimas. E ganhamos as três primeiras Finais, faltam dezesseis. Os "segundos jogos das Finais" já estão em curso. Domingo agora tem mais.
VAI CORINTHIANS!!!
VIVA O CORINTHIANS NOSSO DE CADA DIA!!!
VIVA O NOSSO CORINTHIANS!
O CORINTHIANS é o mais genuíno estandarte do Povo.
Esta bandeira é eterna, e vai para além da eternidade. Foi criada por mãos ásperas, calejadas de labuta, e ornamentada com o sangue, o suor e a ALMA de nós todos.
O CORINTHIANS SOMOS NÓS!!!
Para defender essa bandeira, sujeito tem que ser guerreiro. Isto é uma Causa de Vida. E como nada é por acaso nessa História que hoje completa, oficialmente, CENTO E UM anos de eternidade, O PADROEIRO GUERREIRO, SÃO JORGE, convocou essa Confraria de Loucos sonhadores, utópicos e valentes.
O Santo Guerreiro nos acolheu. E a Égregora nos abençoou. Ontem, hoje e sempre.
O CORINTHIANISMO é a manifestação palpável do anseio popular por emancipação, cravou o Mestre Diaféria com extrema sabedoria.
Depois de sua luta diária de Existência (desde 1910) o mundo se viu definitivamente moldado por ele. Não é por acaso, pois nada é por acaso no CORINTHIANS, que nós amamos o CORINTHIANS, tanto quanto não é por acaso que existam tantos se recalcando num suposto "odiozinho". Pois o CORINTHIANS é a REFERÊNCIA, e depois de sua Existência, o mundo passou a depender dessa manifestação palpável do anseio popular por emancipação.
O CORINTHIANS É A NOSSA VOZ!
E aqueles que não tem voz se escandalizam com essa poderosa voz que nós temos.
Assim que é, há 101 anos.
Estes senhores, GÊNIOS DO POVO, há 101 anos atrás, não poderiam imaginar a NAÇÃO que estavam concretizando. Não poderiam cogitar o alcance desta VOZ poderosíssima. Para eles, aquilo tudo era sonho, Utopia, pura e incondicional vontade; "sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto, é realidade", diria o Profeta Maluco Beleza. Estes Gênios, hoje vendo tudo de um plano celestial, se orgulham e se emocionam, exatamente como nós neste momento, ao pensar em tudo o que é CORINTHIANS. Tudo o que criaram. Os princípios que Fundaram, de acordo com a Eternidade.
São eles os Gênios que concretizaram a Tradição que, na Raça, fazendo das tripas coração, foi alçada a seu lugar de direito e por missão, se fez a VOZ de nosso povo.
Estes Senhores não estavam de brincadeira quando posaram para esta foto. Podiam até não cogitar a dimensão do que estavam concretizando, mas pelos princípios que teceram este estandarte, sabiam muito bem onde queriam chegar. E chegaram. Com uma rapidez espantosa para aqueles que não tem olhos para verem, nem cabeça pra pensar. Se há algo que não causa estranheza a um Corinthiano, é a rapidez com que o CORINTHIANS revolucionou seu mundo e se fez Referência.
O IDEAL é Eterno, o Ideal é o CORINTHIANISMO.
Havia muito mais gente, evidentemente, pois o CORINTHIANS é o Sonho realizado daquelas dezenas, em 1910, que nos meses seguintes já passou a ser centenas, e milhares, e milhões, através destes cento e um anos. Segue sendo a Revolução Permanente, e se tomarmos o ano de 1915 como exemplo, veremos quão poderosa é essa VOZ.
Mas nada vai conseguir descrever, nem os mais sábios conseguirão descobrir, que Paixão é essa que nós temos, Eternamente, dentro dos nossos Corações.
Se a Luta Diária da vida é algo apaixonante e intrigante, é no caso do CORINTHIANS que vemos a intensidade da emancipação popular se concretizar como vitória perene nesta Luta. Os temerosos e recalcados fizeram tudo e qualquer coisa para boicotar, em cada dia destes cento e um anos, essa Força chamada CORINTHIANISMO.
O que não perceberam, porém, é que a Referência se faz necessária até naquilo que, com ressalvas, podemos chamar de "antítese". Depois do CORINTHIANS nada mais foi o mesmo no mundo, e a anticorintianada recalcada seguirá participando do CORINTHIANISMO; estarão sempre à sombra do Gigante. Há 101 anos estão. A anticorintianada também é parte dessa História, portanto, e devemos parabenizar essa gente por suportar o próprio recalque por tanto tempo.
Todo dia é Dia do Corinthians. O marco de mais um ciclo nos serve para comemorar, mas sobretudo refletir o que é CORINTHIANS.
Somos milícia desarmada. Nossa arma é nossa VOZ. E na Companhia de Jorge é preciso matar um dragão por dia. Portanto, viva o CORINTHIANS nosso de cada dia!
PARABÉNS, FIEL TORCIDA!!!
O CORINTHIANS SOMOS NÓS!
OBRIGADO CORINTHIANS, por me permitir fazer parte desta Nação.
TEU PASSADO É UMA BANDEIRA
A partir da esquerda acima; 1) Anselmo Correa, 2) Alfredo Schürig (o que prova que ele estava nos primórdios do Clube, e não chegou depois, como ficou na História), 3) Felipe Valente, 4) Raphael Perrone
5) Miguel Bataglia, 6) Antônio Pereira (cara invocada desse português anarquista maluco), 7) Joaquim Ambrósio (quem sugeriu que a Companhia de Jorge se chamasse SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA).
TEU PRESENTE É UMA LIÇÃO
Corinthianizemos o mundo. Estes Senhores não topariam com festinha vip no Anhembi. Estariam em qualquer rua, beco, esquina, buteco, Corinthianizando o mundo. E fazendo o CORINTHIANS a partir de Ideal, Sonho e Vontade. Eis o legado dos Fundadores, que hoje completa cento e um anos de História. O Corinthians somos nós!
Não só pelo Futebol que jogava. Mas pela Torcida.
Naquela época o jogador era a própria Torcida. Quem jogava no CORINTHIANS precisava manter em dia a mensalidade. Quem jogava no CORINTHIANS participava da direção do Clube.
Aos poucos o Ideal foi se concretizando. Com isso o Clube se estruturou. Não foi à toa, nem por acaso, que a tal da classe média alta já fazia parte daquela Congregação Popular. A aristocracia já estava perdendo alguns dos "seus" para aquela maluquice, para aquele bando de loucos. O Ideal de emancipação, o anseio do ser humano desde que está na Terra, se fez latente.
Nesta noite de quinta feira, dia 8 de setembro de 2011, todas aquelas Bandeiras colocadas pela Estopim mostravam o que cada Corinthian@ quer em Campo de Bataglia.
"No Corinthians joga quem sabe jogar bola, E NÃO AFINA EM DIVIDIDAS".
Este foi o Mandamento de Raphael Perrone na Primeiríssima Peneira do Sport Club Corinthians Paulista.
E isto deve ter completado 101 anos no feriado da Independência do Brasil, pois não há documentação a respeito que nos possa categorizar; mas que foi entre 7 e 8/9/1910, não há dúvida. No dia 10, pela primeira vez, o Corinthians entrou em Campo de Battaglia...
A Torcida Fiel joga. Isso até esses vagabundos de hoje entendem. É coisa tão fundamental e arquetípica que não passa batido nem por quem desrespeita o Mandamento de Raphael Perrone.
E SÃO JORGE escreve certo por linhas tortas. Viramos o jogo em nossa casa, como se fosse no próprio Campo do Lenheiro. Jogando mal, apesar de toda a numerologia que a abutraiada possa querer criar. Contra arbitragem tendenciosa, que poupou o adversário meigo de cartões (e disso ninguém vai falar nada, não é?). Mas porque, como diz o DOUTOR SÓCRATES, "O time do CORINTHIANS não ganha jogo, quem ganha jogo é a TORCIDA".
E para me explicar, como se precisasse, devo dizer que esse bando de bunda mole, sob o comando de um cagalhão, não jogou nada; são as mesmas falhas de um time que só treina rachão (e vejam, as peneiras do CORINTHIANS há um século eram mais eficientes), o mesmo gol tomado todo jogo (coisa de quem não treina em cima de erro), a mesma tática praticamente nula aplicada em campo. Quem viu, viu.
O que impressiona, de fato, é o Espírito Corinthiano que se faz presente, sob a Benção de São Jorge.
Pois os gols de Liedson não só se vingaram de um mau-caráter, como nos deram uma vitória de virada, ALLA CORINTHIANS.
Só o CORINTHIANS pra fazer um time desse ganhar jogo.
Podem me chamar de corneteiro, por causa desse time que é "líder" e estou cá a criticar.
Podem me chamar do que for. Mas uma coisa não pode ser negada. Apenas a Sobrenatural Congregação Popular poderia fazer o que foi feito nesta noite de 8 de setembro de 2011 no Templo Sagrado do Pacaembu. Quem entender isso, entenderá também que o resto é chorumela.
Como, por exemplo, o que se escuta falar de vagabundo que talvez nem saiba a que veio. Tumulto? Tá receoso com tumulto, e veio pro CORINTHIANS?
Repetindo tudo o que esse blogue já disse anteriormente sobre este estado atual das coisas, foi um Jogo Épico, com as Bençãos de São Jorge.
Por causa Dele, que escreve sempre certo.
E nesse futebolzinho que se joga hoje em dia, em que vagabundo tenta fazer jus ao salário milionário que recebe, exatamente como há 101 anos atrás, QUANDO O CORINTHIANS É CORINTHIANS, ninguém segura.
E SÃO JORGE ajuda sempre que a Vontade transparece.
Daí que temos que começar a refletir direito sobre esse modorrento pontos corridos que "veio pra ficar". São 19 Finalíssimas. E ganhamos as três primeiras Finais, faltam dezesseis. Os "segundos jogos das Finais" já estão em curso. Domingo agora tem mais.
VAI CORINTHIANS!!!
VIVA O CORINTHIANS NOSSO DE CADA DIA!!!
VIVA O NOSSO CORINTHIANS!
O CORINTHIANS é o mais genuíno estandarte do Povo.
