segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Remédios mais baratos

O governo federal vive baixando imposto de automóvel e geladeira para tentar aumentar as vendas. Agora decidiu ampliar a lista dos medicamentos que são beneficiados com corte de tributos. Boa notícia.

Cerca de 350 novos remédios ficarão livres da cobrança de PIS e Cofins. Isso pode baixar os preços em até 12%.

Os medicamentos selecionados são em geral de uso contínuo, para o tratamento de câncer, hipertensão, diabetes e osteoporose, além de antibióticos, antialérgicos, contraceptivos e redutores de colesterol, entre outros.

Não há dúvida que o desconto de 12% vai ajudar. Mas não basta.

Pessoas idosas, as que mais precisam se medicar, vivem um drama: em geral ganham menos do que ganhavam na juventude. E gastam mais com saúde.

É o plano que fica mais caro, e são os remédios que vão aumentando de quantidade, e encarecendo a vida.

O sistema de saúde pública procura ajudar, mas nem sempre consegue. Há remédios caríssimos, para doenças como hepatite C, por exemplo, que são até fornecidos de graça.

A iniciativa é elogiável, mas dependendo da cidade e da região, nem sempre tem o que o paciente precisa.

O que falta na saúde brasileira, antes de mais nada, é melhorar a administração. Usar melhor o que já se tem. Não desperdiçar, planejar bem a prevenção, contratar e distribuir a mão de obra de maneira inteligente.

É claro que mais recursos também são necessários, mas o país ainda é pobre, não há dinheiro para tudo que precisa. Nesse quadro, se a gestão for boa, já vai melhorar muito.

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