A ausência do atacante Adriano no treinamento desta terça-feira irritou a diretoria do Corinthians. Diante da indisciplina, o presidente em exercício Roberto de Andrade abdicou do seu discurso ponderado para colocar em xeque a permanência do jogador no clube após 30 de junho, quando vencerá o seu contrato.
"Uma falta é um indício de que o jogador não está com muita vontade de trabalhar conosco na sequência do ano, de ter o seu contrato renovado. O campeonato já começará no sábado... Teremos que analisar tudo", avisou Roberto de Andrade, que descartou rescindir o vínculo de Adriano com o Corinthians. "Teríamos que pagar por isso. É melhor ele ficar aqui, treinando, mais seis meses."
Nesta tarde, contudo, Adriano não "ficou treinando" no CT Joaquim Grava. O robusto centroavante havia seguido para o Rio de Janeiro na segunda-feira (mesmo dia em que o amigo Emerson Sheik chegou atrasado e de helicóptero ao CT Joaquim Grava) para comemorar o aniversário de sua mãe, Rosilda. Não retornou a São Paulo a tempo de trabalhar.
"O Adriano será multado. O regime de CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] rege todos os funcionários e garante a nós o desconto do dia de trabalho. Além disso, nosso regimento interno prevê uma multa. Só não sei precisar o valor agora", afirmou o presidente em exercício, assegurando que conseguirá afetar o atacante dessa forma. "A multa é proporcional ao salário do empregado. Ele sente no bolso, sim."
Mais importante do que abalar Adriano financeiramente, de acordo com o dirigente, será uma reunião para cobrar o atleta. Como o Corinthians estará em campo para disputar amistoso contra a Portuguesa na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, a "conversa séria" de Roberto de Andrade com o jogador deverá ocorrer apenas na quinta-feira.
O dirigente só tentou poupar o Corinthians das indisciplinas do problemático Adriano. "O maior prejudicado é o atleta. Quem sai perdendo é o jogador, e não o clube. O Corinthians continua grande, com mais de 30 atletas", minimizou Roberto de Andrade, sem confirmar o erro em repatriar o atleta que estava na italiana Roma.
"Não digo que foi uma decepção. Ele chegou contundido e, até agora, não conseguimos fazer uma avaliação correta. Queremos tirar essas conclusões no primeiro semestre de 2012. O fator determinante é o Adriano também querer", advertiu.
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