Esta bandeira é eterna, e vai para além da eternidade. Foi criada por mãos ásperas, calejadas de labuta, e ornamentada com o sangue, o suor e a ALMA de nós todos.
O CORINTHIANS SOMOS NÓS!!!
Para defender essa bandeira, sujeito tem que ser guerreiro. Isto é uma Causa de Vida. E como nada é por acaso nessa História que hoje completa, oficialmente, CENTO E UM anos de eternidade, O PADROEIRO GUERREIRO, SÃO JORGE, convocou essa Confraria de Loucos sonhadores, utópicos e valentes.
O Santo Guerreiro nos acolheu. E a Égregora nos abençoou. Ontem, hoje e sempre.
O CORINTHIANISMO é a manifestação palpável do anseio popular por emancipação, cravou o Mestre Diaféria com extrema sabedoria.
Depois de sua luta diária de Existência (desde 1910) o mundo se viu definitivamente moldado por ele. Não é por acaso, pois nada é por acaso no CORINTHIANS, que nós amamos o CORINTHIANS, tanto quanto não é por acaso que existam tantos se recalcando num suposto "odiozinho". Pois o CORINTHIANS é a REFERÊNCIA, e depois de sua Existência, o mundo passou a depender dessa manifestação palpável do anseio popular por emancipação.
O CORINTHIANS É A NOSSA VOZ!
E aqueles que não tem voz se escandalizam com essa poderosa voz que nós temos.
Assim que é, há 101 anos.
Estes senhores, GÊNIOS DO POVO, há 101 anos atrás, não poderiam imaginar a NAÇÃO que estavam concretizando. Não poderiam cogitar o alcance desta VOZ poderosíssima. Para eles, aquilo tudo era sonho, Utopia, pura e incondicional vontade; "sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto, é realidade", diria o Profeta Maluco Beleza. Estes Gênios, hoje vendo tudo de um plano celestial, se orgulham e se emocionam, exatamente como nós neste momento, ao pensar em tudo o que é CORINTHIANS. Tudo o que criaram. Os princípios que Fundaram, de acordo com a Eternidade.
São eles os Gênios que concretizaram a Tradição que, na Raça, fazendo das tripas coração, foi alçada a seu lugar de direito e por missão, se fez a VOZ de nosso povo.
Estes Senhores não estavam de brincadeira quando posaram para esta foto. Podiam até não cogitar a dimensão do que estavam concretizando, mas pelos princípios que teceram este estandarte, sabiam muito bem onde queriam chegar. E chegaram. Com uma rapidez espantosa para aqueles que não tem olhos para verem, nem cabeça pra pensar. Se há algo que não causa estranheza a um Corinthiano, é a rapidez com que o CORINTHIANS revolucionou seu mundo e se fez Referência.
O IDEAL é Eterno, o Ideal é o CORINTHIANISMO.
Havia muito mais gente, evidentemente, pois o CORINTHIANS é o Sonho realizado daquelas dezenas, em 1910, que nos meses seguintes já passou a ser centenas, e milhares, e milhões, através destes cento e um anos. Segue sendo a Revolução Permanente, e se tomarmos o ano de 1915 como exemplo, veremos quão poderosa é essa VOZ.
Mas nada vai conseguir descrever, nem os mais sábios conseguirão descobrir, que Paixão é essa que nós temos, Eternamente, dentro dos nossos Corações.
Se a Luta Diária da vida é algo apaixonante e intrigante, é no caso do CORINTHIANS que vemos a intensidade da emancipação popular se concretizar como vitória perene nesta Luta. Os temerosos e recalcados fizeram tudo e qualquer coisa para boicotar, em cada dia destes cento e um anos, essa Força chamada CORINTHIANISMO.
O que não perceberam, porém, é que a Referência se faz necessária até naquilo que, com ressalvas, podemos chamar de "antítese". Depois do CORINTHIANS nada mais foi o mesmo no mundo, e a anticorintianada recalcada seguirá participando do CORINTHIANISMO; estarão sempre à sombra do Gigante. Há 101 anos estão. A anticorintianada também é parte dessa História, portanto, e devemos parabenizar essa gente por suportar o próprio recalque por tanto tempo.
Todo dia é Dia do Corinthians. O marco de mais um ciclo nos serve para comemorar, mas sobretudo refletir o que é CORINTHIANS.
Somos milícia desarmada. Nossa arma é nossa VOZ. E na Companhia de Jorge é preciso matar um dragão por dia. Portanto, viva o CORINTHIANS nosso de cada dia!
PARABÉNS, FIEL TORCIDA!!!
O CORINTHIANS SOMOS NÓS!
OBRIGADO CORINTHIANS, por me permitir fazer parte desta Nação.
TEU PASSADO É UMA BANDEIRA
A partir da esquerda acima; 1) Anselmo Correa, 2) Alfredo Schürig (o que prova que ele estava nos primórdios do Clube, e não chegou depois, como ficou na História), 3) Felipe Valente, 4) Raphael Perrone
5) Miguel Bataglia, 6) Antônio Pereira (cara invocada desse português anarquista maluco), 7) Joaquim Ambrósio (quem sugeriu que a Companhia de Jorge se chamasse SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA).
TEU PRESENTE É UMA LIÇÃO
Corinthianizemos o mundo. Estes Senhores não topariam com festinha vip no Anhembi. Estariam em qualquer rua, beco, esquina, buteco, Corinthianizando o mundo. E fazendo o CORINTHIANS a partir de Ideal, Sonho e Vontade. Eis o legado dos Fundadores, que hoje completa cento e um anos de História. O Corinthians somos nós!
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Facebook vira nome de boate na Amazônia
Facebook vira nome de boate na Amazônia
Primeiro, o Facebook surgiu como fenômeno na internet. Depois, veio o filme do Facebook, "A Rede Social". Houve até um musical baseado no Facebook.
Agora, Mark Zuckerberg recebe uma homenagem menos usual: uma boate em uma área remota da Amazônia, no Acre, batizada com o nome de sua rede social.
A ideia veio de Humbert Camacho, 30, empresário do município de Epitaciolândia, uma pequena cidade na fronteira do Brasil com a Bolívia.
Boate em uma área remota da Amazônia, no Acre, batizada com o nome da rede social
"O conceito do Facebook é compartilhar ideias, aventuras, amizades, festas e fotos com seus amigos", disse Camacho durante uma visita ao seu estabelecimento, inaugurado na quinta-feira (19). "O que quisemos fazer foi uma boate com esse conceito, em que as pessoas poderiam vir e compartilhar coisas com os amigos, passar uma noite legal, compartilhando fotos e experiências."
Um representante do Facebook disse que a empresa não tem comentários oficiais a fazer sobre a boate, mas expressou surpresa ao saber de sua existência. "Fica mesmo na Amazônia?"
"Teremos uma página oficial no Facebook para que as pessoas que visitam a boate possam compartilhar fotos em tempo real", disse Camacho. "Quem não puder vir até aqui poderá ver, sentado em casa, como é a festa."
O aumento do acesso a computadores no Brasil ajudou o número de usuários do Facebook a aumentar. Neste mês, o Brasil se tornou o quarto maior país na rede social, com 35 milhões de perfis.
VIVA O CORINTHIANS NOSSO DE CADA DIA!!!
VIVA O CORINTHIANS NOSSO DE CADA DIA!!!
Prova de carinho
Quer ser campeão? Enterra teu ídolo.
Quer alegria? Chora.
Desde o despertar. Porque o DOUTOR SÓCRATES deixou este plano terreno.
Ficamos orfãos, mas somos campeões. Quis assim, o Padroeiro.
É, sim. São Jorge escreve certo por linhas tortas.
E esse campeonato foi todo esquisito. Quem esteve lá sabe o que sofremos. E se não sabe, vai buscar saber.
Fato é que Doutor soube até em que momento morrer. Quer ser campeão, camarada? Enterra teu ídolo!
Numa bobeira, como se não faltasse motivos mais sérios, se foi o Gênio.
E nós celebramos a sua passagem, Doutor. Dali do Sagrado Alambrado vi todos os braços, de cada um de nós, estendidos em homenagens - e se algum fotógrafo fez essa foto, tem uma obra-prima. E fizemos muito mais. A anticorintianada de merda (que ousava vestir verde nesta tarde) atravessou o seu minuto de silêncio, Doutor. Mas esse ressentimento essa gente vai ter que tratar. Azar deles.
Parabéns, Família. São Jorge jogou muito nessa conquista. Alex. Emerson e Willlian tem 6 gols cada. Mas Paulinho fez 8 gols no campeonato, veja só, e Liedson é o artilheiro. Essa campanha foi coisa de louco. Viramos os jogos da forma mais Corinthians possível. E a Fiel sempre fez a diferença, e a vagabundagem foi diferente do ano passado. Somos campeões.
Parabéns, Corinthian@, você merece!
Obrigado, São Jorge, Santa Rita e Egrégora; nosso técnico (?) e seus comandados cumpriram a obrigação.
E o Doutor não poderia ter-se ido em um dia melhor, e é assim que esse dia será lembrado.
Falaremos muito disso por aqui, ainda.
Por enquanto só estamos tentando entender onde é que foi parar a anticorintianada escrota. Deve ter voltado pro esgoto, onde é o lugar dessa gentalha...
Mas o Corinthians é que dá sentido à nossa vida. E uma conquista é apenas sua prova de carinho.
Nossa vida segue, e VAI CORINTHIANS!!!
PARABÉNS, CORINTHIAN@!
VIVA O CORINTHIANS NOSSO DE CADA DIA!!!
Quilombo
Hoje era dia de Zumbi.
Tarde de sol e tensão. O Corinthians é a Lira da deusa Artemis. A Lira que a deusa chamada também de Diana usa para a Música, ela usa como Arco, para atirar flechas mortais. E que grandiosa correspondência entre Capadócia de Jorge, Éfeso de Artemis, e Pacaembu da Fiel Torcida...
Corinthians é arte e guerra. Quem esteve no Templo Sagrado hoje viu isso. O timinho adversário foi desleal no cai-cai, o juizinho, pra variar, fez o servicinho anticorintianista de praxe.
