Uma criança negra sentada sozinha em uma mesa de restaurante.
Ao ver a cena, um funcionário do restaurante deve ter pensado que era um pedinte ou um "trombadinha", pois foi logo retirando o menino dali.
Só que a criança, de seis anos, era etíope, e seus pais adotivos, um casal de espanhóis, estavam apenas se servindo no bufê do restaurante.
Quando voltaram e não viram o filho, saíram à rua desesperados e o encontraram chorando.
Depois de todo o estardalhaço, o restaurante disse que o funcionário apenas perguntou à criança -que não fala português- o que fazia ali.
E ela teria saído do local por vontade própria.
Parece muito estranho.
O caso é revelador, ao que tudo indica, do racismo ainda entranhado na nossa sociedade.
Não é que o funcionário seja, necessariamente, preconceituoso. Mas, pela enorme diferença entre brancos e negros no país, ele na hora já ligou, em sua cabeça, o jovem a um problema.
É razoável imaginar que isso não teria acontecido se o garoto fosse loiro de olhos azuis.
É bom deixar muito claro que preconceito é crime e pode levar à prisão.
Uma parte desse racismo enrustido tende a desaparecer à medida que os negros forem conquistando mais espaço na sociedade, com melhoria da condição social provocada pela diminuição das desigualdades.
Mas também é muito importante denunciar situações como essa, para que as pessoas não se esqueçam de que todos merecem o mesmo tratamento -perante a lei e numa mesa de restaurante.
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