Mas quando o CORINTHIANS É CORINTHIANS, o descompromissado toma vergonha na cara. E boleiro volta a jogar bola. E o senhor Adenor nasceu com as ancas gaúchas voltadas pra Lua de São Jorge, pois mesmo quando fez o certo (colocar um centroavante, um atacante incisivo), o fez temerosamente (tirando o moleque que dá o sangue). E São Jorge escreve certo por linhas tortas; a substituição surtiu efeito no último instante. É assim que o Padroeiro quer que seja.
A Congregação que se faz resultado disso tudo é algo transcendental. Bem-aventurado quem esteve no Templo Sagrado nesta tarde ensolarada.
O Corinthians é Grande, o Corinthianismo é grandioso, de uma forma que não é possível explicar.
Contra tudo e contra todos, como o grande projeto de Palmares, liderado por Zumbi. Este Gigantesco Espírito Quilombola, trazido da Egrégora de Humaitá, da Linha de Ogum, é a Chave inquebrantável do Corinthianismo. E foi (re)vivida hoje.
Agradeça por ser Corinthian@.
SARAVÁ SÃO JORGE!
ESTA E PRA VOCÊ ADRIANO..
É claro que não é recomendável uma vida sem riscos. É bom arriscar e ter oportunidades. Dizem até que a vida é uma sucessão de oportunidades. Quase sempre quem tem sucesso é chamado de corajoso por ter arriscado.
Certamente você já ouviu: “coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”.
Oportunidade é algo valioso e você deve conhecer alguém que, infelizmente, não sabe aproveitar todas as vezes em que ela aparece ao felizardo. E são raras as pessoas que tem a benção de contar com a fidelidade da tão sonhada oportunidade.
No mundo, todo é minoria o grupo que tem a chance de tentar de novo e de novo. A vida é linda se não se tem medo dela. Mas, óbvio, é preciso respeitá-la.
Sem querer ser trágico, cada dia que passa é um dia a menos na vida. Amanhã, a oportunidade pode não chegar. Todo dia a gente encontra pessoas pedindo apenas uma oportunidade. Uma só. E não consegue.
As pessoas não devem ser conceituadas por seu histórico, por suas origens ou pela aparência. É preciso acreditar que o ser humano evolui. Mas uma pessoa pode regredir também. E, seguramente, todos nós conhecemos alguém que não aproveitou uma segunda (?) chance.
Nos últimos dias, a região da Cracolândia, em São Paulo, está nas manchetes. É uma mistura de sofrimento, impotência, doenças e centenas de pessoas sem esperança e nenhuma oportunidade. Um dos drogados disse que não conseguia reverter o quadro. E olhando no vazio, concluiu: “agora é tarde… mas, confesso, tive oportunidades na vida”.
Pensei no futebol. Poucos segmentos no mundo dão tantas oportunidades e tem gente que insiste em desprezá-las.
Certamente você já ouviu: “coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”.
Oportunidade é algo valioso e você deve conhecer alguém que, infelizmente, não sabe aproveitar todas as vezes em que ela aparece ao felizardo. E são raras as pessoas que tem a benção de contar com a fidelidade da tão sonhada oportunidade.
No mundo, todo é minoria o grupo que tem a chance de tentar de novo e de novo. A vida é linda se não se tem medo dela. Mas, óbvio, é preciso respeitá-la.
Sem querer ser trágico, cada dia que passa é um dia a menos na vida. Amanhã, a oportunidade pode não chegar. Todo dia a gente encontra pessoas pedindo apenas uma oportunidade. Uma só. E não consegue.
As pessoas não devem ser conceituadas por seu histórico, por suas origens ou pela aparência. É preciso acreditar que o ser humano evolui. Mas uma pessoa pode regredir também. E, seguramente, todos nós conhecemos alguém que não aproveitou uma segunda (?) chance.
Nos últimos dias, a região da Cracolândia, em São Paulo, está nas manchetes. É uma mistura de sofrimento, impotência, doenças e centenas de pessoas sem esperança e nenhuma oportunidade. Um dos drogados disse que não conseguia reverter o quadro. E olhando no vazio, concluiu: “agora é tarde… mas, confesso, tive oportunidades na vida”.
Pensei no futebol. Poucos segmentos no mundo dão tantas oportunidades e tem gente que insiste em desprezá-las.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Navio que naufragou na Itália foi usado pelo Corinthians em 2010
Há quase dois anos, o Corinthians promoveu um cruzeiro usando o navio Costa Concordia para festejar seu centenário com torcedores e personalidades ligadas ao clube.
O Costa Concordia no terminal de passageiros de Santos para comemorar o centenário do Corinthians
O navio do centenário aconteceu de 25 a 28 de fevereiro de 2010. Foi uma forma do Corinthians de celebrar o centenário do clube. A embarcação circulou saiu de Santos e circulou pelo litoral brasileiro.
Entre os rivais do Corinthians, virou motivo de chacota o naufrágio do navio na Itália. Foi lembrado que a embarcação que afundou é a mesma que o clube usou para realizar o "Navio do Centenário", em 2010. Os rivais brincam que essa foi a última tragédia do aniversário de 100 anos do clube.
As personalidades que estiveram lá: Toquinho, Basílio, Neto, Ronaldo (goleiro), Wladimir, Biro-Biro. A bateria da Gaviões da Fiel tocou no navio, que tinha escorregador gigante e feijoada com samba nas tardes.
Torcedores corintianos colocam faixas do lado de fora do navio, em Santos
O NAVIO
O transatlântico Costa Concordia da Costa Crociere, companhia de navegação italiana, faz parte de uma das principais empresas de cruzeiro do mundo, a Carnival.
O Costa Concordia é um dos mais luxuosos navios de cruzeiro. O passageiro tem à sua disposição cinco restaurantes (Roma Restaurant, Milano Restaurant, Parigi Restaurant Buffet, Samsara Restaurant e o Clun Concordia) que servem diversos pratos da cozinha internacional, spa, salão de beleza, quadro jacuzzis com hidromassagem, piscinas, quadra de tênis, academia, bares, piano bar, cassino entre outras atividades.
O navio tem 290 metros de comprimento e pesa 112 mil toneladas. Ao todo, são 1.500 cabines que podem abrigar até 4.800 pessoas, sendo 3.700 passageiros e 1.100 tripulantes.
Invalidez sobre duas rodas
Com mais dinheiro no bolso e podendo entrar no crediário, muita gente comprou moto nos últimos anos.
De 2000 a 2011 a frota desses veículos quase se multiplicou por cinco no país. Saltou de 3,5 milhões para 15,5 milhões. No mesmo período, a frota de automóveis dobrou, passando de 19,9 milhões para 39,8 milhões.
Esse aumento explosivo acabou também gerando problemas. Algumas estatísticas são sinistras: entre 2005 e 2010, as vítimas de invalidez permanente causada por acidentes de trânsito passaram de 31 mil para 152 mil por ano. E subiram 52% nos primeiros nove meses de 2011.
A explicação anda sobre duas rodas: 70% dos casos no ano passado foram de pessoas que usavam motos.
Os dados mostram que os brasileiros estão despreparados para essa nova realidade. O problema exige ação mais firme do poder público. É preciso disciplinar a convivência de motos e dos outros veículos nas ruas e rodovias.
É indispensável que os candidatos à habilitação sejam mais bem educados e que a fiscalização melhore.
Na maioria das cidades, por exemplo, os radares não pegam motos. As placas escapam das lentes por serem pequenas ou porque os aparelhos fotografam a dianteira, e as motos só têm o número na traseira. Em São Paulo, já começam a implantar radares para motos, mas ainda são poucos.
É necessário também rediscutir a lei. Será que foi uma boa deixar motos trafegarem entre as faixas? Parece que não.
Enfim, é preciso educar, fiscalizar e punir. Não dá mais para ignorar o que está acontecendo.
De 2000 a 2011 a frota desses veículos quase se multiplicou por cinco no país. Saltou de 3,5 milhões para 15,5 milhões. No mesmo período, a frota de automóveis dobrou, passando de 19,9 milhões para 39,8 milhões.
Esse aumento explosivo acabou também gerando problemas. Algumas estatísticas são sinistras: entre 2005 e 2010, as vítimas de invalidez permanente causada por acidentes de trânsito passaram de 31 mil para 152 mil por ano. E subiram 52% nos primeiros nove meses de 2011.
A explicação anda sobre duas rodas: 70% dos casos no ano passado foram de pessoas que usavam motos.
Os dados mostram que os brasileiros estão despreparados para essa nova realidade. O problema exige ação mais firme do poder público. É preciso disciplinar a convivência de motos e dos outros veículos nas ruas e rodovias.
É indispensável que os candidatos à habilitação sejam mais bem educados e que a fiscalização melhore.
Na maioria das cidades, por exemplo, os radares não pegam motos. As placas escapam das lentes por serem pequenas ou porque os aparelhos fotografam a dianteira, e as motos só têm o número na traseira. Em São Paulo, já começam a implantar radares para motos, mas ainda são poucos.
É necessário também rediscutir a lei. Será que foi uma boa deixar motos trafegarem entre as faixas? Parece que não.
Enfim, é preciso educar, fiscalizar e punir. Não dá mais para ignorar o que está acontecendo.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
FORA ADRIANO O CORINTHIANS NÃO E SPA
Torcedores corintianos 'repetem' crítica a Ronaldo no Twitter e pedem saída de Adriano
Atacante faltou ao treinamento de terça. Presidente corintiano questiona interesse de Adriano
Torcedores do Corinthians recorreram ao Twitter para pedir a saída de Adriano do Corinthians. O atacante cometeu mais um ato de indisciplina ao faltar ao treinamento. O Imperador sofre a mesma crítica de Ronaldo nos tempos de jogador: a fiel alega que o “Corinthians não é spa”.
Uma ilustração pedindo o desligamento de Adriano foi divulgada no Twitter, tendo a adesão de milhares de torcedores corintianos. Foi criado o "Movimento Fora Adriano".
Em seu novo problema no clube, Adriano esteve no Rio de Janeiro para o aniversário da mãe, na última segunda, e não voltou a tempo para o treino comandado por Tite na terça-feira, no CT Joaquim Grava
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, não poupou críticas e disse que o centroavante de 29 anos terá o dia de trabalho descontado no seu salário (cerca de R$ 380 mil mensais), além de uma multa. Mais do que isso, deixou claro que o contrato do atleta não será renovado em junho caso novos atos de indisciplina se repitam.
“Não digo que é uma demonstração total [de falta de vontade], mas posso dizer que é o indício de não querer. Estamos em janeiro, o campeonato começa no sábado. Vamos analisar o atleta em campo e logicamente as suas atitudes. É um indício de que o jogador não está com muita vontade de trabalhar conosco no ano que vem e para que se renove o contrato dele”, declarou Andrade.
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Diretoria corintiana já dá como certa saída de Adriano ao fim do contrato 164
Para a direção corintiana, Adriano mostra desdém pelo clube ao faltar seguidamente. Agora, a recíproca é verdadeira. Fora das entrevistas, a diretoria já trata o Imperador como página virada no Parque São Jorge. Apenas conta os dias para a sua saída ao término do contrato, no final de junho.
Seis meses antes de o compromisso acabar, o atacante já pode assinar um pré-contrato com outro clube. Mas os corintianos não estão dispostos a impedir que isso ocorra. Se é que depois de tantas confusões e tão pouco futebol vai aparecer algum pretendente com antecedência.
Nem uma eventual derrota de Mário Gobbi, candidato situacionista à presidência, pode mudar o cenário. A oposição, liderada por Paulo Garcia, também não tem planos de contar com o jogador.
Os problemas de Adriano reforçam a tese dos correligionários de Gobbi de que o Corinthians agora só deve investir em medalhões que ainda tenham poder de revenda, além de se manterem em alto nível. Nada de colocar o marketing em primeiro lugar.
A fila da catarata
Há registros muito antigos, de mais de 2.000 anos atrás, sobre tentativas de operar a catarata, um problema no olho que só tem cura por meio de cirurgia.
Em nossa época, essa doença, que atinge pessoas idosas, tornou-se de fácil solução. Com as novas técnicas, o cirurgião retira a parte doente do olho e coloca uma lente no lugar.
A operação é rápida, dura dez minutos. Nem precisa dar ponto.
O problema, para quem mora em São Paulo e tem necessidade de se submeter a essa operação, é que está faltando lente na Santa Casa, um dos centros médicos mais procurados.
O hospital recebe dinheiro do Estado para atender pacientes pelo SUS. Segundo o Agora apurou, as lentes estão em falta por lá desde outubro do ano passado.
A fila de espera para a cirurgia já chegou, de acordo com a reportagem, a 800 pessoas. Para algumas delas, a situação é dramática, pois já perderam uma vista e precisam curar o problema na que ainda pode ser recuperada.
Depois dos 70 anos, 70% das cataratas precisam ser operadas. Segundo especialistas, a demora para a realização do procedimento só agrava a doença.
A catarata vai aumentando e a cirurgia se torna cada vez mais difícil de ser feita.
Infelizmente, a Santa Casa vive sofrendo de problemas financeiros. Esse, aliás, é um problema grave da saúde no Brasil: o dinheiro, que já é mais curto do que o ideal, é mal administrado. Há muito desperdício, para não falar de corrupção.
E acaba sobrando para quem depende da saúde pública. No caso, os pobres dos velhinhos que precisam se livrar da catarata.
Em nossa época, essa doença, que atinge pessoas idosas, tornou-se de fácil solução. Com as novas técnicas, o cirurgião retira a parte doente do olho e coloca uma lente no lugar.
A operação é rápida, dura dez minutos. Nem precisa dar ponto.
O problema, para quem mora em São Paulo e tem necessidade de se submeter a essa operação, é que está faltando lente na Santa Casa, um dos centros médicos mais procurados.
O hospital recebe dinheiro do Estado para atender pacientes pelo SUS. Segundo o Agora apurou, as lentes estão em falta por lá desde outubro do ano passado.
A fila de espera para a cirurgia já chegou, de acordo com a reportagem, a 800 pessoas. Para algumas delas, a situação é dramática, pois já perderam uma vista e precisam curar o problema na que ainda pode ser recuperada.
Depois dos 70 anos, 70% das cataratas precisam ser operadas. Segundo especialistas, a demora para a realização do procedimento só agrava a doença.
A catarata vai aumentando e a cirurgia se torna cada vez mais difícil de ser feita.
Infelizmente, a Santa Casa vive sofrendo de problemas financeiros. Esse, aliás, é um problema grave da saúde no Brasil: o dinheiro, que já é mais curto do que o ideal, é mal administrado. Há muito desperdício, para não falar de corrupção.
E acaba sobrando para quem depende da saúde pública. No caso, os pobres dos velhinhos que precisam se livrar da catarata.
Caminho das pedras
O coitado do paulistano que precisa andar pela cidade sabe dos muitos obstáculos no meio do caminho. Não são só as pedras, soltas, mas também o lixo, os buracos, os canteiros invadindo as calçadas.
Tropeços e escorregões viraram rotina. Azar dos velhinhos e distraídos, que sofrem com o descuido da prefeitura e dos donos das casas, eles também responsáveis pelo estado das calçadas.
Se o objetivo do pedestre for fazer exercício, então, está perdido. Mesmo fugindo das armadilhas nas ruas e procurando as pistas de caminhada e corrida da cidade, não encontrará coisa melhor.
O Vigilante Agora visitou 14 dessas pistas e encontrou defeitos graves em quase todas. Só dois locais foram aprovados sem ressalvas: a pista da avenida Brás Leme (zona norte) e a da praça Professor Vitorino Castelo Branco (zona sul).
Nas outras 12 instalações, os problemas se amontoam. Raízes levantam o calçamento e criam degraus ameaçadores. Poças de água se formam. Mato e lixo tomam conta dos canteiros e da pista.
E não é só nos bairros distantes que os obstáculos se acumulam. Um dos lugares mais descuidados é o canteiro central da avenida Sumaré (zona oeste), onde se exercita uma multidão de pessoas de classe média.
A Secretaria da Coordenação das Subprefeituras afirma que os serviços de zeladoria são realizados em todos os locais visitados. E promete aumentar a fiscalização.
Vê-se logo que os burocratas não se dão ao trabalho de sair de trás da escrivaninha. Precisam caminhar mais pela cidade, mas de olhos bem abertos.
Tropeços e escorregões viraram rotina. Azar dos velhinhos e distraídos, que sofrem com o descuido da prefeitura e dos donos das casas, eles também responsáveis pelo estado das calçadas.
Se o objetivo do pedestre for fazer exercício, então, está perdido. Mesmo fugindo das armadilhas nas ruas e procurando as pistas de caminhada e corrida da cidade, não encontrará coisa melhor.
O Vigilante Agora visitou 14 dessas pistas e encontrou defeitos graves em quase todas. Só dois locais foram aprovados sem ressalvas: a pista da avenida Brás Leme (zona norte) e a da praça Professor Vitorino Castelo Branco (zona sul).
Nas outras 12 instalações, os problemas se amontoam. Raízes levantam o calçamento e criam degraus ameaçadores. Poças de água se formam. Mato e lixo tomam conta dos canteiros e da pista.
E não é só nos bairros distantes que os obstáculos se acumulam. Um dos lugares mais descuidados é o canteiro central da avenida Sumaré (zona oeste), onde se exercita uma multidão de pessoas de classe média.
A Secretaria da Coordenação das Subprefeituras afirma que os serviços de zeladoria são realizados em todos os locais visitados. E promete aumentar a fiscalização.
Vê-se logo que os burocratas não se dão ao trabalho de sair de trás da escrivaninha. Precisam caminhar mais pela cidade, mas de olhos bem abertos.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Corinthians vê "indício" de que Adriano não quer renovar contrato
A ausência do atacante Adriano no treinamento desta terça-feira irritou a diretoria do Corinthians. Diante da indisciplina, o presidente em exercício Roberto de Andrade abdicou do seu discurso ponderado para colocar em xeque a permanência do jogador no clube após 30 de junho, quando vencerá o seu contrato.
"Uma falta é um indício de que o jogador não está com muita vontade de trabalhar conosco na sequência do ano, de ter o seu contrato renovado. O campeonato já começará no sábado... Teremos que analisar tudo", avisou Roberto de Andrade, que descartou rescindir o vínculo de Adriano com o Corinthians. "Teríamos que pagar por isso. É melhor ele ficar aqui, treinando, mais seis meses."
Nesta tarde, contudo, Adriano não "ficou treinando" no CT Joaquim Grava. O robusto centroavante havia seguido para o Rio de Janeiro na segunda-feira (mesmo dia em que o amigo Emerson Sheik chegou atrasado e de helicóptero ao CT Joaquim Grava) para comemorar o aniversário de sua mãe, Rosilda. Não retornou a São Paulo a tempo de trabalhar.
"O Adriano será multado. O regime de CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] rege todos os funcionários e garante a nós o desconto do dia de trabalho. Além disso, nosso regimento interno prevê uma multa. Só não sei precisar o valor agora", afirmou o presidente em exercício, assegurando que conseguirá afetar o atacante dessa forma. "A multa é proporcional ao salário do empregado. Ele sente no bolso, sim."
Mais importante do que abalar Adriano financeiramente, de acordo com o dirigente, será uma reunião para cobrar o atleta. Como o Corinthians estará em campo para disputar amistoso contra a Portuguesa na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, a "conversa séria" de Roberto de Andrade com o jogador deverá ocorrer apenas na quinta-feira.
O dirigente só tentou poupar o Corinthians das indisciplinas do problemático Adriano. "O maior prejudicado é o atleta. Quem sai perdendo é o jogador, e não o clube. O Corinthians continua grande, com mais de 30 atletas", minimizou Roberto de Andrade, sem confirmar o erro em repatriar o atleta que estava na italiana Roma.
"Não digo que foi uma decepção. Ele chegou contundido e, até agora, não conseguimos fazer uma avaliação correta. Queremos tirar essas conclusões no primeiro semestre de 2012. O fator determinante é o Adriano também querer", advertiu.
"Uma falta é um indício de que o jogador não está com muita vontade de trabalhar conosco na sequência do ano, de ter o seu contrato renovado. O campeonato já começará no sábado... Teremos que analisar tudo", avisou Roberto de Andrade, que descartou rescindir o vínculo de Adriano com o Corinthians. "Teríamos que pagar por isso. É melhor ele ficar aqui, treinando, mais seis meses."
Nesta tarde, contudo, Adriano não "ficou treinando" no CT Joaquim Grava. O robusto centroavante havia seguido para o Rio de Janeiro na segunda-feira (mesmo dia em que o amigo Emerson Sheik chegou atrasado e de helicóptero ao CT Joaquim Grava) para comemorar o aniversário de sua mãe, Rosilda. Não retornou a São Paulo a tempo de trabalhar.
"O Adriano será multado. O regime de CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] rege todos os funcionários e garante a nós o desconto do dia de trabalho. Além disso, nosso regimento interno prevê uma multa. Só não sei precisar o valor agora", afirmou o presidente em exercício, assegurando que conseguirá afetar o atacante dessa forma. "A multa é proporcional ao salário do empregado. Ele sente no bolso, sim."
Mais importante do que abalar Adriano financeiramente, de acordo com o dirigente, será uma reunião para cobrar o atleta. Como o Corinthians estará em campo para disputar amistoso contra a Portuguesa na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, a "conversa séria" de Roberto de Andrade com o jogador deverá ocorrer apenas na quinta-feira.
O dirigente só tentou poupar o Corinthians das indisciplinas do problemático Adriano. "O maior prejudicado é o atleta. Quem sai perdendo é o jogador, e não o clube. O Corinthians continua grande, com mais de 30 atletas", minimizou Roberto de Andrade, sem confirmar o erro em repatriar o atleta que estava na italiana Roma.
"Não digo que foi uma decepção. Ele chegou contundido e, até agora, não conseguimos fazer uma avaliação correta. Queremos tirar essas conclusões no primeiro semestre de 2012. O fator determinante é o Adriano também querer", advertiu.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Ano 2525
In the year 2525
If man is still alive
If woman can survive
They may find
In the year 3535
Ain't gonna need to tell the truth, tell no lies
Everything you think, do, and say
Is in the pill you took today
In the year 4545
Ain't gonna need your teeth, won't need your eyes
You won't find a thing chew
Nobody's gonna look at you
In the year 5555
Your arms are hanging limp at your sides
Your legs got not nothing to do
Some machine is doing that for you
In the year 6565
Ain't gonna need no husband, won't need no wife
You'll pick your son, pick your daughter too
From the bottom of a long glass tube
In the year 7510
If God's a-comin' he ought to make it by then
Maybe he'll look around himself and say
Guess it's time for the Judgement day
In the year 8510
God is gonna shake his mighty head
He'll either say I'm pleased where man has been
Or tear it down and start again
In the year 9595
I'm kinda wondering if man is gonna be alive
He's taken everything this old earth can give
And he ain't put back nothing
Now it's been 10,000 years
Man has cried a billion tears
For what he never knew
Now man's reign is through
But through the eternal night
The twinkling of starlight
So very far away
Maybe it's only yesterday
No ano de 2525
Se o homem ainda existir
Se a mulher pudere sobreviver
Eles poderão encontrar
No ano de 3535
Só vai se precisar dizer a verdade, não dizer mentiras
Tudo o que pensar, poderá ser feito e falavo
É a pílula que você tomou hoje
No ano de 4545
Não vai precisar dos seus dentes nem dos seus olhos
Você não vai encontrar nada para mastigar
Ninguém vai olhar para você
No ano de 5555
Seus braços estão pendurados aos seu lado
Suas pernas não têm mais o que fazer
Apenas as máquinas estão fazendo por você
No ano de 6565
Você não vai precisar de nenhum marido, não vai precisar de nenhuma mulher
Você vai pegar seu filho, pegar sua filha também
Na parte inferior de um tubo de vidro
No ano de 7510
Se chegando a Deus... Ele deverá se fazer até lá
Talvez ele vá olhar em torno de si mesmo e dizer
"Acho que é tempo para o Juízo Final"
No ano de 8510
Deus vai sacudir a cabeça, poderoso
Ele quer dizer "Estou contente com a humanidade
ou derrubá-la e fazer de novo?
No ano de 9595
Eu estou querendo saber se o homem está vivo
Ele tomou tudo que a velha terra poderia dar
E ele não colocou nada de volta.
Agora são 10.000 anos
O homem criou um bilhão de lágrimas
Para, o que ele nunca soube
Agora o reinado do homem é atravessado.
Mas através da noite eterna
O piscar da luz das estrelas
Muito distante
Talvez seja só ontem
No ano de 2525
Se o homem ainda existir
Se a mulher puderem sobreviver
Eles poderão encontrar
No ano de 3535
Só vai se precisar dizer a verdade, não dizer mentiras
Tudo o que pensar, poderá ser feito e falavo
É a pílula que você tomou hoje
If man is still alive
If woman can survive
They may find
In the year 3535
Ain't gonna need to tell the truth, tell no lies
Everything you think, do, and say
Is in the pill you took today
In the year 4545
Ain't gonna need your teeth, won't need your eyes
You won't find a thing chew
Nobody's gonna look at you
In the year 5555
Your arms are hanging limp at your sides
Your legs got not nothing to do
Some machine is doing that for you
In the year 6565
Ain't gonna need no husband, won't need no wife
You'll pick your son, pick your daughter too
From the bottom of a long glass tube
In the year 7510
If God's a-comin' he ought to make it by then
Maybe he'll look around himself and say
Guess it's time for the Judgement day
In the year 8510
God is gonna shake his mighty head
He'll either say I'm pleased where man has been
Or tear it down and start again
In the year 9595
I'm kinda wondering if man is gonna be alive
He's taken everything this old earth can give
And he ain't put back nothing
Now it's been 10,000 years
Man has cried a billion tears
For what he never knew
Now man's reign is through
But through the eternal night
The twinkling of starlight
So very far away
Maybe it's only yesterday
No ano de 2525
Se o homem ainda existir
Se a mulher pudere sobreviver
Eles poderão encontrar
No ano de 3535
Só vai se precisar dizer a verdade, não dizer mentiras
Tudo o que pensar, poderá ser feito e falavo
É a pílula que você tomou hoje
No ano de 4545
Não vai precisar dos seus dentes nem dos seus olhos
Você não vai encontrar nada para mastigar
Ninguém vai olhar para você
No ano de 5555
Seus braços estão pendurados aos seu lado
Suas pernas não têm mais o que fazer
Apenas as máquinas estão fazendo por você
No ano de 6565
Você não vai precisar de nenhum marido, não vai precisar de nenhuma mulher
Você vai pegar seu filho, pegar sua filha também
Na parte inferior de um tubo de vidro
No ano de 7510
Se chegando a Deus... Ele deverá se fazer até lá
Talvez ele vá olhar em torno de si mesmo e dizer
"Acho que é tempo para o Juízo Final"
No ano de 8510
Deus vai sacudir a cabeça, poderoso
Ele quer dizer "Estou contente com a humanidade
ou derrubá-la e fazer de novo?
No ano de 9595
Eu estou querendo saber se o homem está vivo
Ele tomou tudo que a velha terra poderia dar
E ele não colocou nada de volta.
Agora são 10.000 anos
O homem criou um bilhão de lágrimas
Para, o que ele nunca soube
Agora o reinado do homem é atravessado.
Mas através da noite eterna
O piscar da luz das estrelas
Muito distante
Talvez seja só ontem
No ano de 2525
Se o homem ainda existir
Se a mulher puderem sobreviver
Eles poderão encontrar
No ano de 3535
Só vai se precisar dizer a verdade, não dizer mentiras
Tudo o que pensar, poderá ser feito e falavo
É a pílula que você tomou hoje
Panfletos com direitos civis são distribuídos na cracolândia em SP
A Defensoria Pública de São Paulo está distribuindo panfletos para orientar dependentes da cracolândia sobre direitos civis durante as abordagens policiais na região da cracolândia, no centro de São Paulo.
m um dos versos da folha, os direitos do cidadão são mostrados, tais como ser sempre tratados com educação e respeito, ter liberdade de ir e vir e de associação pacífica, direito à identificação dos policiais e de não ser forçado a baixar a cabeça ou qualquer outro tipo de coerção.
No outro, há trechos do artigo 5º da Constituição Brasileira e sobre a lei 4.898, referente a abuso de autoridade, assim como telefones onde podem ser feitas denúncias.
Os usuários reclamam de violência policial, principalmente durante a madrugada. Segundo eles, policiais apontam armas, jogam os cavalos em cima de pessoas dormindo e batem com cassetetes.
Já os policiais dizem que a orientação é somente reprimir o tráfico e o consumo de drogas.
Diversas viaturas, motos e até um helicóptero estavam na região na manhã de hoje. Segundo policiais, os usuários estão violentos e o clima é tenso pelas ruas da cracolândia.
Um grupo com mais de cem usuários de drogas foi dispersado por policiais na manhã de hoje. A aglomeração dos usuários ocorreu na rua Helvétia, por volta das 9h. A polícia, proibida de usar bombas e balas de borracha na região, dispersou o grupo apenas com abordagens pessoais.
Segundo balanço divulgado pela PM às 6h, 70 pessoas foram presas na região desde o início da operação, 37 foragidos foram recapturados e 652 gramas de crack foram apreendidos.
PRAZO
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, afirmou ontem (12) que a operação na cracolândia não tem prazo para terminar. Ele também afirmou que a operação foi planejada e negou ter havido erros.
"A contrário do que dizem por aí, a operação não tem prazo para acabar. A polícia vai permanecer enquanto tiver necessidade. Vamos apoiar as próximas fases da operação, apoiar os agentes de saúde e de assistência social", disse.
Um inquérito civil foi instaurado na terça-feira (10) por quatro áreas do Ministério Público para investigar a operação. Segundo os promotores, o objetivo é descobrir quem está comandando a ação e se houve improbidade administrativa. Eles caracterizam como "desastrosa" a ação, que teria boicotado o trabalho que já estava sendo feito na região.
"O trabalho do Ministério Público é investigar, apurar eventuais abusos. O que não é legítimo é fazer juízo precipitado em relação a operação", disse Ferreira Pinto.
São Paulo Desvairada
Perde-tempo
O Poupatempo, como o próprio nome diz, deveria ser um lugar onde dá para resolver rapidinho problemas de burocracia.
Mas, para quem tenta renovar a carteira de motorista, está muito mais para "perde-tempo".
A espera tem levado até 12 horas. E isso quando a pessoa consegue ser atendida. Os motoristas começam a chegar ao Poupatempo da Sé por volta das 5h. As 350 senhas do dia são distribuídas a partir das 6h50 e acabam em poucos minutos.
Muita gente retorna para casa sem sucesso e é obrigada a voltar outro dia --uma dona de casa saiu de Taipas (zona norte), onde mora, antes das 6h, mas já já ficou sem atendimento duas vezes.
A lentidão se deve a mudanças no exame médico. Desde 19 de dezembro, é necessário preencher um formulário on-line e cadastrar a chamada coleta biométrica --dados como digitais, fotografia e assinatura eletrônica.
No Poupatempo, isso tudo é feito de uma vez. Mas, como o sistema está lento e instável, tem levado horas.
Mesmo nas clínicas conveniadas, longe do Poupatempo, o exame tem demorado bastante, por conta da instabilidade do sistema.
É normal que ocorram pequenas falhas em mudanças que, no médio prazo, tendem a facilitar a vida dos cidadãos.
Mas o novo sistema está em vigor há quase um mês, e já passou da hora de o Detran resolver o problema.
De marcha lenta, já basta o trânsito de São Paulo.
------------
Silicone com defeito
Nos últimos meses, órgãos ligados à área da saúde não deram a devida atenção a um problema que afeta mais de 10 mil mulheres brasileiras.
Sem saber dos riscos que corriam, elas aplicaram próteses de silicone defeituosas, fabricadas na França e na Holanda, em seus seios.
As empresas responsáveis por esses produtos de segunda categoria usaram um tipo de silicone mais barato, que aumenta a chance de o enchimento se romper, infiltrando o produto no corpo das pacientes.
Em 2010, as autoridades brasileiras tomaram conhecimento do problema. A venda dos produtos foi proibida, mas quase nenhuma outra providência foi tomada.
Pacientes recorreram à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não receberam orientação adequada. Ao final do ano passado, já havia quase cem reclamações sobre o produto, mas o órgão de vigilância ainda afirmava não ter conhecimento de falhas no Brasil.
As autoridades também faziam questão de dizer que não tinham nada a ver com os custos das operações para trocar as próteses.
Pressionadas nas últimas semanas, quando o caso ganhou maior atenção da imprensa, mudaram o discurso. Admitiram ter recebido reclamações e anunciaram fiscalização mais eficaz.
Ainda assim continuou o jogo de empurra, sem ninguém se responsabilizar.
Agora, afinal, garantem que o SUS e as seguradoras vão oferecer o atendimento a qualquer mulher que tiver problema com as próteses defeituosas. Era o que deveriam ter feito desde o início, em vez de tentarem tirar o corpo fora.
O Poupatempo, como o próprio nome diz, deveria ser um lugar onde dá para resolver rapidinho problemas de burocracia.
Mas, para quem tenta renovar a carteira de motorista, está muito mais para "perde-tempo".
A espera tem levado até 12 horas. E isso quando a pessoa consegue ser atendida. Os motoristas começam a chegar ao Poupatempo da Sé por volta das 5h. As 350 senhas do dia são distribuídas a partir das 6h50 e acabam em poucos minutos.
Muita gente retorna para casa sem sucesso e é obrigada a voltar outro dia --uma dona de casa saiu de Taipas (zona norte), onde mora, antes das 6h, mas já já ficou sem atendimento duas vezes.
A lentidão se deve a mudanças no exame médico. Desde 19 de dezembro, é necessário preencher um formulário on-line e cadastrar a chamada coleta biométrica --dados como digitais, fotografia e assinatura eletrônica.
No Poupatempo, isso tudo é feito de uma vez. Mas, como o sistema está lento e instável, tem levado horas.
Mesmo nas clínicas conveniadas, longe do Poupatempo, o exame tem demorado bastante, por conta da instabilidade do sistema.
É normal que ocorram pequenas falhas em mudanças que, no médio prazo, tendem a facilitar a vida dos cidadãos.
Mas o novo sistema está em vigor há quase um mês, e já passou da hora de o Detran resolver o problema.
De marcha lenta, já basta o trânsito de São Paulo.
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Silicone com defeito
Nos últimos meses, órgãos ligados à área da saúde não deram a devida atenção a um problema que afeta mais de 10 mil mulheres brasileiras.
Sem saber dos riscos que corriam, elas aplicaram próteses de silicone defeituosas, fabricadas na França e na Holanda, em seus seios.
As empresas responsáveis por esses produtos de segunda categoria usaram um tipo de silicone mais barato, que aumenta a chance de o enchimento se romper, infiltrando o produto no corpo das pacientes.
Em 2010, as autoridades brasileiras tomaram conhecimento do problema. A venda dos produtos foi proibida, mas quase nenhuma outra providência foi tomada.
Pacientes recorreram à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não receberam orientação adequada. Ao final do ano passado, já havia quase cem reclamações sobre o produto, mas o órgão de vigilância ainda afirmava não ter conhecimento de falhas no Brasil.
As autoridades também faziam questão de dizer que não tinham nada a ver com os custos das operações para trocar as próteses.
Pressionadas nas últimas semanas, quando o caso ganhou maior atenção da imprensa, mudaram o discurso. Admitiram ter recebido reclamações e anunciaram fiscalização mais eficaz.
Ainda assim continuou o jogo de empurra, sem ninguém se responsabilizar.
Agora, afinal, garantem que o SUS e as seguradoras vão oferecer o atendimento a qualquer mulher que tiver problema com as próteses defeituosas. Era o que deveriam ter feito desde o início, em vez de tentarem tirar o corpo fora.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Os Juízes estão chegando
A grita de Marco Aurélio e o eco pelos R$ 856 milhões movimentados por juízes
Tags:CNJ, COAF, Marco Aurélio Mello, Movimentação financeira suspeita de juízes e servent
Com apoio em verificações do órgão de inteligência financeira do governo federal que atende pela sigla Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, soube de movimentações atípicas no valor de R$ 856 milhões, no período de 2000 a 2010, realizadas por magistrados e serventuários do Judiciário.
Em 2008, dois integrantes da Justiça Militar de São Paulo e um do Tribunal de Justiça de São Paulo, movimentaram R$ 116,5 milhões.
Os fatos foram revelados na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo. Sobre a Justiça Militar, até os vestibulandos em Direito sabem, apesar da previsão Constitucional, tratar-se de uma instituição com passado muito conhecido durante a ditadura e nenhum futuro que justifique a necessidade de sua manutenção.
Nesta semana soube-se, por matéria assinada pelo jornalista e repórter especial Frederico Vasconcelos, que um ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo era credor de R$ 1,5 milhão e o embolsou de uma só vez. Pior, tudo graças a um requerimento por ele feito na condição de desembargador e despachado, por ele próprio e favoravelmente, na condição de presidente do Tribunal.
Na história da Justiça paulista nunca se soube de um caso teratológico similar, em que o postulante-requerente e a autoridade-requerida eram a mesma pessoa. Nos mundos da deontologia (ética) e do processo, quer administrativo quer jurisdicional, existe uma situação de impedimento inobservada no caso. Espera-se que tal decisão do ex-presidente Roberto Vallim Bellocchi não vire jurisprudência.
Graças a uma liminar, concedida pelo ministro Ricardo Lewandowsky, todas as apurações correcionais (fiscalizatórias) do CNJ na Justiça paulista estão proibidas. Lewandowsky é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e já integrou pela classe dos advogados pelo critério do quinto constitucional o Tribunal de Justiça.
Em maior espectro, o ministro Marco Aurélio Mello, escolhido para o STF por meio de nepotismo praticado pelo então presidente Fernando Collor de Mello, proibiu, por liminar dada no apagar das luzes do ano judiciário de 2011, as fiscalizações do CNJ em todo o Judiciário.
As duas liminares foram obtidas pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), que continua a contestar a legitimidade das ações do CNJ em geral e a determinação ao Coaf em particular.
De observar que o Coaf, órgão de inteligência financeira, tem, por lei em vigor desde 1998, o dever de vigilância, assim como os bancos, e informar às autoridades movimentações financeiras fora do padrão. Portanto, operações suspeitas que precisam ser verificadas por órgão competente. Exemplo: Alfonso Caruana, residente no Canadá e dado como maior traficante do mundo no final dos anos 90, informava às autoridades fiscais que recebia salário mínimo como empregado de uma empresa de lavagem de automóveis (car wash). O modesto e falso empregado, como levantado pelas autoridades financeiras do Canadá, movimentava milhões nos bancos e era proprietário de mais de 10 gigantescos prédios de apartamentos e escritórios localizados em grandes centros urbanos canadenses. Só para lembrar, Alfonso sempre passava férias no Rio de Janeiro, na casa do tio Giuseppe Caruana (já falecido), condenado na Itália definitivamente por associação à Máfia.
Como a nossa Constituição adota o princípio fundamental de que todos são iguais perante a lei, ninguém está fora da vigilância do Coaf. E não há necessidade, ao contrário do entendimento corporativo do ministro Marco Aurélio, de autorização judicial para o Coaf vigiar juízes. Isto porque o Coaf não é órgão de investigação criminal. Ele só aponta movimentações atípicas, que podem ser lícitas (recebimento de herança ou prêmio de loteria) ou ilícitas (venda de sentenças e liminares).
O Coaf, pelo que se tem notícia, examinou a movimentação financeira de 217 mil funcionários públicos judiciários, incluídos magistrados. Parêntese: juízes são funcionários públicos em sentido amplo e são funcionários do Poder Judiciário, em sentido estrito. Das verificações, o Coaf apontou para 3.400 casos de movimentação fora do padrão habitual. Em síntese, 3.400 servidores públicos que podem, por exemplo, ter ganhado na loteria, recebido heranças, verba de precatório desapropriatório ou vendido decisões, liminares ou de mérito. O ministro Paulo Medina, ex-presidente da AMB, foi afastado das funções, sem prejuízo de vencimentos e vantagens, por vender liminares. No caso, não foi o Coaf, mas o CNJ que apurou por conta própria.
Para Marco Aurélio, cabe às corregedorias estaduais e federais dos tribunais a exclusividade nas investigações, por força do princípio federativo. Só que ele despreza o fato de o CNJ ter nascido em razão da impunidade consagrada nas corregedorias. Mais, o CNJ, pela Constituição, é órgão do Judiciário. Tem poder autônomo para investigar. No sistema federativo, admite-se órgão nacional que se sobrepõe aos estaduais, mas Marco Aurélio ainda não percebeu.
Pano Rápido. Marco Aurélio, no curso de sua trajetória no STF, teve teses vencidas em questões constitucionais. Mais especificamente ficou vencido em 73% dos casos julgados pelo STF. A respeito da falta de poder correcional autônomo do CNJ, que representa a canhestra e socialmente prejudicial tese do ministro Marco Aurélio, espera-se, em proveito da democracia e da sociedade, que seja vencido mais uma vez.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
O drama dos imigrantes
Muitos brasileiros que vivem no exterior --e são cerca de 3 milhões-- reclamam que são maltratados.
Mil obstáculos para obter documentos, preconceito da população local, dificuldades para ter acesso ao sistema de saúde e outros problemas podem tornar a vida lá fora difícil.
Só que algumas vezes as pessoas esquecem que o nosso país também nem sempre é muito amistoso com os imigrantes.
O caso mais recente é o dos refugiados no Haiti, que têm chegado aos milhares na região norte, fugindo da devastação do miserável país do Caribe.
Mas é só dar uma volta pelo centro de São Paulo para ver que imigrantes de muitas outras regiões, como africanos e bolivianos, vêm tentar uma vida melhor no Brasil.
Muitos acabam explorados em trabalhos em condições sub-humanas. Outros, porém, se metem em atividades suspeitas.
A imigração pode ser boa para o Brasil, mas é preciso ter regras e critérios. O Brasil ainda não é um país rico e muitos brasileiros precisam de mais oportunidades.
Nos Estados Unidos e na Europa, parte das confusões contra imigrantes ocorrem justamente porque eles tiram emprego de quem nasceu lá.
No Brasil, é preciso regularizar a situação dos imigrantes, fornecer documentos e dar uma ajuda aos que chegam em condições muito ruins, como os haitianos.
Nós sempre acolhemos bem estrangeiros. Mas quem vem para cá precisa se adaptar ao país e ganhar a vida honestamente.
Mil obstáculos para obter documentos, preconceito da população local, dificuldades para ter acesso ao sistema de saúde e outros problemas podem tornar a vida lá fora difícil.
Só que algumas vezes as pessoas esquecem que o nosso país também nem sempre é muito amistoso com os imigrantes.
O caso mais recente é o dos refugiados no Haiti, que têm chegado aos milhares na região norte, fugindo da devastação do miserável país do Caribe.
Mas é só dar uma volta pelo centro de São Paulo para ver que imigrantes de muitas outras regiões, como africanos e bolivianos, vêm tentar uma vida melhor no Brasil.
Muitos acabam explorados em trabalhos em condições sub-humanas. Outros, porém, se metem em atividades suspeitas.
A imigração pode ser boa para o Brasil, mas é preciso ter regras e critérios. O Brasil ainda não é um país rico e muitos brasileiros precisam de mais oportunidades.
Nos Estados Unidos e na Europa, parte das confusões contra imigrantes ocorrem justamente porque eles tiram emprego de quem nasceu lá.
No Brasil, é preciso regularizar a situação dos imigrantes, fornecer documentos e dar uma ajuda aos que chegam em condições muito ruins, como os haitianos.
Nós sempre acolhemos bem estrangeiros. Mas quem vem para cá precisa se adaptar ao país e ganhar a vida honestamente.
Mestre Pará: o 'camisa 10' das obras do Fielzão
Mestre organiza o meio de campo na obra do Itaquerão e ensina como manter o respeito dos carregadores de piano de sua equipe
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O mestre de obras Pará é o 'camisa 10' do Fielzão
Ele deixou a cidade de Sousa, no sertão paraibano, aos 15 anos para tentar a sorte em São Paulo. E trilhou longo caminho até cravar seu nome na história de um dos maiores clubes do Brasil.
Casos de sucesso iguais ao de Francisco das Chagas Lopes estão por todo lado no futebol brasileiro. Mas este senhor de 61 anos teve de botar a mão em muita massa antes de ser o camisa 10 do Fielzão.
– Minha profissão de origem é pedreiro, depois fui carpinteiro, armador e passei por todo o circuito da construção para me tornar mestre de obras – relata o paraibano, ainda com forte sotaque, mesmo depois de passar mais de 20 anos fora, em Portugal e no Chile.
No terreno do futuro estádio do Corinthians, é dele a tarefa de organizar o meio de campo entre o pessoal do serviço pesado e o setor administrativo, acompanhando de perto cada frente de operários.
Como todo bom maestro, faz tudo parecer fácil. Seu principal aliado é o próprio jeito simples e fanfarrão, que o permite até mesmo atacar de cantor para cima de seus comandados durante as preleções de cada dia de trabalho.
Nada a ver com a figura dos mestre de obras antigos, cuja única forma de impor respeito era pelos berros e o poder de mandar embora quem bem entendessem.
– O segredo é o pessoal acreditar em você, é transmitir segurança. Primeiro tendo o respaldo técnico, depois com humildade e a maneira de tratá-los. O mestre de obra grosseiro ainda existe, mas um dia ele acaba. Empaca – explica.
– Ser delicado não é ser hipócrita. Cortesia é manifestação de respeito. Ser estúpido não leva a nada. Agradecer por qualquer serviço, seja ele qual for, abre-se uma porta. Sorrir para os empregados, não interromper os outros. Tudo isso faz parte da conduta certa – completa.
Mestre Pará já jogou com Lula
Uma das coisas que mais orgulham o Mestre Pará é já ter batido uma bola com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo.
– Moro há 900 metros da casa de Lula. Já joguei bola com ele, nos tempos de Volkswagen. Mas quando ele veio aqui na obra não se lembrou de mim. Disse que tem muitos companheiros – afirma o mestre de obras, enquanto mostra orgulhoso fotos do dia em que Lula foi ao Fielzão.
Operários ainda vão à porta atrás de emprego
Depois de ser dispensado da obra de reforma do Mineirão por causa de uma greve geral, o encarregado de carpintaria Rivanildo Batista bate ponto na porta do Fielzão em busca de emprego.
Ele, que diz não ter se rebelado em Belo Horizonte, é apenas mais um entre pelo menos 30 pessoas que usam a mesma estratégia diariamente – embora a Odebrecht garanta que não pega ninguém sem antes passar pelo Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT).
– Aqui na porta ninguém fala nada. Eles mandam ir lá no CAT fazer a ficha, mas é muita humilhação. Você chega às 4h30, pega uma fila enorme e depois demora para ser chamado. Aqui, se o mestre ou encarregado vai com a sua cara, já pega sua carteira para analisar – afirma Rivanildo.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Um conto chinês
Um dos grandes filmes de 2011 foi o argentino “Um Conto Chinês”. Na história, um chinês aparece na porta da casa de um cara mal humorado, o maravilhoso ator Ricardo Darin, que acaba lhe dando acolhida, apesar de não entender nada do que ele fala e nem dos costumes do surpreendente hóspede. No final, o chinês acha sua turma e deixa até uma ponta de saudade no aliviado argentino, que retorna à sua rotina. Longe de mal humorado, Luiz Paulo Rosenberg, o homem do marketing corintiano, colocará dentro do clube em alguns dias, um desconhecido chinês. Aliás, todo jogador de futebol da China é desconhecido. Vi imagens de boas jogadas dele na internet, porém, lembrei que já fiz um video meu, jogando e até deu a impressão que eu sabia jogar futebol, coisa que está muito longe da verdade. Então lá vai o Corinthians rumo ao mercado asiático. Correto. Mas, só isso? De que adianta trazer um china, que servirá como motivo de piadinhas de todos os adversários, se o clube não sair para se mostrar. Por exemplo, a pré temporada do clube, deveria ter sido programada para a China. Ao invés de ficar confinado por aqui, porque não treinar na terra do rapaz, lançar camisas como o nome dele e até fazer jogos treinos por lá. Isso poderia durar um ou dois meses, a pré-temporada e a primeira fase do inútil Campeonato Paulista. Aí sim as coisas começariam a fazer sentido. Milan, Barcelona, Real Madrid e outros times, realmente globalizados, fazem efetivamente isso. Vão aos centros, que lhe interessam, para se mostrar e se divulgar. Poderia-se, enfim, dar-se alguma utilidade ao Adriano, conhecido no mundo todo e até negociar-se participações do Ronaldo, elevando a fama do clube e, por certo, conseguindo-se patrocínios de grandes empresas chinesas. As vendas de objetos, com a marca do clube, viriam atreladas a essa, aí sim, inteligente aventura. Do jeito que está, não creio em grande serventia. Para se por o chinês no time terá que se sacar alguém, por certo melhor do que ele. O Tite vai topar? No Paulistão ainda vá lá, no entanto, vai-se jogar, eventualmente, com o Boca em La Bombonera, com um chinês como arma secreta? Aí virará mesmo motivo de chacota. Enfim, a idéia é boa e aproveitável, desde que usada na plenitude. O Corinthians tem que deixar de se preocupar com certamezinhos regionais e desbravar o mundo, empurrando sua marca para novos consumidores. Se para isso tiver que colocar um bode na sala, que use o bode para atrair adeptos de uma buchada de bode (sem alusão a FHC, nos tempos de campanha presidencial, por favor). Por hora, só enfiaram o bode na casa e dessa forma, só poderão contar, pelo menos por enquanto, com o mal cheiro dele.
VAI CORINTHIANS !!!
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Falsa solução os noias viram zumbis do crack
Vai mal
Quando começou a operação da prefeitura e do governo estadual na cracolândia, todo mundo aplaudiu.
Afinal, parecia que desta vez o poder público tinha decidido colocar ordem de uma vez por todas nessa parte do centro da cidade, onde drogas são consumidas à luz do dia, a sujeira se acumula e a lei deixou de valer há muito tempo.
Mas o que se viu até agora não é muito animador.
Em vez de uma ação planejada, com coordenação entre a necessária repressão policial e tratamento social e humanitário para os viciados, o que tem ocorrido é uma verdadeira bagunça.
A ocupação serviu, ao menos por enquanto, mais para espalhar os "noias" por outros bairros da cidade, sem resolver o problema para valer. Além disso, o crack continua a ser vendido e consumido livremente na região.
Para piorar, os viciados estão abandonados à própria sorte. Levados em vans para abrigos municipais, passam horas sem nenhum tipo de assistência, até desistir e retornar à cracolândia.
Fica cada vez mais claro que a operação foi feita na base do improviso. Como sempre, parece que a motivação foi acima de tudo política.
Com medo de que o governo federal fizesse alguma ação --e colhesse os louros por eventuais melhorias--, prefeitura e governo estadual detonaram a ação, sem o planejamento necessário.
É claro que ainda é cedo para chegar a uma conclusão definitiva. Mas, até agora, vai mal a coisa.
Quando começou a operação da prefeitura e do governo estadual na cracolândia, todo mundo aplaudiu.
Afinal, parecia que desta vez o poder público tinha decidido colocar ordem de uma vez por todas nessa parte do centro da cidade, onde drogas são consumidas à luz do dia, a sujeira se acumula e a lei deixou de valer há muito tempo.
Mas o que se viu até agora não é muito animador.
Em vez de uma ação planejada, com coordenação entre a necessária repressão policial e tratamento social e humanitário para os viciados, o que tem ocorrido é uma verdadeira bagunça.
A ocupação serviu, ao menos por enquanto, mais para espalhar os "noias" por outros bairros da cidade, sem resolver o problema para valer. Além disso, o crack continua a ser vendido e consumido livremente na região.
Para piorar, os viciados estão abandonados à própria sorte. Levados em vans para abrigos municipais, passam horas sem nenhum tipo de assistência, até desistir e retornar à cracolândia.
Fica cada vez mais claro que a operação foi feita na base do improviso. Como sempre, parece que a motivação foi acima de tudo política.
Com medo de que o governo federal fizesse alguma ação --e colhesse os louros por eventuais melhorias--, prefeitura e governo estadual detonaram a ação, sem o planejamento necessário.
É claro que ainda é cedo para chegar a uma conclusão definitiva. Mas, até agora, vai mal a coisa.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Isto vai virar filme ( O amanhecer Furiosa )
Namorada de suspeito de causar acidentes ficou 'perplexa', diz polícia
Delegado acredita em 'surto psicótico'; caso ocorreu na segunda em SP.
Homem roubou carros, protagonizou acidentes e feriu dois.
ios
A namorada de Michel Goldfarb Costa, suspeito de atirar a esmo e roubar quatro carros na manhã de segunda-feira (9), demonstrou perplexidade ao saber das ocorrências em que ele estaria envolvido, segundo o delegado Dalmir de Magalhães, do 26º Distrito Policial, no Sacomã, na Zona Sul de São Paulo. Ela conversou com policiais na tarde de segunda na casa em que ele mora em Cotia, na Grande São Paulo. O nome dela não foi divulgado.
“A namorada se mostrou perplexa com a conduta [do namorado], mas alegou que ele não é uma pessoa voltada para a violência”, disse Magalhães. De acordo com o delegado, ele é uma pessoa “distante da família”.
Advogado quer que suspeito de provocar acidentes em SP se entregue
Polícia identifica suspeito de causar série de acidentes em SP
Acidentes causados por criminosos em fuga provocam lentidão em SP
Costa tem uma arma em seu nome, mas a polícia não encontrou o porte. “Em tese ele saiu [de casa] armado, porque a arma dele não estava lá”, disse o delegado. Segundo a polícia, os projéteis, calibre 380, encontrados nos locais onde foram dados tiros contra as vítimas, são compatíveis com a descrição da arma registrada no nome dele. O suspeito saiu da sua residência com um colete à prova de balas e deixou para trás carteira e celular.
A polícia acredita que um “surto psicótico” tenha motivado a conduta do suspeito. A namorada dele disse que Costa não toma remédios controlados.
Quatro pessoas já o reconheceram por foto. Segundo as investigações, ele bateu em pelo menos dois carros e um ônibus, baleou um homem na barriga e feriu outro de raspão.
Na tarde desta segunda, o fisioterapeuta Sidnei Fernandes, proprietário do Ford Ka roubado na segunda-feira, compareceu ao 26º DP para prestar esclarecimentos. Ele foi abordado no semáforo próximo ao cruzamento da Rua Vergueiro com a Avenida Presidente Tancredo Neves, depois do criminoso bater com um Meriva no Fiat Brava e no Fiat Idea. De acordo com Fernandes, o suspeito estava com a “feição pálida, bem atordoado e, aparentemente, descontrolado”.
O criminoso pediu apenas para que ele deixasse o carro no momento em que parou em um semáforo. Ele disse que o homem estava sujo de sangue, principalmente nos braços. “A maior mancha de sangue estava no ombro esquerdo.”
Para o fisioterapeuta, a hipótese de que o suspeito tivesse em surto não justifica sua conduta. “Se todos nessa cidade, que tem mais de 20 milhões de habitantes, tiverem um surto psicótico e saírem na rua atirando imagina como vai ser”, declarou. O Ford Ka foi encontrado batido, na região do Parque Dom Pedro, no Centro da capital.
Manhã de segunda
A mulher contou à polícia que tudo começou às 4h desta segunda. Costa era conhecido por ter vários cachorros e eles começaram a latir nesse horário. O casal havia ficado acordado até tarde vendo filmes. O administrador pode ter ficado com medo de que a casa tivesse sido invadida. "Ele teve uma briga recente com o vizinho em relação ao barulho [dos cães] e teria sido ameaçado", declarou o delegado Marcos Antônio Manfrin, responsável pelo caso. "Quando a namorada dormiu, ele [Costa] saiu de casa deixou tudo aberto, as portas abertas. Ele saiu de carro, vestindo o colete e com a arma em punho."
Prisão temporária
A Polícia Civil pediu na madrugada desta terça-feira (10) a prisão temporária do administrador de empresas, que aplicava dinheiro na Bolsa de Valores. Entre os motivos alegados pela polícia para pedir a prisão temporária de Costa estão três tentativas de latrocínio, tentativa de homicídio, disparo de arma de fogo e lesões corporais.
O advogado já entrou em contato com a polícia, mas disse não ter entrado em contato com o seu cliente após o ocorrido. Nicolau Aun Junior afirmou ao G1 que vai orientá-lo a procurar a polícia. “A minha orientação é para que ele se apresente”.
De acordo com Magalhães, a polícia faz buscas para tentar localizar Costa e deve ouvir vítimas que tenham sido prejudicadas pelo suspeito em outras regiões da cidade. O motorista baleado na barriga, que passou por uma cirurgia, também deve ser ouvido nos próximos dias, assim como a mulher que estava em um Fiat Brava, que foi atingido por um táxi conduzido por um criminoso. Ela e o seu bebê, de apenas 2 meses, passaram o dia no hospital, mas já voltaram para casa.
'Dia de fúria'
O tenente da Polícia Militar Guilherme Willian Pacheco definiu a ação como um "dia de fúria". Segundo ele, a ação "foge do padrão de um assalto". “Ele em um dia de fúria e loucura teria pego uma arma e um colete e efetuado vários disparos em via pública”, afirmou.
Os policiais descobriram a identidade do suspeito após constatarem que ele é o dono do Corolla encontrado na Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul.
O Corolla, após derrapar, foi visto pela primeira vítima do criminoso, o taxista Elias da Silva, de 37 anos, que levava uma passageira para o aeroporto. Ele parou no semáforo e foi abordado pelo homem armado com uma pistola calibre 380.
Para o tenente, a ação foge do padrão, segundo relato das testemunhas que estiveram presentes durante todo o dia no 26º Distrito Policial, no Sacomã. “Em nenhum momento ele falou 'desce, que é um assalto', como a gente costuma ver. Ele atirou, depois tirava a pessoa de dentro do carro. Foge do padrão de um roubo normal."
Em alta velocidade, o criminoso que havia roubado o táxi nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, colidiu com um Fiat Brava na Avenida Presidente Tancredo Neves, próximo da Avenida Nossa Senhora das Mercês. Um Fiat Idea também foi atingido.
"Eu só ouvi a pancada. Foi tão forte que eu pensei que era um caminhão. Só pensava no meu filho”, afirmou David Neves, técnico em instalação de TV a cabo, que dirigia o Fiat Brava. A mulher dele, de 28 anos, e o filho, de 2 meses, tiveram que ser levados ao Hospital Cruz Azul, mas passavam bem. “Minha mulher deve ter uns arranhões, mas está em choque. Meu filho estava na cadeirinha. Eles estão só estão em observação. Está tudo bem.”
Depois da colisão, o criminoso deixou o carro e saiu atirando para todos os lados. Ele baleou o motorista de uma EcoEsport e tentou fugir no carro, mas não conseguiu. Posteriormente, o criminoso atirou contra um Logan. “Acho que ele queria o meu carro para fugir”, disse o engenheiro Ademir Carlos Guerretta, de 61 anos, que ia para o trabalho no Logan. O tiro atingiu o engenheiro de raspão no braço.
O ladrão abordou, então, a professora Ivete Souza Cruz, de 48 anos, que estava no Polo prata. “Ele atirava a esmo. Ele deu um tiro na maçaneta e tentou me tirar com cinto e tudo. Ele me arrancou do carro. Não tinha percebido que ele estava ferido, mas estou com a roupa toda suja de sangue dele”, disse a professora.
À frente, já próximo à Rua Vergueiro, ainda na Avenida Presidente Tancredo Neves, ele colidiu com um ônibus. Para prosseguir em fuga, um Ford Ka foi roubado, com o qual seguiu até o Parque Dom Pedro, no Centro de São Paulo. Nesse ponto, ele roubou um Celta e seguiu até a Ponte da Casa Verde. Depois, desapareceu.
O motorista da EcoEsport foi levado para o Hospital Heliópolis, onde passou por uma cirurgia. Segundo um familiar da vítima, a bala perfurou a barriga e ficou alojada na perna.
Do primeiro crime até a Marginal Tietê, foram cerca de 25 km por ruas e avenidas movimentadas da capital. Foram mais de 20 tiros disparados e duas pessoas feridas. Em nenhum momento, o homem foi perseguido ou parado pela polícia.
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